Enquanto o sangue lhe era sugado lembranças de seus amigos vinham a mente de Bella, sempre cuidaram dela com tanto carinho, fazendo com que ela nunca sentisse falta de ter uma família, mas principalmente lembranças de Charlie lhe invadiam a mente, ele sempre cuidara dela, ela se lembrava perfeitamente de todos os momentos em que ele esteve por perto, e se lembrava com mais clareza ainda que sempre que lhe ia agradecer ele lhe dizia que um dia ela faria o mesmo por ele, quando ele fosse velho ela que teria de cuidar dele

Ao lembrar-se de sua promessa de cuidar de Charlie na sua velhice no mesmo momento seus olhos ficaram vermelhos, não podia deixar Charlie, quem cuidaria dele?

No segundo seguinte o vampiro voava para longe dela, já estava pronto para taca-la de novo, naquele momento nada mais era consciente na mente do vampiro a única coisa que ele pensava era que queria sangue, Bella o olhou encontrando seu olhar feroz de quem se preparava para atacar

Mas o vampiro ponderou, sabia que se preparava para atacar mas a cor de sangue nos olhos da garota lhe distraiu, ele ate queria ataca-la, mas não conseguia tirar os olhos dos do dela

- Edward, eu quero que você se acalme e sente-se ai, de frente para mim - o vampiro fez exatamente o que lhe foi mandado, sua consciência aos poucos ia voltando, ele tinha total noção de que estava sendo controlado, e se sentia imensamente feliz por isso

Algumas horas depois Charlie entrava desesperado na sala onde estava a sela do vampiro, temia que o pior já tivesse acontecido

Quando entrou na sala se sentiu aliviado por ver a filha sentada em um lado da sela com os olhos fixos no do vampiro, estava claro que ela o dominava

- Bella minha filha, o que esta fazendo ai? – Charlie se aproximou correndo do vidro – Tirem ela dai! – ordenou aos guardas que imediatamente foram para o painel de controle

Assim que a porta abriu-se Bella saiu de dentro totalmente entristecida, uma hora dessas o pai já deveria estar sabendo o que ela fez, abaixou a cabeça os olhos voltando a cor normal, virou-se para o vampiro que acabara de sair do transe e desculpou-se, no momento em qeu fez isso os olhos do pai arregalaram-se ao ver a ferida que começava a cicatrizar em seu pescoço

- O que fez com ela seu desgraçado? – perguntou enfurecido para o vampiro

- Pai, não foi culpa dele, a culpa foi toda de James que o deixou sem comer por dias, ele não pôde se controlar – dizendo isso a garota saiu de cabeça baixa dirigindo-se para sua sela

Charlie não conformava-se que sua filha quase morrera por culpa de um infeliz, andava apressadamente pelos corredores, sua visão embaçada pelo ódio, mas não embaçada o suficiente para impedi-lo de ver o motivo de sua fúria convalescendo em um maca no momento em que entrou pela porta da enfermaria

- SEU DESGRAÇADO! – foi em direção ao outro dando-lhe um soco muito do bem servido na face já machucada do militar, logo dois enfermeiros vieram socorrer o doente, puxando Charlie de cima dele que o esmurrava freneticamente

- Charlie controle-se – pediu o doutor

- Você ainda não se deu conta que aquela aberração controla sua mente? Ela quase me matou, mas como não conseguiu, mandou você vir aqui terminar o serviço – James falou com dificuldade devido ao sangue que saia de sua boca, Charlie ouvindo a palavra aberração foi para cima dele terminar o que começou, mas foi fortemente segurado pelos enfermeiros

- Acredite em mim seu infeliz, se ela realmente quisesse te matar, não seria o seu excelente treinamento militar que há impediria, se ainda esta vivo, é por que ela teve piedade de você, o que à torna bem melhor que você. Podem me soltar, não vou fazer nada, não vale a pena – olhou enojado para o outro – Esteja ciente senhor James que a partir de agora esta afastado da corporação

- Você não pode me afastar!

- Minha hierarquia maior que a sua me diz que eu posso, e vou, se quiser recorrer ao governo esteja a vontade, vamos ver o que o presidente dirá quando souber que por sua culpa quase perdemos o bem mais precioso deste centro. Passar bem – dizendo isso virou as costas e saiu

...

Alguns dias depois Edward andava pela primeira vez pelos corredores do quartel, ainda não passara a surpresa que teve ao escutar da boca de Charlie que a partir de agora faria as refeições no refeitório junto com todos os outros, mas também não conseguia controlar a raiva ao saber que tanto a coleira quanto a algema no pé foram desenvolvidas para controlar seus dons, de força e velocidade

Chegando ao fim do corredor como Charlie havia dito encontrou um enorme espaço branco com mesas, foi ate onde entregavam a bandeja de comida aos presos e quase riu de sua própria, para que uma bandeja para colocar uma bolsa de sangue? - É idiotice de mais

Sentou-se em uma mesa vazia bem afastada, não estava com humor para confraternizações, desde o dia que quase matara a mulher que ama, nunca mais a viu, temia que ela estivesse chateada por ele a ter mordido, queria implorar seu perdão, se necessário ate ajoelhar aos seu pés, mas não fazia a menor ideia de onde encontra-la

- Olá cara – um grandão sentou-se ao seu lado com uma bandeja com quantidade absurda de comida, o vampiro o encarou nem um pouco feliz

- Sai! – disse frio e seco para o outro

- Educação é seu ponto forte não é mesmo? – o outro respondeu ironicamente, ao que parecia nem se importava com o olhar ameaçador do vampiro já que começou a comer como se o vampiro não tivesse falado nada

- Deixa eu adivinhar que tipo de aberração é a sua, você é uma mistura de jegue com jumento, burramente modificado. Ainda não intendeu que é pra siar?

- Ui, eu juro que fiquei magoado, esta feliz? Alguma vez já ouviu falar que os incomodados que se mudem? Pois bem, não estou nem um pouco incomodado com sua presença, agora se a minha te intimida fique a vontade para se retirar

- Você tem ideia de que eu posso morder sua artéria agora mesmo e sugar toda a vida presente em você?

- Bom, ainda não descobriram nada que perfure minha pele, e olha que já estou aqui a sessenta anos, se você quiser tentar fique a vontade, mas já vou avisando, se consegui e encontrar lama correndo por minhas veias dê-se por muito satisfeito. Aproposito, eu sou o Emmett – o vampiro olhava embasbacado para o outro que continuava comendo tranquilamente, mas tinha que admitir, ele era corajoso, e ele admirava isso nos outros

- Oi pessoal – uma baixinha de cabelos espetados sentou-se na mesa também com uma bandeja, mas com bem menos quantidade. “Outra?” pensou o vampiro surpreso mais um que tinha coragem de sentar em uma mesma mesa que ele, tinha que praticar mais a arte de assustar, andava muito inofensivo ultimamente

- Eu vou matar aquele infeliz do Erike Croston! – mas que porra? O que diabos estava acontecendo aqui? Ninguém temia mais um vampiro não é? O vampiro estava muito chateado por não ser temido, mas tinha que simpatizar com o loiro tecnológico, também queria matar o infeliz do Erike, não esquecera que ele emanava uma forte atração sexual perto de se sua garota – Vocês acreditam que ele me mandou consertar o celular de novo? Por acaso eu tenho cara de técnico em manutenção?

- E você consertou? – a baixinha perguntou

- Claro, a primeira ligação que ele efetuar explodirá no ouvido dele – o loiro riu ao imaginar a cara de assustado que o outro faria

- Alguém viu a Bella? – Edward quase pulou na garganta do grandão, só não o fez por que queria esperar pela resposta

- Continua presa no laboratório, ainda não conseguiram descobrir por que o veneno do vampiro não causou reação nenhuma nela – a baixinha respondeu como se o vampiro em questão não estivesse ali, ele terminou sua bolsa de sangue e foi andar para esfriar a cabeça, aqueles otários o estavam enchendo, não era possível que ninguém o respeitasse mais

Chegando ao pátio central ele sentou-se em baixo de uma arvore, queria pensar um pouco na vida, por sua culpa sua amada agora estava sendo estudada por cientistas loucos, embora ele também se encontrasse curioso para saber porque o veneno não atingiu ela, geralmente quando uma vitima é mordida, e deixada viva ela transforma-se

- Ei cara não fica ai sozinho não, é bom conversar um pouco sabia – Emmett viera atrás dele, não simpatizava com o vampiro, muito menos com sua educação, mas Bella pediu para faze-lo enturmar-se, e o que ele conseguia negar aquela garota?

- Por que esta me perseguindo?

- Não gosto de mentiras, Bella me pediu para te deixar a vontade no seu primeiro dia fora da sela

- Ela sabia que eu sairia?

- Mais é claro, foi ela quem pediu isso ao pai – respondeu sentando-se

- E por que esta fazendo o que ela pediu? – o vampiro perguntou desconfiado, embora não culpasse o outro caso estivesse apaixonado, era difícil não sentir-se assim por ela, mas ela pertencia a ele e ninguém à tiraria dele

- Bom por que eu a amo – o vampiro fechou as mãos em punho já se preparando para atacar, o outro logo percebeu isso

- Ei relaxa ai, eu a amo, mas não desse jeito, conheci  Belinha ela tinha três aninhos, era bochechudinha e tinhosa, odiava ser contrariada nunca vi igual – Emmett riu ao lembrar-se da amiga ainda criança – eu vi ela crescer e se tornar a mulher linda que é hoje, o amor que sinto por ela é um amor de irmão mais velho, um irmão mais velho bem ciumento devo dizer, e já vou avisando, se a machucar eu acabo com você!

O vampiro não disse nada, nunca vira alguém se dedicar a outro sem querer nada em troca, era evidente que Emmett não queria estar ali, mas o fazia simplesmente para agradar a como ele dizia, a irmã caçula

Olhando a paisagem Edward viu uma loira caminhando em direção a mata, conforme ia passando todos os machos do local paravam para olhar, por sua visão periférica viu Emmett suspirar enquanto assim como os outros a olhava passar

- Quem é? – perguntou curioso

- Rosalie Hale, mas é bom ficar bem longe dela! – esbravejou, Edward riu, compreendia bem o que o outro estava sentindo, ciúme é um bichinho chato

- Relaxa, ela não faz o meu tipo

- Como não? Não acha Rosalie bonita?– o outro perguntou espantado, era a primeira vez que alguém dizia que Rosalie Hale não era seu tipo, a não ser Jasper, mas Jasper é boiola, tinha certeza disso, nunca vira ele e Alice trocarem mais que beijinhos e ainda assim duas ou três vezes desde que chegou ali

- Bonita ela é, mas não vejo nada de mais, eu prefiro as morenas, uma em especifico

- Uma que eu prefiro não saber os detalhes sórdidos do que pensa sobre ela, então vamos mudar de assunto – voltou a olhar onde a loira encontrava-se longe, já quase que invisível

- Por que não vai lá e fala com ela?

- O que?

- Esta escrito na sua testa:”Eu estou apaixonado por Rosalie Hale” – o outro suspirou e abaixou a cabeça ao perceber que seu sentimentos eram tão claros assim

- Eu não tenho coragem, iria dizer o que? Eu te amo?

- Já é um bom começo

- Ra rá, é bem capaz dela me mandar ao inferno, ou melhor sair correndo pedindo socorro

- Que ironia, para encher o saco de um vampiro mortalmente feroz á pedido da irmã caçula você é altamente corajoso, agora para dizer a mulher amada o que sente, não passa de um cão covarde

- Ainda estou procurando o vampiro mortalmente feroz e perigoso – zombou o outro

- A é mesmo? Pois bem, acaba de encontrar! – o vampiro já rosnava e se preparava para atacar quando uma garota se aproximou, ambos a olharam