Keys escrita por Charlotte


Capítulo 22
Um Pouco Sobre o Passado


Notas iniciais do capítulo

Weee! Consegui postar! Muito obrigada pelos reviews, fiquei muito feliz com eles ^-^. E aqui está o capítulo, espero que gostem, já estava na hora de revelar algumas coisas, né?



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Quem era aquele na minha frente? Eu o conhecia? Mas nunca havia visto seu rosto na minha vida. Quem era ele afinal?


-Sophie esse é o seu pai, Adrian.


-Não pode ser! Como ele está tão... tão jovem!


Não era possível se ele fosse meu pai, seria mais velho e não teria cara de 20 anos. Lewis estava brincando comigo de novo, não estava?


-É verdade. – Adrian disse.


-Lewis, você está brincando, não está?


-Não.


-Então explica como ele está tão jovem!


-É assim que você fala de seu pai? – Lewis disse claramente brincando agora.


-Posso explicar?


Ele parecia manter a calma mesmo que aquela situação não fosse agradável, até um pouco estranha... mas enfim ele não perdia a calma mesmo quando eu dizia que era mentira e aquilo só podia ser mais uma das brincadeiras de Lewis.


-Pode, mas eu vou embora depois disso!


Esperei que sua reação fosse negativa às minha palavras, mas muito pelo contrário, ele se mantia calmo a todo tempo me fazendo me acalmar também e assim comecei a escutar o que ele tinha para falar.


-O problema foi o que aconteceu há 14 anos atrás...


Eu sabia que ele não iria contar uma história feliz, pelo modo que começou a falar, mesmo mantendo a calma em seu rosto, por dentro parecia sofrer ou pelo menos era o que eu sentia.


-Me prenderam na minha própria casa com algum tipo de marca que agora está nas minhas costas, não só eu fui marcado como a casa também... não posso sair e meus poderes ficaram limitados, e em troca meu corpo não envelhece...


Podia ser verdade? Mas eu queria provas, como posso saber se era verdade ou não. Ele apenas disse que foi marcado nas costas e a casa também, como isso iria explicar algo.


-Eu quero provas.


-A prova está bem aqui... – ele disse apontando para mim.


E como é que eu era uma prova, não fazia sentido. O que ele queria dizer afinal?


-Ãh?


Ele se aproximou de mim e tocou meu pulço fazendo algum tipo de marca em formato de uma rosa. Como ele havia feito isso? Não lembro de te aquilo alí, nem lembro de ter sido marcada.


-Como...


-Eu fiz essa marca há muito tempo atrás para você ir para o mundo dos humanos.


-Mas isso...


-É a verdade.


-Você é meu pai?... De verdade?...


-Quando você tinha 1 ano, todos sabiam sobre você e estavam curiosos. Uma filha de um Key e uma humana era extremamente raro, e eles queriam saber as consequências desse nascimento, queriam descobrir se você tinha alguma habilidade. Então vieram atrás de você, mas antes eu disse para sua mãe fugir enquanto eu mandava você para o mundo dos humanos...


-E a minha mãe, por que você não a mandou junto?


-Só posso mandar ou trazer uma pessoa a cada 2 anos, mas mesmo assim depois desse período eu não conseguia por causa da marca...


Eu não conseguia acreditar, também não sabia se eu estava chorando de alegria ou de medo, Adrian apenas me abraçou deixando com que eu chorasse na camisa que ele usava, ele acariciava minha cabeça fazendo círculos com o dedo e às vezes enrolando meu cabelo. Ele havia sofrido tanto...


-Por que está chorando? Eu não fiz tudo o que fiz para ver você chorar agora.


-Desculpe...


-Não precisa, está tudo bem...


-Mas eu...


-Shhhh...


Ele estava tentando me acalmar, estava funcionando pois eu aos poucos conseguia voltar a respirar normalmente. Ele era tão calmo...

Ele me soltou e eu olhei para ver seu rosto, aquilo tudo era tão... eu não sei como explicar em palavras a emoção que estava sentindo naquele momento. Agora olhando seus olhos diferentes de todos que eu havia visto.


-Olhos diferentes de qualquer outro ser vivo...


Um Key... como Lewis, Elliott, Antony, Amber e Matthew.


-Já está ficando tarde... – Adrian olhou para a janela comentando.


-Eu não posso ficar mais um pouco?... – eu perguntei.


-Me desculpe, mas não... Elliott já deve estar preocupado...


-E daí? – Lewis disse se intrometendo na conversa – Sophie é minha contratante, ele tem que cuidar da contratante dele.


-Foi você quem tirou Sophie da sua casa, ela ficará bem na casa de Sally. Mas no final de tudo ela vai voltar para cá.


-Ela vai estar muito ocupada me ajudando.


-Alguma hora isso vai acabar, não vai? Você realmente acabou com esse jogo Lewis? Parece que só está pensando em se ajudar para depois se livrar de Sophie.


Fizemos um acordo, Lewis queria saber a dor que ele sentia e eu quem meus pais são. Se ele descobrisse a dor que sentia, ele iria me matar depois? Como com outros contratantes? Eu estava sendo usada?


-Não é verdade...


-Como não? Não entende porque não consegue matar ela, quer saber a razão e se descobrir vai acabar com o problema para depois acabar com Sophie.


Lewis parecia um pouco perturbado com as palavras... parecia sentir dor... Ele colocava a mão sobre o peito e começava a fechá-la aos poucos.


-Lewis?...


-Eu estou bem... apenas sentindo um pouco de dor.


-Não sabe o que é?


-Como se você soubesse.


-Claro que sei, já senti isso várias vezes.


A ouvir suas palavras, Lewis abriu seus olhos olhando na direção de Adrian.


-Então me diga!


-Vou deixar você sofrer um pouco... talvez algum dia você entenda por conta própria...


Adrian disse suas últimas palavras e subiu as escadas, pelo jeito não iria descer mais e o que indicava que nós já iriamos embora dalí. Lewis continuou com a mesma expressão de dor mas parecia que não sentia tanto agora.


-Vamos embora daqui...


-Tá...


Quando fizemos o caminho de volta já estava ficando tarde. Eu tinha que voltar para a casa de Sally. Mas parecia que Lewis tinha outra idéia.


-Lewis, você pode me deixar na casa de Sally?


-Você não vai voltar para lá...


-Mas eu ainda tenho que conversar com ela e com o Elliott, eles devem estar preocupados...


-Você não disse que viria, não é?


Como ele sabia?! Eu tinha deixado tão óbvio assim?!


-É...


-Mesmo assim... você não vai voltar para aquele lugar, você ainda não me ajudou com meu problema.


-A sua dor?


-É claro.


-E a minha mãe?


Ele ainda não havia dito quem minha mãe era, eu queria conhecê-la. Eu deveria ter perguntado para meu pai...


-Eu... não sei quem ela é...


-Mas-


-Adrian nunca contou a ninguém e não pretende contar. Ele tenta evitar o assunto...


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Notas finais do capítulo

Então? E sim eu tinha que deixar mais mistério aqui no final, até o próximo capítulo!



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