Não deu tempo nem para nós piscarmos e meu pai já estava ao nosso lado.

-Estão vindo em nossa direção- ele falou tenso e Jacob no mesmo segundo se afastou um pouco de mim e se transformou rasgando o sua bermuda jeans em vários pedaços.

Logo todos saíram da casa e foram para onde nós estávamos colocando-se em minha frente de modo protetor enquanto escutávamos passos leves e rápidos vindo da floresta, fazendo um grande estrago por onde passava.

Em apenas três segundos um vampiro saiu da floresta, a 5 metros de distancia e para a minha surpresa eu o conhecia. Era o mesmo vampiro que eu tinha visto na floresta, o que tinha tentado me atacar.

Ele olhou não para nós, seus olhos estavam fixos na floresta. Ele olhava com certa preocupação e estava agachado em posição de ataque.

Escutamos paralisados o que o vampiro temia. Os passos eram mais lentos do que o de um vampiro, mas eram também mais habilidosos e silenciosos.

 Olhei surpresa para o meio vampiro que tinha impedido que os dois vampiros me atacassem. Será possível? Eram os mesmos da floresta, só que a mulher não estava ali.

-Mas que droga Mark será que você não pode ficar quieto por um minuto? - o meio vampiro falou furioso

- Ah... Rafael, nós não podemos fazer nada! Qual é o problema de nos divertimos um pouco? - Mark rebateu.

-Você vai é nos expor e aposto que não vai nada divertido quando os Volturi vierem arrancar a sua maldita cabeça que não parece saber raciocinar- fiquei chocada ao ouvir o nome dos Volturi e o medo me dominou ao lembrar da imagem dos mantos negros andando lentamente em nossa direção. Estremeci com a lembrança e sacudi a cabeça tentando afastar o pensamento.

-É bom você saber respeitar as regras se não quer que eu mesmo arranque a sua cabeça-  Rafael falou e pareceu perceber que estava sendo observado, olhou em nossa direção e por um breve momento seus olhos pousaram e mim e de imediato ele me reconheceu.

Ele olhou mais uma vez para todos nós meio surpreso. Mark também olhou para nós e depois bufou meio mal humorado:

- Que sorte a nossa os Cullens vieram justo para cá- ele falou debochado e Jacob rosnou baixou ao meu lado

- Então... eu vou nessa,até mais- Ele falou olhando meio temeroso para Jake e foi embora rapidamente, antes que o Rafael pudesse ter alguma reação.

-Droga de vampiro medroso- Rafael resmungou se virando para nós

–Hã... desculpe pelo susto- ele falou nos observando com cautela. Minha família era muito intimidadora e eu sabia que o Rafael não ia fazer nada, ele não tinha como atacar ninguém, seria suicídio, mas mesmo assim todos estavam em minha volta.

- Posso saber como sabem sobre nós?- Meu pai falou, enquanto eu tentava inutilmente sair de dentro do circulo protetor

-Todos do nosso mundo conhecem sobre vocês, mas pelo visto vocês mesmos não sabem sobre a sua fama.

“O fato de vocês não beberem sangue humano e de você ter se apaixonado por uma humana já foi motivo para a existência de vocês ser comentada por todo o país. E depois que vocês saíram vivos, mesmo após ter enfrentado os Volturi, viraram celebridades entre nós. Não conheço um recém-criado que seja que não saiba as aventuras que vocês viveram. Mas eu achei que você já soubesse disso, afinal de contas você não lê pensamentos?- Rafael falou me surpreendendo. Então nós eramos meio que famosos?

 -É que nunca tinha lido o pensamento de alguém que nos conhece sem nem mesmo ter nos visto- meu pai falou meio pensativo -E hã...obrigado por ter ajudado Ness- ele falou  com sua voz de veludo

-Disponha- Rafael falou olhando para mim. E Jake se virou e olhou para mim curioso.

Coloquei a mão no seu pelo marrom-avermelhado e lhe mostrei o que aconteceu, enquanto Rafael ia embora dando um pequeno aceno com a cabeça para o meu pai.

Depois de ter mostrado a Jake o que aconteceu ele, olhou rapidamente  para mim e correu em direção a floresta, provavelmente para a sua casinha a poucos quilômetros, (mas distante o suficiente para meu pai não ler seus pensamentos) para pegar outra bermuda.

Dei um suspiro meio cansado, tinha acontecido tanta coisa em dois dias, então fiquei imaginando o que aconteceria dali para frente com inicio das aulas.

Entrei em casa e mostrei aos outros o que tinha acontecido na minha caçada enquanto eu esperava impaciente que Jacob voltasse, eu tinha ficado muito tempo sem ele e ainda não tinha conseguido falar com ele direito.

Jacob chegou alguns minutos depois, para o meu alivio ele era rápido.

 Ficamos conversando o resto do dia, sobre várias coisas e ele reclamou um pouco por eu não ter falado para ele do incidente. Eles eram tão protetores, eu não tinha contado porque não tinha acontecido nada.

Quando anoiteceu fui dormir de bom humor, no final das contas o dia tinha sido bom e estava ansiosa para o dia seguinte, pois ia ser o meu primeiro dia de aula.