O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 22
Nos braços de um anjo.


Notas iniciais do capítulo

Oe! São 23:57, mas ainda é terça feira, então eu estou no cumprindo o que prometi xD.

Esse capitulo especial é dedicado a Grazzy_Morais e Ana Paula Souza que comentaram maravilhosamente bem e me deixaram com animo para mais um capítulo.
Seja bem vindos leitores novos.

Boa leitura.



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Nos braços de um anjo.

Algum dia eu te direi,

Que o teu amor é a razão

Do sorriso que tenho no rosto

Do perfume das flores de agosto,

Que exala de meus poros,

Quando nos teus braços estou”.

(Maria Hilda).

Os marinheiros de Charlie cometeram um grave erro ao desembarcarem em uma costa distante do Condado de Longford. Os cálculos de seus marujos foram mal utilizados, e as coordenadas não foram compreendidas o suficiente para desembarcarem na costa próxima ao Condado. Agora, graças a esse erro, Charlie perderia um dia a cavalo – e três se resolvesse contornar o país a navio.

A fúria do Swan foi mais que evidente.

Porém o incidente – de certa forma – contribuiu significativamente para que o prisioneiro James chegasse antes do Duque, assim, adquirindo mais tempo para escondê-lo dele.

A frota do Barão Cullen aproximava-se cada vez mais do Condado de Longford, trazendo consigo James e Marlene. Era uma questão de poucas horas até que ambos estivessem no Palácio; e os únicos que sabiam disso eram Emmett, Carlisle e Edward.

Carlisle sabia que seus soldados precisariam ser mais silenciosos e rápidos, quando adentrassem no Palácio. As mulheres de sua família não poderiam ver ou ouvir – em hipótese alguma – o que aconteceria com James no exato momento em que ficasse frente a frente com o Barão.

O casarão – lugar onde o Conde ficaria – era longe do Palácio, mas nada garantia que seus gritos não seriam ouvidos.

Era de manhã e toda a família Cullen – exceto Edward e Bella – desfrutava do café da manhã quando o mordomo Thomas sussurrou no ouvido de Carlisle que eles haviam chegado; por sorte, sua mulher e suas noras não haviam sequer percebido.

Carlisle retirou-se da sala de refeições sutilmente, levando Emmett consigo.

A propriedade dos Cullen’s era cercada por árvores, o que favorecia o esconderijo de algumas construções (que eram masmorras e casarões situados na floresta). Era lá que alguns prisioneiros de guerra ficavam e James não teria um destino diferente deles.

Carlisle e Emmett saíram do Palácio, indo para o extremo leste da propriedade, embrenhando-se nos meio das árvores e sendo guiados por Thomas. Após alguns minutos de caminhada já era possível avistar os cavalos dos soldados e uma imensa e antiga construção.

A pequena “prisão” de James era uma casa antiga e totalmente feita de madeira. As paredes eram grossas toras de uma madeira escura e cheia de musgo, o teto possuía grandes buracos por onde a fraca luz do sol adentrava e iluminava um pouco daquela escuridão. A casa não possuía mobília, porém abrigava um vasto arsenal de armas e outros instrumentos de tortura.

Aquelas paredes já bloquearam o som dos gritos e súplicas de pessoas arrependidas pelo que fizeram.

Aos poucos os soldados apareciam e reverenciavam o Barão.

_ Traga a mulher até mim _ Ordenou Carlisle a um de seus homens. Instantes depois uma pequena e robusta mulher entrava em seu campo de visão. Era Marlene, concluiu o Barão.

Marlene estava assustada, pois nunca havia imaginado estar frente a frente com o Barão de Longford. A fama e poder que Carlisle possuía eram sempre comentados por Miguel, e ele sempre advertia que ser inimigo do Barão era assinar a sentença de morte.

Mas é claro que nunca se passa pela mente de uma criada ser regatada por um Barão.

A roupa da mulher denunciava o quão pobre ela era, sua feição cheia de rugas e olhos tristes mostrava quanta dor ela suportou. Os pés descalços e sujos era a marca da criadagem.

Porém Carlisle sabia que aquela mulher era – de certa forma – mãe de Isabella, sabia que Marlene foi o suporte e acolhimento de Bella no momento em que ela mais precisou.

_ És Marlene? _ Perguntou o Barão, a mulher apenas assentiu. _ Sabe onde estás? _ Ela negou. _ É o desejo de Isabella revê-la novamente. Estás aqui porque eu a resgatei em nome dela. _ A cabeça curvada de Marlene levantou-se num átimo e seus olhos fitaram Carlisle curiosos e eufóricos.

_ Ela está aqui, Senhor? _ Perguntou com a voz baixa. Carlisle sorriu.

_ Sim, está. Emmett, meu filho, a acompanhará até o Palácio, lugar onde Isabella está. _ As palavras fizeram a felicidade da mulher, que, sem se importar com classes sociais, abraçou o Barão, murmurando palavras de agradecimento.

Instantes depois, Marlene era levada por Emmett, desaparecendo em meio às árvores.

No exato momento em que Marlene saíra, o sorriso do Barão desapareceu e sua face tornou-se séria e os olhos brilhosos com um brilho perverso. Seus soldados deram passagem e ele logo adentrou na velha casa, já avistando James sentado e amarrado.

_ Tivemos que dopá-lo a viajem inteira, Senhor. _ O general disse enquanto indicava os ferimentos de James.

_ Acordem-no. _ Ordenou Carlisle, tirando seu paletó e o entregando para Thomas. Alguns soldados obedeceram à ordem e jogaram sob James um balde cheio de água. E ele acordou assustado e confuso.

Quando o homem ergueu o olhar para Carlisle, seu corpo inteiro estremeceu, já sabendo o que estava por vir.

_ B-Barão?

_ Bom dia James. _ Respondeu Carlisle com a voz afável. _ Perdoe-me pela maneira que te acordei, mas precisamos conversar. _ O estranho brilho nos olhos do Barão não passou despercebido.

_ Poderia tirar-me daqui? As cordas machucam minhas mãos.

_ Claro, claro... Mas antes deves responder a algumas pequenas perguntas. _ O prisioneiro assentiu, olhando atordoado para os instrumentos a sua volta.

_ Sabes quem é Isabella e Renée Swan?

_ Não Senhor... _ Antes de terminar, um poderoso murro fora desferido contra o seu rosto. James gritou. _ O que é isso? _ Cuspiu sangue.

_ Esqueci-me de avisar-te: se não responderes verdadeiramente serei obrigado a puni-lo. Isso facilita a colaboração. _ Sorriu perversamente e nesse exato momento James soube o porquê de estar ali:

Descobriram o seu rapto e tortura sobre Isabella Marie Swan.

Ele certamente não sairia vivo dali.

**** **** ****

Eles caminhavam lenta e prazerosamente, desfrutando da manhã e da presença do outro. Pequenos risos eram dados por eles e, às vezes, alguma carícia mais ousada era trocada.

_ Algum criado pode ver. _ Ralhou Bella, com os lábios selados aos de Edward. Ele riu e a apertou mais ainda contra seu corpo, aprofundando mais o beijo.

_ Deixem ver... _ Sussurrou ofegante no ouvido da mulher, mordiscando ali e ouvindo com prazer o pequeno arfar que Bella emitiu. _ Sentirão inveja. _ Buscou novamente os lábios de Isabella, mas ela os evitou.

_ Seu pai poderá ver. _ Afastou-o minimamente. _ Não podemos nos beijar em público do jeito que estás fazendo. O que pensarão de mim?

_ Estás preocupada com o que acharão? _ Edward arqueou uma sobrancelha, provocante. Isabella assentiu. _ Isso é problema deles, Bella. _ Revirou os olhos.

_ Quanto tempo falta para o casamento? _ Perguntou ela, fugindo do assunto.

_ O sacerdote chegará hoje à tarde... Podemos nos casar depois disso. _ Edward deu de ombros, pouco se importando com o horário, mas com o que faria depois.

_ E os preparativos?

_ Não há preparativos. Será uma cerimônia simples, seguida de um jantar em comemoração. Depois... Teremos o resto do tempo para as núpcias. _ Um arrepio violento perpassou pelo corpo de Isabella e Edward sorriu aberta e maliciosamente. Logo o rubor tomou conta da mulher.

_ Acho que devemos entrar... Podem sentir nossa falta. _ Murmurou envergonhada e corada, desvencilhando-se de Edward e o puxando até a entrada do Palácio. Mas ao olhar para frente – para a porta – Isabella estancou.

Emmett mostrava todo o enorme jardim do Palácio a Marlene, que, maravilhava, ouvia tudo com extrema atenção. Mas era impossível controlar sua curiosidade e ,quando menos se esperou, a mulher logo se pôs a perguntar onde estava a sua menina.

_ Não sei ao certo. _ Emmett coçou a cabeça, atrapalhado. _ Ela e Edward saíram hoje cedo e até agora não voltou. Não há motivos para preocupação, ela logo voltará. _ A mulher assentiu voltando à atenção nas explicações de Emmett, pouco tempo depois ele parou. _ Ah, Isabella chegou! _ Anunciou animado, o olhar de Marlene seguiu o dele, avistando Bella bem a sua frente.

As duas se olharam por poucos instantes, porém o suficiente para que Marlene reparasse em cada mínimo detalhe de Isabella.

Agora a sua menina vestia-se como alguém da nobreza. Os pés não estavam mais descalços, o vestido era novo e perfeito aos seus olhos e os cabelos não estavam mais presos, mas sim soltos e de aparência sedosa. Isabella havia deixado de ser sua menina, passando agora a ser uma mulher.

_ Bella? _ Perguntou Marlene com a voz embargada. _ És tu?

Isabella olhava incrédula a mulher a sua frente e, aos poucos, abriu um enorme sorriso ao ver que realmente aquela era Marlene, a sua quase-mãe.

_ Sim. _ Sorriu em júbilo, falando pela primeira vez a Marlene – que a olhou com o amor carregado no olhar.

_ Estás falando! _ Gritou a quase-mãe, correndo para os braços de Bella.

E as duas se abraçaram, cheias de saudades. O amor ali era tão verídico que o abraço tornou-se o mais intenso a compartilhar. Isabella inspirou fundo, guardando na memória o cheiro maternal que Marlene possuía.

Não havia dúvidas, aquele era o seu porto seguro.

Ainda abraçada a Bella, Marlene avistou o corajoso rapaz que salvou sua menina e, separando-se de Isabella, fora até ele.

_ Senhor, não há palavras para descrever o quão grata estou por ter salvado a minha menina. _ Edward assentiu, os olhos sorrindo. _ Mas espero que aceite o meu abraço como prova verdadeira de minha gratidão.

_ Deixe disso mulher, eu apenas... _ Edward começou, porém fora interrompido por pequenos braços que, desajeitados, o puxaram para o abraço. Atordoado, ele correspondeu. Isabella e Emmett sorriram.

Ao se separarem, Isabella fora ao encontro de sua quase-mãe, guiado-a para dentro do Palácio.

_ Vamos entrar. _ Propôs Bella. _ Tenho muita coisa a contar para a Senhora. _ Mostrou o anel em sua mão, já guiando Marlene para dentro.

Edward se encontrou com Emmett, arqueando uma sobrancelha.

_ Não pergunte nada para mim, irmão. _ Emmett levantou as mãos. _ Nosso pai está na casa com James. Acho melhor ir lá. _ Revelou em voz baixa, já acompanhando o irmão que, sem hesitar, adentrava na floresta.

Os passos apressados denunciavam a ansiedade.

**** **** ****

Durante a prazerosa tarde, Bella contou tudo a Marlene, desde a fuga até as lembranças relembradas por ela – também contando sobre o seu casamento. E a velha mulher ouvia tudo atentamente, embriagada pela alegria de ver sua menina falando.

Marlene fora apresentada a todos os Cullen’s e, logo após isto, fora levada até o quarto de hospedes para banhar-se e vestir-se como nunca fizera. Ao se olhar no espelho, a mulher vislumbrou a beleza que havia perdido.

Isabella estava com ela no quarto, observando o quão feliz sua quase-mãe estava.

_ Casamento... _ Murmurou Marlene a Isabella, segurando suas mãos ternamente. _ Tens certeza disso, querida?

_ É a única coisa da qual tenho plena certeza. _ Suspirou Bella, com um sorriso bobo nos lábios. _ Eu o amo e, segundo ele, o sentimento é recíproco.

_ Isso basta, minha menina. _ A quase-mãe sorriu, notando certo brilho especial nos olhos castanhos da filha. Pelo menos ela havia encontrado alguém. _ E quando será esse casamento? _ Perguntou se levanto e indo até a penteadeira, arrumando as madeixas grisalhas.

_ Edward disse-me que não há o que esperar. O sacerdote do Condado chegará essa noite para a celebração.

_ Será essa noite?

_ Provavelmente.

_ Querida... _ Começou Marlene com a voz cuidadosa demais. _ Sabes o que acontece durante as núpcias?

Por essa Isabella não esperava.

_ C-Claro. _ Gaguejou e sua face enrubesceu da pior maneira possível. Marlene gargalhou. _ Os recém casados vão para o aposento e... E... Lá ficam a noite toda... ? _ Bella fechou os olhos com o constrangimento e sua quase-mãe riu ainda mais. _ Ora essa, porque ri?

_ Menina, _ Começou a velha mulher com um pouco mais de compostura. _ A Senhora Cullen não lhe falou nada, não é? _ Isabella assentiu timidamente. _ Não há porque ter vergonha querida, todas as mulheres passam por isso quando se casam. _ Isabella exalava pureza e inocência, Marlene chegou a hesitar antes de dar continuidade à fala.

_ Quando se casam o homem e a mulher, com a permissão de Deus, desfrutam de um relacionamento mais íntimo. Mas às vezes os maridos não têm a noção do quão frágil suas esposas podem ser.

_ O que queres dizer com isto? _ O rubor na delicada face de Bella sumia, dando a espaço a curiosidade.

_ Possuis a Sagrada Virgindade, minha menina, mas Edward poderá não perceber isso em você. O que quero dizer é que o aconselhe a ser cuidadoso como um marido apaixonado. Porém não diga em momento algum que sentes dor.

Dor. A palavra ecoava na mente Isabella que se perguntava como isso iria acontecer, pois em seu conceito Edward jamais lhe proporcionaria dor.

Isabella estava prestes a contestar sua quase-mãe quando pequenas batidas na porta a fizeram mudar de idéia.

_ Entre. _ Anunciou Marlene, logo Alice, Esme e Rosalie a faziam companhia no aposento.

_ O sacerdote acaba de chegar, Isabella. _ Comunicou Esme com uma plausível animação na voz.

_ Edward já se retirou para a preparação, também já fora ungido pelo ministro de Deus. É a sua vez Bella! _ A voz animada de Alice preencheu cada cantinho daquele cômodo.

_Preparação? _ Indagou Bella, com certa timidez na voz.

_ Sim. As criadas já prepararam o seu banho e seu impecável vestido encontra-se pronto para ser usado. Apresse-se para não deixar Edward esperando demais. _ Rosalie a puxou pela mão e todas as mulheres foram até o aposento de Bella, preparando-a para a comemoração a seguir.

Nesse instante, Isabella sentiu borboletas no estômago.

**** **** ****

O salão principal adornava-se com as mais variadas flores, impregnadas de tal modo que o cheiro de rosas pré-colhidas enchia o ambiente. Era um cheiro doce, calmante, que combinara perfeitamente com a ocasião.

Exceto por Edward, que se encontrava perdidamente nervoso.

Nele, as rosas não surtiram efeito.

Um pequeno altar fora improvisado no salão e lá estava o sacerdote Alfred – um homem baixinho e volumoso que carregava consigo a calma e a experiência. Edward estava ao seu lado, trajando um impecável terno na cor preta. A postura tensa e o semblante fechado não intimidaram em nada a simpatia do sacerdote.

Roupa do Edward: http://belamimovie.files.wordpress.com/2010/04/gallery_enlarged-robert-pattinson-bel-ami-set-photos-04022010-24.jpg?w=800

Todos os familiares estavam lá, animados e eufóricos com o ultimo casamento do integrante Cullen realizaria. Mas o soldado não desviava sua atenção da escadaria, por onde sua futura esposa passaria.

Quando menos se esperava, a figura feminina de Isabella desceu as escadas, acompanhada por Carlisle que, sorrindo em júbilo, segurava-lhe o braço.

E ela estava maravilhosa.

Os sedosos cabelos lhe caiam pelos ombros, formando suaves ondas que emolduravam seu rosto delicado. Um suave sorriso permanecia nos desejosos lábios e seus olhos serviam de moldura para a felicidade e nervosismo que se apoderava de Isabella.

Seu vestido dourado possuía reavivava o brilho nos orbes castanhos e as jóias que adornavam seu pescoço faziam jus à beleza inocente e delicada da mulher que Edward tanto amava.

Por mais que fossem úteis, palavras não bastariam para descrevê-la com precisão.

Vestido da Bella: http://www.ihavenet.com/images/The-Duchess-movie-starring-Keira-Knightley.jpg

Os passos foram curtos até o pequeno altar e – com um gesto antigo – Carlisle entregou a mão de Isabella para Edward que – mesmo com a felicidade e amor – continuava sério.

Mas um brilho intenso adornava seus orbes verdes e Isabella os encontrou, deliciando-se na magnitude daquela pequena faísca que compunha o seu amor.

O sacerdote iniciou a curta cerimônia, transmitindo os ensinamentos de Deus e ditando os deveres que os noivos tinham de cumprir, até o fim de suas vidas. Os noivos ouviam tudo atentamente, gravando cada dever e obrigação que ambos deveriam fazer, mas sem deixar de compartilhar o amor, ingrediente fundamental para um casório.

_ Em nome de Deus, eu vos declaro marido e mulher. _ Pronunciou o sacerdote com sua voz alta e firme, ungindo os noivos e oferecendo-lhes a taça com o vinho ungido. 

Se não fosse a rígida regra da doutrina católica Edward teria se deliciado ao beijar os lábios de Isabella, porém, era-lhe permitido apenas um leve roçar na bochecha da pessoa, agora, nomeada sua mulher.

A cerimônia fora encerada, abraços e votos passaram a ser compartilhados com todos. Isabella derramou algumas lágrimas a abraçar Marlene – sua quase-mãe que chorava aos soluços.

O jantar fora servido – como forma de comemoração – com muitas risadas e brincadeiras a parte. Porém, quando o sol se pôs e a noite surgiu – como lembrete dos deveres que os noivos deveriam cumprir – fora que os noivos deram-se conta do que deveriam cumprir.

Para Edward desejo e sede.

Para Isabella ansiedade e nervosismo.

Os Cullen’s, dando-se conta da íntima comemoração que estava por vir, retiraram-se aos poucos, até que Edward e Bella tornaram-se os únicos.

Eles não trocaram nenhuma palavra, os olhares já falavam, suprindo a necessidade de um diálogo. Edward tomou a iniciativa, acariciando com vontade e suavidade o rosto de porcelana de Bella, um sorriso fraco emoldurando os lábios do homem. Um pedido fora feito no silêncio e Isabella assentiu, entrelaçando sua mão a dele, subindo a escadaria com calma e leveza, algo totalmente diferente de seu interior.

Ela parou diante da porta do aposento, mas Edward a impediu de abrir a porta, guiando-a pelo corredor até a porta branca de madeira, abrindo-a em silêncio. Aquele era, oficialmente, o aposento do novo casal Cullen.

Quarto: http://www.agenciasdeviagensemportugal.com/wp-content/uploads/2010/09/800px-Queluz-quarto.jpg

As cortinas impediam a visão da paisagem de fora causando total escuridão, porém alguns candelabros iluminavam o ambiente, transformando escuridão em luz, iluminando o quarto.

O novo aposento possuía pinturas nas paredes e uma arquitetura invejável. No centro do quarto havia uma grande cama que, demonstrava com clareza, o que deveria ser feito ali.

Isabella engoliu em seco, lembrando-se do seu dever como esposa e – de costas para Edward – começou a retirar as jóias que a adornavam; suas mãos tremiam.

O soldado fechou a porta e a trancou, caminhando silenciosamente até a mulher, abraçando-a por trás e colando seus corpos, sem pudor algum. As grandes e másculas mãos passearam pela barriga de Isabella, movendo-se para as costas, onde lá desabotoou alguns botões do vestido. Se prestasse atenção, notaria o corpo trêmulo da mulher.

O vestido deslizou suavemente pelo corpo de Bella, caindo no chão sobos seus pés. A camisa da mulher era a única coisa que lhe cobria o corpo; graças a isso, Isabella corou.

Isabella não se virou para ficar frente a Edward, fazendo com que o homem percebesse que havia algo de errado.

As mãos masculinas infiltraram-se no cabelo de sua mulher, colocando-os de lado, dando passagem para a boca de Edward que, preguiçosamente, distribuía beijos por lá.

Ao chegar ao ouvido, ele sussurrou:

_ Eu amo você, esposa. _ Isabella tremeu em seus braços e ele continuou. _ Não há o que temer. _ Edward a virou e contemplou a face feminina, passando sua mão no delicado rosto, demorando-se nos lábios entreabertos. _ Não tema, minha Bella. Essa será a melhor noite de sua existência. _ Sussurrou para logo após puxá-la para um beijo tão intenso e íntimo que seria uma ofensa fazê-lo em público.

O corpo de Isabella relaxou ao toque de Edward. As pequenas mãos infiltraram-se no cabelo bronze do marido e o puxou para si, emitindo um suave gemido quando o soldado lhe mordeu o lábio.

Apesar da intensidade dos atos tudo ali ocorria lentamente.

Edward se afastou da mulher, retirando o chapéu, luvas e sapatos, sem nunca desviar o olhar de Bella.

Ao retirar a camisa, Isabella arfou.

O peito rijo de Edward subia e descia ao ritmo de sua respiração. Os músculos da barriga tencionaram quando a mulher ousou tocá-lo brevemente com o intuito de saciar sua curiosidade sobre o corpo masculino.

As mãos de Edward seguraram a barra da camisa feminina e, olhando nos olhos da mulher, a removeu por completo, deixando Isabella nua.

Piscando algumas vezes – como quem vê uma miragem – o homem se pôs a olhar cada mínimo detalhe, cada curva, do corpo dela.

Mas nenhuma palavra ou som poderia descrever o desejo que aflorou de seu corpo, ao passar os olhos por aquele local – nem mesmo as cicatrizes impedi-lo.

Erguendo-a com cuidado, Edward levou Isabella para a cama, onde lá começou uma análise completa do corpo feminino, com a boca.

Ele beijou com calma cada uma de suas cicatrizes, uma por uma; tamanho era o amor ali que – se pudesse – suas feridas desapareceriam no mais suave toque de seus lábios. Ele não as queria ali, a pele feminina era tão macia e delicada que cada cicatriz presente tornava-se um tormento para sua mente – que no momento encontrava-se embriagada pelo amor que ali estava.

Ao seu lado Edward se encontrava vivo, feliz e amando, cada momento vivido com ela era desfrutado intensamente – como se fosse o último – e cada toque o fazia viver, fazia seu coração antes duro e frio aquecer-se e cavalgar em seu peito. Edward não mais precisava da guerra, morte e solidão, a única coisa que o fazia estar vivo agora era Isabella, a menina-mulher que roubara o seu coração... Para sempre.

Os olhares se encontravam e Bella sentiu que poderia se perder ali, tamanha era a intensidade. O soldado a fitava de maneira terna, mágica e amorosa; como se todo o resto não mais importasse, e – pela primeira vez – sentiu que seu lugar era li, com ele.

Isabella estava se sentindo completa, nada mais importava agora.

Seu nome tornava-se um doce sussurro nos lábios de Edward e se perdiam em meio a tantos beijos que sua boca provocara.

Ela o amava e, para ele, o sentimento era recíproco.

Inevitável era alegrar-se ao saber que era a primeira a ocupar todo o coração de Edward, que fora a primeira a ouvir as ternas palavras carinhosas do homem, de que era amada e respeitada por ele.

Se dependesse desse amor, seria assim para todo o sempre.

As carícias ficaram ousadas e o arfar tornara-se gemido.

Edward se desfez das calças rapidamente, lançando olhares desejosos para Isabella e sendo retribuído. Quando se acariciaram intimamente, ambos gemeram os nomes uns dos outros, perdidos no mar de prazeres que o amor lhes causava.

Ao ficar entre as pernas de Isabella, Edward a fitou, transmitindo-lhe todo o amor. Ela soube o que estava por vir.

No momento da união, um grito de dor saiu dos lábios de Isabella.

_ Meu amor, olhe para mim. _ Pediu Edward, os olhos angustiantes sobre os de Bella. Ela assim o fez.

_ Céus, está doendo. _ Reclamou ela, cravando as unhas nas costas do soldado. A dor em sua região íntima ela agonizante. Ela o fitou com os olhos marejados.

_ Não sinta a dor. _ Colou sua testa a dela. _Sinta-me assim como eu a sinto. Somos um só, Bella. Um só. Porque nós nos amamos. _ Edward distribuiu cálidos beijos no rosto suado da mulher, sentindo o corpo feminino relaxar.

Quando começou a movimentar-se os gemidos de dor evaporaram, dando lugar a lufadas, arfares e profundos gemidos do mais puro prazer.

Eles se entregaram um ao outro, tonaram-se um só – mesclaram as essências –transformaram o amor em algo concreto no ápice do prazer...

Caíram nos braços do outro e lá ficaram por toda a noite.

Não havia mais nada de importante ali, somente dois corpos exaustos pelo prazer que o amor provocou.

Sedentos e suados, ansiando por mais, foi o modo como dormiram.

Cada um nos braços de seu anjo.


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Notas finais do capítulo

Preciso que entendam os costumes antigos e como as mulheres de lá eram "mal informadas" sobre o assunto sexo. As cerimônias eram simples e eu fiz o máximo para deixar essa assim.
Temos que levar em consideração que estamos em uma fic de época

Espero que tenham gostado. Comentem e recomendem.
Próximo capitulo com muitas emoções.

Beijos e até o próximo - terça ou segunda.