Coroner Stories escrita por themuggleriddle
Notas iniciais do capítulo
uma descrição um pouquinho gráfica de uma autópsia. sei lá se isso deve ser avisado ou não...
Tom Riddle revirou os olhos ao ver o residente que o estava ajudando fazer cara de nojo ao vê-lo cortando a artéria pulmonar de Jane Keiths. O rapaz que o estava ajudando era um bom aluno, claro, caso contrário Tom não o deixaria chegar perto daquele corpo, mas, mesmo assim, a presença dele irritava o legista, que só o estava segurando ali porque precisava de alguém para ajudá-lo a manusear o corpo.
- Isso é um coagulo?
- Sim – o médico murmurou, puxando um fio de sangue coagulado de dentro da artéria e o colocando na mesa que estava ao seu lado.
- Então foi isso que a matou?
- Não, isso é um coagulo post mortem – Riddle respondeu, apressando-se para remover o coração e entregá-lo para o rapaz – Coloque ali no lado.
O residente concordou com a cabeça, pegando o órgão e levando-o para longe enquanto Tom se ocupava em retirar um dos pulmões. Depois de algunm tempo, quando os dois já haviam conseguido retirar os dois pulmões, o pâncreas e agora tomavam o seu tempo com as vísceras, a porta de metal do necrotério foi aberta, fazendo com que os dois se virassem para ver quem havia acabado de entrar.
- O que foi agora, Granger?
- Ahm, eu só queria... – a médica, que agora estava parada dentro do necrotério, com os olhos fixos no cadáver em cima da mesa, murmurou – Falar com você sobre... Isso aí.
- Certo – o homem respondeu, virando-se para o rapaz a sua frente – Pegue a amostra de sangue e urina e leve para o laboratório.
- Mas... – o garoto sussurrou, olhando para o corpo, mas logo se calou ao ver como o legista o estava encarando – Sim, senhor.
Hermione observou enquanto o mais novo retirava o excesso de roupas que estava usando e pegava as amostras que o outro havia indicado, antes de sair quase que correndo do necrotério.
- Tem algumas roupas ali no outro canto.
- O que?
- Não vai ficar aí parada sem fazer nada, só falando, Granger – Tom resmungou – Coloque as roupas e venha me ajudar.
- Pensei que trabalhasse sozinho – a mulher murmurou enquanto fazia o que o outro havia mandado – Descobriu alguma coisa?
- Ainda não.
- Alguma hipótese?
- Algumas.
- Posso saber quais são?
- Pode, desde que segure a cabeça dela para mim.
A médica o encarou por um momento, antes de segurar a cabeça da moça no lugar, como o outro havia instruído.
- Então?
- Arritmia ventricular, talvez – o homem falou enquanto pegava o bisturi e fazia um corte no couro cabeludo do cadáver – Mas preciso examinar o coração primeiro para ter certeza.
- Os pais dela têm certeza de que ela foi assassinada.
- Os pais dela estavam histéricos, queriam colocar a culpa em alguém...
- Eu estava pensando – Hermione murmurou – Passou pela sua cabeça que talvez ela tenha cometido suicídio?
- Sim, mas, assim como a história da arritmia, tenho que examinar mais antes de falar qualquer coisa – ele riu baixinho ao ver os olhos da médica se arregalarem enquanto ele puxava a pele da cabeça de Jane Keiths, expondo o crânio – Acho que os pais dela pulariam nos nossos pescoços se disséssemos que a filha deles se matou.
- Sim...
- O que você acha do noivo dela? – ele perguntou enquanto se afastava para pegar um tipo de serra.
- Não sei.
- Acho que ele não fez isso – o médico murmurou, ligando a tal serra e levando-a até o crânio do cadáver.
- Você sabe que ele poderia muito bem estar fingindo toda aquela tristeza, não é mesmo?
- Não sou burro, Granger – Tom riu, terminando de serrar o crânio e removendo o tampo, deixando o cérebro a mostra, antes de colocar a serra de lado e pegar um bisturi – Continue segurando... – ele murmurou, puxando o cérebro para conseguir alcançar os nervos oculares que ainda o seguravam no lugar e os cortava – Mas até agora não há nenhum indício do que poderia ter matado essa garota... Não parece um trabalho que aquele rapaz possa ter feito.
- Então quem poderia ter feito isso?
- Não sei, isso é trabalho da polícia descobrir, sabe? – o homem sorriu por debaixo da máscara – Talvez realmente tenha sido arritmia...
Assim que conseguiu soltar o cérebro por inteiro, o médico se afastou para colocar o órgão de lado enquanto Hermione corria os olhos pelo corpo aberto em cima da mesa. Antes que pudesse voltar para o lado da médica, o telefone em sua sala tocou. Revirando os olhos e arrancando as luvas sujas, Tom foi até lá para atendê-lo.
- O que foi?
- Ahm, Dr. Riddle? Tem uma mulher aqui querendo ver o senhor – a secretária no outro lado da linha falou – Disse que realmente precisa ver o senhor.
- Qual o nome dela?
- Deixe-me ver – ele ouviu a mulher afastar o telefone, antes de voltar a falar – Ela disse que não adianta dizer o nome, você não a conhece.
- Então diga para ela que eu não posso vê-la no momento.
- Dr. Riddle – a secretaria falou com a voz mais baixa, claramente não querendo que a mulher que estava na sua frente ouvisse – Se me permite dizer, acho que ela não vai desistir tão facilmente.
- Certo – o homem respirou fundo – Mande-a esperar aí na recepção, eu já estou subindo.
- O que houve? – a voz de Hermione o chamou.
- Algum infeliz quer falar comigo – ele resmungou enquanto tirava a roupa cirúrgica e ia lavar as mãos – Terminamos isso depois.
- Mas... – a mulher olhou para o corpo – O que eu...?
- Chame aquele rapaz que estava aqui quando você chegou – Tom falou, indo para a porta do necrotério – Dennis Creevey, o nome dele.
Quando saiu do necrotério, deixando a Dra. Granger sozinha lá dentro, Tom percebeu o quão cansado realmente estava. A curiosidade de saber a razão da morte da garota era o que o estava mantendo acordado até agora, mas, assim que colocou o pé para fora da sua área de trabalho, o cansaço pareceu invadi-lo. Não era de se surpreender, é claro, já que ele não havia dormido mais desde que fora acordado as três da madrugada pelo telefonema dos policiais.
- Dr. Riddle – a recepcionista o chamou assim que ele entrou na recepção do hospital e apontou para uma senhora que estava sentada de costas para ele – Ela está ali.
O homem respirou fundo, antes de se aproximar dela.
- Com licença? – a mulher virou-se - A senhora queria falar comigo?
Ela não respondeu, apenas o encarou com seus olhos azuis escuros por um bom tempo, levantando-se da cadeira aonde estava e cobrindo a boca com a mão. Tom deduziu que aquela mulher não era uma pessoa qualquer, afinal, suas roupas pareciam ser bem caras, assim como as jóias que estava usando.
- Dr. Riddle? – a voz dela não saiu mais alta que um sussurro.
- Sim...
- Oh, Deus – a mulher riu baixinho – Você sabe quem eu sou?
- Não, senhora – o médico respondeu, contendo-se para não revirar os olhos. Ele poderia estar terminando aquela autópsia ao invés de ficar jogando conversa fora com aquela estranha.
- Meu nome é Mary – ela falou, um sorriso brincando em seus lábios enquanto seus olhos analisavam o rosto do outro – Mary Riddle.
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OMG CLIFFHANGER! Hahahaha... sou dumaw :3 -Q ...
1- A Autópsia: baseada em um vídeo de uma autópsia que eu achei no YouTube '-' É, vocês não sabem as coisas estranhas que a gente acha no YouTube quando procura.
2- Dennis Creevey: irmão do Colin Creevey :3 sei lá pq, eu imagino ele sendo um residente de medicina forense :D (enquanto eu vejo o irmão dele como algum tipo de fotógrafo pra algum jornal, ou um jornalista criminal hehe).
3- Arritmia ventricular: alteração do ritmo normal do coração (; tem várias causas: doenças do músculo cardíaco, doenças valvares, doenças infecciosas, alterações nas concentrações de eletrólitos no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o nascimento).
Prometo que o próximo cap. é legal, eu, pelo menos, gostei de escrever ele (;
Então, reviews são lindos e maravilhosos, como vocês sabem, então, me digam o que acharam neles ;D
Beijos ;*
Ari.