Sinceramente Arthur estava farto de Eames, os sorrisos matreiros, as pequenas piadas, o olhar sedutor. Tudo naquele homem o irritava naquele preciso momento, especialmente o facto de não conseguir manter as suas mãos só para si mesmo. Um pequeno toque no braço, outro ligeiramente mais subtil nas costas, eram o suficiente para por Arthur doido, só lhe apetecia gritar, mas isso iria por todo o processo em risco.
Eames por ser lado parecia adorar aquilo, irritar Arthur e vê-lo controlar-se para não gritar, isso deixava-o estranhamente em êxtase, ansioso que o mais novo resolvesse deixar a mascara passiva que apresentava. Sabia que faltava pouco para que isso acontecesse e que um pequeno gesto e conseguir o que queria.

Aproveitara os ensaios para a missão que lhes competia, implantar uma ideia na mente de Robert Fischer, o único herdeiro de Maurice Fisher, o principal rival de Saito na indústria. Aproximara-se lentamente de Arthur, que estava em pleno sono, começando por percorrer a sua face com os seus dedos à procura de reacção, e para seu belo prazer não a obteve. Colocara cada uma das suas pernas ao lado do corpo de Arthur e aproximou a sua face ao ponto de conseguir ouvir o seu lento respirar.
Grande foi a sua surpresa quando a espreguiçadeira em que estavam os dois quebrou fazendo com que Arthur acordasse. Os seus rostos aproximaram-se, e Eames aproveitara a situação e beijara Arthur.

A face do mais novo não tardou a ficar rosada, era algo que apesar de todos os avanços de Eames, não estava à espera que acontecesse .