A Buscadora escrita por AelitaLear, pegoshea


Capítulo 10
Capítulo 10- Íntimos




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Eu estava nervosa, e muito, por estar nesse apartamento com Sol. Ele não ia fazer nada contra minha vontade, mas não sabia se seria capaz de resistir as suas investidas.

Eu gostava de Sol. Ele era uma ótima pessoa, além de ser lindo em todos os sentidos. Mas não sabia se sentia amor por ele.

De alguns minutos para cá, percebi que sentia atração, muita atração. Como se nossos corpos chamassem um ao outro, como se eu quisesse me encostar nele.

E Sol, para piorar minha situação de confusão, pegou minha mão, me acariciando, causando reações em mim.

- Eu gosto de você... – Sussurrou em meu ouvido, provocando arrepios.

Segurei em seus braços, eu estava me entregando. Puxei seu corpo para o meu, encostando o lado do meu rosto no seu, deixando minha boca perto de seu ouvido.

- Também gosto de você... – Murmurei.

Ele riu, me puxando mais para perto dele, num abraço. Estávamos colados um no outro naquele sofá, eu estava praticamente em seu colo.

Sol segurou na minha cintura, passando minhas pernas em torno de seu tronco. Senti meu corpo formigar com o toque, eu nunca tinha chegado tão perto de um homem.

Ele puxou meu rosto, delicadamente, me lavando aos seus lábios, iniciando um beijo. Nosso beijo foi mais caloroso, mais intenso.

Não sabia se minha atitude era certa, não sabia se meus sentimentos estavam certos. Não queria magoar o coração dele, não fomos feitos um para o outro.

Mas meu corpo não me deixava pensar, minha razão dizia que isso estava errado, mas a emoção me tomava, me dominava. Sol me tirava do sério.

Ele passou seu beijo da boca para a extensão de meu pescoço. Percebi que não tinha mais volta para nós dois, eu não conseguiria escapar mais de suas carícias.

Ele me deitou lentamente no sofá, tudo isso carinhosamente. Eu nunca poderia reclamar, minha primeira vez seria especial.

Primeira vez? O que eu estava dizendo? Não amava ele, não podia me entregar só por prazer, magoar o coração dele... isso era errado.

Mas Sol não colaborava comigo, ele continuava a me beijar, e eu continuava a aceitar. Tentava me desvencilhar, mas cada vez que tocava em seu peito para empurrar, minhas mãos puxavam sua blusa.

E mais uma vez ele entendeu minhas atitudes erradas. Percebeu que eu puxava loucamente sua blusa, e a tirou, me fazendo ruborizar com seu peito.

Ele era forte, não tinha um corpo muito escultural, mas não importava, não para mim.

Ele colocou delicadamente sua mão em cima dos botões de minha blusa, me desesperei, não sabia se estava realmente pronta.

Ele foi desabotoando lentamente, distribuindo beijos onde a pele ficava a mostra. Arquejava com seu toque, e ele segurava mais forte.

Ele não tirou minha blusa, deixou ela meio vestida em meu corpo. Continuou seus beijos, minhas pernas já passavam em torno de sua cintura.

Meus pés empurravam sem meu consentimento sua calça, isso era errado. Não queria fazer isso, não podia fazer isso... eu ia me entregar a ele...

Ele abriu o botão e o zíper de minha calça, quase junto com a dele. Arrastou meus jeans até o meio de minha perna, e eu repeti o gesto com ele.

- O que é isso?

Empurrei Sol no mesmo instante que escutei a voz vindo de um lugar incomum. Sol tombou para trás, quase caindo do sofá.

Levantei desconcertada, envergonhada por olhar sua irmã. Dangerous tinha nos visto, visto o nosso amasso caloroso.

Sol também se levantou, assustado. Pegou sua blusa do chão e a colocou rapidamente, enquanto eu abotoava minhas calças.

Vestido, Sol veio e me ajudou, enquanto Dangerous nos olhava envergonhada, mas acima de tudo, constrangida.

Ela não devia ter visto isso.

Estávamos novamente apresentáveis, não muito, já que minhas roupas estavam tortas e amassadas. Ela limpou a garganta e voltou a nos olhar.

- Desculpa. – Murmurou baixinho. – Se eu soubesse... eu...

- O que faz aqui? – Sol murmurou um pouco bravo.

- Desculpa, mas realmente é importante. Não queria interromper vocês, mas era muito importante.

- O que aconteceu? – Perguntei preocupada.

Sol também me olhou preocupado.

- A superior de vocês precisa falar com vocês... encontrei com ela, e ela me disse que é algo muito importante e sério.

Tremi com a ideia, o que ela queria conosco? Sol parecia estar tranqüilo, por que não tinha nenhuma culpa, mas e eu? Nesta manhã eu avistei um humano, não teria como saber, teria?

- Ok. – Sol murmurou puxando minha mão. – Vamos?

Olhei para ele um pouco assustada, o que ele faria se descobrisse meu segredo? Ele ficaria contra mim?

Meus pensamentos estavam loucos, eu nem sabia se esse era o real motivo... não deveria ter jeito dela saber, não existia provas, deveria ser outra coisa.

Saímos do apartamento, nos despedindo de Dangerous. Eu continuava envergonhada por tudo, mas a preocupação só aumentava.

- Algo te incomoda meu amor? – Sol perguntou quando já estávamos no carro.

- Não, nada me incomoda. – Menti.

Esse encontro com a Isabella estava me cheirando encrenca. Poderia ser apenas besteira de minha mente, mas eu sentia que algo de muito ruim estava para acontecer.

- Desculpa pela minha irmã...

Sol murmurou pegando em minha mão. Novamente fiquei envergonhada, mas sua irmã foi uma boa coisa, eu não estava inteiramente preparada.

- Tudo bem. – Murmurei de cabeça baixa enquanto ele dava a partida.

- Acho que fui rápido demais com você...

Não respondi, não sabia o que dizer. Eu sabia bem que no mundo de almas, não tinha esse negócio de rapidez.

- Quer namorar comigo?

Surpreendi-me com suas palavras vindo do nada. O que ele estava dizendo? Eu não podia aceitar isso, por que ele continuava insistir sobre isso?

- Sol, por favor, não quero falar disso.

Ele assentiu, de cabeça baixa, encarando apenas a estrada. Sabia que isso o magoava, mas eu não podia namorar com uma alma... eu não, não uma humana.

Chegamos na instalação de Buscar. Pela minha infelicidade, a Isabella já estava lá, nos esperando, com uma cara nada agradável.

Descemos do carro, tentei ficar longe de Sol para que ele não me desse a mão.

- Hum... – Isabella nos olhou analisando. – Seria muito bom passar as roupas antes de vir...

Olhei e notei que minha blusa ainda estava amassada por causa do que tinha acontecido. Tentei alisá-la, mas estava piorando a situação.

- Bem, não é isso que quero falar... – Continuou. – Parece que a garota ai teve problemas durante o turno, não?

Congelei, como ela sabia que eu tinha parado? Será que ela tinha descoberto o que havia acontecido, que eu encontrei um humano com uma alma?

- Do que você diz? – Perguntei tentando não mostrar minha insegurança.

- Bem, o rastreador que tem no seu carro... – Me surpreendi, não sabia que tinha um rastreador ali. – Confessou que parou num lugar bem incomum.

Sol me encarou, me desesperei. Meu coração que já batia forte começou a martelar.

- Deserto de Picacho Peak, hum? – Isabella murmurou pegando um aparelho do bolso. – Não foi lá que sumiram duas almas há um tempo?

- Não sei. – Murmurei.

- Ok, acho que não deve ser nada disso... Bem, pode me explicar por que parou de repente?

O que eu falaria para ela? Eu tinha parado por que realmente encontrei um humano, mais do que isso, encontrei uma alma. Mas ela não poderia saber.

- Ela passou mal. – Sol murmurou.

Assustei-me com suas palavras. Ele estava me ajudando, mas mal sabia dos meus problemas... Sol é melhor do que pensei...

- Isso explica as roupas. – Murmurou rindo. – Bom, vou indo...

Senti um alivio quando ela pronunciou essas palavras, mas não mais do que quando ela entrou em seu carro e foi embora.

Voltei a respirar, meu coração voltou a bater normalmente. Hoje o dia tinha sido muito longo, queria ir logo para casa descansar.

- Não vou perguntar o que aconteceu lá. – Sou murmurou, perto demais novamente. – Eu confio em você, você é uma alma, não tem nada a esconder.

- Obrigada.

Sol juntou seus lábios nos meus, nosso beijo tímido voltou. Não era bom nos beijarmos nesse lugar, mas ele pareceu não se importar.


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