Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 6
Confiança e Conversas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91516/chapter/6

Parecia que quanto mais Katharine queria que o dia passasse lentamente, para ela poder desfrutar das últimas horas antes de ter que agüentar aquela professora, ele passava mais rápido. Ela odiava o Alex todas as aulas se sentando ao lado dela, mas ao contrário do primeiro tempo, ele não dizia nada, pois sabia que era melhor ficar calado, ela não parecia estar muito contente com ele.

O sinal indicando a saída tocou, e os dois se levantaram desanimadamente e encaminharam-se até a sala da professora de História. A Srª Miller já estava lá, e pronta para dar a detenção que os dois mereciam.

Os dois estavam se sentando nas carteiras, quando a professora faz um gesto para não fazerem isso.

- Acabei de receber uma ligação urgente, e vocês não irão fazer o trabalho aqui. A detenção de vocês é fazerem o trabalho em dupla sobre o capítulo cinco do livro de vocês, e tem que estar pronto até a semana que vem. Vocês vão apresentar para a classe. Agora podem ir embora.

Os dois se sentiram aliviados, mas principalmente Katharine, sabendo que não precisaria mais ficar na escola depois do horário escolar, mas ainda sim se sentiu decepcionada, porque faria o trabalho com Alex, e assim eles teriam que passar mais tempo juntos.

Os dois saíram da sala, Katharine estava indo em direção a sua casa, quando se sentiu sendo seguida por Alex.

- A sua casa não por esse lado, pelo o que eu sei. – Disse ela.

- Esqueceu temos que fazer um trabalho? – disse ele. De alguma forma ele sentia que o jeito dela ser devia estar relacionado com a família. Era quase que como o seu instinto.

- Hoje não. – respondeu ela ríspida.

- Porque não hoje? – ele a alcançou, caminhando do lado dela.

- Por que não. – ela apertou o passo, para se distanciar de Alex.

Mas ele não deixou, pegou o pulso dela e a puxou para ele, encostando os corpos dos dois. Ele já havia tocado nela antes, mas de alguma forma, desta vez Katharine sentiu algo diferente nesse toque. Não sabia explicar. Ela fitou aqueles olhos bicolores estranhando aquela proximidade. Ele logo percebeu e se afastou, soltando seu pulso

- Será que dá para você confiar em mim? Eu só quero o seu bem.

- Como?

- Apenas confie. Não faça nenhuma pergunta.

Katharine fechou os olhos pensando em sua resposta. Como poderia confiar em um cara que mal conhecia, mas que em todos os dias em que ele estava lá, foi para protegê-la.

- Vou tentar. – disse ela enfim. – Mas você pode me explicar como o guarda não mandou a gente para onde quer que fosse, por que você ter mostrado a sua carteira?

Ele suspirou, mas cedeu.

- Eu sou emancipado.

- Onde estão seus pais? – ela ficou um pouco sem graça em fazer essa pergunta.E se tivessem morrido?

- Se você quer saber se eles estão mortos? Não.

- Mas onde eles estão? Não moram com você certo?

- Ele está onde eu estiver.

- Não entendi. – as palavras de Alex a assustaram e a confundiram.

- Não é para você entender. Nós temos que fazer o trabalho, Katharine.

- Quando eu disse que não podia fazer ele hoje, eu estava falando sério. Eu não posso.

- Por quê?

- Eu não posso. Amanhã nós fazemos ele ouro dia. – disse apenas e saiu. Tentou ser o mais sincera possível sem revelar detalhes.

Alex automaticamente reparou que havia algo mais nessa história. Mas não a seguiria, não agora.

Foi caminhando lentamente até o seu solitário apartamento, sem querer ficou pensando na reação de Katharine com seu toque. Ele estava passando dos limites. Não podia fazer nada que a fizesse ficar do jeito que ela ficou.

Chegou a seu “lar”, desanimado. Seria mais uma vez uma sessão de tédio como os outros dias seguintes, ele não conseguia se acostumar com isso.

Pegou qual quer coisa que estivesse na copa para comer e deitou no sofá, com uma esperança de que o sono viesse e dormisse.

 

Quando Katharine chegou à sua casa, seu pai estava lendo um livro na sala, e perguntou a ela o porque da demora, ela respondeu que tinha que resolver umas coisas, Soraya estava em um canto qual quer da casa, mas isso não importou para ela. Foi até a cozinha, e fez um sanduíche bem grande, do qual nunca tinha se lembrado de comer igual, e foi para o seu quarto novamente.

Não conseguiu deixar de pensar no que Alex havia lhe dito, várias perguntas sem respostas nadavam em sua mente. Pensou que talvez fosse um enigma, mas não podia pensar em pais que estivessem em todos os lugares, onde ele estivesse.

Ficou um bom tempo pensando nisso, até que achou melhor desistir. Se ela confiava nele, ela achava que seria justo se ele confiasse nela, então perguntaria para ele amanhã. Pegou um de seus livros na estante, e, pois a ler, já que eram limitadas suas formas de distração.

 

No dia seguinte, ela acorda, de novo sem as insuportáveis batidas de Soraya na porta. Era tão bom quando seu pai estava lá, era quase como um escudo no qual a protegia dia e noite.

Ela levantou como todos os dias, fez sua higiene pessoal, e se vestiu. Recolheu seus livros, e mochila e desceu as escadas rapidamente, passando pela cozinha pegando uma maçã na fruteira.

Alex, como sempre estava no portão a esperando. Vivian, Karolina, e Heloisa, as três meninas que tinham acusado A Katharine de estar roubando o delas, estavam agora em volta dele perguntando se ele e a Katharine tinham se conhecido, e se tinha planos para a noite de sexta. Ele mal deu atenção a elas, ficava olhando por cima da cabeça de Heloisa, para se certificar que ela chegaria à escola bem.

Logo ele a avistou atravessando a rua, com seus cabelos dourados ricocheteando seu rosto por causa da manhã fria e com ventos hoje.

Ela passou direto por Alex, e foi se encontrar com Evangelina, que estava sentada em um banquinho de madeira dentro da escola.

Depois de uns dez minutos, o sinal tocou, e a manada de alunos correndo para suas salas atrasou vários outros. Uns estavam alegres, pois ontem seria sexta, e outros aborrecidos porque ainda era quinta.

Katharine e Alex entraram na sala de Física, e se sentaram no mesmo local de sempre. Alex então tentou puxar um assunto:

- O que você vai fazer na sexta à noite?

- Nada. Por quê?

- É que parece que todos estão empolgados, e você não.

- Eu não tenho nada para fazer em uma sexta, é um dia comum e normal para mim. – neste momento o professor entrou, e ele cessou o assunto.

 

Na hora do intervalo, Evangelina estava discutindo com o seu parceiro de biologia sobre o trabalho, e quando se encontrariam para fazer, então dessa vez Katharine se sentou sozinha na mesa, mas logo Alex veio e se sentou a sua frente.

Ele faria o máximo para ela não se sentir sozinha, e não ter opção a não ser falar tudo a ele.

- Já que você não vai sair sexta, nós poderíamos começar o trabalho de história, não é?

- Pode ser. Na biblioteca?

- Ok, depois da aula.

- Por que você está tão ansioso para esse trabalho? – perguntou ela, depois d um tempo de silencio.

- Eu não estou.

- Lembra do que você disse sobre eu confiar em você? Acho que você também deveria confiar em mim.

- Nós estamos em situações diferentes, Katharine.

- Que situação?

- É isso que eu quero saber.

- Você é estranho, sabia? Fala parecendo, sei lá, que é um herói ou coisa do tipo. – ele riu com a sinceridade dela.

- Se é assim que você quer me chamar, então tudo bem.

- Então você é?

- Talvez.

- O que esse talvez quer dizer? Depende do momento? Da pessoa? Da situação? Ou vocêé só um demônio vestido de anjo?

- Se eu quero o seu bem, eu não sou um demônio vestido de anjo, concorda?

- Então você é um anjo?

- Quem sabe. – Bem nessa hora, o sinal bate, e Katharine não tem a oportunidade de perguntar mais nada para ele.

A conversa estava ficando interessante, não só para ela quanto para ele. Alex achava divertido o modo dela se expressar, e mais ainda o modo que ela pensava dele.

Se ela soubesse..., pensou ele enquanto caminhava do lado de Katharine indo para a sala de aula.

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!