Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 58
Capítulo 58. In Constância - parte ii: Integra


Notas iniciais do capítulo

Fantasmas queridos... Mais de 50 leituras do capítulo anterior e nenhum review? Estou chocada... Salve o santo contador por levantar minha auto-estima.
Sabe, no geral, eu não gosto de novelas. Não gosto da quantidade de personagens, da falta de peso das histórias, do poder da opinião pública. Eu sei que algumas são de muita qualidade, mas no geral eu não assisto. Até que um dia eu tive que sair da cama pra ir na sala ver a interpretação do Solano quando a família descobriu que o Félix tinha jogado a Paulinha na caçamba. Eu comecei a acompanhar o personagem (o resto da novela ainda é um mistério p mim) e me surpreendi com que personagem humano foi criado. Um vilão que se superou durante uma novela de um jeito razoavelmente delicado (foi rápido, mas não foi mágica). A beleza de um ser humano que se fez (e foi feito) nada para se tornar vulnerável e finalmente "puro". Fiquei tão feliz com a sensibilidade da última cena da novela ( e que atuação do Solano) que me sentei na frente do computador e digitei este capítulo, de ponta a ponta e na ordem. Eu quero terminar logo esta fic. Eu, mais do que ninguém, quero saber como vai ser o final. Quero poder colocar um sorriso de verdade nos lábios do Vlad. Torço para que me ajudem nessa jornada. O Vlad é tanto dos leitores quanto meu e o apoio de vcs o ajudou a chegar tão longe. Vamos em frente?

A música de hoje é Broken Crown, Mumford & Sons



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Touch my mouth and hold my tongue

I'll never be your chosen one

I'll be home, safe and tucked away

You can't tempt me if I don't see the day

The pull on my flesh is just too strong

Stifled the choice and the air in my lungs

Better not to breathe than to breathe a lie

When I open my body I breathe a lie

I will not speak of your sin

There was a way out for him

The mirror shows not

Your values are all shot

Dia 1

Integra não conseguiu dormir naquela noite. Não que ela admitisse isso para si mesma. Depois de uma hora tentando e se provando incapaz de dormir, ela simplesmente levantou-se de sua cama, foi até seu escritório e ficou trabalhando durante a noite.

Outra coisa que ela jamais admitiria para si mesma é que o silêncio de sua mansão quase vazia não permitiu que ela se concentrasse em seus papéis por toda a noite.

E ela também não admitiria, especialmente para uma certa Ella Basarab, que o único motivo dela estar nas escadas enquanto uma empregada estar abrindo a porta da mansão para a tal Basarab era por que a Hellsing havia ouvido a campainha e em seu coração frio um fio de esperança não reconhecido havia brotado.

Havia apenas hostilidade no coração da Hellsing agora, enquanto no olhar de Mihaella parecia haver apenas superioridade.

E antes que Integra pudesse perguntar o que ela estava fazendo ali, Celas estava se aproximando com uma mala.

E Integra não precisou de explicações para entender que se tratava das roupas de Vlad. O que só podia significar que Vld estava com Ella.

Mihaella viu Integra no topo das escadas e apenas acenou com a cabeça. E assim ela iria saindo da mansão, mas Integra não permitiu:

– Você não é melhor que eu.

Porque Integra não conseguia aguentar o olhar de superioridade de Ella possuia. Não aceitaria que aquela mulher parecesse mais que ela em sua própria casa. Não porque Vlad a escolheu no final. Porque se Integra quisesse, Vlad seria dela. Porque Integra poderia ter Vlad de volta a qualquer momento, não poderia? Não poderia?

– Nunca quis ser melhor que ninguém, condessa.

Daquilo Integra riu. Uma risada sem humor tão parecida com a de Vlad em seu período vazio - como Mihaella se referia ao período que precedeu o fim do relacionamento entre ela e Vlad- qque um arrepio correu na espinha da moça romena.

– O que quer provar, levando Vlad da mansão? Fingindo que o ama?

– Nada quero provar e nada tenho a fingir, Condessa.

Integra terminou de descer as escadas, olhando para os olhos verdes de Mihaella enquanto proferia suas palavras:

– Você pode achar isso tudo. Mas você ainda não sabe como é a sensação. Desesperadamente desejar a pessoa ao seu lado, sentir uma saudade arrebatadora e finalmente tê-la ali, te esperando, mas sabendo que ela nunca mais será, porque está morta. É só uma carcaça tentando se parecer com o que você deseja, afinal. Uma cruel brincadeira do destino, te dando esperança onde não devia haver nenhuma. Quebrando seu coração de novo e de novo e você nem sabia que havia tantas partes dele assim para serem quebradas.

– Está enganada Condessa. Eu conheço.

Mihaella se lembrava de como era ver Vlad aos poucos se perder no vazio de sua alma. Lembrava-se da dor de vê-lo se esvaindo em si mesmo, da dor de ver aquele que amava sendo consumido pela morte que nunca lhe seria um descanso, mas sempre, sempre, apenas o combustível de suas angústias.

– Não conhece. Como eu, conheceu apenas Alucard. Poupe seu trabalho, eu posso lhe garantir: não há nada de Alucard em Vlad.

– Condessa, já disse isso para seu marido e vou repetir para a senhora: eu não sei o que é um Alucard.

Integra virou-se e saiu andando após aquelas palavras, mas ainda murmurou para as escadas às suas costas:

– Então Alucard é algo que será para sempre meu. Meu servo, minha espada e meu escudo. Fiel até o fim, como Vlad não o foi.

– Que moral tem a condessa para cobrar fidelidade? - Mihaella disse, em um tom suave, mas alto o suficiente para que Integra ouvisse.

Integra parou no topo das escadas, olhando para baixo:

– Eu jamais jurei fidelidade ou prometi o que quer que fosse. As únicas promessas quebradas foram as de Vlad. Ele me jurou amor. Ele me jurou fidelidade. E a única coisa que ele me pediu em troca foi o que eu quisesse... o que eu pudesse lhe dar. E agora ele fugiu. Na primeira oportunidade, foi esconder-se embaixo da saia de alguma aberração de seu passado. Pois diga-me, que tipo de monstro é você? Que respira, cujo coração bate, mas é imortal? É sangue o que bebe? Como consegue continuar caminhando se alimentando da morte quando ainda possui sua alma?

Mihaella sorriu para aquilo. Era esse o jogo que Integra queria jogar? Pois bem, ela podia apostar alto com as fichas que tinha:

– Eu sou um monstro capaz de amar de uma forma muito mais plena que a sua, pelo visto. Pois meu amor é livre e dele nada cobra.

– Então é isso? Passou a eternidade ao lado dele e por não poder tê-lo aceitou ficar com os restos de seu afeto? Conformar-se em nada esperar em troca?

– Fala de coisas que não entende, condessa. E saber que seu coração frio não é capaz de apreender a beleza que é o coração de Vlad só me faz sentir pena.

– Não ouse ter pena de mim. Você não é melhor que eu para isso.

– Estou começando a acreditar no contrário, Condessa.

E assim Mihaella saiu pela porta que uma Celas, muito aliviada pelo fato de as duas não terem se matado, abriu para ela.

Dia 3

Integra abriu o envelope com dedos trêmulos. Não era de seu feitio temer decisões militares, mas nos últimos dias (e com o recente afastamento de Baron) Integra percebeu como o futuro de sua organização era incerto.

As palavras eram simples e a ordem clara: as tropas emprestadas à organização Hellsing seriam aos poucos remanejadas. Os soldados eram necessários em outros locais. Como a Hellsing estava sem voz de comando (os soldados não respeitavam os oficiais da Hellsing, pois não possuiam patente militar. Sem ataques recentes com a destruição dos ninhos, a esmagadora maioria nem sabia da existência dos vampiros) um oficial seria encarregado para supervisionar as tropas.

Integra estava sem homens e agora era oficial: ela precisaria começar a treinar suas próprias tropas.

Dia 5

Integra suspirou, levantando a cabeça e olhando para o teto de seu escritório pela terceira vez em dois minutos. Seu trabalho sempre foi sua obrigação e sua motivação, mas a mesmice de todos os dias pesava em seu coração. Sim, eram vidas que ela estava salvando, mas para que? O que aquelas pessoas fariam com sua vidas mesquinhas? Dia a dia apenas tentando sobreviver? Inútil.

Integra voltou aos seus papéis, útil ou não, aquele era seu trabalho. E Integra não tinha mais Baron para tentar fazê-lo em seu lugar. E ela não confiava em nada no novo encarregado de suas tropas, cada vez mais reduzidas e mais preguiçosa.

Dia 7

Integra ergueu os olhos da tela de seu computador ao ouvir os passos acelerados de Celas, correndo para abrir a porta da mansão. Quem seria a esta hora da noite? Foi quando percebeu finos raios solares passando pelas cortinas de sua janela. Já tinha amanhecido? Quem deixou o dia amanhecer sem sua permissão?

Sem perceber o ridículo de seus pensamentos, Integra se levantou de sua cadeira e foi até o corredor, olhar para a entrada de sua mansão do alto das escadarias. E na porta estava Ella Basarab, sorrindo para Celas e perguntando se podia entrar. Celas parecia um pouco insegura, mas deu passagem para a moça.

Alguns segundos depois, Celas estava subindo as escadarias. A vampira levou um grande susto ao perceber que a Hellsing já estava a esperando.

– Sim, draculina? - A Hellsing perguntou.

–A senhorita Basarab deseja falar com a senhora, Sir Hellsing.

Integra assentiu com a cabeça e desceu as escadas.

– Sente-se, Ella. - Disse Integra, sentando-se no sofá. - O que faz aqui tão cedo?

– Condessa. Imagino que minha visita seja no mínimo inoportuna, então serei breve e bastante direta. Desejo negociar a propriedade do Stradivarius atualmente em sua posse. É de meu conhecimento de que Vlad adoraria tê-lo em mãos.

Integra assentiu com a cabeça.

– O violino é dele. Ele pode vir quando quiser para buscá-lo.

– Se possível, gostaria de levá-lo, condessa.

Integra fitou seu olho azul nos verdes de Mihaella. Como assim?

– Está dizendo que o conde se recusa a vir a mansão? Que vai cometer a indelicadeza de enviar sua namoradinha para sua antiga casa para recuperar seus pertences?

Mihaella franziu o cenho, mas sua voz não revelou nenhum tipo de sentimento quando respondeu:

– Não sei do que está falando, Condessa. De qualquer forma, Vlad está debilitado demais para realizar a viagem até a mansão e acredito que as lembranças acarretariam uma reação forte demais.

Integra soltou um "pfff" que Mihaella preferiu ignorar em favor a aceitar uma mala que Celas a entregava.

– Celas, pegue o violino.

Celas precisou de alguns momentos entre olhar de Integra para Mihaella para finalmente sair correndo para procurar o violino.

– Condessa? Se pudesse me conceder mais um favor...

– O que você quer?

– Vlad comentou alguma coisa sobre estar se consultando com um psicólogo... Creio que seria benéfico para seu estado mental e emocional se ele pudesse continuar com as consultas. Mas não sei se procurar um novo psicólogo seja uma boa ideia, dadas suas condições de...

E antes que Mihaella terminasse sua frase, Integra estava atirando o celular com o contato para que a moça o pegasse.

– Está sob o nome de Johann. - A Hellsing murmurou, olhando para Celas que entrava na sala carregando o Stradivarius. - Como... Como ele está?

Mihaella parou o que estava fazendo para olhar para Integra.

– Ele está se recuperando.

Integra assentiu com a cabeça. Recuperar-se era bom, muito bom.

Mihaella aceitou o violino de Celas e se despediu. A vampira a acompanhou até a porta.

– Ella...

– Vou ligar para o psicólogo ainda hoje. Quero marcar uma visita com ele, acertar se é possível que ele realize as sessões fora da Hellsing. Obrigada por tudo, Celas. - A moça lhe entregou o celular, fazendo um sinal com a mão indicando que ele deveria ser devolvido.

Celas assentiu com a cabeça e fechou a porta da mansão. Ao virar-se, disse para uma Integra de mal humor sentada no sofá:

– No final, Sir Hellsing, acho que temos que agradecer pelo fato dela existir. É bom que alguém esteja cuidando de Vlad.

Integra acenou com a cabeça. Sim, era bom, não era? Mesmo que não fosse Integra quem o fazia?

Dia 9

Integra, após se impor uma folga de algumas poucas horas para ver se conseguia se concentrar no que fazia estava quase tendo um ataque de nervos pela pura inatividade de tentar relaxar. A Hellsing passava os canais de sua televisão sem encontrar nada que lhe cativasse o interesse. Uma busca pela internet também não se revelou interessante. Desligou a televisão e acabou passando o dia deitada em seu sofá, olhando para o teto. De noite, resolveu voltar ao trabalho.

Dia 16

O novo oficial do governo chegou para remanejar as tropas, levar uma pequena parcela e supervisionar o trabalho das que ficariam sob o comando da Hellsing. Integra não se deu ao trabalho de aprender o nome dele. Integra não se deu ao trabalho de olhar para o rosto dele. Apenas ordenou que Celas o acompanhasse. A vampira o fez sem esboçar nenhuma reação.

Dia 17

Integra ouviu os gritos de Celas para com o oficial responsável pelas tropas, mas ignorou o barulho em prol de seu trabalho. Tinha que haver um padrão nos ataques. Tinha que ter um vampiro envolvido. Desde que ficou com aquele maldito resfriado e Vlad tinha liquidado (sim, essa era a palavra) vários ninhos em Londres, Integra não conseguia identificar um ataque consistente de origem comprovadamente vampiresca. Não um ataque coordenado pelo menos, que necessitasse da intervenção da Hellsing. Até mesmo aquele que ela estava estudando com Baron acabou de forma inconclusiva.

Dia 20

– Sir Hellsing? O que eu devo fazer a respeito?

Celas olhou por cima de seu nariz, por detrás de seus papéis, para finalmente olhar para Celas. Do que a draculina estava falando? Não era importante. Voltou a olhar para seus papéis. Tinha muito sangue envolvido, tinha que haver um vampiro envolvido naqueles assassinatos em série. Nenhum ser humano seria sanguinário o suficiente para fazer aquilo sem um toque do demônio.

Dia 24

Integra olhou para o relógio, percebendo que seu chá estava atrasado cinco minutos. Precisava de um mordomo.

Dia 30

Já era noite quando Integra desceu as escadas de sua mansão, percebendo que Celas não estava lá aquela noite. Foi até a cozinha pegar um copo de leite. A princípio ia bebê-lo frio, mas depois achou melhor bebê-lo morno. Ela ia beber o leite frio porque nunca achou que fazia diferença, então frio era mais fácil. Mas... Morno. Morno era melhor.

No fim, acabou perdendo a vontade e deixou o leite para lá.

Dia 31

Mais uma grande parcela de suas tropas haviam sido remanejadas naquela tarde. Integra ia ter que treinar suas próprias tropas. Sem Alucard, e não que admitisse isso para si mesma, mas sem Walter também, ao seu lado e sem poder contar com Celas nesse quesito, Integra resolveu engolir seu orgulho e chamar alguém para lhe ajudar.

Dia 32

Baron acordou naquela manhã com uma ligação de Sir Hellsing.

O coronel ponderou alguns segundos se deveria atender o telefone ou não. Em que situação ele tinha se metido. No início, ele só tinha assumido um posto qualquer para ajudar a coordenar as atividades das Olimpíadas. E então uma nobre linda, mas um tanto enrustida, tinha mostrado interesse nele. E ela era casada, mas e daí? Casamentos na nobreza são de fachada mesmo. Quem sabe não seria um favor que ele faria ao conde? Destravar a mulher, dar a ela uma distração. Integra era uma mulher muito atraente e , como ele percebeu depois que passou a trabalhar com ela, muito inteligente e interessante. E ele estava interessado, ela parecia interessada também. E sério, aquele marido dela parecia meio gay mesmo. Se não era gay ele era com certeza frio, desinteressado. Deixar uma mulher linda como aquela sem, digamos assim, assistência? E ai ele viu, em um deslumbre, que o marido traído de fato estava sendo traído. Seja lá qual fosse o trato, Vlad amava sua esposa: ao ponto de deixá-la partir. E então ele se mete em uma crise internacional, conheceu o próprio diabo no marido traído e antes tão frágil, descobriu que na verdade tinha se metido em algo muito, muito maior, em um universo onde monstros eram reais. E tinha se afastado daquilo tudo, apenas para ter a Hellsing ligando para ele como a primeira atividade da manhã.

Atendeu ao telefone, ouviu à questão do remanejamento das tropas e negou a possibilidade de ajudar a supervisionar o treinamento de novas tropas.

Foi trabalhar naquele dia pensando em toda aquela situação. Não nas tropas, não no vampiro e não nos monstros, mas em um marido traído. Um marido ao qual talvez ele devesse um pedido de desculpas. Um homem que quase deixou a vida para salvá-lo que talvez precisasse de companhia, de um amigo. Alguns dias depois, tomou coragem para ligar para ele.

Dia 35

Integra contratou novos homens, explicou as condições de pagamento, as apólices de seguro, o trabalho. Explicou o que pôde. A sua frente, as tropas possuiam um comportamento exemplar, mas foi só ela virar as costas que ouviu comentários sobre seu corpo e um muito desagradável sobre ser "mal-comida". O homem que fez o comentário chegou a urinar em sua próprias calças quando Integra descarregou toda sua pistola na parede atrás dele, os tiros passando centímetros de sua orelha. Uma prova de mira, de firmeza e força que homem nenhum teria coragem de negar.

Integra conquistou respeito pelo medo. Mas sabia que aquilo não seria o suficiente. Suspirou fundo ao chegar em sua sala, subitamente com saudades do vampiro.

O vampiro impunha medo e também respeito nas tropas. E Alucard respeitava Integra, o que fazia com que tantos as tropas quanto a própria Celas a respeitassem por tabela.

Integra sentia falta do vampiro.

Dia 40

Papéis, trabalho e chá. Integra esfregou o olho muito azul, voltando a ler seus papéis logo em seguida.

Dia 62

Integra tentou dormir, mas não conseguia. Não sabia como resolver o problema das tropas. Não encontrava o culpado dos ataques tão claramente motivados pela sede de um vampiro e não sabia o que fazer caso encontrasse, já que temia que suas tropas mal sincronizadas fossem dizimadas. Passou a noite olhando para o teto.

Dia 63

Celas estava sentada a mesa quando Integra resolveu sentar ao seu lado:

– Então... Como as tropas se comportaram hoje? - Integra perguntou, servindo-se de chá e torradas.

Celas pareceu surpresa, mas depois relatou as ações da tropa naquele dia.

– E o que...

Integra começou a frase, querendo puxar conversa, ter a companhia de alguém. Ao perceber que não tinha assunto com a vampira, que não sabia de nada sobre a vida dela, antes ou depois da sobrevida, Integra desistiu da ação e saiu bufando porta a fora, deiando uma Celas confusa para trás.

Dia 65

Integra resolveu ligar para Vlad naquela tarde. Ela não sabia se ele podia ajudar, se ele queria ajudar. Mas, realmente, quem mais havia sobrado para Integra?

Vlad não atendeu. Ligou de novo e nada. Deixou uma mensagem de voz e voltou a trabalhar.

Dia 66

Vlad não retornou a ligação de Integra. Não que ela estivesse prestando atenção. Não que ela estivesse preocupada em ter finalmente ficado completamente sozinha em sua vida.

Dia 67

Integra se cansou de pular a cada pequena vibração de seu celular e resolveu mandar uma mensagem de texto para Vlad. Depois de infinitos minutos, Vlad respondeu com a data e horário. Pareceu um pouco frio, mas era melhor que o silêncio que a oprimia nos últimos dias. Pelo menos ele tinha concordado em encontrá-la.

Dia 68

Pela primeira vez em muito tempo, Integra conseguiu dormir a noite inteira.

Dia 71

Integra se olhou no espelho uma última vez. Os cabelos curtos estavam penteados e o terno ficaria de fora pelo calor do dia. Era isso. Ela iria ver Vlad pela primeira vez em mais de dois meses e ainda não sabia o que diria a ele. Mas não podia ficar enrolando em frente ao espelho.

And oh, my heart was flawed I knew my weakness

So hold my hand, consign me not to darkness.

So crawl on my belly 'til the sun goes down

I'll never wear your broken crown

I took the road and I fucked it all away

Now in this twilight how dare you speak of grace

So crawl on my belly until the sun goes down

I'll never wear your broken crown

I can take the road and I can fuck it all away

But in this twilight our choices seal our fate


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