Então a dor parou, e a luz também, Carol lentamente abre os olhos, sua vista estava turva, a dor nas costas não parava. Ela fixou seus olhos nas mãos, lentamente começou a enxergar novamente. O anel esta no seu dedo, e brilha com a luz do sol, vinda de uma pequena janelinha no topo do salão dourado, o anel é de ouro, com runas que Carol não tinha a mínima idéia do que seja.

Mas tinha algo estranho, ela sentiu como se tivesse asas, mas pensou que era alguma alucinação. Lentamente virou para trás, e dessa vez um grito ecoa pelo salão. Logo depois se arrepende de berrar lá, o som que veio em seguida causado pelos ecos foi ensurdecedor.

Ela tentava se acalmar, Calma Carol, não tem como piora, o que eu to falando? Olha onde estou! Pode piorar muito!

Ela começa desesperadamente a procurar algo na pirâmide. De repente para pra pensar. Eu não estou no portal, estou em uma das pirâmides dos antigos governadores de Month, nas montanhas Toth. Seu rosto expressa pânico. Como que eu sei disso!!! Sem falar que agora eu sou uma aberração de asas. Mas espera, eu sinto algo, tenho que ir naquela direção. Pelo menos as asas serão úteis.

Ela acreditou friamente que isso significava que o portal era para lá, ela não sabia o que a esperava.

Saiu correndo e alçou vôo. Então ela começou a pensar nos lugares, e descobriu que o Flyson cobriu uma área em algumas horas, que a pé levaria meses. E que inclusive nem ela voava tão rápido. Então olha para o anel espantada. Que anel é esse? Que alem de dar asas me fez saber de muita coisa sobre este mundo. 

Carol voou por horas sem parar, estava cansada e com sede. Ela para no ar e lá mesmo toma um pouco de água e come o pão que Yuy deu a ela.

- Bú.

O resto de pão que Carol segurava começa a despencar de uma incrível altitude. Carol rapidamente vai para frente se afastando do ser que a assustou. Ao se virar ela depara com um monstro, ele tinha a pele num tom azul fosco, e parecia ser uma pele grossa, como de um réptil, possuía uma imponente armadura prateada, com um brasão no peito, sua aparência lembrava um humano de altura mediana, o rosto era normal, só que azul como o resto do corpo. Um par de asas de morcego batia nas suas costas. Ele saca sua espada, e aponta para Carol.

- Eu não quero confusão moço, eu só quero ir pra casa.

- Sei, eu não posso deixar você seguir em frente. Não vai ser uma intrusa que tirará a harmonia no meu mundo!

- Harmonia? Do que está falando?

- Não se faça de tonta.

- Os Deoms estão protegendo Kishimatsu de pessoas como você! Temos que agradecer ao Lorde por identificá-la.

- Deoms? Lorde? Que saco! Não sei do que você ta falando! Só quero ir para casa! Por favor moço!

- ATACAR! – De todos os lados aparecem Deoms, só que estes usam uma roupa de couro em vez da armadura. Carol ficou sem saber o que fazer. Estava desesperada. Até que quando piscou viu a imagem de uma espada. Então fecha os olhos, e vê ela novamente. Era uma espada azul bebe, com runas no punhal e na base da espada, levemente curvada. Carol se concentra na imagem dela, e quando abre os olhos segurava a espada. Ótimo, Carol estava muito animada, uma espada contra uns 30 Deoms.

Carol começa a defender golpes de todos os lados, e não parava de voar para que não consigam cercá-la. Conseguiu ferir gravemente poucos, apenas um aparentemente morreu, pois sua asa foi cortada e caiu daquela altura.

Então, para a surpresa dela, um Deom é acertado com um choque, ela não entendeu de primeira, mas depois percebeu que foi ela mesma que soltou aquele raio. Esperançosa, ela se concentra na imagem da eletricidade, ao mesmo tempo em que se defendia dos ataques frenéticos dos Deoms. Logo soltou mais dois raios, que mataram instantaneamente dois daqueles demônios azuis voadores.

O líder deles percebe que a coisa ficou feia, rapidamente os vinte restante foram derrotados um a um, o líder solta um assovio agudo. Quando carol acha que ganhou, veio mais uma horda de Deoms, todos vindo de baixo, assim tentando cerca-la, mas não conseguiram pois ela voou para um dos lados rapidamente, e agora se defendia e ao mesmo tempo soltava raios. Quando restava apenas uns dez, o líder chega por trás e em uma velocidade incrível acerta o ombro de raspão, Carol conseguiu se esquivar não sabe como. E foi defendendo dos ataques rápidos do líder, enquanto derrubava um a um com relâmpagos.

O líder desesperado se afasta, junta as mãos e solta uma bola de energia azul na direção de carol. A confusa garota instintivamente coloca a espada na frente e um escudo de eletricidade reflete a bola de energia, que acerta uma das asas do líder, que começa a cair.

Mas que merda, mal chego, sou atacada por um búfalo gigante, daí ganho asas, descubro que solto raios e agora até derrotei um exercito que não falava nada com nada. Não vejo a hora de sair daqui!

Carol estava ofegando, então decide pousar e descansar um pouco, quando descia vê um lindo lago. Nele ela reabastece seu cantil de água. Inesperadamente pensa consigo. Esse é o lago Magn, devo seguir pelo rio da Realeza para chegar nesse lugar que está me chamando. Só pode ser meu mundo!

Então a silhueta de um homem velho aparece de trás de umas arvores.

- Você deve realmente seguir por este caminho minha jovem.

- Quem é você? – Um velho alto e de barbas brancas muito compridas aparece, ele vestia um longo manto branco com rendas douradas. Parecia ser alguém importante.

- Tenho muitos nomes, mas nenhum que você conheça.

- Mas o que você quer comigo?

- Nada, estava só passando.

- E decidiu ler minha mente? Por que devo ir para lá?

- Muitas perguntas mocinha. Apenas esteja preparada para lutar.

E o velho some nas sombras. Carol aturdida com tudo decide continuar sua jornada e levanta vôo.

A noite rapidamente cai, e após muitas horas de vôo Carol avista uma enorme construção, na verdade, um enorme castelo. A lua cheia brilhava no céu.

Então uma força inexplicável puxa Carol para o chão. Bem na frente do portal para o castelo.

Cinco figuras estavam na frente do portal, todas com asas de demônio nas costas. Não dava para ver o rosto deles, um manto negro com um capuz cobria tudo. Apenas se via os olhos vermelhos dentro do capuz. Carol sentiu um frio na espinha.

- Lorde Kahindlat deseja vê-la, mas primeiro terá que passar por nós. – Disse o mais alto de todos.