O Sol brilhava alegremente. A energia do chinês se igualava a ele. Mesmo fazendo trabalhos - como colher arroz e lavar as roupas dos outros asiáticos -, continuava enérgico.

Yung, que se ofereçera para ajudar o mais velho, observava-o com o canto dos olhos. Ele lavava os grãos de aroz recem colhidos, cantarolando alguma música qualquer.
Fazia a mesma coisa, mas estava mais ocupado olhando Yao. Quase esquecia do arroz.

Ao notar o olhar do koreano sobre si, se virou para ele - fazendo a pergunta claramente no olhar. Yung sorriu.
Em um movimento rápido, bateu a mão na água, fazendo-a espirrar no chinês.

- É guerra, é? - Yao deixou o arroz de lado e fez a mesma coisa no koreano.

Os dois entraram no riachinho, sem se importar em molharem as roupas e sapatos. Estava calor, seria bom refrescar.
Ficaram jogando água um no outro por um tempo, rindo. A guerra cessou quando estavam completamente encharcados.

Os dois continuavam rindo. Yao levou as mãos até o cabelo, para tirar a água.
Yung se aproxima do chinês, só chamando a atenção do mesmo pelo barulho da água. Afastou alguns fios que grudaram na testa dele pela água, deslizando os dedos para o queixo de Yao.

Yao lançou um olhar confuso, mas não afastou do toque do mais novo. Ao ele tocar seu queixo, corou levemente. Delicadamente, seu rosto foi puxado para perto do dele.

Yung aproximou os rostos. Yao roçou os narizes, em um leve carinho, sorrindo. O koreano sorriu de volta e selou o beijo.
As línguas se acariciavam carinhosamente. Não durou tanto, logo se separaram.

O mais velho deu um sorriso sem graça, e, corado, voltou a atenção aos grãos de arroz.

Yao era como o verão. Uma estação alegre, iluminada. O Sol anima a todos, brilhando por entre as árvores ou se mostrando em um céu limpo. Quando vai embora, deixa um ar de "quero mais". Como havia deixado Yung.