One In a Million escrita por Neline


Capítulo 3
Fuckin' lazy!


Notas iniciais do capítulo

Nota no final!

Enjoy ;*



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- Minha vida pessoal não tem nada a ver com você. - Eu falei, sem desviar o olhar do chão. Ele se colocou na minha frente e ficou me olhando como um abobado.

- Você é virgem. - Ele falou em tom incrédulo, porém sério. Do nada, seus lábios se torceram em um sorriso, como se ele achasse aquela ideia boa e extremamente tentadora. Bufei. Esse cara é um infeliz de um pervertido!

- Bem, sabe como é, nunca achei ninguém que valesse a pena e... - me interrompi. Não havia o porque de falar tudo isso para ele. Ele não precisa saber, e eu não precisava me explicar.

- Acabou de encontrar. - Ele falou, apontando para si mesmo com um meio sorriso. Revirei os olhos e me levantei, o empurrando para fora.

- Se você vale a pena não que nem imaginar os que não valem. - E fechei a porta na cara dele. Ahá! As vezes eu sou tão má que chego a me assustar... De qualquer maneira, fui deitar, e dormi com facilidade.

Acordei no meio da noite, com a boca seca. Olhei para o criado-mudo e constatei que não tinha agua ali. Suspirei. Eu realmente teria que descer até a cozinha. Onde está meu roupão? Ah, deve estar no fundo do roupeiro. Vou demorar um século para encontrar! Mas se alguém me pegar lá embaixo com esses trajes*

- Ah, foda-se. - Eu falei, saindo do quarto. Desci as escadas, bem devagar para não fazer barulho. Liguei a luz da cozinha e abri o armário, pegando um copo. Enchi ele de água e fiquei olhando para a janela.

- Não acha seus trajes um pouco inadequados? - Quase soltei o copo ao ouvir aquela voz, levemente rouca, mas apenas me virei. Lá estava Chuck, escorado na porta com uma calça de moletom. Sem camisa. Não que eu tenha me importado, não mesmo. 

- O que você está fazendo aqui? - Ele começou a andar até mim.

- Também estava com sede. - Ele pegou meu copo e tomou a água. 

- Seu abusado! - Falei, um pouco alto demais. ele revirou os olhos.

- Vamos lá, acorde toda a vizinhança! - Revirou os olhos. Ele olhou para o meu pé. - Coelhinhos? Ora, que fofo! - Completou em tom de deboche e eu me emburrei. O que ele tem contra o Bunny? Argh.

- Eu vou sair daqui. - Comecei a andar, em direção a porta, mas ele me segurou. E me beijou. Ele está me beijando! Oh meu Deus, eu preciso fazer alguma coisa! Pense, Blair. Pense! Ótima hora para meu cérebro parar de funcionar. Mas eu não precisei pensar. Um barulho na escada fez isso por mim. eu o empurrei. - Idiota! Se esconda! - Ele franziu o cenho. - Tem alguém vindo, anda! - O empurrei para dentro da dispensa. Tomara que não o descubram, se não a machete do jornal de amanhã vai ser "Dona de homestay descobre ninfomaníaca brasileira atacando o filho mais velho". Suspirei.

- Querida, o que está fazendo aqui embaixo? - A Evelyn pediu.

- Ã... eu tive a impressão de escutar um barulho e desci para ver o que era. - Inventei na hora.

- Sabe que eu também ouvi? Era um grito, algo do tipo... - Escutei uma risadinha vindo da dispensa, mas ignorei.

- É. - Ela andou até a dispensa, pegando a chave.

- Também vim conferir se tinha trancado aqui. Sabe, Chuck costumava vir roubar bolachas daqui quando era pequeno, então é melhor previnir... - A chave girou duas vezes na fechadura e ela a pendurou no pescoço. - Durma bem querida.

- A se... a senhora também. - ela subiu e eu girei a fechadura. é, estava trancada. Quer saber? ele que fique ai e aprenda um pouco de hospitalidade e educação. Hunf. Subi para o meu quarto e comecei a rir sozinha, antes de pegar no sono.

No dia seguinte, o café da manhã me fez ganhar o dia! Desci as escadas e arrumei a mesa. Evelyn e o resto da familia desceram logo depois. Eu conti o riso, quando Evelyn abriu a porta e ficou com uma expressão de surpresa.

- O que aconteceu? - Falei no tom mais inocente que consegui. Me aproximei, olhando para a dispensa. No canto, estava Chuck, encolhido sobre um tapete, usando um saco de farinha como travesseiro. Ele ressoava tranquilamente, com um sorriso no rosto. Parecia um anjo.  parecia. E só quando dormia

- CHARLES! - A mulher gritou, fazendo com que ele se levantasse, batendo a cabeça na prateleira e me fazendo por a mão na boca para não rir.

- Mãe. Eu posso explicar. - ele falou, rapidamente. Estava tremendo, provavelmente de frio, já que a temperatura caiu por noite.

- Explique! - Ele saiu, sentado em uma cadeira. Olhei para ele. Se ele contasse a verdade, eu estava ferrada. Ele me encarou, sério, e depois desviou o olhar.

- Vim pegar alguma coisa para comer e quando fui sair, estava trancada. É isso. - Suspirei aliviada, enquanto Evelyn batia o pé no chão.

- Vá por uma roupa descente antes que pegue um resfriado. - Ele deu um beijo estalado na bochecha da mãe e sorriu para mim.

- Bom dia Blair. - ele falou em um tom gentil. Porém, quando passou por mim, chegou bem próximo a minha orelha e sussurrou.. - Eu não esqueci do que aconteceu ontem. Ah, e você me deve uma por ter salvo a sua pele. - E subi. Me deixando indignada, estática e arrepiada. Inferno! Tantas casas para mim ficar, por que, oh senhor, eu tinha que vir justo para o toca do diabo? 


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Notas finais do capítulo

Desculpem o atraso, juro não demorar tanto no proximo capitulo!

XOXO. Neli ;* * Link da roupa da Blair: http://www.polyvore.com/one_in_million_night_clothes/set?id=24086695



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