Diário de Uma Anônima. escrita por Gosmenta


Capítulo 2
Proposta




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 Acordei e coloquei o tradicional uniforme da escola, que eu particularmente odiava.

Fui para o St. Agnes, distraída esbarrei em Britney Vinblitt a patricinha que todos amavam. Não parei para pedir desculpa, alias ela só me olharia com aquele olhando “assustador” e falaria: “Sai de Perto de mim”.

-Garota! –Disse ela. Fingi não ouvir, e continuei andando. Ela me puxou. –Você não vai pedir desculpa?

-Er... Não. –Olhei pro rosto dela sem nenhuma emoção. –Vai fazer alguma coisa?

-Você sabe com quem está falando?

-Sim, Britney Vinblitt. E não é absolutamente nada pra mim. –Ela ficou paralisada, e eu lancei meu sorriso de vencedora. O sinal tocou. –Tenho que ir, afinal eu venho pra cá estudar, não perder meu tempo com você.

Entrei na sala, me sentei e abaixei a cabeça, a senhora Gordon iria dar aula. Aquela louca, já me levou pra sala dela só porque estava mascando chiclete, e eu a chinguei e até hoje ela me olha com um olhar “perverso”.

Quando levantei a cabeça já no meio da aula eu quase tive um ataque, está bem, eu só fiquei encantada com aqueles profundos olhos verdes, Aaron McKinley se sentou ao meu lado, por livre e espontânea vontade, ele devia ter chegado atrasado e só tinha aquele lugar, mas ele nem reclamou, isso é bom.

Aaron era e é o garoto mais lindo da escola, se não for o mais lindo de toda Columbus, ele tinha os cabelos cor de mel, que sempre atrapalhavam seus olhos, o fazendo dar aquela viradinha de cabeça encantadora, os olhos verdes escuros impressionantemente perfeitos, no tom exato, a pele levemente bronzeada e o sorriso de dentes perfeitamente brancos e reluzentes. Sim eu sou apaixonada por ele, aliás, quem naquela escola não era. Mas ele era namorado de Britney, o que me deixava cada vez mais afastada dele.

-Wolderchet...

Ao ouvir meu sobrenome pronunciado rapidamente, naquela voz perfeita minhas bochechas coraram, minhas mãos começaram a tremer, não conseguia olhar para ele naquele estado.

-Wolderchet?! –Sua voz ficou mais alta, ainda não conseguia encarar seu olhar. –Wolderchet. –Ele fazia meu sobrenome parecer doce-Ele tocou meu braço, automaticamente olhei para ele. Ele arrumou a franja.

-Oi?! –Pisquei compulsivamente.

-Meu Deus, você estava no mundo da lua. Me empresta uma caneta?-Ele nunca tinha uma caneta. Olhei para o meu estojo procurando a caneta, demorei 15 segundos pra achar.

-Er... Pronto. –Ele me olhou assustado.

-Valeu. –Não respondi, mas não conseguia tirar meus olhos de seu rosto.

-Senhorita Angeline! Já terminou suas anotações? –Berrou a taquara rachada. Bufei.

-An-gel! –Sibilei. –Não terminei senhorita Gordon!

-Pois trate de terminar. –Olhei para o caderno que não tinha nada escrito apenas uma nota musical.

Decidi então abaixar a cabeça novamente e tentar um cochilo. Um cochilo que durou até a ultima aula, as professoras não ligavam se eu estava olhando.

Quando tocou o sinal o meu telefone tocou na minha bolsa. Atendi no segundo toque.

-Oi mãe.

-Filha você poderia vir aqui na loja me ajudar?

-Na sua hora extra?

-Não, agora. Eu preciso de ajuda. –Ela nunca me pedia pra ir lá de  tarde.

-Tá, to indo. Beijos. –Desliguei.

Caminhei meio que com pressa até a loja, ela devia estar muito ocupada mesmo.

Quando cheguei lá vi minha mãe me esperando, perai, mas ela não estava ocupada?

-Oi filha! –Disse sorridente vindo a meu encontro e me abraçando.

-Oi! Er... Você não estava ocupada? –Ela hesitou por um momento.

-Na verdade queria te mostrar uma coisa...

-Que coisa? –Ela sorriu para alguém que parecia estar atrás de mim, olhei para trás.

E vi, ele, o tão invejado, o tão famoso, o tão sexy, ele: Vincent Stronmal. O produtor de “Rockstar Game”, ele estava atrás de mim! Porque ele estava atrás de mim?

Olhei para seus olhos azuis.

-Olá senhor Stronmal! –Tentei sorrir, mas meus lábios não se moviam.

-Olá Angel! –Ele me chamou de Angel! A primeira pessoa que me chama de Angel sem nem ter falado Angeline, que milagre.

Ele estendeu sua mão, depois de vinte segundos me toquei e apertei sua mão.

-Prazer em conhecê-la.

-O prazer é inteiramente meu. –Continuava apertando sua mão, comecei a suar e as separei. –Desculpe perguntar, mas o   que o senhor faz aqui?

Eles se entreolharam.

-Acho melhor comermos alguma coisa... O que acha senhor?

-Já falei para me chamar de Vincent, Louise. –Ela corou. Meu Deus o que estava acontecendo ali.

Fomos para um restaurante próximo, o Le Petit Chevalier.

Vincent conversou com o recepcionista e ele nos fez ir até uma mesa ao fundo do restaurante dando vista para o grande rio da cidade.

Quando a comida chegou ele começou a falar:

-Bom Angel, você foi escolhida para ser a estrela de “Uma História de amor”. –fiquei sem reação.

O nome História de Amor pode parecer muito comum e sem graça, mas pra mim era o nome do inicio da minha carreira. Era o sonho de todo adolescente atuar em algum seriado de Stronmal.

-Pode repetir? –Minha mãe deu um tapa de leve em minha mão e riu.

-Você certamente sabe que queríamos uma pessoa anônima para ser a protagonista do seriado, não é?

-Sim eu sabia. –Afirmei.

-Então, nós vimos seu vídeo, e encontramos em você o que procurávamos.

-Minha Nossa, Maggie estava certa!

-Maggie?

-É a melhor amiga dela Vincent. –A única amiga.

-Então Angel, você aceita?

-Mas é claro, com certeza. –Ele apertou minha mão sorrindo

 


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