Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 54
Capítulo 54




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24 setembro de 2026 * quinta-feira

Casa de Scorpius Malfoy, NY. – 05:40 da tarde

POV Marcelo

\t\t  Todos rodeavam ele. Um bebê fofo e recém nascido. Estavam todos aqui. Até mesmo o Sr. e a Sra. Malfoy. Caso não estejam entendo, Ryan Malfoy acabou de nascer. O garoto nasceu no dia 10, as duas da tarde. Rose novamente ficou como madrinha. Eu, Dallas e Rose estamos aqui na cozinha. Esperando o tumulto passar. 

- Quando ela nasceu mesmo? – perguntou Rose balançando Dallas no ar.

- 8 de junho. – respondi automaticamente, beberiquei novamente a minha cerveja amanteigada.

- Como é cuidar dela?

- Tranqüilo. – respondi. Fiquei olhando para Dallas e ela ficou olhando para mim. Ela deu um sorriso e esticou os bracinhos na minha direção. Peguei ela e vi Rose se encostar no balcão e beber um pouco da minha cerveja. – Ela não chora. E quando chora é por que ela quer carinho. Come no mesmo horário que nós. Café da manhã, almoço, lanches, jantas. É maravilhosa. – disse brincando com a barriga dela. - Então, o que descobriu sobre os seres? – perguntei indo pegar mais uma garrafa. Senti que tinha perdido a outra.

- Praticamente nada. – murmurou ela desgostosa. Fiz uma careta.

- E sobre a morte do italiano?

- Li praticamente todos os livros dele. Nada de diferente.

- Ele não tem algo de anotações? Bloco, caderno, diário? – perguntei. Ela me olhou com esperança.

- Acredito que sim, mas você tem que me ajudar. – disse ela subindo as escadas. Fui atrás dela. Entramos na biblioteca. E vi ela mexer numa pilha de livros. – Aqui. – ela disse entregando um livro para mim. Deixei Dallas no sofá e peguei o livro. Tentei abrir, mas palavras apareceram e uma voz também.

Sou o filho mais novo dos reis. Quem sou eu?”

- O que você respondeu? – perguntei para ela.

- Respondi de tudo. Vai por mim. – disse ela sentando no sofá que Dallas estava. Dallas fez sinal que queria descer e Rose cumpriu seu desejo. A menina começou a engatinhar até uma pilha de livros. E se ela batesse a cabeça novamente? E se os livros caíssem sobre ela?

- Dallas. – a chamei repreendendo-a levemente. Ela olhou para mim e deu um sorriso. Aquilo era um sorriso sapeca ou era impressão minha? Vi minha filha engatinhar até um livro e sentar ali. Fui até ela e a peguei no colo. Dei um beijo na sua bochecha fofinha e vi o livro que ela tinha sentado.

“Reis da mitologia grega”. Olhei para Dallas que tinha um sorriso no rosto. Sorri para ela e a abracei.

- Meu amor, eu ti amo tanto. – disse enchendo ela de beijo fazendo ela rir. – Rosa?

- Oi. – respondeu ela se aproximando.

- Olha. – eu disse apontando com a cabeça para o livro no chão. Rose sorriu, pegou o livro e deu um beijo na bochecha de Dallas também.

- Garota inteligente. – elogiou ela. Fomos para o sofá e Rose se sentou nele abrindo o livro. – Vejamos... Aqui! – exclamou ela feliz. – “Descendentes”. – ela abriu um sorriso e foi folheando até encontrar a página desejada. – Aqui. – disse ela sorrindo e começando a ler. “Os reis da mitologia grega tiveram seus descendentes.

®    Héstia

®    Hades

®    Deméter

®    Poseidon

®    Hera

®    Zeus.

Héstia:

Deusa virgem do lar e da lareira. Filha de Cronos e Reia, e irmã de Zeus.

Hades:

Deus dos mortos, dos Infernos e das riquezas da terra. Símbolos: Elmo da Escuridão, um bidente, e um crânio. Filho do Titã Cronos e de Reia. Irmão de Zeus e Poseidon.\t   

Deméter:

Deusa da fertilidade, agricultura, natureza e estações do ano. Símbolos: papoila. Filha de Cronos e Reia, irmã de Zeus.

Poseidon:

Deus dos Mares; dos terramotos e dos cavalos. Símbolos: hipocampo e tridente. Filho de Cronos e Reia. Irmão de Zeus e Hades.

Hera:

Rainha dos deuses. Deusa do casamento e da maternidade. Símbolos: o pavão e a vaca. Filha de Cronos e Reia. Mulher e irmã de Zeus.

Zeus:

Rei dos deuses e governante do Monte Olimpo; deus do céu e das tempestades. O filho mais novo dos Titãs Cronos e Reia. Símbolos: o raio e a águia.

Rose parou de ler e olhou para mim com um sorriso no rosto. Pegou o diário e falou.

- Zeus. – respondeu ela e ouvimos um clique. Rose abriu o diário e começou a ler.

Janeiro – 2000

Meu nome é Homero Acco. A idade é irrelevante, mas posso dizer que já sou um pouco velho. Estudo desde os 18 anos a mitologia grega. Mitologia grega é algo que me fascina. Acho curioso o modo como os gregos idolatravam os seus deuses e tudo mais. Curioso também como eles tem história para qualquer situação. Aqui, vou relatar as descobertas que fiz. Eu acredito que exista os deuses, os seres, monstros e os semi-deuses. Vim para a Itália para aprofundar mais o meu conhecimento. E irei escrever tudo aqui, pois acredito que isso irá servir para algo um dia.

Por enquanto é isso.

Homero”

\t\t\t Rose parou de ler e olhou para mim com um sorriso.

- Achamos. – disse ela sorrindo.

- Marcelo! – gritou Rafaela. Parecia que ela estava desesperada.  Apareci no corredor e vi ela ficar mais aliviada. – Que ótimo. – disse ela me abraçando. Sentia que ela ainda tinha traços do pesadelo. Queria abraçar-la e tirar toda aquela dor. – Onde você estava?

- Aqui na biblioteca com a Rosa. – respondi e vi ela ficar vermelha. Mesmo ela sabendo que eu a amo e ela sabendo que a Rose ama o Scorpius e que o sentimento é recíproco, ela fica com ciúmes. Sorri e dei um selinho na sua boca. – O que foi?

- O pessoal fez a janta. Vamos? – convidou ela.

- Claro. – disse entrando na biblioteca. – Rosa?

- Oi. – respondeu ela entretida na leitura.

- A janta. – disse.

- Ótimo, estou morrendo de fome. – disse ela. Ela se levantou do sofá e eu fui atrás de Dallas que estavam engatinhando sapecamente entre as pilhas de livros. Ergui ela rapidamente e dei um beijo na sua bochecha. Ela riu. Merlin, amo Dallas como se fosse minha filha.

- Vamos jantar pequena? – perguntei para ela. Vi ela sorrir. – Papai está morrendo de fome e mamãe está preocupada. – disse para ela. Fui para a saída da biblioteca e entreguei ela para Rafaela.

- Oi meu bem. – cumprimentou Rafaela. Dallas sorriu para ela também. Descemos as escadas e vimos que ali tinha um ar tenso.

\t\t  Fomos para a sala e o meu coração falhou. Rosa estava de pé com Scorpius, que estavam na frente de Isabelle com Ryan no colo. A loira apertava o filho com força. Ao lado de Scorpius estava Lílian e Jake. Lílian estava vermelha e era segurada por Jake.

- DEVOLVA A MINHA FILHA! – gritava Lílian. Meu coração falhou por um momento maior. Rapidamente procurei Rafaela com os olhos. Ouvi um barulho na cozinha, fui até lá e vi que Rafaela estava com Dallas.

- Fique aqui. – pedi para ela. Rafaela estava preocupada e assentiu a cabeça, ao seu lado um copo de água pela metade. Embalava Dallas que dormia. Peguei a varinha e fui para a sala.

- Por que quer o meu filho? – perguntou Scorpius vermelho. Seu lábio tremia levemente.

- Vocês não entendem. – disse ela.

- Cadê a minha filha, Perséfone?! – perguntou Lilian.

- Ela está bem. – disse a tal Perséfone. Seus olhos olhavam um por um. Parou por um momento em mim. Merlin, ela é de dar medo. Ela veio se aproximando de mim. Fiquei tenso ao sentir as mãos dela sobre o meu peito. – Você tome cuidado. Elas correm perigo. – disse ela. Meu pensamento caiu sobre Rafaela e Dallas.

- AAAAAAAAAAA!!  SOCORRO! MARCELO! – ouvi Rafaela gritar. Todos foram correndo em direção da cozinha. Marcelo sentiu o sangue correr mais rápido.

- Solte elas. – ordenei. Rafaela estava presa, com Dallas em seus braços, por uma figura encapuzada. O homem, que ele pode reparar pelas mãos que prendiam as duas e um dos dedos tinha um anel, usava um capuz preto, que cobria todo o rosto e o corpo envolto numa capa preta também. Fez um sinal de tchau... – SOLTA! - e sumiu com as duas. Meu coração falhou mais ainda.

- QUERO MINHA FILHA! – gritou Lílian. – ME SOLTE EROS! – gritou ela. Fomos correndo. Cheguei perto de Perséfone e num movimento rápido, fui para trás dela e segurei seus dois braços com uma mão e puxei seu cabelo, com a varinha quase perfurando sua garganta.

- Cadê elas. – perguntei rosnando. Ela sorriu e eu puxei mais ainda os seus cabelos. Acabaria com aquela mulher se ela não me respondesse. – RESPONDA!

- Vocês sabem. – respondeu ela. Senti que apertava os dentes depois que abri a boca para perguntar.

- QUEM LEVOU ELAS? – perguntei puxando mais ainda o seu cabelo. Ela riu. Vagabunda.

- É o traidor. Alguém os trai. – respondeu ela rindo mais ainda. – Vocês o conhecem. Ela anda de baixo dos narizes de vocês. Ele pode controlar tudo. Está acima de vocês.

- ONDE ELAS ESTÃO?! – gritei.

- Página 756. – respondeu ela sumindo. Senti que eu não segurava mais nenhum cabelo, segurava o ar.

\t\t  Lágrimas brotaram dos meus olhos. Merlin, me diga que é um sonho. Larguei a varinha no chão e desabei. Sentei no chão e chorei. Chorei como nunca. Chorei por que queria minha mulher comigo. Chorei por que queria minha filha comigo. Chorei por que queria minha vida. Senti alguém se aproximar de mim e me abraçar. Rosa. Abracei ela e deixei as lágrimas correrem.

- Vamos achar-las. – assegurou ela.

- Eu vou atrás delas. Nem que eu morra para isso. – disse determinado.

- Eu vou junto.

- Não. – comecei. Ela olhou para mim.

- Eu vou. Eu prometi lembra? – perguntou ela. Sorri para ela. Merlin, como adorava aquela mulher. – Eu prometi que se ela fosse seqüestrada, eu iria ti ajudar.

- Eu ti amo. – disse para ela.

- Eu sempre ti amei. – respondeu ela me abraçando. Senti Lílian se aproximar de mim e me abraçar. Apertei ela num abraço. Agora sabia o que ela sentia. Me levantei e fui em direção a porta. – Marcelo? Onde vai?

- Lua cheia. – respondi. Ela olhou para a lua como se quisesse ter certeza disso. Se virou para mim.

- Durma aqui. Não é lua cheia. – disse ela se aproximando de mim.

- Rosa... – comecei.

- Durma. – insistiu ela.

- Não posso. Tenho que ir para casa. Volto amanhã e ti ajudo nas pesquisas. – garanti para ela. Ela abriu a boca para falar, mas não dei chance. A puxei para um abraço. A única que eu podia contar era ela. – Se cuida. – pedi para ela. – Temos um traidor entre nós. – Ela assentiu com a cabeça. – Obrigado por tudo.

- Não foi nada. Conte sempre comigo ok? – pediu ela.

- Para sempre. – assegurei para ela. – Se cuida.

- Você também. – pediu ela. Me afastei e ia para a calçada. – NÃO FAÇA BESTEIRA!

\t\t  Ela gritou para mim da porta de casa e eu aparatei. Cansado. Triste. Tinham me roubado a mulher da minha vida. Tinham me roubado a minha filha. Tinham roubado a minha vida e o meu motivo para viver. Mas não por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

Gente... Comentem!! Bjs