Essence Lee entrou pelo que seria a porta do salão principal de sua nova escola, Hogwarts.

Olhando em volta, ainda dava para ver alguns estragos da guerra que ocorrera oito meses atrás. Algumas estátuas estavam  sem cabeça, e, um pouco à frente do sitio onde os professores estavam sentados, estava uma espécie de buraco. O sitio onde Voldemort caíra, morto. Esse pensamento lhe deu um arrepio.

Andando pelo salão,reparou noutra coisa: o silêncio que se fazia. Estranhando, olhou para as mesas compridas e rectangulares, e se deparou com muitos pares de olhos olhando para ela.

Essence não corou. Não, esse não era seu feitio. Pelo contrário, lançou um enorme sorriso a toda a gente, que toda a gente retribuiu.

Toda a gente menos um.

Essence olhou para ele. Ele parecia estar bem longe dali. Sua face estava marcada pelo sofrimento, e seus olhos cor de gelo carregados de tristeza. Essence ficou triste por ele. Ela sabia o que era tristeza.

*Flashback*

Estava a meio de uma noite quente. Essence acordou, com sede. Se dirigiu à cozinha, ensonada. Ao passar pelo quartos de seus pais, estranhou. Eles não estavam lá. “Bem, eles devem ter tido uma emergência qualquer”  pensou. Não ligou muito ao caso.

Mas, ao chegar à porta da cozinha, desejou não lá ter ido. A imagem que viu ficou gravada para sempre em sua memória.

“ Não, Will, não.” – sua mãe suplicou.

“ Tarde demais, amor” – disse seu pai, e com um único movimento cortou a cabeça daquela a que chamou esposa.

Essence petrificou ao ver a cabeça da mãe rolar até aos pés dela.

E, na calma noite de verão, ecoou o riso maldoso do pai.

Fim de Flashback”

Essence suprimiu aquela memória dolorosa, voltando a concentrar-se no tal menino. Este, sentindo que estavam fixando-o, levantou os olhos, e se deparou com os azuis brilhantes de Essence, bondosos e repletos de carinho, coisa que poucas vezes tinha sido alvo. E algures dentro do seu peito, algo aqueçeu.

Uma palma despertou o transe dos dois.

Todos os alunos olharam para a senhora que logo Essence reconheceu como sendo Profª. McGonagall,a diretora do colégio.

“ Alunos, gostava que dessem as boas vindas à nossa nova integrante, Essence Lee. Ela irá freqüentar o 6º ano” disse ela. Essence voltou a sorrir para todo o mundo.

“ Miss Lee, importa-se de sentar nesse banco aqui,para decidirmos qual casa voçê irá pertencer?” perguntou a professora.

“Claro” disse ela. Se sentou, e então a professora lhe colocou o chapeu seletor em cima.

“ Interessante...” disse ele “ temos aqui uma coragem digna da Grifinória, uma bondade digna da Corvinal, uma ambição digna da Sonseria e uma inteligência digna da Lufa-Lufa. Em que casa te hei-de eu por, mocinha?”

“ Não sei, esse é seu trabalho.” Respondeu Essence.

“Ousadia ! Isso mereçe, sem dúvida, a GRIFINÓRIA!”  essa última parte ele gritou,para toda agente ouvir.

A mesa destinada à Grifinória rebentou em aplausos, e Essence se sentiu em casa.

Essence olhou para a outra mesa, e se deparou com um par de olhos gelo olhando para ela. Sorriu. E o rapaz, sorriu de volta.

E Essence ganhou o dia.