Coroner Stories escrita por themuggleriddle


Capítulo 13
Waiting




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- E agora, o que fazemos?

- Agora nós esperamos, Granger – disse Riddle, levando o copo de chá até a boca – Temos que esperar os resultados dos exames de Slughorn.

- Quanto tempo mais ou menos? – a médica perguntou.

- Não sei. Pressa?

A mulher deu de ombros, antes de voltar a cutucar as bordas do seu copo. Tom a encarou por algum tempo, antes de suspirar e deixar o corpo relaxar na cadeira.

- Parece cansado – murmurou Hermione.

- Você também.

- Não estou...

- Está sim – o homem a interrompeu – Está fisicamente cansada e também não agüenta mais ficar longe dos seus amigos – Riddle olhou em volta – Que, aliás, não estão aqui. Você estava sempre com eles antes desse caso aparecer e, agora, não os vê desde ontem. É só um dia, mas você está começando a pensar que, se for assim, você talvez não vá agüentar o trabalho.

A psiquiatra franziu a testa, encarando o outro, antes de balançar a cabeça e rir baixinho. Tom ergueu uma sobrancelha, observando a outra.

- Está tentando dar uma de terapeuta, Dr. Riddle?

- Nunca – ele riu – Só estou dizendo o que estou vendo.

- Certo, eu estou cansada, mas não vou abandonar o trabalho pelo fato de ele acabar com a pouca vida social que eu tinha – ela explicou – Aliás, Harry e Ron também são ocupados... Nós três somos ocupados.

- Todos nesse hospital são ocupados.

- É verdade – Hermione sorriu.

- A única diferença é que alguns conseguem conciliar o convívio social ao trabalho – o homem suspirou, olhando em volta.

- Você não está nesse grupo.

- Nem pretendo estar.

- Foi o que eu pensei... Apesar de achar que tomar um ar fresco de vez em quando poderia fazer bem a você, Tom.

- Eu gosto do ar do necrotério, muito obrigado – o legista riu baixinho, mas logo ficou quieto, com uma expressão confusa no rosto, olhando para alguma coisa atrás da médica – Não acredito que ele ficou aqui.

- Ele? Ele quem? – Hermione perguntou, virando-se para ver ninguém mais, ninguém menos do que o pai de Tom parado na entrada do refeitório do hospital. O homem parecia perdido, mas logo sorriu sutilmente ao encontrar o filho no meio das outras pessoas – Eu acho que você deveria ir.

- Eu não posso ir, Granger, tenho que esperar os...

- Eu vou ficar no hospital, trabalhando... Posso lhe avisar assim que eles ficarem prontos – a psiquiatra sorriu – Você pode pegar as suas coisas e ir, sei lá, até um pub com ele, beber algo para...

- Eu não bebo.

- Então leve-o até uma casa de chá, sei lá, mas saia daqui e fique na companhia de alguém que não fique te enchendo de perguntas sobre o trabalho – a mulher esticou o braço e empurrou o ombro do outro de leve – Vai lá, relaxe um pouco.

- Granger, é a segunda vez em um dia em que você tenta me convencer de algo...

- Mas eu tenho razão e você sabe disso – a médica virou-se, vendo o outro homem ainda parado no mesmo lugar e, sorrindo, acenou para ele rapidamente – Vai logo.

Riddle a encarou por um tempo, antes de desviar o olhar para o pai e, depois, suspirando, levantar-se da mesa. Hermione sorriu ainda mais, concordando com a cabeça.

- Eu te ligo assim que os exames ficarem prontos.

***

No final das contas, Tom Riddle terminou a noite sentado na mesa do apartamento dos Riddle, ouvindo sua avó comentar sobre como ela sentia falta de Londres, mas nunca trocaria Little Hangleton pela capital.

Após ser convencido por Hermione de sair do hospital com Tom Sr., o médico foi quase que arrastado pelo homem de volta ao apartamento de sua família depois de informá-lo de que teria um tempo livre até que os exames que havia pedido ficassem prontos. Durante todo o caminho até o seu prédio, o Riddle mais velho não parou de falar – a maioria eram coisas alheias para as quais o filho não deu atenção -, mas foi só entrar no apartamento novamente que o homem ficara calado.

O legista percebeu que o pai parecia ter um respeito – ou medo – enorme por Thomas Riddle, o qual era a criatura mais calada que ele havia conhecido em anos. Aquilo era bom, afinal, eram menos perguntas... Mas logo o silêncio do velho Riddle mostrou-se ser assustador até um certo nível. Seu avô não falava a não ser que alguém lhe dirigisse a palavra e, quando o fazia, dava um jeito de responder todas as perguntas com frases curtas e diretas. No restante do tempo, ficava calado, apenas observando os outros.

- Então, sim, apesar do isolamento naquela cidade, eu a amo muito para deixá-la para trás e voltar para Londres – disse Mary Riddle, sorrindo alegremente para o neto – Vocês, jovens, não devem entender isso... Principalmente alguém que viveu em Londres durante toda a vida.

- Sim, devo admitir que seria estranho deixar a capital para ir morar em outro lugar, Sra. Riddle – disse Tom – Além de já estar acostumado com a cidade, acho que aqui é o melhor lugar para eu... trabalhar.

- Ah, claro – a mulher deu um sorriso sem graça – Você morreria de fome se fosse trabalhar em Little Hangleton.

- Little Hangleton não tem laboratório de patologia forense, Mary – o médico olhou para o avô, que finalmente falara algo sem que estivessem falando com ele – O mais próximo fica em Great Hangleton, que pega de todas as vilas ao redor.

- De qualquer jeito, o pobrezinho morreria de tédio lá, afinal, não é como se os arredores de Great Hangleton tivesse grandes casos para ele.

- O trabalho dele não se resume em desvendar crimes mirabolantes – o senhor murmurou, antes de olhar para o mais novo dentre eles – Não estou certo?

- Está... Apesar de que é muito mais interessante tentar descobrir o que aconteceu com um corpo que chegou com várias marcas de tiro e uma marca de estrangulamento do que com um que chegou do hospital e que obviamente morreu devido a uma complicação boba de cirurgia – o legista falou, mas logo decidiu que teria sido melhor ter mantido a boca fechada ao ver a expressão meio sem jeito que tomou o rosto da avó – Desculpem-me, eu tenho mania de falar dessas coisas como se não fossem nada demais.

- Você apenas se acostumou com elas – Thomas falou – O que é bom, creio eu.

O mais novo olhou para Tom Sr., vendo os olhos deste presos no senhor, como se tentasse descobrir o que ele iria dizer em seguida. O homem olhou para o médico e abriu a boca, como se fosse falar algo, mas apenas mordeu o lábio inferior e voltou a desviar o olhar.

- Thomas – o Sr. Riddle falou e, logo, Tom Sr. ergueu o olhar e o encarou – Eu não vou falar nada que constranja você ou o garoto, não se preocupe.

- Eu não...

- Então – homem mais velho virou-se para olhar o neto – Médico legista. O que o levou a escolher essa carreira?

Tom franziu a testa, antes de responder.

- Curiosidade – o avô ergueu uma sobrancelha de um jeito que o lembrava muito de si mesmo – Medicina é um curso interessante e medicina legal ainda mais. Eu tinha curiosidade de ver como as coisas funcionavam nessa área.

- Cada corpo é um grande enigma e você só precisa solucioná-los – Mary finalmente voltou a falar, com um sorriso estampado em seu rosto.

- Exato.

***

Hermione franziu a testa enquanto olhava o homem a sua frente. Barty Crouch Sr. era o tipo de gente que ganhava a antipatia da médica rapidamente... Orgulhoso e tedioso, o Sr. Crouch ainda tinha um grande desgosto pelo fato de seu filho estar internado na ala psiquiátrica de Hogwarts, o que fazia com que ele destratasse todo e qualquer funcionário do hospital, como se eles fossem os culpados pelo estado de Barty Jr.

- Você havia me dito que ele estava melhorando.

- Oh, ele está? – o homem ergueu uma sobrancelha e soltou um muxoxo, irritado – Alguém falando sobre como está sendo observado por homens mascarados durante a noite não me parece muito normal.

- Sr. Crouch – Hermione respirou fundo, tentado manter a calma – A situação de Barty é... delicada. Há altos e baixos no tratamento. Ele pode estar agindo perfeitamente normal em uma semana e, na próxima, estar tendo alucinações novamente.

- Mesmo, Dra. Granger? Ora, por que não me avisou disso antes? Assim eu poderia saber que meu filho vai ser louco para sempre.

- Sr. Crouch, o senhor deve entender que...

- Agora você irá me dizer que eu tenho que entender que meu filho é uma pessoa normal e que só está passando por uma fase difícil – Crouch revirou os olhos, erguendo-se da cadeira na qual estava sentado – Desculpe-me, Dra. Granger, mas eu não sou o tipo de homem que quer ouvir mentiras para se sentir melhor.

- O que eu ia dizer, Sr. Crouch, é que a situação de Barty é delicada, mas que ele tem grandes chances de ter uma vida normal – a mulher explicou, levantando-se de sua cadeira e seguindo o outro para fora de seu escritório – O tipo de esquizofrenia que o seu filho apresenta é aquele que, normalmente, tem o melhor prognóstico! Sr. Crouch!

Hermione bufou baixinho ao ver o homem se afastar sem nem falar nada. Ela adorava Barty Crouch Jr., mas não conseguia agüentar o seu pai... Se ela pudesse tratar o rapaz sem ter que entrar em contato com o Sr. Crouch, então o mundo seria um lugar muito melhor para ela. Mas, como aquilo era impossível, a médica detestava sempre que tinha que se encontrar com Barty Sr., mas o fazia mesmo assim.

- Dra. Granger?

- O que foi agora? – a psiquiatra virou-se para ver uma enfermeira parada atrás de si, olhando-a com uma expressão assustada – Me desculpe... O que foi?

- Bellatrix.

A mulher respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos.

- Por favor, peça para a Dra. Bones ir ver o que a Sra. Lestrange precisa, afinal, todos sabemos que ela nunca responde muito bem quando eu tento acalmá-la- murmurou Hermione.

- A Dra. Bones não pode porque precisa levar isso aqui para os arquivos do hospital – Granger viu a dita médica passando por elas, sorridente e erguendo uma pasta.

- Vamos lá, Susan, eu levo isso e você cuida de Bellatrix – Hermione deu um sorrisinho fraco.

- Estou realmente ouvindo bem? Hermione Granger está trocando um paciente por uma pasta de arquivos? – Susan riu, antes concordar com a cabeça – O que aquele legista está fazendo com você, querida?

- Pare com isso – a mulher murmurou, pegando a pasta que a outra lhe estendia – E cuide bem da Sra. Lestrange.

- Pode deixar, querida – Bones acenou para ela, antes de virar-se para a enfermeira e começar a falar com ela.

Hermione sorriu sutilmente, antes de dar as costas para as duas e dirigir-se para a saída da ala psiquiátrica e indo em direção ao subsolo, onde os arquivos ficavam guardados. Chegando lá, a mulher foi direto para a sessão dos arquivos de sua ala.

- Quem é você para sabermos aonde colocá-la? – a médica murmurou, abrindo a pasta e vendo o nome da paciente – Amélia Ridley. Nome legal o seu, me lembra o de um conhecido.

Ela foi até a gaveta na qual sabia que estaria a pasta original de Amélia Ridley e a abriu, antes de começar procurar, aba por aba, pelo nome da mulher. Assim que o encontrou, sorriu e guardou os papéis lá dentro. Hermione já estava pronta para fechar a gaveta antes de ver, em uma das aba dos arquivos, um nome conhecido.

A psiquiatra franziu a testa enquanto puxava o arquivo para fora da gaveta, antes de olhar para os lados e, ignorando uma grande parte de sua mente que a mandava parar com aquilo, fechar a pasta, colocá-la debaixo do braço e sair do aposento.


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Notas finais do capítulo

Tchan, tchan, TCHAN! -QQQ

Okay, mil desculpas pela demora ): Faculdade é uma droga que consome todo o meu tempo ): O tumblr consome o que a faculdade deixa livre D:

Anyway, não tem muito o que falar sobre sse capítulo... Ele é meio idiota e tals.


Uhhh! Adivinhem quem está finalmente dissecando? Yey :D Apesar de que eu nunca faço muita coisa interessante na dissecação, apenas limpo o cadáver tirando fáscias e tals... Se bem que semana passada eu soltei dois músculos e aula passada eu soltei algumas veias e nervos. Anyway, estou dissecando, estou enchendo o meu nariz de formol a cada dia que passa...


Bom, espero que tenham gostado desse cap. apesar de ele ser meio idiota :/ Reviews são, como sempre, lindos :DDD


Beijos ;*
Ari.



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