Depois de meu surto, seguimos para nossas casas. Jacob e Seth foram acompanhar Nessie até a casa dela, ambos correndo como lobos e Ness se despedira de mim prometendo pensar em uma maneira de me fazer ficar. Eu, Leh, Carol e Alec fomos em silêncio até nossas casas. Quando chegamos lá, Leh disse:

                     - Fica calma, vamos dar um jeito – Marrom latiu, como que confirmando o que a dona disse – Afinal, não podem nos separar, não é mesmo?

                     - Na realidade, eles podem...  – Carol disse, e acho que teria dito mais se eu, Letícia e Alec não tivéssemos a fuzilado com o olhar.

                     - Valeu gente. Boa noite pra vocês. – Agradeci.

                      Elas me abraçaram e começaram a escalar as árvores de suas casas, aposto que os pais delas não sabiam disso tudo. Me virei para Alec e disse:

                      - Você vai me achar uma idiota por te pedir isso, mas... fica comigo essa noite ? Eu não quero ficar sozinha. – certo, eu estava me sentindo realmente imbecil e abaixei a cabeça

                     - Claro,  - me surpreendi com sua resposta – e não se preocupe, seus pais não vão ficar sabendo. – acrescentou em tom de deboche

                     - Engraçadinho. Mas obrigada.

                     - Não tem de que. – ele sorria e eu também

                     Subimos a árvore e, silenciosamente, abri a janela, que eu tinha deixado destrancada e entramos em meu quarto. Incrivelmente, não escutei Elaine do lado de fora da porta, tentando me fazer deixá-la entrar, como normalmente fazia depois de brigar comigo. Eu estava incrivelmente cansada, então disse ao Alec:

                      -  Vou por o pijama, fique a vontade.

                      Ele apenas assentiu, sorrindo. Fui ao banheiro e troquei a roupa de caminhada pelo pijama quente e penteei meu cabelo, tirei a maquiagem – que graças a Deus era a prova d´água – escovei os dentes e voltei para o meu quarto.

                       Alec olhava o meu mural, que era em forma de uma borboleta – eu adorava borboletas – branca e que tinha alguns de meus desenhos e muitas fotos minhas com Letícia e Carol desde que éramos pequenas e algumas mais recentes com Nessie.

                        - São vocês nessas fotos ? Esses desenhos são seus ? – Alec perguntou enquanto eu chegava perto dele

                        Ri levemente do quase interrogatório e disse:

                        - As mais antigas mostram eu, Letícia e Carol em Boston e as mais recentes, que tem Nessie, foram tiradas aqui em Forks. E sim, os desenhos são meus.

                        - Você desenha muito bem, e era bonita desde pequena.

                        Eu corei violentamente com esses elogios e murmurei um “obrigada”, mas eu tinha certeza que ele ouvira. Alec riu, e me puxou para a cama com a desculpa de que por enquanto eu era humana e precisava dormir. Joguei a colcha “carinhosamente” na cadeira da escrivaninha e me acomodei embaixo dos lençóis. Alec se sentou no chão ao meu lado e me desejou boa noite. Dormi rapidamente, virada para Alec.

                        De repente, podia perceber que começava a me agitar na cama e comecei a sonhar que meus pais me arrastavam para Boston enquanto eu podia ouvir minhas amigas e Alec gritando o meu nome. Eu gritava para não me levarem, mas ninguém me dava ouvidos.

                        - Marina !

                        Abri os olhos assustada e me sentei rapidamente na cama. Meu coração martelava em meu peito e lágrimas escorriam pelo meu rosto. Alec me olhava com carinho e susto no olhar.

                       - Você está bem? De repente você começou a se agitar na cama e dizer para não te levarem. – ele perguntou

                       - Eu acho que sim – disse vacilante – Sonhei que meus pais me levavam embora e eu não podia fazer nada. – minha voz se esganiçou no final e as lágrimas começaram a escorrer mais rapidamente por minha face.

                       Alec me puxou para seus braços – só nesse momento reparei que ele estava sentado na cama – e começou a sussurrar que tudo iria ficar bem e que iríamos dar um jeito. Quando eu já estava mais calma, ele me afastou um pouco,  e disse:

                        - Aquele dia em que você estava na casa dos Cullen, eu tentei fazer isso, mas Jane me interrompeu, e espero sinceramente que isso não aconteça de novo. – ele riu levemente no final e puxou me queixo, me beijando.

                       Seus lábios frios encostaram nos meus e sua língua os relou, pedindo passagem, e eu a dei. Foi o melhor – e primeiro – beijo meu. Quando acabou, ele disse :

                        - Aceita namorar comigo, Marina?