Amigos e Amantes escrita por Najayra


Capítulo 17
OVA - O mais novo membro da família


Notas iniciais do capítulo

Bom... atendendo a pedidos, que venha os filhos!

hsuahsuahsaususas



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Eu vou MATAR o louco do meu professor! Ele pediu que a gente começasse a ler um tal livro lá, o problema é que: eu achei UM exemplar desse livro, do OUTRO LADO da cidade! E por causa da minha expedição de volta ao mundo, Desirée foi para casa antes de mim. Enfim, o que importa é que eu consegui o livro (Graças a Deus!) e estou voltando para casa, melhor que isso, durante minha “pequena viagem” eu achei algo bem interessante para dar a Desirée, quer dizer para nós. Considerando os últimos acontecimentos, acho que ela vai gostar...

Quando, finalmente, cheguei em casa, tirei os tênis, deixei minhas coisas sobre o sofá e a surpresa na sala. Ao entrar no quarto, vi Desirée deitada de bruços, apoiada sobre os cotovelos, lendo um livro e ouvindo música. Minha namorada tinha a incrível capacidade de saber exatamente qual parte da letra ela acabara de cantar e o que acabara de ler. Várias coisas ao mesmo tempo, sem se desconcentrar. Impressionante! Eu não conseguia fazer isso...

 

- Oi, linda. – eu disse indo até a cama.

 

- Amor! – ela se sentou na cama e deixou o livro de lado. Eu me sentei de frente para ela, colocando-a entre minhas pernas e colocando as mãos em sua cintura, puxei-a para perto de mim. Ela pegou meu rosto entre as mãos e me deu um selinho. – Você estava demorando muito.

 

- É, eu vou pirar na próxima aula daquele professor.

 

- Mas então? Conseguiu o livro? – ela dizia deslizando os dedos sobre meu peito. Eu havia deixado minha blusa meio aberta.

 

- Felizmente, sim. Menos uma preocupação. Você estava estudando?

 

- Não. Esse é só um livro normal. – ela o pegou e me entregou.

 

- Eclipse?! Você gosta disso?!

 

- Eu não gosto do garoto-purpurina. Mas a história é boa... E eu gosto do Jacob.

 

- O moreno, sarado, que quase todas as meninas amam, pois ele está sempre nu?

 

- Não começa você também! Já basta a Viviam. Ah! A propósito, ela vem aqui hoje.

 

- Hum, tudo bem. – eu sorri para ela e estendi uma mão até seu rosto. Passei uma mecha de seu cabelo por trás da orelha. – Trouxe uma surpresa para você. Bom, para nós, mas acho que você é quem vai gostar mais.

 

- Sério?! O que é? – ela dizia sorrindo.

 

Eu assoviei e depois de dois segundos, ele apareceu. Um lindo filhote de Husky siberiano subiu na cama ficando entre a gente. Bichinho esperto... Até demais por meu gosto...

 

- Ai, meu Deus!!! – ela admirava espantada a criaturinha peluda. Seu pêlo era completamente branco e os olhos, do jeitinho que ela gostava.

 

- Ele, realmente, tem uma ótima genética.

 

- Seu convencido! Os olhos dele são iguais aos seus! – ela estava brigando comigo e sorrindo ao mesmo tempo. Adoro essa capacidade múltipla da Desirée, eu acabo prestando mais atenção ao sorriso do que ao xingamento.

 

O filhote apoiou as patas dianteiras nos ombros dela, enquanto tinha seu pêlo acariciado por minha garota. Eu estava começando a me arrepender...

 

- Lutt! Eu amei essa coisa fofa! – ela colocou o filhote ao seu lado e me puxou, enchendo-me de beijos. É, perdeu cãozinho! – Obrigada, obrigada! Nossa, ele é lindo!

 

- E adestrado. Espero que seja mesmo...

 

- Ué, quando você assoviou, ele te obedeceu e veio.

 

- Não me refiro a isso... – eu olhava sarcasticamente para o cachorro que parecia me mandar o mesmo olhar. Eu estava brigando com um CACHORRO pela atenção da MINHA namorada? Não é possível uma coisa dessas!

 

- Ele é macho? – ela perguntou já sacando a situação.

 

- É. Pelo menos, em teoria... – o cão latiu para mim. Ela riu da cena. Pegou o cachorro e foi para a sala com ele. Eu olhei incrédulo para o cão que, AINDA POR CIMA, virou o focinho para mim e latiu de novo.

 

VAI!! Pra quê?? Pra que presentear a futura veterinária com um cachorro??! E macho, ainda por cima!!

 

- Precisamos escolher um nome. – ela gritava da sala.

 

- Trequinho serve? – eu perguntei na mesma altura.

 

- Não seja mau, Lutt. – eu levantei e fui até a sala. Ela estava sentada no sofá, brincando com ele.

 

- Ok. Lurée, então.

 

- Lutt mais Desirée?! Que falta de criatividade!

 

- Não me diga que você prefere Rex ou Spike? – ela ficou em silêncio por um tempo.

 

- Desirée Azurbell Rossi! Eu não acredito! – eu disse indignado.

 

- E que tal Dio?

 

- Dio? Hum, interessante.

 

- Então vai ser Dio! – ela levantou o cão e ele lambeu seu rosto. Logo depois, a campainha tocou.

 

- Deve ser Viviam. – ela se levantou deixando o filhote ao meu lado. Ele, surpreendentemente, veio até mim e deitou sobre minhas pernas, balançando a cauda e me olhando com cara de desentendido.

 

- Ah! Então o nosso problema é só a Desirée? Seu eu não tentar roubá-la de você, poderemos ser amigos? – o cão latiu para mim. – Vou entender isso como um “sim”. – Ótimo! Agora estou falando com animais!

 

- Olá, Lutt. – disse Viviam com um sorriso enorme.

 

- Fala, Viviam. – ela me cumprimentou com um beijo no rosto.

 

- Mas o que é isso? – disse olhando para Dio.

 

- Essa coisa é o mais novo amorzinho da Desirée. – eu disse com um tom revoltado.

 

- Vamos, meu amor. – Desirée veio até mim e se sentou sobre o braço do sofá, puxando meio rosto emburrado e me beijando. – Sabe que eu amo você. – Dio latiu e pulou sobre ela. – Você também, Dio. – ela dizia rindo.

 

- É. Você ama a mim E a ele. É esse “E” que me preocupa.

 

- Está com ciúmes do cão, Lutt? – perguntou Viviam.

 

- Eu? Imagina! – Viviam riu. – Mas então Vi, como anda a vida?

 

- Ótima! Estou saindo com um carinha aí, ele me parece ser bem legal.

 

- Há quanto tempo estão ficando? – Desirée perguntou.

 

- Uma semana só. Mas sei lá... Eu gosto dele.

 

- Tenho medo do seu “gostar”, Viviam. – eu disse.

 

- Pois é. – Desirée concordou.

 

- Relaxem! Bom, e vocês? Como vai a vida de casal?

 

- Ótima! Até agora... – eu dizia desanimado.

 

- Lutt, ótima sempre.

 

- Ok, ok... Que seja.

 

- Agora vai ter que cuidar de dois animais, Desirée. – Viviam disse com um tom de piada.

 

- Como é, Viviam?

 

- Desculpe, Lutt. Foi só brincadeira. – as duas riram.

 

- Tá certo... Vem Dio, vamos comer alguma coisa. – o filhote me obedeceu e correu para perto de sua tigela de comida. Coloquei um pouco de ração para ele e lavei as mãos.

 

- Querem que eu prepare algo, meninas?

 

- Panquecas! – disse Viviam igual a uma criança.

 

- Não tinha algo mais prático?

 

- Compramos uma torta de morango. Você aceita? – perguntou Desirée.

 

- Claro, é ainda melhor que panquecas.

 

- Vou pegar. – ela foi até a geladeira e tirou a torta, colocando-a sobre a mesa. Eu me aproximei e sussurrei na orelha dela:

 

- Rápida no gatilho, hein? – ela sorriu e me deu um selinho.

 

O resto do dia foi normal. Todos comemos torta e ouvimos as novidades de Viviam. Dio alternava entre o colo de Desirée e o meu. Só não chegava perto de Viviam porque ela lhe lançava um olhar que o fazia encolher, então eu ria e ele saltava indignado para o colo de Desirée. Ai, ai! Viviam, se foi pelo fim da tarde. E voltamos a nossa rotina de sempre. Estudar um pouco, jantar, tomar banho e dormir. O problema foi exatamente esse: na hora de dormir.

Eu estava deitado dando uma lida no livro que peguei esta manhã, pronto para que o cão aparecesse e viesse dormir entre a gente. Desirée apareceu à porta com um roupão curto (sei lá o nome daquilo) de seda preta, brincando com uma mecha do cabelo.

 

- Lutt... – ela chamava com uma voz manhosa.

 

- O que foi, amor? – eu olhava para o livro ainda.

 

- Largue esse livro e olhe para mim. – ela dizia agora mais autoritária. Quando ela usava esse tom de voz, era melhor não contrariar. Experiência própria (mas esse fato eu conto depois).

 

Para deixá-la mais feliz eu joguei o livro no chão, próximo a parede (claro que eu não destruí o livro). Eu também tinha minhas táticas para conquistá-la! Ela sorriu para mim, satisfeita com o ato, e foi se aproximando devagar do meu lado da cama.

 

- Hoje, quando você me ligou falando que iria se atrasar um pouco, eu pensei: Preciso gastar dinheiro! – ela riu e eu a acompanhei.

 

- Sei, sei. E você gastou com o quê?

 

- Com algo mais útil, dessa vez.

 

Ela desamarrou o roupão e o tirou devagar. Ela vestia lingerie preta que a deixava incrivelmente linda! Seus seios eram ainda mais valorizados pelo sutiã. A calcinha era trançada dos lados, com uma pequena fita vermelha. E só para piorar um pouquinho, ela tinha uma liga preta na perna, igualmente transpassada pela fita vermelha, terminando em um laço. Não era nenhuma fantasia de fetiche, Desirée era uma mulher prática. Ela já disse uma vez: “Não tem porque se vestir demais se a ideia é tirar a roupa”. Há, há! Eu confesso que concordava com ela! Mas tudo na minha ruiva ficava lindo. Eu adorava o conteúdo, não exatamente a roupa.

Eu a peguei com uma mão em sua nuca e com a outra em sua cintura, puxando-a e a deitando sobre a cama. Ela ria de minha atitude de quem não agüentava mais.

 

- Essa provocadora, só precisa ficar um pouco mais esperta. Se entregar na mão do inimigo...

 

- Eis a ideia, meu amor. – eu sorri e a beijei com toda a vontade que ela me induziu a ter. Até que por um momento parei e indaguei:

 

- E o Dio? Cadê o pestinha?

 

- Sabe... Eu fiz bastante carinho nele, antes de ir para o banho. Quando fui vê-lo na cozinha, ele já estava dormindo. Mas, só por precaução... Eu tranquei a porta da cozinha. – ela dizia com cara de inocente. Eu a beijei euforicamente.

 

- Uii. – ela disse após conseguir respirar.

 

- Sabe o que eu mais amo nesse mundo?

 

- Vou fingir que não sei.

 

- Ai, ai. Sim, você mesma, sua convencida. – eu comecei a beijar todo seu corpo seminu enquanto minhas mãos percorriam seu corpo maravilhoso. Depois que mordi de leve a região próxima ao seio dela e ela soltou um leve gemido, ao mesmo tempo de dor e de prazer, ela me olhou com carinha de santa.

 

- Isso doeu sabia?

 

- Oun, tadinha de você.

 

- Pois é. Tem que ter mais cuidado comigo. – ela dizia com voz infantil.

 

- Oh, delícia! Pode deixar que eu vou cuidar! Di-rei-ti-nho!

 

 

 

No dia seguinte, enquanto tomávamos nosso café rápido (tínhamos que ir para a Universidade), Dio subiu no colo dela e latiu para mim. Eu mostrei a língua para ele, me sentindo vitorioso. Ela observou nossa pequena “guerra” e riu levantando uma sobrancelha. Acabamos, escovamos os dentes, ela catou o que estava esquecendo e passou o lápis de olho.

 

- Para que passar lápis?

 

- Para ficar bonita.

 

- Você é linda sempre, meu amor.

 

- Não convenceu... – ela se abaixou e pegou Dio no colo.

 

- Tchau, lindinho. – ela deu um beijo no focinho dele.

 

- Desirée! Você não fez isso!

 

- Isso o quê?

 

- Não acredito que você beijou o cachorro. – ele nos observava balançando a cauda pra lá e pra cá.

 

- E qual o problema?

 

- Você vai me beijar e passar bactéria daquela coisa.

 

- Tudo bem. É só eu não te beijar.

 

- Estou sendo trocado pelo cachorro...

 

- Ora, Lutt. Você é quem está encrencando.

 

Eu sai resmungando e expondo meus argumentos. Ela apenas ria da situação. Isso! Ri, safada! Se fosse com ela, não iria gostar!

 

- Por que mesmo que eu comprei aquele cachorro?

 

- Para me fazer feliz. – ela dizia muito tranquila.

 

- Você não está botando fé que aquele cão me odeia, né?

 

- Sinceramente... Não. – ela mordeu minha orelha e tentou me acalmar, desenhando com suas unhas, levemente, em minha nuca.

 

- Não fique nervoso por causa disso.

 

- Só se você trancá-lo toda noite na cozinha.

 

- Ah... Tudo bem. Vou tentar.

 

- Agora estamos começando a nos entender... – eu a puxei pela nuca e a beijei ardentemente. Até que lembrei...

 

- Ai, meu Deus! Maldito cachorro!

 

Ela escondeu o rosto com uma das mãos e começou a rir, desesperadamente.

 

- Engraçadinha...


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