A angústia de Hinata por descobrir que seus maravilhosos olhos estavam ligados aquele que tentou destruir a vila e principalmente tirar a vida aquele que amava era sem tamanho.

Ela se sentia traída, como se esse segredo pudesse de alguma forma manchar tudo o que ela fez pra tornar o clã Hyuuga, ela sentia medo, medo de que seus filhos estivessem despertando um poder maligno.

 

O olhar de incredulidade que ela sustentava confirmava as suspeitas de Hirashi.

 

- Vejo que até hoje os anciões mantêm em segredo a origem do Byakugan.

- Eles jamais comentaram sobre nada, jamais ouve registro de como o Byakugan surgiu, por que eles escondem isso?

- Você gostaria de ter o nome da sua família manchado pelos atos recentes de Pein?

- Quando eu me tornei líder desse clã eu jurei que faria dele algo que todos se orgulhariam, como posso fazer isso se nosso passado pode nos trazer vergonha!?

 

Hirashi sentia a determinação de Hinata crescer ele se perguntava quando o clã esteve em melhores mãos.

 

- Há muito tempo atrás quando o antigo “mestre dos seis caminhos” ainda era vivo ele teve seis descendentes – começou ele – cada um com uma habilidade diferente.

 

Hinata instintivamente lembrou-se das habilidades que o Pein tinha quando atacou Konoha, o ninja da Akatsuki capaz de manipular seis corpos ao mesmo tempo, cada um com uma habilidade única e poderosa.

 

- Essas habilidades se manifestavam na forma de olhos especiais, olhos capazes de grandes feitos, dois desses olhos você conhece muito bem.

- Byakugan... Sharingan... – respondeu Hinata de imediato.

- Exatamente, não sei o que aconteceu aos outros doujutsus, mas o clã Uchiha e o clã Hyuuga preservaram essas linhagens depois que os seis portadores se separaram, por isso somos os herdeiros dessa linhagem.

 

O passado dos Hyuugas veio à tona, um passado ligado a uma pessoa da qual Hinata tinha vergonha de ser descendente, ela se sentia suja.

 

- Como... Como é possível que nunca se soube disso?

- Por que é tão importante assim que saiba quem são seus antepassados? Pelo que já vi de você o passado nunca lhe prendeu.

- Hirashi-sama, minha filha tem um Byakugan especial, se isso for igual ao Mangekyou Sharingan o que eu farei? Minha filha também tem os olhos amaldiçoados como Uchiha Madara?

- Se ela for como Hyuuga Kahn ela está longe de ser amaldiçoada – comentou Hirashi.

 

Hinata fez um esforço para se lembrar desse nome, mas nada vinha a sua mente.

 

- Não tente se lembrar de alguém que você nunca ouviu falar, Hyuuga Kahn não é mencionado em nenhum livro de historia ou registros do clã.

- E quem seria ele? – perguntou Hinata.

- O primeiro Hyuuga que existiu, descendente direto do “mestre dos seis caminhos do passado”, aquele que nasceu com o Byakugan e passou aos seus herdeiros.

 

Hirashi contou a Hinata como era o primeiro Byakugan visto no mundo.

 

- Hyuuga Kahn odiava conflitos, mas odiava ser desafiado. Assim como seus irmãos ele procurou um território para si e dominou seus habitantes em troca de proteção contra as inúmeras guerras que assolavam o continente, com o tempo ele passou a ser idolatrado por seus súditos e ele por sua vez adquiriu afeição por aqueles que governava, ele era conhecido por ser justo e nobre apesar de implacável e por muito tempo ninguém o desafiou.

- Um único homem permaneceu imbatível por tanto tempo? Como ele conseguiu isso?

- Graças ao seu Byakugan, por ter um Byakugan puro e legitimo ele possuía olhos que lhe davam poderes quase divinos, diziam que “ele podia destruir ou recriar tudo aquilo que podia ver com seus olhos de deus”

- Como assim Hirashi-sama? O que isso significa?

- Confesso que não sei o significado dessa frase, tudo o que sei me foi revelado pela minha antecessora e eu teria passado adiante se tivesse tido filhos, por isso você não sabe de nada.

 

Agora Hinata estava indecisa, como saber se esse poder causaria algum mal a sua filha? Seu filho Hajime também desenvolveria tal poder? Isso aconteceu por ela ter tido relações com alguém de fora do clã? Essas dúvidas lhe corroíam por dentro.

 

- Façamos o seguinte: apresente-me a sua filha e deixe que eu veja tais habilidades em primeira mão.

- Isso é realmente necessário? – perguntou Hinata incerta – minha filha não controla essa habilidade e eu a proibi de usar.

- É o único meio de confirmar minhas suspeitas.

- Se assim deseja Hirashi-sama, pedirei que levem minha filha a área de treinamento, eu prefiro que ninguém mais testemunhe isso.

- Como quiser, também acho mais prudente assim.

 

Hinata e Hirashi deixaram a sala de reuniões, no caminho para a área de treinamento Hinata solicitou a Neji que levasse Yukie até lá.

 

- Hunn Hirashi-sama, eu não sei bem como dizer isso – começou Hinata envergonhada – mas a minha filha é um pouco... Atrevida.

- Atrevida como?

 

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Um grupo de ninjas avançava por entre as fileiras inimigas, sete ninjas que eram capazes de devastar exércitos em seu caminho.

 

- Onde você tava com a cabeça pra confiar na Kuni pra entrarmos despercebidos? – reclamava Mayuri enquanto avançava ao lado do sensei.

- Não foi minha culpa! – justificou-se Kuni – funcionou bem até metade do caminho, não tenho culpa se um dos ninjas inimigos era capaz de ver através de genjutsus!

- Parem de discutir as duas! – pediu Naruto enquanto socava alguns inimigos – se não deu de um jeito vai dar de outro!

 

O grupo chegou até os portões da cidadela protegida, no alto do muro uma legião de arqueiros disparavam suas flechas nos invasores.

 

- Fuuton! Fujihenki no jutsu! –disse Naruto criando uma muralha de vento protetora.

- Hei Mayuri-chan, pode da um jeito nos arqueiros? – pediu Saggi.

- Eu já ia fazer isso. Katon! Karyuudan no jutsu! – um dragão de fogo ergueu-se até os céus e de lá avançou contra os arqueiros varrendo todos de lá de cima.

- Exagerada como sempre não é? Depois fica reclamando do seu sensei! – zombou Kuni diante do excesso de força da companheira.

- Acho que já mandei parar! – disse Naruto após aplicar um belo cascudo nelas – Saggi-kun, Choki, você podem derrubar esse portão?

 

Eles nem precisaram responder Saggi concentrou chakra na perna esquerda até brilhar e Choki fez seu punho direito crescer o suficiente pra aplicar o golpe que queria.

O ataque combinado dos dois foi mais que suficiente para derrubar o portão e tirar as barreiras do caminho.

 

- Droga! Esqueci de dizer “toc toc” – brincou Saggi diante do portão caído.

- Hahahha cara essa foi boa! – disse Choki em resposta.

 

Diferente de Kuni e Mayuri esses dois se davam bem, no caso de Mizura e Ryori não se sabia ao certo se eles eram rivais, amigos ou se simplesmente companheiros de trabalho.

Naruto mordeu o dedo e ao bater a palma da mão no chão três grandes sapos usando armaduras apareceram.

 

- Hooor Naruto-sama! A que devemos o prazer de ser invocados? – disse um deles.

- Oi pessoal, faz bastante tempo... Bem, preciso que impeçam esses caras de entrar na cidade, ok? – disse Naruto apontando pro exercito inimigo.

- Moleza! – afirmou outro sapo confiante.

 

Os três sapos se postaram diante da entrada e sacaram suas armas, diante disso o exército inimigo parou de avançar.

 

- Agora é conosco! – disse Naruto para seus comandados – vamos atacar!

 

Eles avançaram pelas ruas da cidade que circundava o castelo, as pessoas não ofereceram qualquer resistência e a guarda da cidade não era páreo pra eles.

 

- Equipes 1 e 2, vocês ficam aqui fora – disse ele se referindo a Mayuri/Kuni e Mizura/Ryori – equipe 3 vem comigo.

 

Naruto, Choki e Saggi invadiram o castelo com o objetivo de capturar o senhor feudal e o príncipe, os outros deveriam dar cobertura do lado de fora e caso os alvos tentassem fugir deveriam capturá-los.

 

- Hei sensei, você acha uma boa idéia deixar a Mayuri-chan e a Kuni-chan juntas? – perguntou Saggi.

- Não se preocupe, elas se odeiam, mas trabalham bem juntas, suas habilidades se completam, além disso elas sabem o que está em jogo aqui.

 

***********

 

Do lado de fora cada dupla cuidava de um lado do castelo, Mizura repelia os inimigos usando uma bola de ferro do tamanho de uma laranja presa por uma corrente, Ryori lutava normalmente com sua katana.

 

- Não vai usar suas kodachis? – perguntou Ryori em meio aos ataques.

- Prefiro não matar meus adversários a menos que seja necessário – respondeu ele enquanto se defendia de um golpe e revidava – mas já que você é um jounin caso ordene eu lutarei pra matar.

- Algum motivo em particular pra isso? Não que eu ache legal matar os adversários, mas se hesitarmos será nós os mortos.

- Tenho um motivo sim, algo que me fez pensar muito sobre isso, mas prefiro não comentar. Pelo menos aqui.

 

Ryori apenas sorriu.

 

- Tem uma arma pra me emprestar? Do tipo que não mata?

 

Mizura fez um gesto com uma mão e um nunchaku apareceu do nada, Ryori guardando sua katana pegou a arma emprestada e voltou pra luta.

 

- Mudou de idéia sobre matar os adversários?

- Se você consegue lutar assim eu também consigo! – respondeu Ryori provocativo.

 

Definitivamente os dois eram rivais e amigos, semelhante à Gai e Kakashi.

E eles lutavam com maestria, o longo alcance de Mizura com sua corrente cuidava dos inimigos mais afastados, a bola de ferro era perfeita pra quebrar escudos e jogá-los longe, quando alguém conseguia se aproximar o bastante Ryori logo neutralizava o problema, isso era o que eles chamavam de defesa combinada.

 

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Do outro lado do castelo as duas rivais defendiam suas posições com afinco, os soldados eram devastados pelos jutsus de Mayuri e iludidos pelos genjutsus de Kuni, quando as duas não brigavam entre si elas formavam uma combinação mortal.

 

- Será que dava pra parar de explodir tudo? Fica difícil me concentrar aqui! – reclamou Mayuri.

- Pare de frescura e lute como se deve! E você esqueceu aqueles ali – respondeu Mayuri apontando pra dois inimigos ao lado dela.

 

As duas foram cercadas por um grupo de soldados, perto demais pra usar qualquer jutsu ela passaram a lutar com kunais e taijutsu, se colocaram de costas uma pra outra cada uma defendendo o flanco da outra.

Um grande batalhão vinha pela rua principal, muitos deles usavam escudos para bloquear ataques a distância e lanças para contra-atacar rapidamente, assim que as duas cuidaram da ameaça anterior voltaram sua atenção para isso.

 

- O que vamos fazer quanto a eles? – perguntou Kuni.

- Se você me der cobertura eu pulo até o meio deles e mostro o que é destruição de verdade.

- Avance e eu garanto a minha parte, mas terá que confiar em mim.

 

Mayuri sorriu como uma criança travessa e sem pensar duas vezes correu na direção do batalhão, estes quando a viram se colocaram em posição defensiva e aguardavam o ataque.

Pouco antes de chegar até eles Kuni usou seu genjutsu e uma dúzia de imagens da Mayuri que se moviam junto com ela surgiram instantaneamente, com isso os soldados ficaram confusos sobre quem atacar e abriram uma brecha pra Mayuri.

Depois que Mayuri saltou e caiu no centro da formação inimiga ela concentrou seu chakra e enormes estalagmites de pedra sugiram do chão destruindo a formação inimiga.

           

- FUNCIONOU! – gritou Mayuri em meio à destruição.

 

Kuni acenou pra ela e sorria, elas podiam não se dar bem, mas trabalhavam bem juntas como Naruto disse.

 

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Dentro do castelo a situação estava quase sobre controle, Naruto criou centenas de bunshins para vasculhar todo o castelo de uma vez, Saggi e Choki ficaram no meio do caminho por que assim poderiam chegar rapidamente a qualquer parte.

Como Naruto previu todos os ninjas que estavam na cidade se dirigiram para o castelo assim que o ataque começou, eles provavelmente pretendiam defender o senhor feudal e eliminar os intrusos, Choki e Saggi lutavam com meia dúzia deles agora.

 

- Como é que dois ninjas fazem tanto estrago? – perguntou um dos ninjas derrotado antes de perder a consciência.

 

Saggi e Choki lutavam apenas com taijutsu, seus golpes devastadores praticamente colocavam a casa abaixo como gostava de dizer o membro do clã Kyoshou, em pouco tempo só restou eles dois em pé

 

- Quantos você pegou? – perguntou Saggi.

- 3 ninjas e 8 soldados, mas um dos ninjas era jounin então vale três pontos.

- Peguei 3 ninjas e 10 soldados, acho que empatou – respondeu ele sorrindo.

 

Eles faziam uma espécie de competição, gennins e qualquer um que não fosse ninja valiam um ponto, chuunins valia dois pontos e jounins três pontos. Aquele que completasse 100 pontos primeiro ganhava uma refeição tamanho família paga pelo adversário.

 

- Errado burro! Você fez um ponto a mais, mas de qualquer forma eu to ganhando no quadro geral, mal posso esperar pra comer um churrasco por sua conta!

- Há não!! Churrasco de novo não!! Da ultima vez fiquei devendo tanto que tive que trabalhar na churrascaria uma semana inteira.

- Fala sério!! E na pizzaria que você comeu um dúzia das extragrandes sozinho? É muita maldade não me dar nem uma fatia!

- Vamos fazer o seguinte: se encontrarmos o alvo antes do sensei ele paga o nosso almoço.

- Combinado! – respondeu Choki já correndo pra procurar também.

 

Eles nem se importaram de pedir a opinião de Naruto sobre isso.

 

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Naruto alcançara seu objetivo: uma sala fortificada que ficava na parte mais interna do castelo, soube através de um guarda (que só colaborou depois de conversar amigavelmente com Naruto) que o senhor feudal e seu filho se refugiaram ali, agora só havia uma porta de ferro e três dezenas de soldados armados entre ele e a vitória.

 

- Saiam da frente! – ordenou Naruto firmemente.

- Os guardas não fizeram menção de sequer responder, apenas sacaram suas espadas.

- Não digam que não avisei – disse Naruto antes de fazer os selos – Fuuton! Fukiryuudan no jutsu (dragão do tornado).

 

Um tornado em forma de dragão se formou e avançou contra as três fileiras de soldados varrendo todos como folhas de papel.

Com um problema resolvido só faltava a porta de ferro, algo que facilmente caiu ao receber um simples Rasengan de Naruto.

 

- Vocês dois! Isso chega a ser vergonhoso – disse Naruto ao ver que os dois alvos tinha feito de escudo uma mesa da sala – pelo menos encarem de frente os problemas que causaram

- Ora vamos Naruto-san – falou o senhor feudal de forma bajuladora – eu posso lhe pagar 10 vezes o que Misao-hime lhe ofereceu, basta fechar os olhos e fingir que não nos encontrou, o que acha de ficar rico?

- Venham aqui pra apanhar ou vão se arrepender se eu for até ai – sentenciou Naruto enfurecido.

- Isso não é o bastante? Se aceitar posso lhe dar o cargo de administrador dessas terras que conquistaremos, nunca mais terá que se arriscar nesse trabalho, você e sua família terão uma vida de luxo.

 

Um segundo. Foi o tempo que levou pra Naruto chegar até o senhor feudal e lhe aplicar um belo soco na cara, forte o suficiente para afundar o rosto e deixá-lo irreconhecível.

 

- Isso foi pelo pai da Misao-hime que você mandou matar – respondeu Naruto limpando o sangue da mão – agora vejamos, você mencionou algo sobre a Hinata não foi?

 

Naruto perguntava para o príncipe Seroshi que estava aterrorizado num canto, quando o príncipe achou que tinha matado Naruto naquela reunião ele se deu ao luxo de dizer que consolaria Hinata.

 

- A-aa-aquilo f-foi brin-brin-cadeira, eu jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas com sua esposa.

 

Naruto se preparou pra socá-lo também quando o príncipe começou a chorar.

 

- Pelo amor de Deus não me mata!! – implorou ele.

           

Naruto começou a gargalhar, riu tanto que a barriga chegou a doer, o interessante é que a risada ecôou na sala como se a própria Kyuubi estivesse rindo também.

 

- Cara! Você é tão patético que nem tenho vontade de lhe bater, até o demônio raposa se divertiu com essa ceninha deprimente.

 

O príncipe suspirou aliviado, mas mesmo assim Naruto lhe socou o estomago fazendo ele cair duro no chão, era mais fácil carregar os dois se ele não reclamasse ou esperneasse.

A batalha teve fim quando Naruto apresentou os dois capturados diante de Misao e um representante do imperador que apareceu para legitimar o resultado, o exército do País da Garça estava todo reunido em volta do acampamento que servia de base.

 

- Príncipe Seroshi, senhor feudal do País do Cavalo, você foram acusados de assassinar o senhor feudal do País da Garça e tentar tomar essa região pela força, o povo apóia a princesa Misao e ela trabalhará por eles, o que tem a dizer em sua defesa?

- Os dois nada disseram, Naruto e seus investigadores já tinham reunido as provas antes mesmo da batalha começar e fizeram questão de mostrar a eles.

- Já que não tem nada a seu favor eu em nome do imperador declaro Misao-hime como legitima dona dessas terras e vocês serão julgados sob as leis do País da Garça.

 

O representante se retirou e deixou tudo sob os cuidados de Misao, agora ela não só governava o seu próprio país como agora era responsável pelo país do cavalo.

 

- Vocês dois – disse Misao se voltado para os dois prisioneiros – pessoalmente eu os odeio pelo que me fizeram, nada trará meu pai de volta, inclusive a vingança, mas eu não farei vingança aqui e sim justiça! Vocês dois são considerados grandes ameaças para a paz e, portanto serão executados.

 

Os soldados retiraram os dois sobre muito protesto deles e Misao sentou-se em sua cadeira exausta, agora sua responsabilidade aumentaram.

 

- Naruto-san, sei que é pedir demais, mas será que poderia me ajudar até estabilizar a situação da nova nação?

- Eu gostaria muito Misao-hime, mas eu tenho meu compromisso com Konoha e não posso me ausentar por tanto tempo – disse ele triste – mas eu recomendo que procure a Vila do Som e peça ajuda a eles.

- A Vila do som no País do Arroz?

- Isso mesmo, o País do Arroz está a beira da falência graças ao seu governador incompetente, se você acolher os ninjas do som eles podem formar uma vila no território que você conquistou e estabilizar a região.

- E eles são confiáveis? Eu ouvi historias sobre aquela vila – perguntou Soretso ao lado da princesa.

- Historias do passado eu garanto – respondeu Naruto – a atual líder é uma grande amiga minha e ela é muito confiável.

- Se ela é uma amiga sua eu farei a proposta – respondeu Misao – eu nunca poderei pagar o suficiente pelo que fez por mim Naruto-san.

- Eu faria de graça por você Misao-hime, Uzumaki Naruto não deixa os amigos na mão!

- Mas o Uzumaki Naruto tem que voltar pra casa e fazer o imenso relatório pra Tsunade-sama e eu tenho que voltar pra casa e cuidar dos meus filhos, então se apresse e vamos logo! – era Sakura que exigia enquanto puxava a orelha dele, normalmente ela não seria tão mal educada, mas a vontade de voltar pra casa e cuidar dos seus filhos com Sasuke falavam mais alto.

 

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A área de treinamento do clã Hyuuga era um bosque que ficava nos fundos da propriedade, geralmente bem vigiado a maior parte do tempo, mas para a demonstração de dos poderes de Yukie Hinata dispensou todos os guardas.

Agora só Hinata e Hirashi estavam lá, aguardando a chegada de Yukie.

 

- Ela já devia está aqui – comentou Hinata sozinha.

 

Hirashi estava encostado a uma arvore, ele não demonstrava se estava irritado com a demora ou se estava calmo como sempre.

Alguns minutos depois Neji chegou acompanhando Yukie.

 

- Perdão pela demora hinata-sama – disse Neji se curvando – ela estava cochilando.

 

Yukie se aproximou da mãe e com uma cara de marota pediu desculpas pelo atraso.

 

- Se não precisa mais de mim eu vou me retirar com sua licença.

- Você pode ficar Neji nii-san, não preciso esconder nada de você – pediu Hinata.

 

Neji agradeceu a confiança dela e se sentou numa pedra próxima, depois Yukie se voltou pra Hirashi.

 

- Quem é esse aqui mãe? – perguntou Yukie apontando pra Hirashi.

 

Hinata quase perdeu a fala com o modo como Yukie tratou Hirashi.

 

- Agora compreendo o que quis dizer sobre a “atrevida” – comentou Hirashi.

- Ta falando de mim seu vovôzinho? – Yukie ficou nervosa com o desdém dele.

- Pelo amor de Deus Yukie! Comporte-se! – pediu Hinata nervosa.

- Foi ele que começou! – justificou-se Yukie.

- Exatamente. O que pretende fazer sobre isso pirralha?

 

 

O sangue subiu a cabeça de Yukie que nem esperou pra ouvir o que sua mãe falaria, num único salto tento aplicar um chute circular em Hirashi que facilmente defendeu o golpe e com um movimento singelo jogou Yukie no chão.

 

- O que você pensa que ta fazendo atacando Hirashi-sama dessa forma? – Hinata perguntava enquanto dava um puxão de orelha na filha.

- Está tudo bem Hinata, fui a minha intenção provoca-la.

 

Hinata voltou-se para Hirashi.

 

- E qual o motivo disso?

- Queria ver o potencial que ela tinha – revelou Hirashi – se ela não estivesse disposta a me mostrar sua força por conta própria não valeria à pena.

 

Hinata sentiu-se envergonhada, e triste por ter repreendido Yukie daquela forma.

 

- E o que achou dela?

- Eu diria que ela tem potencial, mas por que não usou o estilo jyuuken? – ele perguntou para Yukie.

- Eu nunca gostei desses golpes – respondeu ela – prefiro muito mais o estilo do papai.

- Ela quase não pratica o nosso estilo – disse Hinata triste.

- Muito bem mocinha, eu quero ver aquilo que só você pode fazer.

- A mamãe disse que não posso fazer isso.

- Agora você está me obedecendo não é? – perguntou Hinata irônica – mas apenas dessa vez eu lhe dou permissão, pode mostrar a Hirashi-sama.

 

Yukie sorriu de satisfação, ela sempre quis praticar o jutsu secreto que ela apenas aprendeu a usar recentemente.

Concentrando todo o chakra do corpo e enviando para os olhos fez suas pupilas brilharem e uma espiral surgiu dentro dos seus olhos, com um selo simples ela mirou em uma arvores a 100 metros de distancia e o resultado foi surpreendente.

O chakra lançado através dos olhos se formou na casca da árvore e começou a girar, da mesma forma que o Rasengan foi perfurando a árvores e deixando a mesma marca espiral cravada profundamente no tronco.

 

- E então? O que achou vovô? – perguntou Yukie empolgada.

 

Todos ainda olhavam o estrago feito, era como se um Rasengan tivesse sido feito adjacente a árvore e fosse se expandindo e engolindo tudo que tocava, era um jutsu assustador por que não podia ser defendido já que a menos que se conheça o segredo é impossível saber onde o ataque irá se formar.

 

- Realmente, é algo que Hyuuga Kahn seria capaz de fazer, agora compreendo o que aquela frase significava – e se voltando para Hinata continuou – se essa habilidade for a mesma que ele possuía significa que ela pode usar qualquer jutsu que tenha um curto alcance em qualquer lugar que seu Byakugan alcançar, ela poderia, por exemplo, usar um jutsu médico para curar alguém distante apenas focando sua visão nela.

- Isso... é muito mais que eu imaginava – disse Hinata perplexa.

- Hinata-sama, essa habilidade não deve ser lacrada, deve ser praticada – sugeriu Neji – algo assim com tanto poder sem controle nenhum seria mais prejudicial do que benéfico.

 

Hinata ficou a ponderar sobre o assunto, o que Neji dizia estava certo, mas mesmo assim o receio a impedia de concordar plenamente com isso.

 

- Por favor mãe – pediu Yukie esperançosa – deixa eu treinar esse jutsu, eu quero muito ter alguma técnica só minha!

- Eu permitirei sobre duas condições – disse Hinata autoritariamente – a primeira é que até que eu considere que você já dominou esse jutsu não poderá usá-lo em nenhuma batalha, entendeu?

- E qual é a segunda?

- Que você deverá treinar nosso estilo de luta com mais afinco, a menos que você seja tão boa quanto eu nisso você não poderá usar seu jutsu novo.

- Isso é injusto! Você é especialista nisso, eu to começando agora!

- Essa é sua única opção, aceite ou nada feito – Hinata cruzou os braços esperando uma resposta.

 

Hirashi se aproximou de Yukie, ela o encarava com uma seriedade que crianças dessa idade não teriam, e ele sustentou um olhar igualmente serio.

 

- Escute Yukie, a linhagem que você herdou da sua mãe, os estilo da nossa família, a tradição que sustentamos por séculos, tudo isso estará em suas mãos no futuro e você terá que carregar tudo isso com orgulho.

- E por quê?

- Por que você é o orgulho da nossa família, aquela que herdará tudo e fará com que todos reconheçam nossa força, mas como fará isso se você própria despreza nossa força?

 

Yukie sorriu ao ouvir isso, ela entendeu que de agora em diante ela deveria ser tão forte quanto o pai para orgulhá-lo e tão habilidoso quanto os melhores Hyuugas para orgulha todo o clã.

 

- Tio Neji, você pode me treinar de verdade no estilo Hyuuga?

- Hei! Por que pede a ele e não a mim? – perguntou Hinata frustrada.

- Por que ele é o melhor! – ela respondeu simplesmente.

 

Hinata baixou a cabeça em desgosto e Yukie apenas riu.

 

- Definitivamente você puxou isso do seu pai – comentou Hirashi surpreso com o jeito espontâneo de Yukie.

 

 

Continua...