Amigos e Amantes escrita por Najayra


Capítulo 22
Segunda Temporada - Capítulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

Agora, começamos com os momentos dark e muuuito tensos >
Mas não se assustem (ou parem de ler rsrs)
Logo passa...



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[Narrado por Vittany]

Uma dor horrível me consumia. Eu queria morrer. Por favor, matem-me. Livrem-me dessa dor absurda no meu ventre. Por favor! Por favor... Quando acordei, estava em um quarto branco, vestindo um simples roupãozinho de algodão, sob os lençóis brancos e aquela maldita dor havia sumido. Eu estava meio grogue, os olhos abriam com dificuldade, vi uma enfermeira adentrar o quarto e perguntar como eu estava me sentindo.

- Estou bem... Eu acho... – imediatamente a imagem de minha mãe veio em minha mente – Onde está minha mãe?! Como ela está?!

- É melhor você se acalmar. Quando tivermos notícias concretas, você será avisada.

- Não! Quero minha mãe! Já avisaram meu pai?!

- Já o contatamos, agora se acalme, por favor.

- Não!! – eu me levantei, arranquei aqueles vários fios de mim e corri para a porta. A enfermeira anunciou o alarme e imediatamente vários enfermeiros vieram atrás de mim. Eu só tinha um interesse, chegar até a UTI. Corri pelos corredores, fugindo dos caras de branco que me perseguiam. Após virar à esquerda umas duas vezes, dei de cara com um enfermeiro alto e forte que me barrou na mesma hora. Três homens para impedir uma garota de 16 anos, ridículo!

- Eu quero ver minha mãe! Solte-me!

- Não irá achá-la por aqui. Ela está na sala de cirurgia. – disse um dos homens.

- O quê?! Como ela está?! Falem!! – levou um segundo para que eu sentisse a agulha fina perfurar meu braço. Imediatamente, fui apagando. Um sedativo, malditos! Com tudo escurecendo, eu não poderia fazer mais nada.

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[Narrado por Lutt]

Eu estava seguindo o corredor até o meu portão de embarque, pensando em minha filha e em minha mulher, já sentindo falta delas, quando meu celular toca de repente. Atendi pensando ser algo relacionado ao trabalho.

- Alô?

- Senhor Lutt Viana?

- Sim, sou eu.

- Aqui é do Hospital Helene Milljör. Por favor, confirme essas informações. Sua esposa se chama Desirée Azurbell Rossi Viana?

- Sim.

- E sua filha se chama Vittany Azurbell Viana?

- Exatamente, algum problema com o exame? – ele imaginou que elas tivessem ido nesse hospital.

- Senhor Lutt, sua esposa e sua filha estão internadas aqui. Eles foram atropeladas e... Senhor? Senhor?

Eu arregalei os olhos e abri a boca, o telefone despencou automaticamente.

- Desirée... Vittany...

Peguei o celular no chão e corri de volta para a entrada do aeroporto, louco a procura de um táxi. Senti uma sensação terrível, meu corpo inteiro parecia levar um choque. Tudo doía, eu estava estranhamente agitado, louco de vontade de correr, se não fossem os obstáculos fisiológicos, eu iria até o hospital do outro lado da cidade a pé. Achei um táxi e disse praticamente gritando o endereço de destino.

=§=

Praticamente invadi o hospital a procura da minha mulher e da minha filha. Fui até a recepção.

- Por favor, Desirée e Vittany Azurbell.

- Só um minuto, por favor.

- Minha filha! Eu não tenho um minuto! Eu preciso vê-las agora! – eu estava explodindo. Seja de raiva, desespero, pressa ou ansiedade.

- O-ok. Vou pedir a um dos enfermeiros que o acompanhe até o quarto.

- Muitíssimo obrigado! – o enfermeiro veio até mim e me guiou por um corredor até o quarto 208.

Ao abri a porta, enxerguei Vittany deitada, que parecia estar acordando naquele momento.

- Vittany! Minha filha, o que fizeram com você? – eu analisava cada traço de seu rosto, de seu corpo, para ver se não estava faltando nada.

- Pai... A mamãe... – lembrei novamente de Desirée e vendo que Vittany estava fora de perigo, pedi para o enfermeiro me levar até ela. Ele concordou com a cabeça e me guiou até um quarto mais distante. Abri a porta e vi. Minha deusa, cujos cabelos alaranjados contrastavam com os lençóis brancos, deitada e ligada a inúmeros aparelhos. Aproximei-me dela, os olhos fechados e a expressão não muito tranqüila, aos poucos foi abrindo os olhos.

- Lu...

- Shh. Não fale, meu amor. Você ficará boa logo, basta não se esforçar demais.

- Vit... – sua voz era abafada pela máscara transparente que a ajudava a respirar.

- Ela está bem. Não se preocupe.

Acariciei seu rosto e pude sentir sua pele muito fria, comecei a me preocupar. Ela, com muita dificuldade, retirou a máscara de seu rosto e pude perceber que sua boca estava sem cor alguma, ela estava completamente pálida e suava abundantemente. Peguei seu rosto entre as mãos, como se aquele insignificante gesto a obrigasse a ficar comigo. Uma lágrima escorreu de seu olho e ela pegou em minha mão.

- Cuide de Vittany. – ela dizia com dificuldade.

- Não... – o desespero tomou conta de mim.

- Cuide do bebê e... cuide de... si mesmo. – percebia-se sua garganta seca, procurava saliva a cada pausa.

- Não, Desirée!

- Eu...

- Fique quieta, pelo amor de Deus! Pare de falar! – eu começava a chorar.

- Eu... Sinto muito.

- Não! Você não sente! Desirée! Por tudo o que há de mais sagrado, fique comigo!

E então, com uma expressão sofrida e de arrependimento, ela tocou meus lábios com os seus e apagou. A incredulidade ocupou todo o meu cérebro.

- Desirée... Desirée!! – quando os aparelhos deram o sinal contínuo de falecimento, os médicos e enfermeiros avançaram sobre ela. Dois homens vieram até mim e me afastaram dela, estavam me arrastando para fora do quarto.

- Senhor, precisamos que vá agora. – eu tentava desvencilhar.

- Volta! Desirée! Pense na Vittany! Pense na Viviam! Em mim, Desirée!! Não faça isso! Você não pode fazer isso!! – fui empurrado até a recepção do hospital e ela conduzida com urgência até a sala de cirurgia.

Viviam chegou preocupada ao lado de Wagner, o cara que ela conheceu em nosso casamento e com quem havia se casado.

- Lutt! – ela me viu chorando e a apreensão tomou conta dela – Lutt? O que está acontecendo?

Eu me virei para ela e roubei seu ombro por um minuto. Abracei-a fortemente e despenquei em lágrimas. Ela retribuiu o abraço e tentou me consolar.

- Vamos esperar notícias.

- Ela foi levada às pressas para a sala de cirurgia, Viviam. – eu disse entre o choro.

- Então é porque ainda há chances, Lutt. – respondeu Wagner, pousando a mão em meu ombro.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de reviews para saber o que acharam do meu momento desespero. E dicas, para saber se preciso mudar algo, enfim...
Ah! Só para avisar. O próximo depois do próximo capítulo, uma grande e inacreditável surpresa. ^^

Matta ne



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