Alice S Memories escrita por Yako-chan


Capítulo 8
Capítulo 7 Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Bem, bem me adiantei um pouco com esse capítulo, então talvez eu venha a fazer algum revisão nele futuramente se achar que com o decorrer da historia seja preciso...^^



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 —“Alice... Alice...”—Ela ouvia alguém chamar, a voz ecoava na escuridão, como um sussurro fraco vindo de bem longe, de repente abria os olhos vendo o teto de seu quarto, novamente aquele sonho em que não vira nada e somente ouvia a voz continuamente chamando seu nome no escuro, não conseguia entender aquela estranha espécie de sonho que lhe passava a sensação de como se estivesse vendada e ao mesmo tempo não, mas ao menos aquele pesadelo ela não tivera mais desde que deixara Rutledge eles haviam parado, não os teve nenhuma vez sequer nos últimos dois anos em que estava ali, mas também não compreendia esse novo sonho e nem porque ele se repetia, embora nãos os tivesse todas as noites, uma vez ou outra ele voltava, sem que conseguisse compreender, ao menos ver quem lhe chamava, sentou-se na beira da cama colocando os pés no chão recoberto pelo carpete, levantando, a camisola branca que trajava quase não deixava seus pés a mostra, saiu do quarto ainda devia ser madrugada descendo as escadas de madeira foi até a cozinha, para beber um copo d’água, enquanto fazia isso ficava olhando pela janela da cozinha encostada na parede, sem perceber voltava a pensar na voz do sonho, de alguma forma parecia já tela ouvido, seria de alguém conhecido? Se fosse porque não conseguia ver essa pessoa e muito menos se lembrar dela.

—Puff...esqueça isso Alice, é só um sonho, daqui a pouco vai surtar de novo, mas por outro lado talvez com isso voltasse pra lá.

Balançou a cabeça querendo afastar esses pensamentos, não queria mais se deixar levar por essas coisas, não agora que estava finalmente conseguindo se adaptar, e desencostando-se da parede foi colocar copo na pia e voltou ao quarto, deitando novamente não demorou a dormir, quando acordou o sol já se esforçava para entrar através das cortinas que encobriam por completo as grandes janelas do quarto, mas agora ela não queria levantar, e puxava as cobertas para cobrir a cabeça, um costume que havia adquirido lá e que agora não conseguia deixar, mas mal fez isso quando a porta do quarto se abriu a tia entrou.

—Alice, não finja estar dormindo, levante-se já é tarde.

Dizia a mulher abrindo as cortinas, o sol invadia o quarto iluminando todo o ambiente de uma vez, e mesmo que não quisesse teve de levantar, Ana saiu do quarto dizendo para ela trocar-se e descer para tomar o café, alguns minutos depois Alice já estava sentada a mesa para o desjejum, depois disso saiu na varanda encontrando uma gata cinza dormindo preguiçosamente em uma cadeira acolchoada, chamava-se Cicy, Alice pegou-a no colo sentando-se no mesmo lugar, era um tanto velha e preguiçosa, também já estavam com ela a longos anos, mais de cinco supunha pelo que lhe contaram, não se lembrava nem poderia, nesse tempo ela não estava ali, mas a irmã lhe contou ela havia aparecido em no jardim por acaso e acabou ficando com a família de David a pedido dela  na época, Alice se lembrou de Dinah pensando agora que nunca mais a viu desde a noite do incêndio, e soube que Margaret cuidou dela, mas também que lhe contaram que ela havia morrido anos antes de Cicy aparecer depois que um estranho mal a acometeu,  a tia contou que ela foi definhando aos poucos sem que nada pudesse ser feito por fim em uma manhã de inverno ela não acordou, Alice ficou realmente triste foram longos anos que passara com a gata, praticamente toda a infância, apoiou as costas no encosto da cadeira, fazendo carinho na gata que dormia no seu colo enquanto olhava para o jardim, quando voltava a pensar na voz, tentava não o fazer, mas isso a intrigava.

Aquele dia passou quase entediante, ficou boa parte dele sentada lá até que a irmã chegasse e elas pudessem conversar, mas Alice não falou sobre o sonho, há muito tempo não falava mais deles com a irmã nem com ninguém como fazia quando era criança, e sabiam bem do porque, antes de tudo ela costumava ser mais sorridente e extrovertida, falava o que pensava e gostava de contar sobre aventuras ou sonhos que tivera, depois de ver sua mãe brava daquele jeito não falava mais tanto disso, somente com Margaret, mas com o passar do tempo isso fora diminuindo a noite do incêndio selou essa passado fraterno de conversas alegres e inocentes, depois disso não tinha mais nada que quisesse contar, mesmo que a irmã viesse e perguntasse. –Qual a novidade de hoje Alice?—Ela simplesmente dizia. –Sinto muito Meg...

Ela tinha perdido o encanto por muitas coisas, foi quando se fechou em seu próprio mundo por aqueles longos anos, agora abria um das portas e colocava a cabeça para fora dela por um momento para ver como as coisas estavam, e logo parte do corpo também já avançava para o mundo real, mas ela ainda não queria sair, embora não demonstrasse isso com freqüência.


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Notas finais do capítulo

....está ai está um pouquinho maior que o anterior, e como disse talvez sofra alguma alteração futuramente...=)