Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo. De hoje. Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/94656/chapter/28

5 de julho de 2026 * Domingo

Casa de Marcelo Scarpari – 02:24 da tarde

 

- EDUARDO! – gritou Rose. Estava ofegante. Ela se sentou no sofá, em que estava deitada antes. Passou a mão pelos cabelos, tentava de tudo para respirar normal. Não conseguia. Seu coração pulsava descontroladamente.

- Rose, você está bem? – perguntou Scorpius.

- Beba. – pediu Marcelo entregando m frasco para ela que bebeu tudo.

            Sentiu seu coração bater normal e tudo em seu corpo voltar a trabalhar normalmente.

- Obrigada. – agradeceu ela.

- O que você viu? – perguntou Marcelo preocupado.

- Elas existem. – disse Rose séria. Ele encarou aqueles olhos profundamente e entrou na sua mente. Vasculhou lá dentro e viu a visão dela. – Viu?

- Desculpa Rosa. – pediu Marcelo. – Desculpa não ter acreditado em você. – pediu ele. Ela se levantou e foi até ele que a abraçou.

- Na próxima confia em mim. – pediu ela. Ele assentiu e a apertou no abraço.

- O que faremos? – perguntou ele.

- Eu não sei. Eu estou com medo. – murmurou ela.

- Por que? – perguntou ele erguendo o rosto dela. Ela engoliu em seco.

- Estamos lidando com seres mitológicos! Você viu. Um simples fio de cabelo cortado e a pessoa morre!

- Calma. Vamos pensar em outra coisa ok? – pediu ele.

- Posso saber qual é o assunto? – perguntou Rafaela. Rose se afastou de Marcelo e sentou ao lado de Scorpius.

- Nada importante. – disse Marcelo puxando Rafaela para mais perto de si.

- Me conta. – pediu ela. – É essas coisas dos seres mitológicos não é?

- É sim. E eu acabei de provar que eles existem. – disse Rose. Marcelo olhou para ela com um olhar feio. – Ah Marcelo! Ela deve saber disso!

- Por que eu devo? – perguntou ela curiosa.

- Por nada. – respondeu ele.

- Por que Marcelo?

- Por nada. Rose? – chamou ele. Ela se levantou do sofá e foi com ele até a cozinha.

- Você é sempre assim tão calado? – perguntou Rafaela para Scorpius que deu um sorriso de lado.

- Nem sempre. – respondeu ele.

- O que você faz? – perguntou ela tentando manter um assunto.

- Eu faço poções para o St. Mungus.

- E a Rose?

- Ela é uma inomavel. – respondeu ele.

- Sério? Que irado. – disse ela. Ele sorriu de lado novamente. – E... Vocês vão se casar?

- Vamos. – respondeu ele com um brilho nos olhos.

- E quando vai ser? – perguntou ela curiosa.

- Ainda não sabemos. – murmurou ele.

- É verdade que vocês lutaram numa guerra? – perguntou ela curiosa.

- Duas. – corrigiu ele.

- Quando?

- A primeira foi quando tínhamos 15 anos. Foi em 2020 e... – ele ia começar a contar, quando pensou melhor. – Tem certeza que você quer saber disso?

- Sim. Eu adoro ouvir relatos de pessoas que lutaram em guerras. Sei que pode ser estranho, mas... Combina comigo não? – perguntou ela. Ele sorriu e começou a relatar.

- Rose e eu éramos monitores chefes e tínhamos um quarto só nosso. E no quarto da Rose tinha um leão pintado e no meu uma cobra e...

- É verdade que elas se mexem?

- Sim. Elas se mexes, conversam e o leão que se chamava Leo e a cobra que se chamava Scamanta, tinham poderes.

- Sério? – perguntou ela fascinada.

- Sim. Leo podia conversar com alguém super distante dele enquanto Scamanta... Bem, ela podia penetrar no sonho das pessoas.

- Que irado! – disse ela feliz. Scorpius fechou a cara para ela, se lembrando que na época não era irado.

- Não era irado. Continua não sendo. – murmurou ele se encostando no sofá.

- Desculpe, apenas continue. – pediu ela.

- Scamanta queria matar Rose.

- Era possível? Afinal, ela era um quadro.

- Também achávamos, mas... Descobrimos o contrário. Tudo o que acontecia nos sonhos acontecia conosco. Não! Tipo, não era uma espécie de visão do futuro. Era assim, se você se machucasse e arranhasse o braço, quando acordasse iria estar com o arranhão entende?

- Sim. E vocês já se machucaram?

- Sim. Na primeira vez que Rose sonhou com ela, ela tinha mordido a perna da Rose.  E no sonho, ela sempre perguntava “Onde ele está?”, mas não sabíamos quem era. E ela teimava. Na hora da guerra fomos saber quem era.

- E quem era? – perguntou ela muito curiosa.

- Marcelo.

- Marcelo? – perguntou ela assustada e apontando para a cozinha.

- Sim.

- Por que?

- Por que ele era um anjo, e ela queria matar ele. Aí, os dias se aproximavam, e ainda por cima tinha uma profecia. – comentou ele. – Lágrimas serão derramadas e um coração partido. – disse ele. Nunca mais se esqueceria daquela profecia.

- E aí? – perguntou ela.

- A guerra aconteceu, Rose morreu, Marcelo saiu da escola, eu, Jake e Lílian tivemos que terminar a escola.

- Espera! – gritou ela confusa. – Como assim a Rose morreu?

- Ela morreu...

- Mas, ela está ali.

- Sim, mas o Marcelo deu sua vida para ela.

- Mas o Marcelo ainda está ali também.

- Mas, como ele era um anjo, deram outra chance para ele. Isso é muito complexo para se entender. – comentou Scorpius.

- E a outra guerra?

- A outra... Foi muito confusa. Recebemos uma carta, dizendo que tínhamos que ir para a Suiça...

- Não. Primeiro foi a Guatemala, depois foi a Suíça. – corrigiu Rose sentando ao lado dele.

- Tá certo. Viajamos para a Guatemala, depois para a Suíça, depois Grécia, aí passamos para Paris e por último no Egito.

- E onde vocês encontravam as pistas?

- Na Guatemala foi numa caverna. Depois... Na Suíça foi... Foi muito estranho o modo como pegamos a ponta. – comentou Scorpius.

- Como assim estranho? – perguntou Rafaela.

- É que a Lílian tinha resolvida descer uma montanha, ela desceu e seguimos ela. Quando vimos, ela olhava para a ponta e quando foi pegar ela se transforma num urso.

- Uau. – murmurou Rafaela. – E depois...

- Depois foi na Grécia. Bah! A Grécia foi um dos melhores. – comentou Rose. Scorpius sorriu concordando com a cabeça. – Tínhamos voltado no tempo.

- E para quando vocês voltaram?

- 200 anos antes de Cristo. – respondeu Marcelo se lembrando daquele dia.

- O quê?! – perguntou ela estupefata.

- E voltamos bem no dia dos Jogos Olímpicos. – acrescentou Scorpius

- Vocês voltaram para o berço dos jogos. – comentou Rafaela.

- E aí, tinha que vencer os cinco dias, todas as provas para conseguir a pista. Conseguimos e voltamos. Quando voltamos, uma mulher nos perguntou de onde éramos por que fazia sete dias que estávamos de mãos dadas. Foi muito engraçado. – comentou Marcelo.

- Rose lembra quando você deu uma de professora no teatro? – lembrou Scorpius.

- Sim. Sei lá como eu sabia daquilo. – comentou ela.

- Depois fomos para Paris. Nossa, eu achei esse o melhor. Entramos para a história! Muito bom. – disse Marcelo rindo.

- O que vocês fizeram?

- Entramos no Louvre... – começou Marcelo se recordando daquela noite.

- Todos entram lá. – disse Rafaela como se fosse óbvio.

- Não as 10 horas da noite. – disse Rose com a sobrancelha erguida.

- Não. – murmurou Rafaela com a mão na boca.

- Sim. – disse Scorpius rindo. – Invadimos o Louvre...

- Você fala como se tivéssemos arrombado o Louvre.

- Não arrombamos, simplesmente socamos a arte mais preciosa daquele museu.

- Mona Lisa não. – pediu Rafaela.

- Mona Lisa sim. – contradisse Rose. – Tiramos as proteções dela, e a Belle deu um soco na boca dela para pegar a próxima pista. – contou Rose com os olhares de incredulidade de Rafaela sobre os relatos. – Obviamente colocamos tudo no lugar.

- Graças a Deus. – disse ela mais aliviada. Rose riu. – Depois foi onde? Egito né?

- Aham.

- E o que vocês fizeram? Arrombaram um sarcófago?

- Entramos na esfinge. – disse Scorpius.

- Como?

- Na parte de trás dela tem um buraco. Entramos nela e aí fomos transportados para um lugar, onde treinamos e lutamos.

- E ninguém morreu e ressuscitou depois?

- Não. – respondeu Scorpius negando com a cabeça.

- Na verdade, dessa vez foi o Jake. – comentou Rose.

- Como assim?

- No dia que o Jake acordou, antes dele acordar, o coração dele parou de bater.

- Sério?

- Aham. Aí eu falei para a Lílian que ele tinha morrido e segundos depois, o coração dele volta a bater.

- Meu deus! – disse Rafaela.

- Eu nunca soube disso. – murmurou Scorpius. Rose sorriu e segurou sua mão.

- E vocês acreditam que vá ter uma nova guerra? – perguntou Rafaela.

- Sim. – disse Rose.

- Não. – disse Marcelo ao mesmo tempo que Rose.

- Eu posso ser trouxa, mas quero saber o que está acontecendo! – disse Rafaela.

- Mas...

- Mas nada Scarpari! Eu quero saber. Eu quero ajudar! – disse ela nervosa. Ele bufou e se jogou contra o encosto do sofá. Ele se levantou irritado.

- Vocês não podem falar para ela!

- E por que? Por que eu sou uma trouxa? – perguntou ela irritada.

- Não é por causa disso!

- É por causa do que então? – perguntou ela ficando vermelha. Ele se irritou mais ainda, se isso fosse possível. Rose puxou Scorpius para a cozinha.

            Numa atitude indescritível, ele segurou ela pelos ombros.

- VOCÊ NÃO PODE SABER!

- E POR QUE? – perguntou ela furiosa também.

- POR QUE EU NÃO QUERO TI PERDER! – gritou ele. Ela engoliu em seco. Ele respirou fundo. – Se eles souberem que você sabe, eles podem fazer algo contigo para chegar a nós! – disse ele. – Entendeu? – perguntou ele. Ela sorriu e o abraçou. Ele apertou o abraço.

- Você não vai me perder. Eu prometo. – jurou ela.

- Não sei se você consegue cumprir isso.

- Se você me perder, vai me achar. Ou, eu volto para ti incomodar. – disse ela. Ele sorriu de lado e foi puxado para um beijo.  – Eu quero ajudar.

- Mas...

- Por favor. – pediu ela. Ele bufou.

- Onde está Scorpius e a Rose?

- Aqui. – disse o loiro. Saiam da cozinha.

- Expliquem para essa loira irritante sobre a possível guerra entre os monstros. – pediu ele indo pegar um copo de água.

- Primeiro: O que eles querem? – perguntou Rafaela.

- Um de nós. – respondeu Rose. – Na visão que tive agora, a medusa gritava com ela mesma, que as nereidas eram incompetentes e que elas deviam simplesmente pegar o primeiro que visse. Foi o Marcelo. – respondeu Rose.

- E o motivo. – pediu Rafaela. Scorpius e Marcelo ficaram quietos. Rose parou para pensar.

- Eu não sei. Vingança? – sugeriu ela.

- Por causa... – falou Rafaela pedindo para que Rose continuasse.

- Eu não sei! Quem sabe é por causa dos nossos poderes? – sugeriu ela olhando para Marcelo. O moreno parou para pensar.

- Pode ser. Mas... Por que agora?

- E se eles tem alguma ligação com Scamanta e a seguidora? – sugeriu Scorpius.

- Faz sentido, afinal Scamanta é uma cobra e a medusa tem cobras na cabeça. – disse Marcelo pensando na hipótese.

- Certo. E se ela tivesse tentando “chamar” nós, antes? – perguntou Rose.

- Antes? Quando tivemos sinais dela? – perguntou Marcelo.

- Eu não sei. Mas, sei que ela deu algum sinal antes.

- Como? – perguntou Rafaela. Logo sentiu o telefone vibrar. – Continuem. – pediu ela se levantando e indo atender o telefone.

- Na visão, a medusa disse que ela teria que voltar a fazer o que ela fazia.

- E o que era? – perguntou Scorpius

- Acha que ela falaria? – perguntou Rose irônica.

- Já falei que ironia não combina com você. – disse ele. Ela bufou e ficou de costas para ele. Ele sorriu e puxou ela, fazendo com que ela caísse em seu colo. – Eu te amo.

- Eu também te amo. – disse ela sorrindo para ele.

- Que fofo essa cena, mas precisam saber que tem seres mitológicos que querem acabar conosco. – comentou Marcelo. Rose sorriu para ele e mandou um beijo para ele. – Vocês... – ele começou a falar, mas se aproximou mais deles e começou a cochichar. – Vocês acham que eles vão seqüestrar a Rafa? – perguntou ele com medo. Rose segurou sua mão.

- Se ela seqüestrar a Rafa, nós a buscamos. Eu prometo. – disse Rose sorrindo para ele. Ele sorriu para ela. – Não se preocupe. Precisamos começar a estudar sobre eles!

- Eles mal falaram se vão querer uma guerra! – disse Scorpius.

- Mas, eles deram sinais! Deram visões, mostraram elas matando Eduardo, medusa vai voltar a fazer o que ela fazia e...

- GENTE! – gritou Isabelle aparatando com Eros.

- Oi. – disseram.

- Olhe. A doença dos dois mundos voltou! – disse ela atirando o jornal na mesa para eles lerem.

            Marcelo pegou o jornal e começou a ler. A cada palavra, seu olhar de desespero aumentava.

- Esse era o sinal de medusa. Desde o começo não era Carniel. – disse Scorpius sorrindo por ter achado as respostas. – Eram os seres!

- Se é guerra que eles querem, é guerra que terão. – disse Rose por fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!! Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Opostos também se Atraem Vol. Iii" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.