Angel Of Mine escrita por Milaa-07


Capítulo 19
O dia chegou


Notas iniciais do capítulo

Eu sei galera, o capítulo demorou e tudo, e como eu estou de férias deveria postar mais rápido, mas eu realmente estou sem criatividade. Bem, mas espero que gostem.



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Os dias passavam e ficava cada vez mais perto do dia das crianças nascerem. Katharine tentava não pensar naquilo. Mas ninguém poderia adiar o que já estava destinado a acontecer.

Naquele dia, faria nove meses e um dia, e os bebês ainda não haviam nascido o que acalmava de certa forma a mãe que queria que a gravidez se alongasse por um tempo. Katharine havia acordado e Alex não estava mais na cama, provavelmente estava na cozinha fazendo o café da manhã. Ela demorou um tempo tentando levantar, a barriga pesava muito, e às vezes ela se sentia desconfortável com isso. Desceu cuidadosamente até a cozinha, e viu que s outros já estavam lá.

- ... Hoje ela faz nove meses. Não acha que já devemos interná-la no hospital. A bolsa pode estoura a qualquer momento. – disse Anthonie.

- Para falar a verdade, hoje faz nove e um dia. – corrigiu Alex, vendo sua amada chegar à cozinha, logo foi ajudá-la a se sentar.

- Obrigada. – disse ela.

Ele a servir, e no final ela quis mais. Afinal, ela estava comendo por três. Enquanto ela comia, os ouros continuavam falando o do por que tinham que deixá-la no hospital, mas toda a vez em que perguntavam para ela o que era melhor, ela balançava a cabeça para os lados, um gesto significativo que não queria dizer nada mais nada menos do que não.

Quando a garota terminou e foi se levantar ela sentiu uma dor aguda no meio das pernas. Era como se uma coisa enorme quisesse sair por lá, mas não conseguia. Ela gritou.

- A bolsa estourou. – disse um, mas ela não estava escutando. Gritava cada vez mais alto, e a dor ficava cada vez pior.

Alex com todo o cuidado a pegou no colo e a levou para fora, os outros o seguiam. Mas aí uma interrogação apareceu em sua mente: como a levaria a tempo? Não tinha carro, e nunca que ficaria na parada esperando que um ônibus passasse. O jeito seria pegar um “emprestado”.

Um morador do lado estava saindo de casa com as chaves na mão. Alex não pensou duas vezes, foi até ele ainda com Katharine no colo pegou as chaves, a colocou no bando do passageiro, os outros entraram, e ele deu partida, deixando o homem o olhando incrédulo.

- Aposto que se você pedisse a ele o carro, ele emprestaria. – repreendeu Danilo.

- Não tenho tempo para pedir carro emprestado. – rebateu ele, que parecia sentir a dor de Katharine, que ao seu lado gritava de tanta dor.

Eles chegaram ao hospital e Alex fez uma manobra ficando bem na frente do prédio, o que fez todos os outros se alterarem. Tirou Katharine do carro e entregou as chaves ao Anthonie dando as instruções “faça o que quiser com essa lata velha”.

- A bolsa dela estourou! – falou Alex a recepcionista que mais do que depressa informou aos enfermeiros, que trouxeram rápido uma maca para ela.

A deitaram e levaram-na para a sala de parto. Injetaram anestesia e de repente ela não ouvia nada, e sua visão ficou turva. Quase não conseguia ver os médicos e enfermeiros se movimentando.

Alex, Victoria e Danilo estavam no quarto assistindo. Alex pelo menos podia ver que ela não parecia mais sentir nada. Estava com quase fechando os olhos.

- Quem é o pai? – perguntou uma enfermeira.

- Sou eu.

- Teremos que fazer uma cesariana. Será quase que indolor. Vai querer ficar aqui com ela? Apenas uma pessoa poderá ficar aqui. Mas se quiserem podem assistir fora da sala. – ela apontou para uma janela de vidro. Era da onde os convidados assistiam o parto.

Victória e Danilo saíram do quarto, e disseram que iriam ficar por perto. Anthonie, percebeu Alex, logo chegou e se juntou a eles.

- Pai, - chamou a enfermeira – a garota já deveria ter ido pro hospital há algum tempo. A bolsa estourou, mas não tenho certeza se os dois bebês estarão na posição certa. De acordo com esses últimos exames, eles pareciam estar sentados, e no parto o que primeiro sai é a cabeça, pois se tirarmos as pernas primeiro podemos sem querer quebrar o pescoço do neném. Teremos que fazer uma cesariana como já havia dito.

- Ela vai dar a luz desse jeito? Dormindo? – perguntou ele.

- Ela estava com muita dor, o efeito irá passar aos poucos. Acredite. Iremos começar o procedimento, está bem?

Passou alguns minutos, e Katharine já estava deitada na maca pronta para ter seus dois filhos. Como a mulher havia dito pouco a pouco os olhos da garota estavam se abrindo, e ela parecia estar um pouco mais sóbria. Alex pegou a mão dela e segurou forte, transmitindo todo o apoio a ela.

- Iremos começar. – disse o médico.

Um pano que ficava na frente de Katharine a impedia de vê o que estavam fazendo. Ela apenas ouvia o doutor pedir uma série de instrumentos para enfermeira que os integrava. Depois de alguns minutos, ela pode sentir algo saindo dela, e logo depois um bebê chorando. O seu bebê.

Não demorou muito e os dois já haviam saído, e já estavam fazendo os pontos na barriga da garota.

- Eles são lindos! – exclamou a enfermeira. – Essa menina é linda! Vai dar muito trabalho para o pai.

- Tem uma menina e um menino?! – perguntou Alex.

- Sim. E são lindos. – a enfermeira se virou com a menina no braço direito e o menino no esquerdo. Os dois choravam muito. – Quer segurar?

Ele nem respondeu, e pegou a sua linda filha. No momento em que ele a segurou nos braços, o chorou cessou. Alex a balançava de um lado para o outro e sorria para ela com tamanha felicidade que quase alguém poderia acreditar que tudo estava bem, mas essa não era a verdade.

- Eu também quero pegar meus filhos, pai corujão. – disse de repente Katharine.

- Já pensaram no nome? Sabe, eu tenho que colocar na etiquete do berçário.

- Essa será Amy Rodrigues Diaz. E esse John Rodrigues Diaz. – Ela pareceu escrever isso em alguma coisa, e grudou uma pulseirinha com os nomes em cada criança.

A enfermeira logo colocou o menino deitado do lado dela, que aos poucos foi se acalmando, com o calor da mãe, com o cheiro da mãe, com a voz da mãe... Porém, o menino não parecia nenhum pouco com ela, nem com Alex.

- Muito bem, pais corujas, terei que levar as crianças para o berçário.

Apesar das reclamações dos dois pais, ela os levou alegando: “vai ter um dia que a única coisa que vocês vão querer é que eles fiquem longe de vocês”. Assim os dois ficaram sozinhos.

- Katharine, vai dar... – começou Alex, mas ela o interrompeu.

- Alex, não vai dar tudo certo. Esses foram os primeiros e últimos momentos meus como mãe, e os seus como pai... – disse triste, logo uma lágrima escorreu de seus olhos.

- Não, - disse secando a lágrima que escorria dos olhos dela e das outras que se seguiam – não foram. Irá dar tudo certo.

- Alex, o que te leva a acreditar que eu vou ter meus filhos de volta?! E meu pai? Eles estão pegando tudo o que tem de mais precioso para mim! Eu só tenho você agora.

Alex passou um tempo a reconfortando. Mas nem ele acreditava que um dia iria dar tudo certo. Ele não acreditava em suas próprias palavras. Elas pareciam tão vazias de repente...

Enquanto isso, Anthonie, Danilo e Victória foram vigiar os bebês. Tinham que ter certeza de que se alguém tentasse pegá-los, os três já estariam prontos. Mas quando foram ver o berço dos dois, eles se deparam com o berço escrito os nomes deles vazio. Não estavam lá.

Os três correram atrás da enfermeira que havia deixado as crianças no berçário, mas não a encontraram. Apesar de Anthonie não querer avisar aos pais que eles haviam sumido, Danilo insistiu, e antes que pudesse obter uma opinião de seus companheiros, já foi caminhando até o quarto onde Alex e Katharine estavam.

- Desculpe ser o portador de más notícias, mas as crianças não estão no berçário. – A notícia trouxe nada mais nada menos do que a apreensão do casal.

Katharine de tão desesperada, se levantou. Apesar da dor dos pontos, que começaram a se abrir enquanto ela corria os corredores à procura do desgraçado que havia tirado os seus filhos de perto dela, e tirado toda a alegria de ser mãe, que havia convertido a felicidade em desespero e tristeza...

Mas foi em vão. Os médicos a pegaram antes que ela pudesse ir muito longe. O sangue escorria de seu ventre, e doía. Mas ela agüentaria a dor, agüentaria o sangue. A única coisa que ela queria naquele momento era vingança.

- O que deu nela para sair desse jeito? – perguntou um dos homens que a trouxe novamente para o quarto.

- O filho dela sumiu. O que você acha que aconteceu?! Que segurança de merda é essa?! Vocês deixam qual quer pessoa entrar aqui e pegar dois bebês indefesos?! – indagou furiosa Victória.

- Tenho certeza que é um engano, senhorita. – afirmou um deles.

- Tem certeza? No berçário eu não vi nenhum deles.

Victória e os homens foram verificar o berçário novamente, e não acharam as duas crianças. A guerra tinha começado.


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Notas finais do capítulo

Bem, esses são uns dos últimos capítulos. Não sei quantos terá, e nem vou fazer uma previsão de quando ele será postado, porque falta de imaginação é foda. Mas se der tudo certo, ainda acabo nessas férias. (:
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