Abalando Hogwarts escrita por LiaFlores


Capítulo 6
O começo das descobertas...


Notas iniciais do capítulo

N/A: Esse capítulo vai explicar muitas coisas e deixar mais dúvidas no ar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91206/chapter/6

     O Professor Melloni era novo na escola, estava substituindo o antigo professor de DCAT, Luis Clevent, que havia sumido de maneira muito sinistra e sem deixar pistas. Antony Melloni é ruivo com olhos castanhos escuros e possui um ar aterrorizador. Possui um porte musculoso e uma parte de sua cara é coberta de cicatrizes. Sua fama é de ser um professor rígido e mal-humorado, dizem que adora a artes das trevas e não é um bom perdedor.

      Marcelle olhou para o professor e ficou paralisada de medo. A garota estava aterrorizada e memórias, que Marcelle fez de tudo para esquecer, começaram a invadir sua mente.

Flashback

     “ A chuva estava caindo há horas e parecia que não ia acabar tão cedo, mas isso não preocupava uma garotinha de aparentemente oito anos e cabelos encaracolados. Marcelle Derpy estava em pé encostada à parede durante horas, como punição por ter quebrado uma regra. Os olhos da garotinha estavam vermelhos, demonstrando que ela havia chorado recentemente. O frágil corpo exalava cansaço, mas nada se comparava com a dor que ela sentia por dentro, a dor de ter assistido a morte de sua mãe.

    O dia tinha sido normal, Marcelle e sua mãe tinham ficado presas no escuro quarto, como sempre. A garotinha já estava acostumada, afinal, não conhecia outro tipo de vida.

     Sua mãe estava desenhando na escrivaninha como sempre e Marcelle olhava para ela, observando cada movimento e cada expressão que sua mãe fazia. Marcelle estava tentando se lembrar da última vez que aquela mulher sorrira, mas a situação estava muito difícil, desde que se conhecia por gente, Marcelle nunca tinha visto sua mãe sorrir, chorar ou expressar qualquer emoção que não fosse medo.

       Mas não medo de morrer...

       Medo de viver.

     Medos que Marcelle compartilhava. Medo de aquele ser, que Marcelle chamava de Pai, ir até o quarto e torturar sua mãe até a morte, ou medo do Pai subir com seu irmão e o obrigar a torturar as duas, como ele já tinha feito antes.  Essas eram os medos, as incertezas, que faziam Marcelle desejar nunca ter nascido.

    Mas durante o dia nada acontecera, somente quando o relógio já ia bater meia-noite, os medos voltaram junto com passos no corredor, se aproximando da porta.

     A mãe de Marcelle a colocou debaixo das cobertas e pediu que ela fingisse que estava dormindo, e Marcelle fez como o ordenado.

     A porta se abriu com um estrondo e Marcelle observou seu Pai na porta ao lado de seu irmão, os dois olhavam atentamente para sua mãe. Foi tudo tão rápido, Marcelle fechou os olhos ao ver seu irmão levantar a varinha e, depois disso, Marcelle teve que ser muito forte para não chorar ao ouvir os berros de “Pare, pelo amor de Merlin, pare!” vindos junto com o desespero de sua mãe ou a risada de seu Pai.

     Quando tudo acabou e a porta do quarto foi fechada, Marcelle levantou rapidamente e abraçou o corpo de sua mãe, que estava no chão, banhada no próprio sangue.  A garotinha não agüentou e abriu a porta do quarto, correndo pelo corredor e descendo as escadas rapidamente.

      Marcelle adentrou numa sala enorme e todas as atenções se viraram para ela. Lá estava ele, Antony Melloni, o ser que a pegou pelos cabelos e a arrastou até seu Pai. Por causa dele, Marcelle recebera aquela punição, afinal, como seu Pai dizia “Pessoas desobedientes precisam ser punidas!”.

       E Marcelle quebrou uma das mais importantes regras...   

   ... Nunca,

... Nunca descer do quarto.”

Fim Flashback

       Voltando para a realidade...

      O lobo mal saltou da cama e... Ops estória errada! (N/A: Desculpe! Não consegui evitar!)

       Marcelle se recuperou das lembranças e notou que mais alguém entrava na sala. Bernard Riddle estava atrás do Professor de DCAT, olhando com o mesmo olhar misterioso para todos na sala. O olhar do garoto parou em Marcelle e se tornou mais frio ainda, enquanto andava em direção da carteira da última fileira da sala, que estava vazia.

- Bom, agora que os dois palhaços acabaram com o show, vamos às apresentações. - o Professor Melloni começou a falar, andando até a mesa do professor. – Meu nome é Antony Melloni, mas vocês devem me chamar de Professor Melloni. Vou ensinar defesa contra as artes das trevas para vocês. Alguma dúvida por enquanto?

          Antony olhou para a turma, enquanto todos permaneciam quietos.

- Quero que todos digam seus nomes e casas, conforme eu aponto para a pessoa, compreendem o que eu digo? – completou Antony num tom irônico, recebendo acenos positivos vindos de toda a turma.

       E assim a turma começou a se apresentar. (N/A: Eu vou pular as apresentações e vou direto para a parte dos Marotos...).

- Meu nome é Sirius Black, Grifinória. – exclamou Sirius, desconfiado.

- Ora, ora, ora (N/A: torta de amora... Desculpa)! – exclamou Antony sarcástico. – Um Black na Grifinória... Parece que temos uma ovelha branca na família. – terminou Antony com um sorriso irônico, apontando, logo depois, para James.

- James Potter, Grifinória. – falou James, olhando para Antony como se o desafiasse a fazer algo.

- Filho de Charlus e Dorea Potter. – concluiu Antony, fechando a cara. –Interessante, muito interessante...

- Remus Lupin, Grifinória. – respondeu Remus super nervoso, assim que Antony apontou para ele.

- Lira Ou, Grifinória. – disse a chinesa, olhando para o Professor Antony com um olhar analisador.

- Lilian Evans, Grifinória. – respondeu a ruiva com uma voz firme, encarando o Professor com um olhar desconfiado.

            Antony encarou Marcelle durante certo tempo, antes de perguntar para a garota o nome dela e a casa, como se eles não se conhecessem.

- Marcelle Derpy, Grifinória. – respondeu a garota com uma voz fina e tremula de medo e raiva.

- E você? - questionou Antony, apontando para Raquel.

- Raquel Lirey, mas isso você já sabe, professor! –Raquel  deu uma indireta com raiva, sorrindo sarcasticamente.

- Mais uma e ira logo no primeiro dia para a detenção, senhorita Lirey. – retrucou Antony, sorrindo malignamente. – Senhorita Lirey, sente-se no final da sala, ao lado do Sr. Riddle, por favor!

        Raquel olhou para o professor com raiva e indignação, se segurando para não revidar. Pegando sua mochila, Raquel se dirigiu para o fundo da sala e se sentando ao lado de Bernard.

- Eu mereço! – sussurrou a garota, reclamando.

 “Hmmmm... Isso pode ser até que interessante.” Pensou Raquel, olhando para Bernard com um olhar maroto.

----------------------------------------------------D*------------------------------------------------------------------

N/A: Agora começamos algumas descobertas.

        PS. Identificação das memórias. Nome do que acontece + data – pessoa de quem foi tirada a lembrança.

Dumbledore estava em seu escritório, observando uma bacia de pedra sobre sua mesa. A bacia possuía vários detalhes, como flores e caveiras em prateado. Ao lado da bacia, havia uma caixa cheia de tubos transparentes alinhados, que continham um líquido prata. Lembranças. Era isso que tomava conta da mente de Dumbledore. A dúvida, de ver ou não o passado, o atormentava. As consequências de sua decisão podiam mudar todo o futuro, para melhor ou para pior.

         Dumbledore esticou o braço e pegou um dos tubos, o diretor olhou para a inscrição:

Grindelwald 1955 - Dumbledore      

          Tomando uma decisão, Dumbledore despejou o líquido prata na bacia e mergulhou a cara, logo em seguida.

                           Flashback

 Prisão Nurmengard*, 1955

              Dumbledore andava pelos corredores da prisão apressado, tinha que tirar a história a limpo, precisava saber se era verdade. Esse mês se comemorava os vinte anos desde que Grindelwald fora derrotado, todo o mundo bruxo estava em festa, mas o mais novo diretor de Hogwarts tinha uma ruga de preocupação em seu rosto. Finalmente chegou numa sala fechada e escura, uma única luz iluminava a mesa e as duas cadeiras, os únicos objetos do lugar. Dumbledore se encaminhou até uma das cadeiras e sentou-se. Esperando.

            A prisão estava decadente e a cada minuto que passava naquele lugar mais distante queria estar. Há quanto tempo não visitava lugares sombrios como esse, só lhe trazia lembranças ruins, memórias que era melhor esquecer. Barulhos de passos ecoando no corredor tiraram Dumbledore de suas tristes lembranças e o fizeram voltar para a realidade. A porta foi aberta com um rangido e por ela entraram dois homens com farda de aurores, que seguravam um ser encolhido... Gellert Grindelwald.

         Grindelwald poderia até ter sido considerado bonito, em seus tempos de jovem, mas o passar dos anos não foi bom com o bruxo. Os cabelos loiros escassos contrastavam com os olhos azuis e o sorriso cínico, que logo se transformou em uma careta enquanto sentava em frente à Dumbledore.

- Meu velho amigo! – exclamou Grindelwald cinicamente. – O que o traz aqui?

- Não tenho tempo para brincadeiras. – respondeu Dumbledore seriamente. – São verdadeiros os boatos?

- Mas que boatos? – perguntou Grindelwald, se fingindo de desentendido.

- Sobre Tom Riddle.Ele virou mesmo um bruxo das trevas?

- Um bruxo das trevas não se transforma, ele já nasce assim. – comentou Grindelwald.

- Então é verdade? Ele é esse tal de Voldemort?

- Mas é claro, eu mesmo ensinei alguns truques a ele, quando veio me visitar aqui. – respondeu Grindelwald, batucando os dedos na mesa. – Ele tem futuro no ramo.

- Quando ele se tornará mais poderoso que você? – questionou Dumbledore, com a voz falhando.

        Grindelwald parou de batucar na mesa e olhou para Dumbledore, atentamente. O antigo Lord das Trevas levantou-se e apontou para a porta.

- No exato momento que sair da prisão, você saberá. – e dizendo isso Grindelwald saiu pela porta de volta a sua cela, deixando um Dumbledore confuso para traz.

         O diretor saiu da sala e continuou seu caminho pensativo. Estava já na porta da prisão, quando olhou para o céu e, pela primeira de muitas vezes, viu.

- Ele já é mais poderoso! – comentou Dumbledore para si mesmo e continuou seu caminho.

      O céu estava todo escuro, mas uma figura podia ser vista perfeitamente. Uma cobra saia da boca de uma caveira. Pela primeira de muitas vezes, Dumbledore viu a Marca Negra.

                Fim do Flashback

      Dumbledore andava de um lado para o outro, pensativo. Tinha que se preparar para ver todas as lembranças.

- Daqui para frente é pior! – disse Dumbledore decidido, pegando sua varinha e apontando para a bacia. – Figurate iam Temper.

                Dumbledore se encaminhou para a caixa de lembranças e abriu tubo por tubo, despejando todos os líquidos na bacia de uma vez. Em seguida mergulhou a cabeça novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A:Obrigada pelas reviews, foram elas que não me fizeram desistir das fics. Espero que tenham gostado do cap.

Helena0013: Aqui ta o cap., valeu pela review. A garota misteriosa vai aparecer muito mais. Bjusss.

Milla_Jonas: Que bom que você gostou do cap. Beijocas

XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Abalando Hogwarts" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.