The Chosen One escrita por Ducta


Capítulo 7
The Power Of Love Is More Than You Can Understand


Notas iniciais do capítulo

Dê play na sua eletronica favorita e deixe a batida te levar pra um novo nível de loucura.



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Eu não me lembro de como fui levado ao Mundo Inferior, mas quando abri meus olhos estava deitado em uma mesa de mármore em um quarto escuro, mal iluminado pelas tochas perto da porta de madeira.

Eu passei a mão por meu rosto, mas não consegui sentir meu toque. Suspirei.

Finalmente reparei que não era o único na sala.

- Pensei que dormiria pelo resto da eternidade. - Um homem alto, cabelos e barba negros, arrogante, disse.

- Quanto tempo eu dormi?

- Um mês.

- Um mês?!

- Como você se sente?

- Morto. - Eu disse sem ânimo, me sentando na mesa.

- Realmente.

- Cadê a Alethia?

- Não sei.

- Não sabe?

- Meu querido irmão a pediu. E Atena também.

- Como assim "a pediu"? - Perguntei surpreso. - Qual é, você é o rei dos mortos, deve ter regras e... E você não pode sair por aí dando a alma das pessoas!

Pela primeira vez o homem me encarou verdadeiramente. Eu respirei fundo, acho que falei mais do que deveria.

- Justamente por ser o rei do mortos que eu faço o que quiser com a alma das pessoas, agora cale-se antes que eu o mande para o fundo do tártaro!

- Desculpe. - Murmurei.

Finalmente entendi porque meu pai sempre dizia sobre Hades.

- Que gritaria é essa? - Uma mulher magra e esguia, pele morena, longos cabelos negros assim como os olhos, disse adentrando a sala. - Oh, o herói acordou?

- Herói? - Perguntei. - Que história é essa?

- Acalme-se rapaz, tudo ao seu tempo. - Ela disse com um esboço de sorriso nos lábios.

- Seu pai acabou de sair daqui. - Hades disse.

- Ele me viu?

- Claro que não.

Lamentei silenciosamente.

- O que aconteceu comigo?

- Você foi vítima de algo que nunca conteceu antes.

- Provavelmente. - Eu disse me lembrando do fogo que me consumiu até a morte.

- Você e sua prima...

- Namorada. - Eu interrompi. Não gostava de ser chamado de primo da Alethia, soava um pouco errado.

- Namorada. - Hades ccontinuou com os dentres trincados. - Nota: nunca interrompa um deus. - Foram os escolhidos.

- Pra quê?

- A profecia sobre o herdeiro do Cálice de Fogo e sobre o Escolhido.

- Escolhido pra que?

- Para ser o eterno Salvador.

- Salvador?

- Tudo ao seu tempo.

- Ok, e o que eu tenho haver com isso?

- Ninguém sabe quem é o Herdeiro e quem é o Escolhido. Particularmente, desejo que você seja o Herdeiro. - Hades disse.

E o foi o sufisciente pra me fazer tremer. Tive medo de não ser o tal Herdeiro e desapontá-lo. Também entendi quando minha mãe me dizia que meu pai tinha que fazer todas as vontades de Hades.

- Porquê?

- Porque eu quero o Cálice de Fogo.

- E se eu não for o Herdeiro? - Perguntei inseguro.

- Sua namorada será e você vai persuadi-la a me entregar. - Não era uma pergunta, era uma ordem.

Eu tremi de novo.

- Mas como eu vou conseguir o tal Cálice se eu estou morto?

- Tudo ao seu tempo. - Perséfone interveio. - Agora durma rapaz.

- Mas eu já dormi um mês!

- Durma. - Hades ordenou.

Eu voltei a me deitar na mesa de mármore e fechei os olhos buscando desesperadamente pelo sono que eu já não sentia.

Alethia.

Quando eu abri meus olhos estava dentro da água.

Ela era verde e morna. Eu podia ver o Sol brilhando tremeluzente acima da água, senti a areia em meus pés e vi a água se tornar mais clara a minha frente.

Eu não respirava, mas isso não me incomodava. Caminhei em direção a água clara e ela foi ficando cada vez mais rasa até revelar uma praia longa e deserta banhada por um sol quente e gostoso.

Olhei ao redor e me perguntei como eu havia chegado ali. Não encontrei a resposta.

Na verdade a única coisa que eu me lembrava era de ter ido dormir depois de ligar para o Justin.

Caminhei até o final da areia onde havia a estrada, pouco a frente estava o carro de Justin.

Ele estava aberto, a chave na ignição.

Corri os olhos ao redor e gritei por ele, mas não obtive resposta.

Peguei a chave e abri o porta-malas.Lá estava minha bolsa de praia ao lado da mochila dele.

Minha toalha de praia favorita, meu protetor solar, o creme de pentear e meu celular estavam lá.

Então nós havíamos planejado essa viagem à praia. Mas que praia era essa?

E mais uma vez eu não consegui me lembrar dos momentos depois de eu ter ido dormir.

Liguei meu celular a fim de ligar para Justin, mas me deparei com várias mensagens. Me recostei ao carro para lê-las.

A primeira era de Diana:

"Minha loira, você não imagina como está me fazendo falta. Nunca pensei que poderia te perder. Mas infelizmente as pessoas morrem. Lamentarei até o último dia da minha vida pela sua morte e a do Justin. Eu te amo tanto minha melhor."

Minha morte e a do Justin? Que era isso? Depois responderia a ela.

A próxima era de Dean:

"Lelê, eu sei que você já não pode ler isso, mas como a Diana enterrou seu celular com você, pensei que, sei lá, de repente você poderia ler isso em algum lugar no além. Se vocÊ estiver com o Justin, diga a ele que eu sinto muito a falta dele, todos os dias, e que o tim nunca mais ganhou um jogo sequer. Amo vocês dois."

Algum lugar no além? Meu celular enterrado comigo? Que havia dado neles?

As próximas mensagens eram das meninas da equipe de Cheerleaders, todas lamentando minha morte.

Peter era o próximo:

"Vocês não podia ter morrido, só isso. Nunca, em um milhão de anos, eu poderia ter imaginado que vocês morreriam.

Acho que Kimmy não teve tempo de contar, mas vocês seriam os padrinhos do nosso bebê. Enfim, algum dia nos veremos de novo não é? s2"

Kimberly era a última:

"Ale, porque você me deixou hein? Eu só queria ouvir sua voz mais uma vez e ouvir você dizer que você estaria comigo sempre, como você cstumava fazer. Você sabe que eu sou frágil e medrosa e sem você pra me encorajar, está sendo terrível, ainda mais agora que a cada dia que passa minha barriga está maior. Você o Jutin seriam os padrinhos do Embry. Achei que vocÊ gostaria do nome. Embry Justin Mitchell ou Liane Alethia Brandon. Bem, eu te amo muito e nunca vou te esquecer."

Embry. Eu conhecia aquele nome de algum lugar. E de novo, não me lembrei de onde.

Liguei para Kimberly.

- Alô?

- Oi Kimmy, é a Ale...

Mas ela me interrompeu com um grito.

- Seja lá quem for, para com isso! - E desligou.

Tentei não registar seu comportamento estranho e liguei para Peter.

- Alô?

- Peter, é a ALethia o qu...

- Não, vocÊ não é a Alethia. Minha amiga está morta, respeite a memória dela e pare de brincadeiras ridículas. - E desligou.

Pelos deuses o que deu em todo mundo? Eu não estava morta!

Respirei fundo algumas vezes e liguei para o Justin. Ele atendeu no primeiro toque.

- Cadê você? - Perguntei.

- Sabe que eu não sei. A única coisa que eu estou vendo são rochas.

- Não desliga.

Eu caminhei ao redor procurando um amontoado de rochas que batessem com a descrição que Justin me dera enquanto eu contava pra ele das mensagens lamentando nossa morte e de como eu não conseguia me lembrar de como chegamos ali.

Ele hesitou antes de responder.

- Bem... Depois a gente vê o que aconteceu.

Acabei por encontrá-lo alguns minutos mais tarde na entrada de uma caverna escura longe do carro e da praia.

- O que você estava fazendo aí? - Perguntei enquanto o envolvia em meus braços.

- Eu não sei. - Ele disse naquele tom hesitante.

Eu o olhei, mas ele desviou o olhar. Ele estava me escondendo alguma coisa.

- Vem, vamos voltar pra casa. - Ele disse me puxando pela mão.

Posso jurar que ele pareceu surpreso ao ver seu carro parado perto da praia, ams ele não disse nada enquanto caminhava até o porta-malas que eu largara aberto.

Ele colocou seu tênis e a camiseta enquanto eu colocava meu vestido.

- Você vai me dizer como chegamos nessa praia que eu não conheço e como você se afastou de mim?- Perguntei quando ele deu a partida.

- Se eu soubesse como chegamos aqui, juro que te explicaria, mas eu não sei nada sobre isso. Realmente não sei como chegamos aqui.

- Qual a última coisa que voce se lembra?

- De ter sido mandado dormir.

- Mandado? Mas meus tios nunca te mandam dormir. Que está acontecendo?

- Tudo ao seu tempo garota. - Ele disse me olhando com um sorriso tranquilo nos lábios.

Me senti mais calma.

Justin ligou o rádio e uma música eletronica ganhou a vez.

Eu me espreguicei deixando a batida fluir por meu cérebro me livrando daquela loucura toda.

Mas a estrada estava tão deserta quanto a praia, a música ecoava alta, o sol estava quente, a brisa morna e água que ia ficando pra trás tão convidativa... Obriguei Justin a dar meia volta.

Deixamos a música no áximo enquanto corríamos de volta pro mar.

Aproveitamos a praia a tarde toda e quando o Sol finalmente começou a descer no horizonte, Justin tinha o rosto bem próximo ao meu, seu sorriso se iluminava contra o céu alaranjado ao fundo e eu sabia que ele era meu, e eu era dele.

Ainda ao som de uma batida qualquer, transamos na areia morna só parando quando a noite já nos cobria e o céu estava cheio de estrelas.

Eu o olhei.

- Pronta pra ir pra casa? - ele perguntou.

Assenti, mas eu realmente não sabia se queria ir pra casa.


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Notas finais do capítulo

Provavelmente tem alguém querendo me matar por toda essa confusão, mas tudo ao seu tempo pessoal '-' bgsmil s2



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