This Is My Gang! escrita por Metal_Will


Capítulo 220
Capítulo 220


Notas iniciais do capítulo

Leiam que a gente conversa lá nas notas finais.



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Capítulo 220 - Essa é a minha gangue!

Segui pelo salão segurando as mãos de Demi e começamos a dançar lentamente. Outros pares também aproveitavam a música e davam seus passos de maneira tímida, mas graciosa. É, ninguém ali era profissional, mas pelo jeito todos estava se divertindo. Emília dançava tão agarrada com Eustênio que o pobre coitado parecia estar sendo estrangulado. Patrícia aproveitava seu par o máximo que podia.

– Ai! - reclamou o tal modelo que dançava com Patrícia.

– O que foi?

– Você pisou no meu pé! - disse ele, em voz baixa, mas com movimentos labiais bem claros.

– Por acaso tá dizendo que eu danço mal? - retrucou a garota.

– Só toma mais cuidado!

– Fica quieto ou não te pago a caixinha, heim?

– Tá bom.

Do outro lado, professora Joseane brigava com o professor Denis, para variar.

– Cuidado para não pisar no meu pé! Você é muito desajeitado!

– Dá pra ficar quieta um minuto! - disse ele, pegando a professora pela cintura e aproximando-a mais do peito - É só você deixar que eu conduzo, sua tonta.

A professora ficou admirada com aquela iniciativa por alguns segundos, mas logo voltou ao que era.

– Você me conduzir...é mais fácil eu te levar, seu tonto!

É, eles não tinham muito jeito...

Independente do que estava acontecendo ao nosso redor, o fato é que Demi e eu estávamos ali, dançando em música lenta. Seria uma chance de finalmente dizer alguma coisa.

– Música bonita, não? - falei.

Ótimo. Não poderia ter sido mais sedutor, não é?

– É, é sim. Você gosta?

– Bem, não costumo ouvir muito...

– Está dançando muito bem - comentou ela.

– Ah, obrigado. Você também.

Ela sabia cantar, dançar e atuar...por que falei algo que não era novidade nenhuma?

– Obrigada. Sempre gostei dessas coisas.

E o movimento dançante continuava.

– O que foi, Daniel? - disse ela, de repente, antes que eu falasse mais alguma coisa.

– Hã? Como assim?

– Você parece inquieto com alguma coisa.

– Hã? Inquieto?

– Acho que já conheço o seu jeito. Pode falar. No que você tá pensando?

– É que eu...

Provavelmente minha cara estava começando a ficar vermelha. Mesmo assim, acho que ela não deve ter percebido. A iluminação da pista de dança não era das melhores e não dava para enxergar minhas expressões patéticas tão bem. Seja como for, ela havia dado uma abertura. Era uma oportunidade de falar que seria legal se aproveitássemos nossa parceria na dança para sermos parceiros na vida. Não, não seria uma boa resposta. Talvez eu devesse ser direto e falar que gostaria de ser mais do que amigo dela. Não, ser direto nunca funciona. Então poderia dizer que estava pensando nela, como andava pensando nos últimos anos. Poderia dizer coisas assim. Mas Demi foi mais rápida em mudar de assunto.

– Você é mesmo um cara engraçado, Daniel.

– Hã? Engraçado? Não, eu...

– Na verdade, estou muito feliz de ser amiga de todos vocês.

– Como assim?

– Sabe. Nunca me diverti tanto como nesses últimos dois anos. Fizemos tantas coisas legais juntos. E espero que a gente continue fazendo. O Wilson é mesmo uma figura. Gosto muito de todos vocês!

Ela disse isso com um sorriso tão lindo e uma expressão tão inocente que eu não consegui dizer nada. Resolvi continuar ouvindo ela falar.

– Espero que nós continuemos amigos para sempre!

É incrível como a palavra amigos soou na minha mente de forma ecoada. Essa palavra se destacou mais do que todas as outras que ela disse. Incrível como nossa mente é seletiva, não é? A zona da amizade tem um portão bem largo...talvez por conta do alto número de pessoas que passam por ele. Não que ela estivesse me dando um fora, mas a aura denunciava claramente que os sentimentos não passavam de um grande sentimento de amizade.

– Mas não muda de assunto - continuou Demi - Você quer falar alguma coisa. Vai, pode dizer.

– Bom, eu..

Poderia continuar dançando e disfarçando, mas bem naquela hora a música acabou. Várias pessoas começaram a bater palmas para todos os pares e acabamos nos distraindo.

– Será que vão começar outra música? - perguntei.

– Bom, acho que agora vou dançar com o Wilson ou o Jorjão.

– Hã? Mas..

– Ah, acho que essa coisa de ter um par é bobagem - disse ela - Por que não podemos dançar com quem a gente quiser? Não estou nem aí para um prêmio ou seja lá o que for.

Mas nem todo mundo estava pensando assim.

– E então? Quando vocês vão anunciar que eu fui a rainha da noite? - perguntou Patrícia para os professores que estavam servindo de jurado. Não, dessa vez o Denis não estava entre eles, mas nosso sonolento professor de história, Fonseca, havia aderido ao cargo mais uma vez. Pena que ele estava cochilando demais para acompanhar a resposta do vice-diretor Rui, o outro jurado.

– Calma, Patrícia. Vou discutir com o professor Fonseca e professora Vitória sobre todos que dançaram e..

– O que tem para discutir? Não tem casal mais lindo nessa noite do que eu e o famoso Marcos Caio. Não é Marcos?

O acompanhante de Patrícia só estava tentando descansar um pouco tomando um copo de refrigerante, mas ele não parecia ter muito tempo para isso.

– Marcos! Marcos Caio! Não te paguei pra ficar de corpo mole! E desde quando modelo toma refrigerante?

– Eu só estava com sede e..

– Vai ficar do meu lado a noite toda, meu querido. Não quero saber. Você sabe que está sendo muito bem pago para isso! - disse ela, puxando o pobre modelo que devia estar pensando que o pagamento de certas coisas não valiam tanto a pena assim.

Enquanto isso, já havia me acomodado com Demi em uma das cadeiras, enquanto a música eletrônica havia voltado.

– E aí? Vamos dançar essa?

– Hã? Mas como se dança esse tipo de música...eu..

– É só se mexer à vontade! - falou Demi - Vem!

Tem uma coisa interessante nas pistas de dança eletrônica. Como as luzes viviam se alternando, quem olhasse de fora veria apenas flashes seus. Então, mesmo se mexendo pouco, dava a impressão de que você dançava. Tentei dançar desajeitadamente, mas era claro que fora da música lenta minhas habilidades não eram grande coisa. Mesmo assim, fiquei até o final, embora quase tenha esbarrado várias vezes em Dimas, que me olhou feio em cada uma delas.

– Viu? Não é divertido?

– Só não sou muito bom nisso..

– Quem liga se você é bom ou não? Apenas curta e relaxe.

Curtir e relaxar. Será que eu devia logo entrar no ritmo daquela escola e cair de cabeça em todas as maluquices que aconteciam naquele colégio? Bem ou mal, passei dois anos da minha vida escolar naquela escola. Estava ligado a todos eles de alguma forma.

– E então? Gostando da festa? - disse Wilson, se aproximando de nós, junto com Karina e Jorjão (que devorava vários salgadinhos).

– Estamos nos divertindo muito! - respondeu Demi - Ah, e ainda nem comentei o quanto gostei da sua gravata borboleta.

– Gravatas borboletas são legais - disse Wilson, puxando levemente sua gravata com as duas mãos.

– Quer dançar?

– Depois que toda a escola ver a nossa glória! - disse ele - Quero deixar tudo da melhor maneira possível!

– Você organizou tudo sozinho dessa vez? - perguntou Demi - A gente poderia ter ajudado!

Sim. Poderia. No futuro do pretérito. Como eu gosto desse tempo verbal!

– Ah, relaxe. Não foi muito difícil. Queria deixar isso como um marco na nossa jornada escolar. Achei legal fazer isso antes da mudança.

– Mudança? - indagou Demi.

– É...tem momentos na vida que marcam separações. Acho que esse é um deles. Fiquem atentos, pessoal. Vou fazer os preparativos.

Eu também ouvi aquela palavra. Wilson saiu da nossa presença rapidamente antes que pedíssemos mais detalhes, mas ele havia dito aquela palavra mesmo: mudança.

– Como assim mudança? - perguntou Demi.

– Talvez...ele esteja mudando de escola ou de cidade - falou Karina.

– O quê? Mas ele não disse nada pra gente! Pelo menos não para mim! - retruquei.

– Também não falou nada para mim - disse Jorjão, com uma cara de preocupação que eu nunca tinha visto - Na verdade, ele só comentou isso agora.

– Ele nunca é de fazer as coisas sozinho - lembrou Demi - Essa história de colocar nossos melhores momentos no telão...será que..

De repente, todos os meus problemas pareciam pequenos. Estava aquele tempo todo pensando se conseguiria namorar com a Demi ou coisas do tipo, mas não via algo tão urgente debaixo do meu próprio nariz. Wilson iria...se mudar? Como assim?

– Estranho ele não ter dito nada - Karina estava inexpressiva, mas o seu tom de voz aparentava alguma preocupação. Claro, era algo surpreendente até mesmo para ela - Será que ele pretendia nos contar aqui, no baile?

– Wilson sempre gostou de fazer as coisas de um jeito meio...diferente, né? - comentou Demi.

Fiquei pensativo nos próximos minutos. Esqueci da música, da festa ou de meus problemas amorosos. Esqueci até mesmo que Demi havia me dado um fora implícito. Só conseguia pensar no destino de Wilson. Será que ele iria mesmo se mudar? Wilson havia sumido nos próximos minutos, bem na hora que a segunda música lenta iria começar.

– É agora que eu ganho esse posto de rainha do baile! - disse Patrícia.

Mas, naquele momento, as luzes se apagaram e as imagens no telão bem no meio do salão começaram a aparecer. Wilson aparecia claramente no vídeo, mostrando sua cara sorridente e sua voz em alto e bom som. Estava bem humorado como sempre.

– Boa noite, queridos alunos do Megatec - falou ele (parece que essa última parte ele editou antes de sair de casa ou já previa a roupa que estava usando, afinal, era ele de terno e gravata borboleta ali, exatamente a roupa que estava usando) - Interrompo a festa de vocês para uma boa causa!

– Ei, o que é isso? - reclamou Dimas.

– Ah, não! - ralhou Patrícia - Ele vai ser o centro das atenções de novo! Por que essas pessoas são tão egoístas? Será que ninguém pensa em mim?!

– O que vocês verão agora...é a demonstração última de que nossa gangue é a mais popular desse colégio! - o vídeo continuava.

– Vou parar isso agora! - disse a diretora Sílvia, mas o marido dela, que a acompanhava no baile, a puxou pelo braço.

– Calma, querida - disse ele - Estou interessado em ver o que esse garoto fez.

– Mas...

– Você precisa relaxar mais!

O vídeo continuou. Wilson conseguiu compilar fotos dos mais diversos momentos que passamos naquele colégio. Desde nossas primeiras tentativas de vender café na sala de limpeza, nossa rápida passagem pelo jornal da escola, edições do jornal, nossa candidatura ao grêmio, nossos projetos de ciências, nossas fotos da excursão escolar, nossas poses de detetive no caso Troll, nossas tirinhas da galinha guerreira e, claro, o trailer do nosso filme (sim, ele havia feito um trailer).

– Pensando bem...eles fizeram muita coisa mesmo, né? - comentou uma menina aleatória.

– Cara! É a nossa música! - comemorou Abel - Até que aqueles pirralhos manjam!

Foram uns dez minutos de vídeo mais o trailer. Nesse meio tempo, Wilson apareceu atrás de nós com um belo sorriso.

– Você guardou mesmo todas as nossas fotos - falou Demi, enquanto o vídeo rolava.

– É claro - respondeu ele.

Tudo continuou. No final, Wilson apenas diz (no vídeo).

– Que o Megatec carregue sempre a NERD em suas lembranças! Esse vídeo ficará marcado na história desse colégio!

E fim..

Bem, num momento desses normalmente as pessoas batem palmas. De fato, três pessoas aplaudiram, mas a maioria não estava muito interessada.

– Agora a gente pode voltar com o baile? - disse Patrícia.

– Coloca a música, DJ! - berrou Dimas.

– Ora, seus - reclamou Wilson - Bom, de qualquer forma, acho que valeu a pena. Será uma boa lembrança antes de me mudar e...

Sim. Era verdade. Ele iria se mudar. Mesmo. Depois de tudo que passamos juntos, ele realmente iria sair da minha vida assim? Quer dizer, eu nunca pedi para ele me chamar para fazer parte de uma gangue. Suas ideias malucas me tiram do sério. Os micos que paguei foram todos culpa dele, mas...ele vai embora assim.

– NÃO! - gritei, mais alto do que gostaria. Como a música ainda não havia voltado, todos olharam para mim. Mas eu não me importava. Eu não podia deixar Wilson ir embora sem ouvir umas boas verdades. Não mesmo.

– O que foi, Daniel?

– Você...não pode se mudar, Wilson - falei. Ele iria dizer algo, mas eu continuei falando - Wilson. Eu...eu nunca admiti, eu nunca dei o braço a torcer, mas...mas...

A emoção estava quase me impedindo de falar, mas eu continuei. Precisava despejar aquilo.

– Mas esses dois anos foram os mais divertidos da minha vida!

Eu disse mesmo aquilo? As pessoas ainda estavam ouvindo...

– É verdade. Pagamos muitos micos, fizemos muita confusão, nos demos mal várias vezes, mas...no fim, tudo era muito legal! E se você for embora...se você for embora..

As lágrimas do meu rosto já estavam saindo.

– ESSE COLÉGIO NÃO VAI TER GRAÇA NENHUMA! - foi assim que terminei. Não me importava mais no que as pessoas iriam pensar. Podem me chamar de manteiga derretida, chorão, o que for. Dane-se. Eu chorei mesmo. Eu admito: não podia suportar a ideia de acordar de manhã e não ver mais aquele maluco no pátio da escola criando alguma ideia mais maluca ainda.

– Daniel... - Demi também parecia comovida. Isso iria acabar com a maquiagem dela - ...você...falou tudo...

Jorjão tentou disfarçar a emoção comendo. Karina apenas olhava para o chão de forma inexpressiva. Todos os outros apenas olhavam a cena toda.

– Ah, que é isso, gente? Assim vocês me deixam sem graça..- falou Wilson.

– Mas Wilson. Por que não disse para nós que iria se mudar? - perguntou ela - Vamos sentir sua falta!

– Sentir minha falta? - ele estranhou a pergunta.

– Claro! Como vamos te ver em outro colégio! - falei, ainda meio choroso.

– Outro colégio? Do que estão falando? - Wilson estranhou - Eu só vou mudar de casa, mas ainda é na mesma cidade.

– Mesma...cidade? - repeti.

– É - ele continuou - Na verdade, é numa casa na rua de baixo da minha que meu pai estava de olho há algum tempo. É uma pena. Vamos ter que abandonar nossa árvore...nossa casa nela nem deu certo.

– Rua...de baixo... - eu não podia acreditar. Gastei meu choro à toa.

– Desculpe. Foi um mal entendido - falou Wilson, coçando a cabeça - Mas fico feliz que seja tão ligado à NERD, Daniel. Hahaha.

Ele ria. Já eu estava num misto de raiva com alívio. O que mais podíamos fazer naquela hora? Um abraço coletivo era a única resposta!

– Wilson, seu...idiota! - foi o que disse, ao abraçá-lo junto com Demi. Jorjão entrou logo depois. Karina deu de ombros e também aderiu ao abraço, embora não estivesse esboçando sua emoção (eu sei que por dentro ela também estava aliviada).

– Ei, calma. Não sou muito bom nessas coisas - riu Wilson.

– Ótimo - falou Patrícia - Agora que está tudo resolvido...podemos voltar para o baile, quero o meu título.

– Wilson - nem preciso dizer que Cássio também estava muito aliviado e derramando lágrimas viris por todos os lados - Ainda bem que foi só uma confusão, ouviu? Nunca te perdoaria se saísse dessa escola antes de eu te derrotar!

– Seus alunos são mesmo muito unidos, querida - disse o marido da diretora Silvia - Ei, o que é isso? Aquela diretora durona está derramando uma lágrima?

– Ora, claro que não. Foi só um cisco que caiu no meu olho. Nunca iria demonstrar fraqueza na frente dos alunos!

Então foi isso. Wilson só iria se mudar para a rua de baixo. Demi só me via como amigo (e, quer saber? Acho que eu também não sabia se o que eu sentia era um amor mesmo...talvez tenha sido apenas um afeto que não soube lidar, ah, sei lá, são coisas que estão além da minha tenra idade) e dançou várias outras vezes comigo, com Wilson e com Jorjão. Patrícia não ganhou o título de rainha do baile que foi dado à Emília (e o tombo que o namorado dela levou quando ela o abraçou ao comemorar a vitória deve ter doído). E o que mais? Bem, acho que o principal foi isso.

– Vai, gente. Se ajeitem para a foto! - disse um fotógrafo aleatório, pretendo tirar uma foto global de praticamente todos os presentes naquele baile. Não foi fácil fotografar tanta gente, mas ele conseguiu. Era um momento marcante na vida do Megatec.

É, cara. É como eu disse. Escola é um lugar barra pesada. Você sofre com lições, com provas, com valentões querendo roubar seu lanche, com professores mal humorados e, principalmente, com amigos malucos. E, no fim, acho que eu também sou maluco. Ah, não tenho mais nada a dizer.

O que mais eu posso falar desses caras?

Para todos os efeitos...essa é a minha gangue.


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Notas finais do capítulo

E assim nos despedimos dessa turminha que só aprontava.

Não sei se o final ficou bom, mas era mais ou menos o que eu tinha em mente. Preferi deixar assim. A vida continuando. Daniel e seus amigos iriam se formar, descobrir a adolescência, se apaixonar (é claro), mas queria terminar essa história eternizando a amizade desse grupinho em seu ponto alto. Não acho que precisamos saber o que acontecerá com eles...só precisamos saber o que aconteceu com eles até aqui. O que foi bastante coisa.

Foram cinco anos deliciosos escrevendo as peripécias dessa gangue e nem preciso dizer que todos os personagens do Megatec estão guardados no meu coração com todo o carinho. E espero que você, caro leitor, também tenha passado bons momentos com eles.

Meu objetivo nessa história foi criar um mundo divertido, simples e inocente. Contrastar uma geração cercada pela tecnologia mas, ao mesmo tempo, que valoriza os bons momentos com os amigos (por mais que Daniel reclamasse das confusões que se metia). Tentei passar um sentimento de nostalgia para aqueles que já saíram da escola e da infância (afinal, quem nunca viajou em projetos grandiosos quando era criança? Wilson apenas dava alguns passos a mais...) e, para aqueles que ainda estudam, tentei passar uma mensagem de que, com alguma imaginação, a escola também pode ser divertida. Se for o seu caso leitor, aproveite. Você pode não acreditar em mim, mas vai sentir muita saudade dessa época. Claro, ninguém estuda em uma escola tão doida quanto o Megatec, mas valorize os bons momentos de colégio, valorize os bons momentos da infância...eles nunca mais vão voltar, pelo menos não do mesmo jeito.

Não sei se o final foi bom (sou péssimo com finais), mas espero que você saia dessa história bem de espírito. Se você deu pelo menos um sorriso em algum momento dos 220 capítulos dessa saga, eu já fico feliz.

E, minha última palavra aqui é esta: obrigado. Obrigado por ter me acompanhado por tantos capítulos. Obrigado por ter permitido chegar até aqui. Quantas histórias conseguem mais de 200 capítulos e terminam? Creio que não muitas. Mas essa aqui conseguiu vingar até o fim. Não parece, mas cinco anos é tempo pra caramba! Se você acompanhou essa história desde o início, com certeza ela fez parte de uma fase inteira da sua vida. Muito obrigado por ter deixado esses personagens invadirem o seu cotidiano por tanto tempo.

Deixo um agradecimento especial a Miss Viegas, uma leitora que sim, acompanhou a história desde o começo e sempre deixou seus comentários, apoiando e me incentivando a continuar. Se essa história chegou até onde chegou, pode apostar que você teve um papel importante nisso. Muito obrigado mesmo.

Claro que todos os leitores que comentaram também merecem agradecimentos. Obrigado a todos. E, bem, é isso. Deixe seu review. Se você é daqueles leitores que espera a história toda acabar para comentar, chegou a hora. Gostaria muito de ouvir sua opinião final sobre This Is My Gang!

Mais uma vez, muito obrigado. E, ah, espero vê-los em uma outra história (não pretendo parar de escrever ainda) e...caso você queira reler capítulos anteriores de TIMG tenho um desafio para você: tente achar referências a desenhos, filmes e séries que aparecem no meio da história. Como bom nerd, sempre colocava alguma referência quando tinha oportunidade. Hehe.

Então, encerro por aqui com esse cisco que caiu no meu olho. Até uma próxima, amigos. Notórios Estudantes da Revolução Divertida para sempre em nossos corações!