One In a Million escrita por Neline


Capítulo 6
You're the right guy


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Abri os olhos. Talvez tudo tivesse sido um sonho muito realista. Olhei para o lado concluindo que não. Minhas mãos estavam entrelaçadas as de Chuck, que ressoava como um verdadeiro anjo ao meu lado. Me mexi lentamente, tentando não fazer o mínimo barulho ou qualquer movimento brusco, para não acordar a criatura quase angelical que dormia no banco do motorista. Mas foi em vão. No primeiro movimento singelo que eu fiz, tentando desligar o ar condicionado porque estava muito frio, ele abriu os olhos, me encarando sonolento.

- Bom dia. - Ele falou com a voz rouca devido ao sono.

- Não queria ter te acordado. Você fica tão doce enquanto dorme. - Ele gargalhou, e eu conclui que aquela era uma maneira definitivamente boa de acordar.

- Eu doce? Só dormindo, certo? - Gargalhei.

- Certo. - Olhei para fora da janela. O céu estava nublado, mas não chovia. Ele pareceu ler meus pensamentos.

- Temos que voltar para casa antes que a minha mãe mande a policia atrás da gente. - Assenti, esperando ele acelerar. - Mas é claro... que existem outros métodos de evitar que minha mãe infarte... - Ele pegou o celular, lentamente, e começou a procurar o número da agenda.

- Espere. - Eu disse. - Você não disse que o celular estava sem sinal? - Ele me olhou, como se eu tivesse lembrando de um detalhe que ele não esperava que eu notasse.

- Digamos que eu não queria voltar para casa ontem a noite. - Minha boca se entreabriu em espanto. Ele aproveitou isso e me beijou. - E eu não acho que você esteja realmente irritada com isso. - Chuck colocou o celular no ouvido, murmurando alguns "Mamãe, pare de gritar, vai acabar estourando meus tímpanos" ou "Eu já entendi mamãe, eu sou um irresponsável que quase lhe deu um infarto, tudo bem". Depois de explicar que ficamos presos no meio da tempestade e que o celular 'não estava pegando', ele falou algo que realmente me chamou atenção.  - Sim mãe. Estaremos em casa daqui uns dois dias, tudo bem? - Pausa. - Eu te explico tudo depois, ok? - Outra pausa. - Certo, eu te amo mãe, tchau. - ele falou, desligando a ligação e o celular.

- Dois dias, como assim? - Eu perguntei, enquanto ele dava um jeito de acelerar o carro, que patinou, patinou, mas aos poucos foi quebrando a terra, já seca, e começando a se mover. 

- Vou te levar para dar uma volta. - Ele me respondeu.

- Espere, vamos para onde? - Esperei em silêncio ele me reponder, mas nada aconteceu. - Tudo bem, você está me sequestrando, é isso? - Ele gargalhou, maneando a cabeça.

- Se é assim que você quer por as coisas assim, sim. - Ele fez um contorno, voltando a estrada principal.

- Pelo menos me diga onde nós vamos.. - Ele desviou os olhos da estrada. Era muito cedo, quase não havia movimento, mesmo assim, não era seguro ficar olhando para o lado e não para frente, mas preferi não me meter na direção dele.

- Vou te mostrar meu futuro apartamento... e depois vamos fazer um tour. Você é turista de uma maneira ou outra. - Sorri levemente, encarando o chão.

- Você não é tão imbecil, sabia? - Ele me olhou novamente com um sorriso maroto.

- Mas você é exatamente tão sexy quanto o que eu vi no dia em que você me agarrou no aeroporto. - Bufei.

- EU NÃO TE AGARREI NO... ah, quer saber? Esqueça. - Falei, me recostando no banco e desistindo. 

Chegamos em um grande prédio, todo envidraçado, na área nobre de Manhattan. Subimos pelo elevador. O apartamento era um canteiro de obras. Haviam sacos de cimento por todos os lados, latas de tinta...

- Bem, eu já comentei que está em reforma? - Olhei para os lados. Da maneira que estava já era luxuoso, mas imaginei que ele ficaria muito convencido se eu dissesse isso.

- É lindo. - Falei simplesmente, e ele sorriu.

- Venha, eu vou te mostrar tudo. - Fomos passando pelo cômodos. A futura cozinha, a futura sala, o futuro banheiro, o futuro quarto de hospedes, a futura sala de jogos... Tudo perfeitamente planejado. - E agora, o principal: a futura suíte. - Ele abriu a porta. Era o único comôdo praticamente acabado. Havia uma cama ali, os papeis de paredes estavam postos (algo azul, bem discreto, contrastando com os detalhes em vermelho), o carpete estava intacto. - Pedi para apressarem aqui... se minha mãe me colocar para fora pelo menos tenho onde dormir. - Ele falou em um tom divertido. - Ou é claro, se você me enlouquecer completamente.

- Oras, mas eu sou um doce! Jamais faria nada contra sua sanidade mental. - Ele mordeu o lábio inferior.

- Como se você não soubesse o poder que tem sobre mim. - Ele disse me beijando logo depois. Sua mão pairava pela minha cintura, e passava por debaixo da minha blusa logo depois. Para minha própria surpresa, eu não me sentia incomodada, envergonhada. Me sentia tranquila. Era uma sensação boa, com certeza era prazer. Ele me direcionou até a cama, e eu cai, de costas, sobre ela. - Você tem certeza? - ele me perguntou, olhando nos meus olhos, completamente parado, como uma estátua. Um deus grego sobre mim.

- Talvez você realmente seja o cara certo. - Respondi. Ele voltou a me beijar.

- Eu não sou o cara certo. Sou apenas o cara certo para você. - Ele falou, se livrando da sua própria blusa e sorrindo. Ele era o cara certo. E sempre seria.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Espero que sim!

Deixem reviews, né. HUNF'

XOXO. Neli ;*