Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 68
Capítulo 68


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Agradeço os coments. Desta vez eu vi menos coment que o normal. O que houve?
Entretanto, agradeço você por estar lendo isso.
Espero que goste deste capítulo. Eu realmente caprichei nele.
Estamos no ante penultimo capítulo gente!
Mas tem a continuação. A ultima.
Bom, espero que gostem.
Beijos



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\t\t  Voltamos para o barco abatidos. Jake tinha os olhos marejados. Ainda estava chocado. Eu senti que iria acontecer algo... Chegamos no barco. Scorpius se irritou e matou o mocho. Ele está aqui, dentro de um saco. Estamos todos reunidos na cozinha. Todos sentados pensando no que fazer. Menos Rose, ela está procurando alguma coisa para comer. Uma figura.

- Por que essa depressão? – perguntou alguém na porta.

- Raul, perdemos você. – disse Jake. Segundos depois ele percebeu o que tinha falado. Todos sorríamos e Jake ficou chocado. Ele se levantou e lentamente foi caminhando até Raul. – Isso é impossível. – disse Jake tocando no braço dele. – Eu vi você cair! – disse ele.

- Você me salvou filho. – disse Raul. – Você fez a terra me salvar. – disse Raul abraçando Jake. – Conseguiram pegar o mocho? – perguntou ele.

- Depois de custo. – disse Scorpius puxando o saco para que o bicho caísse na mesa. Ficamos estáticos. Não havia mocho algum ali. – Não acredito. – disse ele inconformado.

- Deve haver uma explicação. – eu disse tentando acalmar-lo. Ele olhou para mim e bufou. Sabia que eu tinha razão. Tudo o que tinha ali era um bilhete. Lílian pegou para ler.

- “Foram muito ousados em tentar matar-lo. Era apenas uma pena! Como sei que era por uma boa causa, aqui darei a pista final. Templo.” – terminou Lílian. – Como?

- O lugar é o templo de Atenas. – disse Rose como se fosse óbvio. A boca suja de chocolate. – O mocho é o símbolo de Atenas, se ela fala em templo, é óbvio que é o dela. – terminou ela. Fiquei olhando para ela. Não faz sentido. Medusa vive escondida por que foi amaldiçoada pela própria Atenas. Por que diabos ficaria ali? – Chocolate?

- Não obrigado. – agradeci. Vi ela sentar no colo de Scorpius. – Não faz sentido. – disse e todos me olharam. – Medusa fugiu para algum lugar por que foi amaldiçoada por Atenas. Não faz sentido ela ficar no lugar onde é consagrada Atenas! – eu disse.

- Se for olhar por este lado, nada faz sentido. – disse Eros. – Medusa foi decapitada por Perseu e sua cabeça usada no escudo de Atenas. E além do mais, por que ela está atacando nós? – perguntou ele. Todos ficaram quietos. Apesar de tudo, ele tinha razão.

- Nós... – ia começar a falar quando minha visão mudou.

\t\t  Tudo estava escuro. Gritos. Não conseguia ver muita coisa. Comecei a andar e vi Dallas e Marcelly deitadas numa mesa de pedra. Ryan estava jogado num canto e Rafaela num lugar que eu não conseguia ver. Ela começou a suplicar e gritar. Não entendia muito bem. Era algo como “NÃO!” e “DALLAS!”. Deus, o que iria acontecer com minha filha? Vi uma mulher se aproximar lentamente da mesa.

\t\t  Ela era alta, estava nua. Todos naquela época, pelo menos nas pinturas, andavam assim. Tinha um belo corpo devia admitir. Os cabelos cacheados caindo graciosamente pelas costas. No seu rosto, um sorriso. Dentes afiados. Meu coração bateu.

\t\t  Dallas e Marcelly estavam ali como se estivessem sendo sacrificadas. Não! Queria me mexer e impedir aquilo, mas não conseguia. Os gritos foram ficando coerentes. “DALLAS! PELO AMOR DE MERLIN!”. A mulher delicadamente se aproximava deles. Ela pegou Dallas no colo e ficou alisando o rosto da minha filha. Ela começou a falar algumas coisas. A única coisa que eu entendi foi “Vim de tão longe e valeu a pena.” Eu já tinha visto ela em algum lugar. “Você parece apetitosa.” Disse a mulher.

\t\t  Vi ela olhar apetitosamente para Dallas. Meu coração se partiu. Lembrei de onde eu tinha visto ela. Lêmia. Bruxa abominável que come crianças por vingança. Crianças. DALLAS! Quero me mover e arrancar minha filha daquela bruxa antes que acontecesse o que eu sabia que aconteceria. Morte.

\t\t  A mulher sorriu e eu vi seus dentes pontiagudos realçarem. Senti meu corpo tremer. A bruxa abriu a boca e seu rosto foi e direção da cabeça de Dallas fechando-a em seguida. O sangue era incessante. O som de algo crocante sendo mastigado na boca da Lêmia era audível. Olhei abismado e em choque.

\t\t  Olhava fixo para o corpo sem cabeça do que um dia foi minha Dallas. Lágrimas caíram dos meus olhos ainda fixos no corpo que jorrava sangue e destacava o osso do pescoço que foi cortado com facilidade pelos dentes finos na mulher. Minha vontade era gritar e sair dali com a certeza que tudo aquilo era um sonho. Pesadelo.

\t\t  Meus joelhos amoleceram. Tudo estava confuso. Não conseguia pensar em nada. Minha mente embaralhada como as cenas e vozes. Rafaela gritando, Ryan jogado no chão, “DALLAS!”. Tudo estava confuso. Tudo girava. Lêmia limpando o sangue que escorria da boca, risos, gritos, Dallas sem cabeça. Tudo girava. Girava rápido de mais.

- Marcelo. – chamou-me alguém. Me esquivei. Queria ficar ali, jogado no chão com a imagem de Dallas sem cabeça na minha mente. – Marcelo! Olhe para mim! – mandava alguém.

- Dallas... – chamava a minha menina. Queria ela comigo. – Dallas... Não!

- MARCELO! – gritou a voz. Abri os olhos marejados. Não queria abrir. Não queria ver Dallas sem o corpo. Queria ficar de olhos fechados e ver a minha menina inteira. Sorrindo para mim. – Você está bem? – perguntou-me Rose me segurando. Me esquivei e meio cambaleante saí dali. Fui para a sala de vidro.

\t\t  Sentado ali, vi Rose entrar e sentar ao meu lado. Ela não falou nada. Apenas me abraçou. Por isso ela é demais. Ela não pergunta nada. Eu não conseguia falar nada. Meu coração se partiu na mesma facilidade que o pescoço de Dallas.

- Quer contar? – perguntou ela. Eu estava deitado nas pernas dela, enquanto ela fazia carinho nos meus cabelos.

- Dallas. – respondi. Vi que ela queria saber de mais coisa, mas não forçaria. Sorri e beijei suas mãos numa atitude de carinho. Ela sorriu e continuou com o carinho. Fechei os olhos numa tentativa de aproveitar aquele carinho, mas a única coisa que eu consegui foi ver Dallas sem cabeça na minha frente.

- Sabe que pode confiar em mim. – disse ela. Sim, eu sabia. Ainda de olhos fechados eu senti o meu mundo cair. Estava sem Dallas, e sem Rafaela. A imagem da minha menina sem cabeça andava pela minha mente. Não conseguia pensar em mais nada.

- Ela não fez nada. – eu disse ainda de olhos fechados. Vi os movimentos na minha cabeça diminuírem, um sinal para eu continuar. – Ela estava quieta, a mulher pegou ela nos braços e Dallas viu os dentes pontiagudos e não fez nada. Chorou, esperneou, absolutamente nada. A mulher colocou a cabeça dela na boca e fechou. A cabeça saiu com facilidade do pescoço.

- Querido, não precisa contar. – disse Rose. Sorri. Agora que comecei, iria terminar. A minha dor não iria passar se eu parasse de falar.

- Eu... – não sabia o que falar. Não tinha o que falar. É muita dor. - Ai Rose. – eu murmurei abraçando a barriga dela. Me afastei e fiquei vendo a barriga dela. Pequena, mas com duas coisas importantes. – Imagina você cuidando deles. – eu comentei. Vi ela sorrir. Eu sei como essas coisas são importantes para ela.

- Vai ser estranho, mas a casa é adaptada para esses pestinhas. – disse ela.

- Rose! – exclamei. Pestinhas? De onde ela tirou isso?

- Mas é verdade. – defendeu-se ela. – Eles vão ser arteiros. Olha os genes que eles terão. Weasley, Granger, um pouco de Potter, Malfoy. – disse Rose. Arregalei os olhos e fiz uma cara de apavorado. Ela começou a rir. – Seu bobo.

- Sabe os nomes? – perguntei.

- Ainda não. – confessou ela. – Eu queria que o menino fosse Steve. Sempre quis esse nome.

- Steve significa uma pessoa aventureira, alerta, agilidade. – disse. Ela sorriu.

- Nosso gene. – disse ela sorrindo e dando ombros. Ri com ela. Só ela para me dar ânimo nessas horas. – Consegui ti deixar mais feliz agora. – comentou ela. – Marcelo...

- Oi. – respondi.

- Quer ser o padrinho da menina? – perguntou Rose. Olhei abismado para ela. Eu? Padrinho? Mas claro que...

- Sim. – eu disse bobo. – Por que da menina?

- Stone. – respondeu ela.

- Ah! – murmurei. Ela sorriu e me abraçou. Era tão bom sentir o abraço de alguém. – Eu ti amo. – eu disse.

- Eu também ti amo. – disse ela me apertando no abraço. Uma coisa que eu precisa naquela hora. Abraço.

\t\t  Os dias se passaram. Eu cada vez mais triste, apenas Rose conseguia me animar. Estava a maior confusão. Rose “cuidando de mim” e de Scorpius. Tirando enjôos e desejos. Lílian ajudava ela com isso. Scorpius ficava cuidando de Rose e dos filhos para não se lembrar de Ryan que partiu. Isabelle está deprimida. Não come nada, Eros que empurra uma comida de vez em quando. Raul está toda hora com Jake. Maior confusão.

\t\t  Faz cinco dias. Tudo bem que estávamos na mesma cidade, mas depois que pegamos o mocho, o elfo foi em disparada para o continente africano. Perdemos dias. Mas, agora chegamos. Engoli em seco.

\t\t  Ficaríamos frente a frente com a Medusa. O ser mais apavorante que possa existir no mundo mitológico. Descemos do barco e fomos para o templo. Pela primeira vez, nos meus 21 anos de vida, eu senti medo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Comentem!!
Beijos



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