Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália
Quando separamos nossos lábios, pude ver que ele sorria. Ele caminhou , com minha mão presa a sua, e se sentou na grama. Me puxou para seu colo e eu me deitei, ficando com a cabeça em sua perna.
O restante da tarde , passamos assim. Suas mãos acariciavam meus cabelos, seus dedos percorriam o contorno da minha boca. Lá ficamos, até que um pingo de água caiu em meu rosto, seguido de vários outros.
Eu me levantei rapidamente , mais Lucas me puxou de volta para mais um beijo.
_Lucas , nós vamos nos molhar ! - foi tudo o que eu consegui dizer antes de sentir sua boca na minha novamente.
_E daí ? Só quero ficar com você.
Essas palavras me fizeram sorrir. Então, esqueci-me de quem era, de onde estava e do que estava acontecendo. Só queria Lucas. Tê-lo em meus braços, seus lábios nos meus.
Nos entrelaçamos e nossos lábios se uniram novamente.
A chuva engrossava cada vez mais e com isso , ficávamos cada vez mais ensopados. Tentei me desvencilhar dos braços de Lucas e me proteger das grandes gotas que caiam, mas foi em vão.
Ele me segurou com mais força e sussurrou em meu ouvido :
_Eu nunca vou te soltar. Você vai ser pra sempre aminhaAnna .- ele enfatizou a palavra "minha" , o que me deixou um tanto surpresa. Já mencionei que adoro surpresas?
Eu encarava seus olhos de um verde intenso quando ouvi passos e uma voz dizendo:
_Onde esses dois se meteram? Será que não perceberam que a chuva está aumentando cada vez mais?
Era meu pai que se aproximava de onde nós estávamos. Lucas percebeu minha cara de preocupação e logo me soltou, nossos olhos agora não tinham a mesma expressão de antes. Agora eles continham preocupação. O que diríamos a nossos pais? Qual seria a desculpa? Ah, pai, mãe . Nós estávamos no jardim nos beijando e começou a chover. Então Lucas não me deixou sair pois disse que não me queria longe dele.
Essa seria uma ótima resposta se eu quisesse , mudar de colégio e ficar sem ver Lucas por um bom tempo. O que definitivamente eu não queria.
Logo, pode-se ver a figura de meu pai , debaixo de um pequeno guarda-chuva preto . De fato ele ainda não havia nos visto.
_Pula no meu colo Anna . – murmurou Lucas de maneira que somente eu pudesse ouvir.
_ O que? Você só pode estar ficando louco mesmo não é?
_Pula agora Anna .
Obedeci, mesmo sabendo que aquilo poderia acarretar uma séries de acontecimentos desastrosos.
_O que é que vocês dois estão fazendo aí, na chuva? E Anna , porque você está no colo dele?
Antes que eu pudesse pensar em uma coisa pra dizer, Lucas pronunciou:
_Ela caiu, assim que a chuva começou, quando ela tentou levantar. Acho que ela torceu o pé, afinal não consegue andar.
Eu não podia acreditar que ele acabara de inventar toda aquela história.
_ Oh , céus! Traga-a para dentro ! – disse meu pai , em alto tom, pois com a chuva era difícil escutar as palavras ditas. Dito e feito. Ele me carregou para dentro e eu pude ver a expressão de espanto e preocupação de minha mãe.
Ele me colocou no sofá, e depois de algumas perguntas do tipo “Oh , querida ! Está doendo muito? “ ( na verdade de muitas dessas perguntas ), fomos deixados a sós novamente, enquanto nossos pais se despediam.
_ Ótima ideia . – Murmurei sorrindo.
_ Sem querer me gabar, mais eu só tenho boas idéias. – ele também sorriu.
_Na verdade, eu estou um tanto confusa com o que aconteceu hoje Lucas.
_Acredite, eu também.
Como era possível , de um dia para outro uma pessoa mudar totalmente de sentimentos em relação a outra? Isso se tornou um dos mistérios que um dia eu pretendo desvendar.
_Mas...- ele continuou- só sei que tudo o que te disse hoje , foi o que meu coração pediu pra dizer.
Essa frase me fez rir, o que despertou uma certa curiosidade em Lucas.
_O que, não acredita em mim?
_ Na verdade, acredito . Mas... acho que meu coração também pede pra dizer algumas coisas.
Quando eu pretendia terminar minha frase, fui interrompida por nossos pais ,que chegavam a sala.
_Bom querida, nós vamos indo . Foi um prazer te rever. E sinto muito por seu pé.
_ Ah , não se preocupe. Estou bem melhor. –agradeci à mãe de Lucas .
Logo , eles foram embora. Subi para o meu quarto com a ajuda de minha mãe, que pensava que meu pé estava muito machucado.
Tomei um banho quente , demorado, e logo me deitei em minha cama.
Adormeci com duas palavras ecoando em minha mente : “ Minha Anna”.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu sei eu sei. O capítulo está uma porcaria. E eu sei também que demorei um século pra postar. Mais estava sem tempo mesmo. Mais enfim : não abandonei vocês minhas leitoras *_____*
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