Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 12
Shopping


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Fazendo o possível para não deixar vocês sem capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91184/chapter/12

No dia seguinte , acordei disposta a uma mudança radical, porém não estava feliz. Afinal, quem ficaria depois de descobrir que foi enganada e vítima de um joguinho besta , uma aposta idiota mais uma vez?

Levantei-me e olhei no espelho . Minha aparência estava péssima. Meu cabelo estava enrolado, meus olhos inchados, e grandes e escuras olheiras se destacavam sob meus olhos.Minha aparência podia se definir como doentia.

Tomei um banho longo, e a cada gota de água que escorria pelo meu corpo, sentia como se Lucas me tocasse.Mas eu não queria mais lembrar de suas mão tocando meu corpo. Não queria mais lembrar de seu sorriso encantador, de como mexia no cabelo quando ficava nervoso, de como andava, do tom de sua voz. Eu não podia mais me lembrar. Aquilo só me faria mal. Só faria com que me sentisse ainda mais triste. E ainda mais idiota.Eu precisava esquecê-lo, o que seria quase impossível, já que ele meu proporcionou momentos e sensações que nunca vivi ou senti antes.

No entanto a raiva que eu sentia dele , talvez fosse capaz de acabar com os sentimentos que eu sentia por ele. Mas o que importava realmente era que a partir do momento que eu colocasse meus pés pra fora de casa hoje , a Anna tola e ingênua morreria. E uma nova Anna nasceria.

Depois de sair do banho , vesti-me com um shorts jeans, uma regata preta e uma sapatilha vermelha. Sequei meu cabelo e fiz um rabo-de-cavalo despojado.

Desci para tomar café e em cima da mesa havia um bilhete.

" Querida Anna

 Tivemos que sair às pressas. Coisas do trabalho. Voltaremos para o jantar, mas não se preocupe se nos atrasarmos.

Você sabe onde tem dinheiro, caso precise. 

Te amamos, mamãe e papai "

Sempre a mesma desculpa .- murmurei para mim mesma.

Quando digo que meus pais são ausentes, ainda há gente que não acredita.

Abri a geladeira e tirei de lá uma jarra de suco, que parecia ser de uva. Peguei um copo e despejei o líquido dentro. 

Fiz algumas torradas e me sentei para comer.

Depois de repor minhas energias com apetitosas torradas e um incrível copo de suco, escovei meus dentes e saí de casa.

Senti o vento bater em mim e imaginei que com ele havia ido embora tudo de ruim que um dia foi esta velha Anna.

Esperava que com ele também fosse todas as lembranças que tinha de Lucas. Mas eu estava errada.

__________________________________________________________________

Meu dia foi entediante. Eu detestava essas coisas de " transformações radicais " compras e mais compras. Na verdade eu odiava shopping e tudo o que estava relacionado.

No final do meu dia, quando terminava de pagar a última compra, ouvi chamarerm meu nome. Na verdade, era mais uma pergunta do que um chamado.

Me virei procurando de onde havia vindo.

E então vi Jake parado com um olhar surpreso. Ele sorria um sorriso travesso. Acho que me esqueci e mencionar como ele é. Bom ele tem olhos castanhos , cabelo loiro e liso. Seu sorriso é lindo e seus dentes são bem brancos. O que não deixa de me fazer pensar que o pai ou a mãe dele é dentista. Mas isso poderia ser esquecido por hora.

_Anna, é você? - ele me perguntou boquiaberto quando me viu sorrindo.

_ Jake, bobo- me aproximei e soquei seu braço com uma das mãos cheia de sacola- quem mais seria?

_ É que... você, está... humm...

_ Diferente? - perguntei.

_ Demais! 

_ Pra melhor, ou para pior?

_  É lógico que foi para melhor.E eu que achava que era impossível você ficar mais bonita. - exclamou ele, o que me fez corar.

De certa forma eu fiquei feliz com o comentário dele. Afinal, que garota não ficaria feliz recebendo elogios? Principalmente quando se passa por uma situação como a minha.

_Aceita tomar um sorvete?- ele disse tirando de minhas mãos a maior parte das sacolas. 

 Não vi um motivo para negar. E eu estava mesmo afim de um sorvete .

_ Claro.

Fomos à sorveteria mais próxima , nos sentamos e logo uma garçonete veio nos atender. Não pude deixar de notar que ela tentou se exibir para Jake, mas pelo que percebi ele não deu a mínima, ou pelo menos não demonstrou.Fizemos nossos pedidos e logo ela retorno com eles.

_ Posso te fazer uma pergunta?- Jake me perguntou. Tenho medo de quando pedem para fazer um pergunta. Nunca vem coisa boa.

_ Pode.

_ O motivo da transformação, é aquele cara que ficava olhando pra gente no intervalo , ontem?

Ótimo . Ele havia notado. Não disse que quando pedem para fazer uma pergunta não vem coisa boa? E agora? O que eu diria? Não podia dizer a verdade, não para um garoto que não conheço muito bem.

_ Na verdade, não.- menti- Porque pensou isso?

_ Nada não. Apenas pensei.

Estava na hora de sair desse assunto. 

_ Posso te fazer uma pergunta ,Jake?- perguntei em tom desafiador.

_ Pergunte-me o que quiser. Sou todo ouvidos.

_ Seu nome é Jake ou Jacob?

Nós rimos com a minha pergunta boba.

_É Jacob, mais prefiro Jake.Então me apresento como Jake.

E foi falando de coisas bobas e rindo de tudo que passei o resto da tarde. Quando dei por mim, eram 19:30. Então Jake me ajudou a chamar um táxi, afinal eu estava com as mãos lotadas. Nos despedimos e eu fui para casa sorrindo. 

Havia encontrado um bom amigo, e durante o tempo que fiquei com ele sequer pensei em Lucas.

Quando cheguei em casa , encontrei uma mãe e um pai sentados no sofá com expressões preocupadas, que assim que me viram, passaram a ser zangadas.

_Anna Parker ! Onde estava? Chegamos em casa e cadê você ? Não levou celular, não avisou para onde foi ,nem nada !

_ Calma mamãe ! Estava no Shopping ! E esqueci o celular. Não avisei porque pensei que chegaria antes de vocês ! Afinal , não sou eu que sempre chego tarde, não é ? Não sou eu que nunca estou em casa ! 

Meu pai me lançou um olhar de censura .

_ Conversamos depois , Anna.- ele disse e apontou para a escada.

Ótimo, além de tudo estaria de castigo em menos de uma hora. Subi as escadas correndo, entrei em meu quarto e joguei minhas sacolas em qualquer lugar. Me joguei em minha cama e senti grossas e quentes lágrimas rolando por meu rosto. Aquela não era eu. Eu podia tentar mudar, ou mudar por fora. Mas por dentro sempre seria a mesma Anna. Sempre seria aquela que sofre por amor, e qua ainda assim não deixa e amar.

Mas dizem que o amor acaba quando as atitudes nos magoam. Assim eu esperava que fosse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram ? Comentários? *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apostas, Amores e Blábláblá" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.