Capítulo 4 – Eu te amo!

            Eu já estava quase ao pé de minha casa quando comecei a sentir o cheiro forte amadeirado do meu Jake. Eu corri mais devagar, agora que a ânsia estava quase tomando conta de mim. Eu senti que ele estava correndo até mim e então decidi ir ao seu encontro. Ele estava na forma humana, com uns shorts brancos e uma camisa preta bem justinha ao corpo. Ai, que perdição! Foco Renesmee, foco. Ele estava de camisa, ele estava calçado, ele estava arrumado, ou seja, ele não veio correndo na sua forma de lobo, isso era estranho.

- Oi, - ele me disse – como foi sua viagem?

- Oi, - eu sussurrei, embora eu soubesse que ele poderia ouvir – correu bem, ganhei duas primas.

- Como é? Ganhou duas primas? – ele perguntou confuso. Eu entrei dentro do chalé e ele me seguiu para a sala.

- É, sabe, meu avião caiu. Dai, minha tia Rose e minha tia Alice decidiram salvar duas irmãs gêmeas com 3 semanas de vida de morrerem. Logo, elas agora as estão adotando. – eu disse.

- Ah – ele disse parecendo entender a situação. – Quais são os nomes delas mesmo? – ele perguntou. Parecia que ele estava me empatando com esse assunto, mas mesmo assim eu respondi.

- Quer saber seus nomes completos? – eu perguntei.

- Sim, pode ser. – ele disse, mais uma prova que ele queria que eu me demorasse nesse assunto.

- Rosalie adotou Caroline, que tem por nome agora: Caroline Mel Hale Cullen. – eu disse.

- E a outra? Você disse que eram duas. Rose a adotou também? – ele me perguntou.

- Não, quem adotou a irmã de Caroline foi minha tia Alice. A bebê se chama Sara, Sara Elise Cullen. – eu disse.

- Têm nomes bonitos, foram elas que escolheram? – ele perguntou e eu já estava a me enervar com esta conversa forçada.

- Não, Rose e Alice não escolheram os nomes. Os primeiros nomes delas são os nomes que seus pais humanos que viajavam no avião lhes deram. Os nomes Mel e Elise foram meu tio Emm e Jazz que escolheram, ou melhor devem estar a escolher nesse momento, uma vez que Alice disse isso através de uma das suas visões. – eu disse – Jake, você está me enrolando com essa conversa toda porquê?

- Eu,… enrolando… não Nessie, não… - ele me disse.

- Está sim, eu estou vendo. Esqueceu que eu te conheço Jacob Black?

- Bem, na realidade você está vendo coisas onde não existem, eu apenas estava interessado nos pormenores da sua viagem.

- Vou fingir que acredito Jake. – eu disse.

- Tive saudades suas princesa! – ele disse e meu coração parecia que ia explodir de tamanho contentamento. Ele me chamou princesa, chamou isso mesmo?

- Eu também tive saudades suas, Jake. – eu disse. Eu queria dizer muito mais que aquilo, eu queria dizer que o amo. Foi então que ele pela primeira vez desde que cheguei de Paris me pegou ao colo e me abraçou e pus as minhas mãos em seu rosto e ele se aproximou para me dar um beijo no nariz. Mas o inesperado aconteceu e eu passei-lhe uma imagem nossa nos beijando na boca e ele me largou no chão nessa hora.

- Jake, sinto muito que tenha visto isso. Me desculpe. – eu disse no meio de meu choro. Essas lágrimas insistentes que corriam pelo meu rosto que não paravam!

- Eu não sei o que dizer, Nessie. – ele disse.

- Eu sei, já estraguei nossa amizade. Você não me vê desse jeito. Você não me ama. – eu disse e sai correndo à máxima velocidade para a casa grande.

            Quando cheguei lá, disse bom dia a todos e segui para o meu quarto da casa grande na máxima velocidade sem explicar a ninguém o motivo de eu estar assim.

            Eu deitei-me na cama e chorei, chorei e chorei, até que me senti cair na inconsciência.

            Eu não sabia há quanto tempo estava nesse lugar complexo que eu entendi ser o refúgio de minha mente. Eu só pensava na minha burrice que estragou a minha amizade com o Jacob, mas eu sabia que eu tinha de voltar e assim o fiz abrindo os olhos. Fechei-os imediatamente, e abri de novo tentando focar as imagens turvas que eu via. E foi então que vi minha mãe sentada na cadeira do meu quarto da casa grande me olhando.

- Edward, Carlisle, Renesmee está acordando. – ela disse e eu consegui ouvir um reboliço lá em baixo. - Filha querida, você está bem? – ela me perguntou.

- Mãe, eu acho que estou bem, só estou um pouco zonza e com fome. – eu admiti.

- É normal que tenha fome Nessie, você está dormindo há quase 6 dias, nós temos te alimentado por meio intravenoso. – disse vovô Carlisle.

- Seis dias? - eu perguntei.

- Isso mesmo filhinha. – disse meu pai com um ar preocupado. – Jazz acalma Rose antes que eu tenha que descer. Renesmee necessita de descanso nesse momento, não de uma reunião familiar.

- O que tem tia Rose? – eu perguntei.

- Ela está meio perturbada com o que aconteceu com você. Ela te ama muito e quer subir agora, para confirmar se você se sente mesmo bem. – disse meu pai.

- Tia Rose, eu estou bem mesmo. Não se preocupe que em breve descerei para descansar você e todos os outros. – eu disse baixo, eu sabia que ela ouviria.

- Ela agradece a você. – meu pai disse – Ela diz também que não gritou a resposta porque poderia acordar as meninas.

- Como estão elas? – eu perguntei.

- Bem, muito bem mesmo. Elas vão ser as bebês mais mimadas neste mundo a partir de agora. – meu pai disse. E foi ai que eu ouvi a voz de Jake a falar com meu tio Emm.

- Emmett, não brinca. Eu tenho de subir para ver a Nessie. – Jake disse.

- Não estou brincado, só estou cumprindo ordens do Edward. – Emm disse.

- Jacob, vai embora, eu não quero falar com você. Não hoje. – eu disse triste e com uma enorme dor no peito.

- Tem certeza princesa? – ele me perguntou. E mais uma vez me coração acelerou o seu batimento.

- Tenho. Talvez outro dia. – eu disse.

- Tudo bem. Eu te amo. Tchau Nessie. – ele disse triste também e eu ouvi ele se distanciar da casa. Ele disse que me amava, mas claro que do modo de amiga, de irmã, não como mulher.