Edward PDV

Me levantei e sentei na beirada da cama para ficar de frente para ela. Meus olhos examinavam cada parte do seu rosto, seus olhos castanhos, suas bochechas vermelhas e por fim sua boca. Só de olhar já me dava vontade de beijá-la. Abracei-a no intuito de  tirar minha vontade de beijá-la.

Ela retribuiu o abraço e disse em meu ouvido que precisava ir.

Não queria que ela fosse embora. Então, a soltei lentamente para inspirar o cheiro de morango de seu cabelo e de seu corpo preso ao meu. Senti ela estremecer e ao me aproximar de sua boca não resisti. Comecei por seus lábios, depositando beijos até ela abrir passagem para um beijo mais profundo. Tão cedo começou e tão cedo acabou. Ela se desvencilhou com carinho e falou.

"Preciso ir." - disse, saindo.

Olhei ela se distanciar, com passos tensos e balançando a cabeça em tom de reprovação.

"Aiii" - suspirei - "essa mulher meche comigo." - falei pra mim mesmo.

Ouvi uma risada atrás de mim e me virei para dar de cara com meu pai. Ele estava encostado na porta de trás olhando pra mim, com um sorriso no rosto. Ele estava iluminado.

"Há quanto tempo está aí?" - perguntei.

"Tempo suficiente para ver a cena romântica.." - ele falou sorrindo mais uma vez.

"Hum..pelo jeito que terminou, não me pareceu muito romântica."

"Isso é só porque ela estava confusa. Por que você não se abre pra ela?"

"Me abrir?" (n/a: êêiittaa, Ed já tá pensando besteira..hahahaha)

"É, conte pra ela o que você está sentindo."

"Mas, nem eu sei direito o que estou sentindo..."

"Você gosta dela?"

"Acho que sim."

"Gosta do jeito que ela fica quando está com você?"

Lembrei de como ela fica envergonhada só de olhar nos meus olhos. E ainda tinha o jeito carinhoso que ela me trata, segurando na minha mão, etc. Até pegou no meu cabelo, quando eu estava deitado na cama. Pois é, eu fingi que estava dormindo só pra ver o que ela ia fazer. Logo depois que ela pegou no sono eu a acordei.

"Humm...nem precisa responder..já vi tudo em seus olhos. Filho, não desperdice essa chance, diga à ela o que você sente. Talvez assim, você até descubra que ela gosta de você também."

"Hum, sim pai. E obrigada pelo conselho. Será que eu podia ficar aqui até as aulas acabarem?"

"Pode sim, meu filho."

Ele foi saindo, quando do nada eu lembrei de uma coisa que eu tinha que perguntar.

"PAAII! Eu preciso te perguntar uma coisa." - o chamei.

"Pode perguntar." - falu voltando alguns passos.

"É que..bom, naquela noite...os comensais queriam que eu entregasse um anel para eles. Disseram que só esse anel podia salvar o Voldemort."

"Ahh, o anel. Bom, essa história é meio complicada, então, acho melhor deixar para outra hora. Acho que a sua irmã também tem o direito de saber."

"Claro."

E ele me deixou ali.

"Pai? Será que eu poderia ir para a sala comunal?" - mudei de ideia.

"Pode, sim. Acho que você já está melhor" - ele disse abrindo um sorriso e se virando pra ir embora de novo.

"Pai??..." - chamei-o e apontei para a bandagem na minha cabeça.

Ele entendeu o que eu quis dizer e voltou para tirar aquele negócio da minha cabeça. Imagina se eu ia sair com aquilo na cabeça..só pra todo mundo ficar olhando pra mim, eu não..credo.

Fui para a sala comunal esperar o Harry chegar das aulas junto com a Mione. Às cinco e meia Harry estava de volta, mas nem sinal de Mione.

"Harry, eu preciso falar com você.." - o chamei, enquanto ele entrava pela sala conversando com uma menina, muito bonita por sinal.

"Err...não quero te atrapalhar, mas é que é urgente...oi.." - me desculpei e cumprimentei a menina.

Ela apertou minha mãe e disse - "Oi...Edward, certo? Eu sou a Gina." - falou enquanto estendia a mão.

"Ah, prazer Gina. E então, será que você poderia liberar o Harry um pouquinho? Logo ele estará com você novamente. Prometo."

"Ah claro. Sem problema. A gente se vê depois, Harry." - disse dando um beijo em sua bochecha e saindo pelo retrato.

"Não fala nada." - disse Harry, antes que eu abrisse a boca para falar algo.

"OK. Vem senta aqui, eu preciso te pedir um conselho."

"Um conselho. Pra mim? Tem certeza? Acho que a Alice bateu muito forte em sua cabeça..."

"É sério. Você conhece como os trouxas vivem..então, eu queria te perguntar como eu faço para conquistar uma menina..."

"Hahaha..conquistar uma menina, Edward? Eu acho que eu não posso te aju..."

"Não diga isso. Você pode sim. Por favor, é importante para mim."

"E eu posso saber quem é, pelo menos?"

"Hãã..isso fica pra depois. Agora o que eu preciso saber é assim, tipo...eu quero umas cantadas, alguma coisa que eu possa falar pra ela.."

"Há, já entendi. Olha, eu sei algumas..você pode chegar por trás dela e falar...."

[...]

Hermione PDV

Depois da última aula, eu e Rony seguimos direto para o salão principal. Mas ao ver o tanto de gente que tinha lá, resolvemos ir para o jardim do lado de fora. Queria um lugar mais calmo.

"Vamos sentar aqui mesmo." - disse Rony se jogando debaixo de uma árvore e me chamando para sentar ao lado dele.

"Olha só, o sol está se pondo. Não é lindo?" - falei, distraída. Mas ainda podia sentir seus olhos em mim.

"É..linda" - ele disse.

Quando me virei para fitá-lo ele estava quase babando.

"O que você disse?" - perguntei ignorando seus olhos que me fitavam sem parar.

"Que você é linda." - ele disse se endireitando, e se aproximando de mim.

"Mione...eu..eu.." - ele começou mas perdeu a fala.

"Não precisa falar.." - falei.

Mal terminei de falar, e ele me beijou. Começou com um selinho, mas o beijo foi aprofundando. Pude sentir meu estômago revirar, como se tivessem borboletas voando. Segurei forte em seu cabelo, tanto era o desejo que ambos ficamos sem ar e nos separamos. Ele não falou nada, seu olhar já dizia tudo. Era visível em seus olhos o quanto ele gostava de mim.

O puxei para retribuir com um beijo mais singelo. Queria que ele percebesse também que eu gostava dele. O momento não poderia ter sido melhor. Nós não precisamos de palavras, nossos beijos já diziam tudo. Me afastei dele, dando ainda alguns selinhos. Foi quando eu ouvi a professora Minerva chamando todos para o jantar no salão principal.

[...]

Harry PDV

"E aí Edward, posso saber agora quem é a garota?"

"Na hora certa."

"Nossa. Olha as horas, já são seis e quinze! O jantar já deve ter sido servido!" - falei olhando as horas.

"Então, vamos. Agora é só esperar o momento certo para colocar meu plano em prática."

"Credo Ed. Tudo você tem que esperar o momento certo. Afe. Age, vai falar logo com essa menina!" - falei na lata.

Ele me olhou mas não falou nada. Dei de ombros. Se ele quisesse esperar o problema era dele. Fui para o retrato para poder ir jantar logo. Eu só queria descansar. O dia fora bem longo.

Jantei o mais rápido que eu pude, e fui tomar banho e dormir. Estava esgotado. E amanhã seria um novo dia. Novas aulas e novas coisas para acontecer. Dormi imaginando o que poderia acontecer amanhã que me deixasse assim tão animado. Estava com um bom pressentimento.