Prólogo
    Ao longe, a deusa Afrodite assistia a imensa dor de Gabrielle. Desde que Xena morrera, há quatro luas atrás, a barda não se cuidava direito. A pele, que antes era suave e macia, agora estava castigada pelo calor e os ventos arenosos do Egito.
    - A história se repetirá – disse Afrodite, lançando uma benção em sua querida barda – assim como você foi encontrada uma vez, encontrará alguém.
    A deusa estralou os dedos e uma névoa rosada encobriu a adormecida Gabrielle. Afrodite abaixou-se e acariciou as madeixas loiras.
    - Você já encontrou sua alma gêmea uma vez, não posso trazê-la de volta, mesmo sendo a deusa do amor, mas eu espero que isso diminua a dor que está passando. O feitiço é lento, vai demorar mais ou menos umas oito luas para fazer algum efeito, No fim da estação, eu calculo. Só espero que seu coração não esteja tão endurecido até lá. Até mais, minha pequena.
    E, assim como apareceu, desvaneceu-se a deusa. Sem fazer barulho ou acordar a jovem.