20 de abril de 2026 * Segunda – feira

Universidade Kurslari 

            Rose andava pelos corredores pensativa. Era muita informação para um fim de semana. As palavras da carta de Scorpius, as conversas dela com Lílian, a carta de seus pais e a de Hugo. Tudo misturadas em sua cabeça. Ainda com a cabeça cheia ela andava pelos corredores de pedras da escola onde forneciam o curso. Parecia que ela tinha voltado na época em que tinha aula em Hogwarts. Scorpius, Lílian e Jake. Uma saudade bateu nela. Ela respirou fundo e abriu a porta da sala. Estranhou. Não tinha ninguém na sala de aula. Ela viu algo escrito no quadro negro da sala.

“Estaremos no ginásio de treinamento. Deixem seu material aqui e vão para lá. Professora Gilbert.” Rose suspirou. Deixou seu material na mesa, pegou a varinha e foi para o ginásio.

            Quando entrou na escola, a professora Gilbert foi a que acolheu ela. Os outros professores são ótimos. Pensava Rose. Mas a professora Gilbert é muitas vezes parecida com Minerva MacGonal. Rígida, mas que compreende. Severa, mas inteligente.

            Chegou ao ginásio. Abriu a porta. O lugar era amplo, tinha o teto e a forma redonda e apenas nos lados do ginásio tinha janela para iluminar o lugar. Ela olhou em volta. Não tinha ninguém. Foi caminhando atentamente para o meio do ginásio. A varinha firme na mão e os sentidos atentos. O sangue corria em suas veias mais rápido que as batidas de seu coração. Ouviu um passo atrás de si. Se virou. Não tinha ninguém. Outro atrás. Se virou. Nada. O passo ela ouvia, mas não tinha ninguém. Silêncio. Até demais. Ouviu um passo e o som de um feitiço sendo lançado. Se virou e gritou.

- Protego Horribilis!

            O escudo fez com que um feitiço não a atingisse. Os feitiços vinham como uma avalanche e ela os repelia com uma rapidez impressionante. Viu quem jogava os feitiços. A professora Gilbert.

- VAMOS LARGAR A VARINHA E TENTAR IMOBILIZAR UMA A OUTRA!

- TUDO BEM! – disse Rose se aproximando da professora, mas ainda lançando feitiços.

- UM... DOIS... TRÊS! – ela gritou o três e Rose lançou um ultimo feitiço.

- Aquamenti. – murmurou Rose, fazendo a professora escorregar desprevenida. Sua mão não conseguiu segurar a varinha. Rose chutou a varinha para longe, mas não tão longe, da professora e num gesto rápido imobilizou a professora. Ela ouviu aplausos vindo do ginásio. Ela se levantou e olhou em volta. Seus colegas aplaudiam-na. Ela se levantou, jogou a varinha para a professora e ajudou a mesma a se levantar.

- Muito bom Srta. Weasley.

- Obrigada professora.

- Irão fazer duplas e derrotar a outra dupla. Podem usar movimentos para imobilizar. Não pode matar. – avisou a professora. Rose se juntou num grupo. Ela e sua companheira conseguiram imobilizar a dupla adversária em minutos.

            Horas mais tarde, um funcionário veio correndo e se aproximou da professora. Sussurrou algo para ela.

- WEASLEY! – gritou a professora Gilbert para ela. Ela imobilizou um adversário e se aproximou dela.

- Sim professora?

- Siga Joey. – pediu a professora.

- Sim senhora. – disse ela seguindo o funcionário.

            Quando saíram do ginásio, Joey lhe informou.

- A senhorita recebeu uma ligação.

- Importante pelo jeito. – disse ela. – Sabe de quem é?

- De seus pais senhorita.

- Eles sabem que eu tenho aula nesse horário. – murmurou ela.

- Não quero ser intrometido senhorita, mas a ligação é no espelho. – disse ele.

- E meus pais estavam lá? – perguntou ela querendo saber qual era a urgência.

- Apenas sua mãe senhorita.

- Foi algo relacionado com papai. – murmurou ela. Começou a correr em direção do prédio. Joey foi correndo atrás dela. Ela tinha pique, admitiu ele para si mesmo. Alcançou ela e guiou ela até sua sala onde tinha um espelho grande na parede.

- Como se liga essa merda? – perguntou ela irritada.

- Conectar com Hermione Weasley. – disse Joey.

            A imagem de Hermione apareceu e Rose observava a mãe chorar silenciosamente. Lágrimas caiam dos olhos chocolates de Hermione. O nariz vermelho dela indicara que ela chorava a muito mais tempo.

- Mãe? – chamou Rose preocupada.

- Minha filha. Precisamos de você aqui. – disse Hermione. O coração de Rose pulava.

- O que aconteceu?

- Isso é algo que não pudemos falar por telefone.

- Não estamos num telefone.

- ROSE! – ralhou a mãe. – A situação não está para brincadeiras.

- Estou indo aí. Vocês estão em casa.

- Sim. Esperamos por você filha. – disse Hermione desaparecendo no espelho.

            Rose se virou e olhou para Joey.

- Eu posso ir certo? – certificou Rose.

- Claro. Vá de lareira. – disse ele indicando a lareira ao lado dela.

- Eu volto. – disse ela dentro da lareira.

- Não precisa voltar hoje. Amanhã de noite no máximo.

- Entendido. Até.

- Até. – disse ele antes de Rose ser consumida pelas chamas verdes.

            Ela chegou na casa. Não mudara nada. Estava uma confusão. Muitos conhecidos e desconhecidos. Viu sua mãe.

- Mamãe.

- Rose. Oh minha querida. – disse Hermione vindo em sua direção. Ela a abraçou.

- Mamãe. O que aconteceu? 

- Molly... – Balbuciou Hermione. Lágrimas começaram a cair. Rose olhava para ela.

- O que aconteceu com a vovó? Mãe!

- Molly... Ela... Ela faleceu. – disse Hermione soluçando.

            A informação era processada em Rose. Molly? Morta? Impossível.