A semana se arrastou longa para Edward Cullen, nunca mais vira as bela orbes chocolates com que tanto sonhara.

Mais não ter visto sua doce e encantadora menina não foi a única razão para sua semana ter sido praticamente insuportável. Além dos cientistas de merda que ficavam fazendo perguntas cretinas das quais ele preferia fingir que não escutava, havia também a sede. James cumprira a promessa de não alimenta-lo caso não se admitisse inferior a ele, mas nunca que em toda a sua magnitude se declararia inferior a um humano totalmente insignificante, que necessitava de armas de fogo para se defender

Ainda de olhos fechado sentiu-se ser observado, que ótimo, agora além de servir como animal de experiência cientifica, também iriam lhe perturbar a noite, único momento em que se via sozinho para pensar na encantadora menina.

Não pretendia abrir os olhos já estava farto de tanto ver pessoas vestidas de branco, se não fosse o fato que tem total convicção de que é desprovido de alma, e que aprontara tanto em sua vida, que, se um dia descobrissem algo que o realmente matasse ele iria direto para o inferno sem se quer receber um julgamento, ele poderia jurar que morrera e fora parar no céu.

- Boa noite senhor Edward – ele não sabia como explicar o sentimento de alegria que se apossara dele no momento em que seu nome fora proferido pela voz que ele tanto ansiava em ouvir, absorveu alegremente cada nota que saia da linda voz entoando seu nome. Com um esforço tremendo abriu os olhos vagarosamente e olhou sua linda menina, não pode evitar de rir com o pensamento, “sua menina” já se apossara dela sem nem mesmo dar-lhe a chance de fugir

No momento em que seu olhar se chocou com o do vampiro, na hora Bella viu-se preocupada, ela sempre fora excelente observadora, mas neste caso não era necessário ser muito perceptivo para notar o quanto o vampiro se encontrava debilitado os olhos estava extremamente escuros, profundas olheiras se apropriaram de torno a suas pálpebras, a expressão era de alguém extremamente cansado

-Senhor Edward, o que aconteceu com você? Me diga, o que tem? – o vampiro apenas fez um gesto fraco com a cabeça dizendo para que ela não se preocupasse. Em seguida fechou novamente os olhos, bem a tempo de não ver os da garota ficando em vermelho escarlate, ela agradeceu imensamente por isso, não queria que ele visse quão horríveis eram seus olhos na verdade.

Estava mais do que claro que o mau do vampiro era fome, Bella já estava pronta para arrebentar todos aqueles vidros e oferecer do próprio pulso para o sujeito que não tinha medo de olha-la nos olhos, quando sentiu uma presença se aproximando, rapidamente voltou a cor normal dos olhos e encarou assustada a porta, quase fora pega usando seus poderes, coisa que era terminantemente proibida, todos ali podiam andar livremente durante a noite, contanto que se comportassem. Exceto Bella, por ser filha do “chefe” tinha algumas regalias, dentre elas ser livre para ir e vir livremente pelo quartel.

A porta se abriu para logo em seguida entrar Erike Croston um dos subordinados de seu pai, no momento em que olhou para frente o rapaz notando quem estava ali rapidamente abaixou a cabeça, não queria de maneira nenhuma explodir pelos ares, embora nutrisse secretamente uma paixonite pela filha do chefe, sempre morrera de vontade de descobrir se seu rosto é tão bonito quanto sua voz, ou suas voluptuosas curvas.

- Ei Bella, o que esta fazendo aqui?  - perguntou com a voz animada

- Oi Erike, estou conversando com Edward  - o vampiro sorriu fracamente, era a primeira vez que a ouvira se referindo a ele sem formalidades

- Edward? Isso tem nome? – Bella não gostou nada da maneira que se referira ao vampiro, e Erike percebendo isso logo se arrependera de ter proferido as palavras

- Sim senhor Croston, isso tem nome – falou com magoa na voz, desviando o olhar do militar de cabeça baixa, era tão estranho para ela isso, militares sempre são arrogantes e jamais abaixam a cabeça para ninguém, mas essa regra não se estendia a ele, eles sempre estavam de cabeça abaixada em sua presença

- Bella por favor, não queria de maneira nenhuma chateá-la

- Não é a mim a quem o senhor deve desculpas, já que não fora eu a ofendida, mas me diga senhor Croston, por que ele esta tão faminto?

- James o proibiu de se alimentar enquanto não se comportar segundo as regras – a garota ficou indignada com o que acabar de ouvir.

- a sim, e assim que ele começar a se comportar vão colocar uma focinheira e leva-lo para passear. – falou com desdém na voz

- Não intendo por que se preocupa tanto Bella, ele não é um ser humano

- Lembre-se que eu também não sou, assim como você se preocupa com os da sua espécie eu me preocupo com os da minha

- Não compare-se a ele Bella, é logico que você é humana, você é tão racional quanto qualquer um, nunca te vi fazer mal a um inseto que seja, agora ele, se eu abrisse esse vidro provavelmente ele nos atacaria sem dó nem piedade, esta no instinto dele – a garota bufou rindo da ironia das palavras do militar

- Meu pai me disse que haverá um campeonato de caça semana que vem no clube, o senhor irá? – o militar abriu um enorme sorriso com a pergunta da moça, vendo ali a chance de gabar-se de suas capacidades militares

- Sim, eu tenho uma mira impecável

- Ele senhor Croston, mata por necessidade, com o simples intuito de se alimentar para que viva, semana que vem o senhor, e todos os homens deste quartel matarão dezenas de bichinhos inofensivos por pura diversão – voltou-se novamente para o militar que ao perceber seu movimento abaixou rapidamente a cabeça – Agora me responda Erike, quem é mais irracional? – o garoto engoliu em seco sem saber o que responder, Bella percebera que ele não tinha uma resposta e voltou-se novamente para Edward, não gostava nada de vê-lo ali, jogado totalmente sem energia, ele a olhava vagamente como se o simples ato de manter os olhos abertos fosse terrivelmente cansativo

Bella olhou para o armário onde ela sabia que se encontravam as bolsas de sangue e teve uma brilhante ideia, virou-se de costas para o vampiro, já que, não queria de maneira nenhuma que ele visse seus olhos, em seguida olhou para câmera que havia uma pouco a frente grudada no teto, rapidamente seus olhos ficara vermelhos e ela à desativou, não era difícil, fazia isso toda vez que entrava em sua sela para ter mais privacidade, depois olhou para o rapaz a sua frente com a cabeça quase que beijando os pés, “isso deve dar uma dor terrível quando volta a posição normal” pensou ela

- Erike me responde uma coisa?

-Claro Bella, o que quiser

- Que cor são os seus olhos? – o garoto não pode deixar de sorrir com a pergunta, ela tinha a mesma curiosidade que ele

- Azuis – falou orgulhoso, “o típico produto americano, loiro de olhos azuis” pensou Bella,

- Eu nunca vi olhos azuis, você me daria a honra de olha-los? – o garoto ponderou com a pergunta repentina da garota, anos que se encontrava ali ela nunca pedira nada parecido – Vamos Erike, somos amigos, não somos? Você sabe que eu jamais te machucaria

Percebendo a hesitação do militar Bella tocou-lhe de leve a face levantando-a lentamente, o vampiro vendo a sena sentiu um sentimento ate então totalmente desconhecido para ele, uma ira que lhe invadia a alma e o fazia sentir necessidade de arrancar a cabeça daquele militar insolente. “Bem vindo ao maravilhoso mundo do ciúmes, pelo preço de sua entrada ganhe também uma terrível dor de cabeça e uma vontade quase que incontrolável de cometer um assassinato. Ebá” pensou ele enquanto observava o militar levantar a cabeça bem lentamente

Assim que terminou de erguer o rosto Erike pode, pela primeira vez, ver o rosto de Bella de perto, sempre a olhava de longe, mas sempre longe o suficiente para que não conseguisse ver com clareza sua forma real, ela era tão linda quanto imaginara, os olhos não eram nada assustadores quanto diziam, era de um tom de chocolate irresistível e ela sorria para ele, ele retribuiu o sorriso feliz por ter quebrado esta barreira, mas logo seu sorriso foi substituído por uma expressão de terror no momento em que viu sangue tomando conta do delicioso chocolate.

Bella sentiu uma tremenda dor com a expressão de choque do garoto, era exatamente para não ver essa expressão que jamais utilizara seu poder na frente de outros, ela odiava seus olhos, embora Charlie não gostasse de comentar sobre o ocorrido, lembrava-se perfeitamente que foram eles quem matara seus pais

Mas agora isso não é o mais importante, e sim que há um faminto esperando para ser alimentado.

- Senhor Croston, eu quero que pegue para mim duas bolsas de sangue no armário

- Eu não sei a senha – respondeu sinceramente e ela sabia disso, já que se encontrava em sua mente, ela bufou com o fracasso, mas logo teve outra ideia, não iria desistir ate que pudesse ver o lindo tom de ouro derretido novamente no olhar de Edward

- Então pegue o seu lindo radinho que esta em seu cinto e de ordens estritas para que Jasper venha aqui imediatamente – assim como fora mandado o militar pegou seu radio e chamou a criatura que atendia pelo nome de Jasper

Assim que escutou seu nome sendo proferido pelos autofalantes de todo o quartel Jasper bufou, o que será que aquele panaca queria agora? Que ele consertasse o micro-ondas? Isso já o estava irritando profundamente

Assim que chegou ao setor que lhe fora ordenado Jasper estacou, vendo algo que desde que Bella chegara aqui com apenas três aninhos nunca vira a amiga fazer, claro que já tinha visto a amiga utilizando seu dom em varias ocasiões em que jogaram cartas, por tanto não se assustara com a cor de seu olhos, alias, nem a primeira vez que viu, quando a amiga sem querer explodiu todo o refeitório quando tinha apenas 5 anos, devido ao tamanho de sua irritação por Emmett estar dizendo que a boneca nova que ganhara de Charlie não era bonita. Se você esta pensando que ambos tinham a mesma idade se enganara profundamente, Emmett tinha cerca de 98 anos quando isso acontecera. O rapaz sorriu com a lembrança, desde que Bella chegara aquele lugar encantou a todos, e desde o primeiro momento tanto ele quanto seus amigos se ajuntaram para cuidar dela,

Mas nunca em todo o tempo em que se conheciam jamais viu Bella usando seu dom para controlar alguém, mesmo tendo total noção de que era capaz,

- Bella o que esta fazendo?

- Edward esta com fome, precisa de sangue

- E vai dar esse ai pra ele come? – a garota quase perdeu sua concentração com a declaração do amigo, não estava acostumada a manipular mentes então tinha que se concentra ao máximo.

- Não diga besteiras Jasper, agora rápido, eu preciso que você abra o armário já que ele não sabe a senha – O outro hesitou um pouco

- Bella vão nos colocar de castigo

- Anda logo Jasper, nunca te pedi nada, não vai me negar a primeira vez que o faço não é mesmo? Mas se preferir posso te controlar também, ai se descobrirem terá a desculpa de que não estava sendo dono de seus atos

- Não, tudo bem, não será necessário, depois vou ter o gostinho de dizer para Emmett que me arrisquei e ele não, sabe como Emmett adora uma adrenalina – o loiro foi ate o armário analisando-o, em seguida encostou uma de suas mãos na porta, seus olhos ficaram negros e em seguida a porta anunciava senha correta e destrancava-se

- E agora Bella? Quantos você acha que ele precisa?

-Eu não sei, pega uns três – a garota continuava de costas para o vampiro concentrada em não deixar que o militar saísse de seu transe antes que Edward estivesse alimentado

- Pronto Bella – o loiro dirigiu-se para um painel de controle a sua esquerda, novamente colocou a mão fazendo sua magica, em seguida uma minúscula portinha se abriu onde ele jogou as bolsa de sangue para o vampiro se alimentar, depois seguiu para o painel fechando a porta e também o armário

- Muito obrigada Jasper, agora pode ir, não quero colocar-te em mais problemas – depois disso a cor dos olhos dela voltaram ao normal, fazendo com que, o militar saísse do transe, voltou-se para o vampiro que bebia desesperado o sangue que seu amigo ajudara a roubar

- Por que fez isso Bella? Eu posso perder o meu emprego – queixou-se o militar

- Se alguém falar alguma coisa diga que estava sobre meu controle, duvido que alguém vá duvidar – o militar suspirou entristecido por ter se deixado levar por uma garota e saiu de cabeça baixa

O vampiro terminou rapidamente de beber todo o sangue, olhou para a garota com um sorriso bem mais vivo agora, ficou de pé e se aproximou do vidro encostando nele

A garota sorriu alegremente por poder ver novamente aquele tom de ouro derretido que tanto a intrigava

- Muito obrigada Bella, espero que não entre em problema por conta disso – dizendo isso o vampiro repousou sua mão espalmada no vidro, a garota olhou percebendo como eram grandes

- Não há de que, sei que teria feito o mesmo por mim – se fosse em um outro tempo, o vampiro teria duvido muito da certeza daquelas palavras, mas desde que a conhecera tinha certeza absoluta, não só de que teria feito o mesmo, mas também ate mais se ela precisasse

A garota ainda admirada com o tamanho daquela mão colocou a sua no mesmo lugar em que estava a dele também espalmada e ficou olhando a diferença de tamanhos

O vampiro sorriu, o que fez com que ela o olhasse e assim ficaram por mais algum tempo um olhando os olhos do outro com as mãos encontradas no vidro, a única coisa que os separava

...

A alguns metros dali uma das presas se encontrava novamente como em todas as outras noites desde que chegara ali sentada em uma pedra, olhando seu reflexo transmitido pela clara agua do lago, muitas mulheres fariam tudo para serem portadoras da beleza que ela tinha, mas não ela, ela via sua aparência como uma maldição, já que por causa dela ela não só estava presa naquele lugar como também, recebia visitinhas noturnas todas as noites, de soldados querendo satisfazer seus desejos mais banais com ela

Sua sorte era que ela conseguia utilizar de sua beleza para controla-los e convencer-lhes a irem embora sem toca-la.

A dois ou três metros dali seu companheiro de cárcere a estava a admirar novamente, ela tinha total conhecimento de suas visitas, e admiração, mas ele ela não achava ruim, muito pelo contrario, se sentia lizongiada já que nutria um sentimento por ele

Lembrava-se perfeitamente do primeiro dia em que chegara naquele lugar, estava confusa e não sabia o que tinha feito para estar ali, dias antes teve um pequeno acidente na piscina de um clube em que estava com suas amigas, sempre tivera muito cuidado para que ninguém desconfiasse que ela era diferente, mas naquele dia se descuidara ridicularmente e então começaram as perseguições, não se lembrava de muita coisa.

Mas quando acordou estava em um quarto escuro e mal decorado, tinha um militar com ela, James, esse foi o nome que usara para identificar-se, ele abusara violentamente dela, estava ainda muito fraca devido aos sedativos para poder defender-se ou agir com coerência

Depois de usar e abusar dela ele simplesmente mandou-a ir para o refeitório se alimentar que em pouco tempo os estudos começariam

Ela não entendeu o que ele quis dizer com aquilo, se sentia humilhada, envergonhada e principalmente assustada, todo homem que se aproximava ou olhava para ela era motivo para se encolher amedrontada, rezando para que ninguém a machucasse mais

Numa dessas reações de pânico ela tropeçara nos próprios pés e derrubara sua bandeja, rapidamente, ele se aproximou, utilizando de um cavalheirismo impecável que só poderia ter sido adquirido no século passado, lhe ofereceu ajuda, recolhera toda a sua bagunça e ainda ofereceu sua própria bandeja ( realmente cheia) para que ela se alimentasse

Foi a primeira vez que o vira, mas já sentira seu coração disparar dentro do peito, nunca na vida sentira algo parecido. Emmett, este era seu nome, quando lhe perguntou o seu não conseguiu falar nada, ainda estava muito abalada com o que James lhe fizera, apenas abaixou a cabeça e foi sentar-se em uma mesa sozinha bem afastada de todos

Alguns minutos depois uma baixinha trazendo uma garotinha nos braços sentou-se na mesa junto com homem gentil que lhe ajudara, e ao julgar pela forma carinhos como ambos tratavam a menina, só poderia ser filha deles. Um cretino, isso que aquele excelente ator era, um tremendo cretino, tem esposa e filhos e a fica cortejando

Alguns dias depois ela viu a garota baixinha beijando um loiro que também se sentava a mesa deles, mas o que mais a impressionou, foi que o grandão não fez nada, utilizando de seus dons ela conseguiu descobrir com um militar que a garota era companheira do loiro, e o grandão totalmente desimpedido, sentiu-se muito envergonhada por ter feito mal juízo do homem

Nunca tivera coragem de falar com ele e lhe pedir desculpas por seus pensamentos, ele também nunca se aproximara dela, embora ela soubesse que sempre fica a olhando escondido atrás da mesma arvore

Foi retirada de suas lembranças quando escutou um barulho ao seu lado, já estava pronta para sair correndo ou afogar caso fosse mais um miliar querendo se satisfazer, quanto viu a terra se agitando levemente, ficou olhando aquele pequeno agito da terra quando dele começou a sair um ramo de alguma planta, que foi crescendo e logo ela identificou como sendo uma roseira, no topo, após sair todo o ramo de dentro da terra formou-se uma linda rosa branca ainda sem desabrochar

“Droga” pensou Emmett escondido atrás da arvore com a mão ainda tocando o solo, nunca fora bom com plantas, é muito bom quando se trata de terremotos e destruição, agora quando é para dar uma rosa a sua amada nada, burro

A loira sorriu olhando aquela solitária rosa fechada, nada sem água vinga, por mais bem preparado que tenha sido o solo onde foi plantada, se não for regada a planta não vinga, ela precisa de terra e água, necessita de um, tanto quanto do outro

Ainda sorrindo abaixou-se ate o lago, seus olhos ficando azul claro, quase que branco, carinhosamente tocou a ponta do dedo na agua, de onde levantou-se uma pequena bola de água, ela olhou a circunferência que logo se moldou em um coração, a agua em formato de coração dirigiu-se ate à cima da roseira, em seguida explodiu em varias gotículas de água em formato de coração, que no momento em que entraram em contato com a roseira, magicamente a rosa desabrochou linda e perfeita como tinha que ser

A loira cheirou carinhosamente a rosa, sua rosa, que ao que dependesse dela estaria sempre ali plantada na frente do seu lago.

O grande homem que se escondia inutilmente atrás da arvore sorriu abertamente com a visão da garota cheirando a rosa, agora aberta sem retira-la da roseira, a intenção era que ela colhesse e levasse consigo, mas se Rosalie queria manter a rosa ali, ele próprio se certificaria de que a terra estivesse sempre prospera naquele lugar e mandando todas as vitaminas necessárias para que a rosa nunca murchasse

...

Os dias se passaram no centro de concentração mutante, James continuava revoltado por Edward não se declarar inferior a ele, e ainda por cima nunca parecer enfraquecido, fala seio, ele não precisava de sangue para sobreviver? Porque diabos ainda não estava sofrendo com a falta dele?

Tinha certeza absoluta de que alguém o estava ajudando, e tinha toda a razão, pelo menos três vezes por semana Bella ia lá e com a senha que Jasper lhe fornecera alimentava o vampiro além de ficar horas conversando com o mesmo

Mas as coisas estavam diferentes nos últimos dias, James desconfiando de que a monstra que tinha livre acesso a tudo estava ajudando o vampiro, dera ordens estritas para que os militares sempre estivessem de olho nela, fazendo assim, com que ela ficasse muitos dias sem aparecer para ajudar Edward

Sentindo falta do sangue Edward estava jogado no chão de sua sela mais enfraquecido do que nunca e totalmente sedento de sangue

- Edward – a voz alarmada da garota em vê-lo naquela situação invadiu todo o ambiente, ele a olhou com muita dificuldade e depois abaixou a cabeça novamente

- Eu sinto muito, James mandou os soldados me vigiarem por isso não vim antes, mas agora estou aqui, ela já foi em direção aos  armários digitando a senha

- Muito bonito não é mesmo senhorita Swan? – a garota estacou quando ouviu a voz de James atrás de si – então quer dizer que esta ajudando esse ser arrogante

O vampiro reuniu toda a sua força e levantou indo ate o vidro

- Ele não pode ficar sem comer simplesmente para satisfazer seus caprichos – falou de queixo erguido

- Sempre disse que você não deveria ter tantos privilégios, você não passa de um monstro como todos os outros, mas quer saber? A mim você não engana, Charlie é um estupido que você controla, manda e desmanda, mas hoje ele não esta aqui para te proteger, e na ausência dele sou eu a estar no comando, e adivinha? Você foi pega quebrando regras, e será castigada, - James a olhou maliciosamente – Me diga monstro, já foi tocada por um homem alguma vez?

- Fica longe dela ou eu acabo com você – Edward esbravejou

- Olha mais quem diria? A bruxa e o vampiro, que patético! Me diga Bella, você não tinha opção melhor não, uma talvez menos nojenta, sim porque ele é repugnante

- Se tem alguém repugnante aqui é você seu miserável, trata as pessoas como lixo, mas mal sabe você que o lixo é ninguém mais ninguém menos do que você, você não passa de um nada para m...

-Cala a boca sua vagabunda– a garota foi interrompida com um tapa no rosto que a fez cair no chão, seu cabelo caiu em sua face. Edward espancava o vidro tentando quebrar. Quando ele colocasse as mãos dele em James, não iria sobrar nem os dentes para fazer o reconhecimento

De repente um vento tomou conta de o recinto, tanto o homem quanto o vampiro olharam para a garota ainda caída no chão com a mão no rosto, ela foi virando o rosto bem lentamente na direção do militar, quando terminou, o militar sorriu ao ver o vermelho sangue que se encontrava seus olhos

- Então estou finalmente na frente de Isabella Swan? A verdadeira Isabella Swan, sem mascaras agora, certo? – a garota não respondeu, apenas levantou-se, o encarando fixamente, a raiva evidente em toda a sua expressão, o vento que batia forte ao seu redor como se fosse um furacão, fazia com que, seus cabelos voassem descontrolados por todos os lados

Continua...