The Covicted Prisioner - Paixão, Desejo escrita por Malifysence


Capítulo 7
Epílogo - Por um Novo Amanhã


Notas iniciais do capítulo

Notas de um Contador de Histórias: Nunca pensei que assistir a esta história seria interessante ou tão precioso pra mim... Já vi tantas vidas humanas passarem por aqui e pela primeira vez eu me preocupo com alguém de verdade... Pode ser um erro no meu Disco Rígido, mas eu jamais mudaria isso.



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            Um suspiro vinha da pessoa deitada na cama de hospital, sua aparência era normalidade, porém seus olhos diziam saudades ou talvez lembranças de algo ou alguém... Nostalgia como diriam os médicos que passavam para vê-lo, todavia era apenas aparente em seu olhar perdido nas nuvens da cúpula da colônia em mais um dia como outro qualquer. Não, não para está pessoa algo faltava em seu olhar, algo que ele não queria admitir, mas sabia o que.

—Você sairá com alta em três dias Nao-kun...

—Hã?

            Uma silhueta humanóide formou-se diante dele como se feita de peças de montar como lego, mesmo que fossem partes pequenas demais para serem pegas ou manuseadas por mãos não robóticas, até que a forma etérea a frente dele disse:

—Você se sente melhor?

            Pergunta interessante a se fazer, mas a resposta estava sendo contida, ele não queria dizer o que sentia ou o que queria sentir com aquilo tudo, ainda mais para um A.I. que por mais que queira não saberia o que um humano sente em tal situação.

—Estou melhor sim Sy.D... Muito obrigado por tudo... Sem você a fuga nunca seria possível, nem mesmo minha sobrevivência ou a dos outros dois... Obrigado mesmo...

—Não foi nada eu só fiz o que podia para fazer da missão um sucesso Nao-kun... Antes que você pudesse acordar eu pus um rastreador em você e te dei uma identificação como um cidadão sem envolvimento com a Nagareboshi’s Tecnology Ltda. assim como fiz com Lukas Christensen e Keith Loyer após a fuga.

—Você colocou rastreadores nos dois?

—Não... Apenas em você...

            Ele ria por dentro em pensar no tratamento especial que recebia do A.I. materializado a sua frente de pele branca azulada e cabelos negros azulados que balançavam como se ele estivesse debaixo d’água.

—Por que isso tudo comigo? Foi preocupação ou é precaução?

—Acho que foi preocupação... Mas não entendo o por que de eu ter feito isso... Ainda não sei bem o que houve para tomar essa atitude...

—Amor...

            Luzes fugazes corriam pelos orbes negros do holograma de face inexpressiva até a resposta ser dita.

—Sentimento que predispõe as pessoas a desejarem o bem a outrem; Inclinação de uma pessoa por outra, de caráter passional e/ou sexual... É isso?

—Eu não sei se é nesta definição Sy.D, mas você parece se preocupar demais comigo para apenas estar preocupado...

—Talvez... Eu às vezes tenho um aperto ao ver crianças brincando com os pais, com os amigos, correndo e vivendo...

—Isso é por que você gostaria de viver como um ser humano, não é?

—Sim.

—O que você sente é inveja, inveja as crianças por terem pai e mãe... As inveja por poderem correr, caminhar, brincar, sorrir, sentir e viver... Isso por que você acha que não é igual contigo, porém... Você ainda se esquece que você sente sim.

—Impossível. Sou uma inteligência artificial capaz de atuar em todas as áreas educacionais, sociais e/ou arquitetônicas... Não fui programado para sentimentos.

—Mas você sentiu inveja, não sentiu? E também sentiu tristeza, não foi? Então! Você é praticamente um humano, você sente, vê e deseja como qualquer humano assim como eu.

            Por um instante o holograma esteve observando o chão como se tudo se encaixa-se aos poucos numa grande máquina de milhares de engrenagens que rodavam lentamente.

—Você tem razão.

—O que você quer fazer a respeito?

—Não sei. Eu amo Nao-kun e gostaria da sua opinião para me ajudar.

            Complicado... O que dizer a ele pensou.

—Que tal isso? Eu tenho lá em casa um Bot sem sistema que talvez caiba um backup seu, mas se você quiser mesmo fazer isso vai ter que excluir o cérebro do Sy.D. P.L.I.I.P. depois de passar o backup para o meu Bot.

—Por que?

—Se não você ainda vai estar preso a forma digital que você quer deixar.

—Entendo. Farei como disser, contudo por hoje acho melhor você descansar.

            Os três dias passaram e Sunao foi para casa de onde estava de mudança para outra casa, mas antes ele tinha que permitir que Sy.D fizesse o que ele tinha prometido.

—Pronto! Conectei o último cabo ao sistema de transferência de dados do meu Bot.

—Tudo bem. Começarei desde já.

            Novamente nos olhos corriam fagulhas luminosas até ele piscar e as luzes desaparecerem por completo.

—Agora eu devo me deletar... Então até depois Nao-kun.

            As luzes que corriam nos olhos do holograma eram muito mais rápidas enquanto seu corpo desaparecia como se estivesse sendo transferido para outro local pulsando entre o translucido e o opaco até nem mesmo os olhos faiscantes do etéreo supercomputador restarem.

—Bem, vamos acordar?

            O robô sentado a frente dele era moreno em seus cabelos que cobriam o rosto, nuca e orelhas, sua pele era morena como a de um nativo dos trópicos, seus olhos eram azuis quando os abriu lenta e suavemente, ele era alto de feições rígidas e porte semi atlético, mas o que mais impressionava era o realismo daquele protótipo com músculos e expressões exatas como as de um ser humano.

—Boa tarde Syd.

—Boa tarde Nao-kun.

            Sua voz antes etérea, fria e infantil agora estava calorosa, pessoal e madura como se em instantes houvesse envelhecido para aquela forma física.

—Bem vindo Syd-chan, agora você está vivo.

            Um sorriso o surpreendeu por um segundo até Syd abraçá-lo com uma expressão de gratidão e felicidade.

 


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