Sacrifício aos Deuses escrita por Jacih, estherly


Capítulo 28
O Quanto Vale Uma Vida...


Notas iniciais do capítulo

N/A: Último capítulo! Mas não se desesperem, pois há uma nova temporada completamente inovadora e nenhum dos nossos peronagens amados ficará de fora! Obrigaaada por tudo! E ainda vai ter o epílogo! Beijoos



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POV Scorpius

Eu não lutei para me livrar. Calmamente fui indo até o altar. Ou bomo como eles chamam. Minha inteligência vai até aí, é bom que os deuses gostem dela. Eu a usei com sabedoria. Apenas me deitei no bomo e fechei os olhos, não queria ficar nervoso, ou os deuses não iam gostar da minha carne. Fechei os olhos, sentia o sacerdote me ajeitando no bomo. Respirei fundo. Para quê lutar? Se não fosse eu, iria ser Rose. Rose...Ela jamais entenderá.

O sacerdote ergueu uma bela machaira oferecendo aos deuses. Dizem que quando você está prestes a morrer, você vê toda a sua vida passar diante dos seus olhos. Mas eu via apenas a minha vida com Rose. Mas eu não iria morrer? Respirei fundo. Um aperto no meu coração.

Não iria mais me formar junto com eles. Não iria me casar com Rose e nem teríamos um filho loiro como o garoto do primeiro ano. Não ouviria ela dizer que me ama. Não iria ouvir ela dizer que precisamos estudar. Que ela está sentindo medo, como ela deve estar sentindo agora. Como eu gostaria de sair desse bomo e ir até ela. Abraçar ela, confortar ela com palavras doces e românticas. Não iria sentir ela inteira. Não ouviria ela me chamar...Mas não me arrependo de ter prendido ela lá, ou de ter vindo aqui por vontade. É mais fácil ela viver sem mim do que eu sem ela. Ouvi ela gritar, chamando desesperada por mim. Desculpe-me meu amor, mas não vou atender seu chamado. Nem hoje, nem amanhã, talvez nunca. Vi a machaira se aproximar do meu pescoço e o grito dela por mim aumentar, ecoar em volta de nós. Uma trovoada indicando que a hora chegou.

Perdoe-me Rose, mas fiz isso por que te amo.

***

POV Rose

Eu não entendi no início o que ele fizera, foi só quando o vi desparecer pelas paredes de pedras e me deixar ali sozinha é que eu compreendi que não era eu a sacrificada, mas sim ele. Como? Nós descobrimos tudo, não é mesmo? Seria a Lylian ou eu, mas a Lylian já não era mais virgem, então seria eu...Scorpius aprontara alguma coisa. Por quê?

E então como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, eu compreendi. Ele me amava, talvez mais do que a própria vida e agora estava lá, sendo sacrificado por mim. Em meu lugar.

Eu gritei, desesperada para me soltar, querendo por tudo no mundo chegar a tempo para salvá-lo, ou ao menos ajudá-lo. Na realidade tudo o que eu queria era chegar a tempo de dizer que eu o amava mais que a minha vida também e que preferia morrer ali junto com ele. Mas não houve resposta ao meu grito, pelo contrário, as vozes que pareciam vir de longe, ficaram mais altas.

E respirei profundamente tentando pegar a varinha em meu bolso, mas ele prender minhas mãos muito fortemente. Eu nada podia fazer. Tentei pensar, gritar por alguém, mas ninguém veio em meu socorro. E então eu senti meu coração apertar e uma frase ficar cravada em meu feito e minha mente.

Perdoe-me Rose, mas fiz isso por que te amo.

E então eu chorei, desesperada, gritando e implorando por uma ajuda que nunca veio, que nunca viria. Gritei por ele mesmo sabendo que não havia mais volta, que eu não o tinha mais. E só então eu compreendi a dimensão do meu amor por ele. Porque se ele fizera isso porque não existia ele sem mim, então agora eu sentia que sem ele, eu também não existia.

***

POV Autoras

E então a machaira cortou o ar, não apenas o ar, mas a cabeça de Scorpius. Pode ser ouvido o barulho do osso sendo partido, a cabeça caindo na grama, os gritos eufóricos das pessoas ao redor, o trovão dos deuses e um grito desesperado ao longe, agora inútil. Scorpius Malfoy estava morto, a cabeça caída na grama que sustentava o bomo sujo de sangue.

Rapidamente colocaram um recipiente na cascata de sangue que caía do pescoço, agora sem cabeça. O recipiente se encheu de sangue novo e vivo. Novamente um grito desesperador ao longe, ignorado. E então o sangue foi apenas pingando. Uma goteira vermelha caía do bomo e pingava no recipiente cheio.

O sacerdote pegou a machaira e rasgou as roupas, deixando o corpo sem cabeça de Scorpius nu sobre o ar, sobre os deuses que viam o sacrifício. Segurando firmemente a machaira, o sacerdote a cravou no tórax dele. E sem piedade puxou, rasgando a pele e os músculos do que um dia fora Scorpius. Rasgava com facilidade. Sangue saía dali desesperado por liberdade sujando a mão e a machaira do sacerdote que balbuciava para os deuses.

Com delicadeza, o sacerdote colocou a machaira que estava banhada de sangue Malfoy num canto do bomo e com habilidade colocou os dedos das duas mãos dentro da fenda. O sacerdote sentia o tecido e os músculos de Scorpius nos seus dedos completamente ensangüentados. E com uma única força puxou, abrindo mais ainda a fenda que havia feito. O sacerdote examinava as entranhas e com um cuidado especial o fígado.

Com movimentos rápidos e firmes tirou o fígado de dentro de Scorpius. O sangue escorria pelos seus dedos e pingava no corpo mutilado de Scorpius. Ele examinou com cautela o fígado recém tirado e ergueu-o para o céu. Esperava a aprovação dos deuses. Uma trovoada. Aprovado.

O sacrifício estava aprovado, ou era o que o sacerdote pensava. Ele pegou a machaira, pronto para esquartejar o corpo de Scorpius para logo após assá-lo, quando sentiu tudo tremer. Acreditavam ser um terremoto, um sinal de fúria dos deuses.

- Não entendo... – balbuciou o sacerdote. – Eles aprovaram. – murmurou ele.

Como num filme de terror, o fígado voltou para o lugar certo dentro do corpo de Scorpius. As entranhas se auto posicionaram dentro do corpo dele. O buraco para puxar o fígado se fechou, deixando apenas uma cicatriz. As pessoas gritavam desesperadas. É como se o sacrificado estivesse ressuscitando, ou os deuses dando um aviso. E então, o inacreditável aconteceu. A cabeça caída e que havia rolado alguns centímetros, havia voltado para o pescoço. Como no tórax, apareceu uma cicatriz onde havia sido a separação da cabeça e do pescoço.

Scorpius se ergueu no ar. O corpo nu, pálido e morto estava flutuando no ar. As pessoas sumiam, como a areia no vento. Os gritos foram sumindo. Cada vez menos gritos podiam ser ouvidos. As pessoas sumiam. O bomo havia sumido. O sacerdote que olha incrédulo para o corpo havia sumido. O mundo mitológico sumiu e eles se viram na sala precisa.

- SCORPIUS! – gritou Rose correndo até o corpo sem vida dele. Todos rodearam o corpo sem vida do loiro, nem percebendo que haviam voltado ao tempo atual deles.

***

POV Autoras

Há quilômetros dali em uma mansão completamente fechada, Draco Malfoy amparava a esposa que quase havia caído da escada. Ele a colocou gentilmente sobre o sofá e ficou segurando sua mão até que ela acordasse.

Seus olhos brilharam de lágrimas ao encontrar os do marido, e naquele simples gesto os dois tinham certeza, que a maior parte dos seus corações havia morrido.

- Oh, Draco! – ela se sentou abraçando o loiro com força, as lágrimas incessantes

Draco Malfoy não chorou, nem mesmo pareceu abalado, mas só quem é pai e já havia sofrido a dor dele, entenderia o que passava naquela mente. Toda a sua vida já não importava, se a pessoa mais importante dela já não existia.


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Notas finais do capítulo

N/A: Comentem! XD



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