“ Realmente” pensou Draco Malfoy, observando um quadro ispirado no Morro dos Ventos Uivantes “ Onde  há amor, há inveja, ódio,
ciúme, vingança, desgraça e dor. Não será suficiente para anular todas a qualidades boas dele?”

Perdido em seus pensamentos, só reparou numa certa garota com ar perdido quando esta se dirigiu a ele.

- Oi, me desculpe, estou perdida, pode me dizer onde é o dormitório da Grifinória. – perguntou ela.

Draco se virou e se deparou com Essence Lee, a nova integrante da Grifinória, a mesma que no salão lhe tinha sorrido e lhe tinha feito sorrir.
- Uma grifinória perdida? – perguntou ele. Tentou falar em tom de desprezo, mas saiu-lhe um tom incrivelmente doce. Talvez o mais doce que já tinha saido por aquela boca. Estranhou.

- É mesmo. Essas escadas que se mexem são a treva! – respondeu ela. Malfoy riu e gostou. Hámuito tempo que não tinha essa sensação. Até doeu.

- Isso é porque você não sabe lidar com elas. Vem que eu te levo ao dormitório. – disse Malfoy,no mesmo tom doce. Não fazia a minima ideia porque estava falando assim.

- Ah, obrigada. Você é um anjo! – disse ela, sorrindo. O sorriso mais bonito que ele já tinha visto.

- Anjo? Sou mais um demônio. Eu e um anjo só somos parecidos na ponta branca do olho. – falou Malfoy, com amargura.

- Não diga isso, Draco. Todo o mundo tem um lado bom. –falou Essence, sorrindo. “todo o mundo menos meu pai” completou ela, interiormente”. Não lhe fazia bem pensar nisso,por isso tratou de afastar esses pensamentos maus.

- Talvez. Menos Voldemort, é claro. - Draco discordava por completo a ideia da menina, mas não a queria ofender. Estava a gostar de conversar com ela. – Já agora, como você sabe meu nome? - perguntou.

- Eu acho que Voldemort era mau porque nunca tinha recebido o amo e o carinho de ninguém. Eu acho que, se tivesse, tudo seria diferente.- disse Essence, com os olhos brilhando. – Gina disse para mim quem você era.

O rosto de Malfoy endureceu. não queria que Essence pensasse mal dele. Apesar dele próprio ser mau.

- Então não deve ter ouvido boa coisa...- falou, chateado.

- Talvez.- falou ela.- Mas eu não gosto de julgar as pessoas sem antes as conhecer.

- Mas sabe... tudo o que a Weasley deve ter falado é verdade. – falou ele, com receio.

- Deixa ser. Passado é passado, nós temos é que viver o futuro. – disse ela, sorrindo.

-Talvez. Mas me diz,de onde você veio? Nunca tinha ouvido falado de você.- perguntou Draco.

- Eu? De East High, School of Magic and Arts, na América.

- Já ouvi falar, sim. Dizem que lá usam muito coisas trouxas.- falou o garoto.

-É verdade,sim. Onde já se viu, em pleno séc. XXI, usar pena para escrever? Agora há uma coisa chamada CANETA, que é bem melhor que a pena.e também há o CADERNO, que substitui o pergaminho. – Draco riu com o ênfase que a menina deu nas palavras.

- Tem que falar isso com a Prof.McGonagall, não comigo.- disse ele.

- Sabe que eu vou falar mesmo? E é já amanhã! – Draco riu de novo, com a determinação da garota. Digna da Grifinória.
Chagaram no dormitório da Grifinória. Desejaram boa noite um ao outro e se despediram com um beijo na bochecha.

Nessa noite, foram os protagonistas dos sonhos um do outro.

Tá na cara, né gente ?