Sirius se levantou.

- Vampiros? Isto já é demais! Os vampiros foram caçados de tal forma que resta apenas um clã. E este clã fica do outro lado do mundo! Como poderiam vir aqui? Com que propósito? Pelo que sei, Dean Winchester é um excelente caçador, e se soubesse que tinha alguns deles por aqui, já estaria em ação.

Severus olhou para ele provocando.

- Olha! Agora acredito em milagres! Black conseguiu se levantar e pensar ao mesmo tempo!

Scorpius deu risada, Dumbledore colocou a mão no rosto, em sinal de exasperação. Sirius fechou o cenho, e colocou a mão dentro das vestes. Severus, ignorando, continuou.

- Você pode até ter acertado isto Black, mas sua mente limitada não pensou além. Se deixaram Draco, Astoria e Gregório voltarem, quer dizer que eles tem um plano, e tudo que passa por uma mente vampiresca é maligno. Não podemos deixar Scorpius, Rose, Gabryl e Alvo sem proteção, pois não se esqueça que todos das familias deles são famosos, pelo que fizeram no passado!

Scorpius interrompeu.

- Licença, mas, se meus pais voltaram, quer dizer que eles são vampiros?

Dumbledore levantou os olhos para a janela.

- Não sei... Infelizmente, é possível que sim.

Scorpius se desesperou.

- Mas se eles são vampiros, eles vão ter de morrer? Não tem uma cura para isto? Eu quero meus pais de volta, como eles eram!

Dumbledore, que havia parado de andar, foi até uma estante e pegou um vidro, para depois ficar o virando de um lado para o outro. O liquido, antes azul, começou a ficar vermelho.

- Conheci o Samuel Campbell, um dos melhores caçadores de sobrenatural que a humanidade já viu, e para variar, avô de Dean Winchester...

Sirius levantou a sombrancelha.

- Como o senhor o conheceu?

Dumbledore o olhou de lado e levantou os ombros.

- Negócios antigos... Enfim, Samuel, numa das minhas conversas com ele, deixou escapar que havia curado Dean Winchester de um virus, o do vampiro. Disse também que é uma receita antiga da família, como sopa de lentilha.

Scorpius se encheu de esperança.

- Será, professor, que ele poderia curar meus pais, se eles estiverem infectados?

Dumbledore suspirou.

- Poderia Scorpius, poderia... Mas ele morreu a vinte e seis anos atrás.

Severus ficou sério e falou com a voz rispida.

- Mil perdões Dumbledore, mas como o senhor poderia encher o menino de esperanças deste jeito para depois dizer que o sujeito morreu?

Sirius, surpreendendo até ele mesmo, concordou pela primeira vez com Snape.

- A salvação vem de mim agora, não? Pois bem, Dean é um velho amigo meu, e contou que depois de lutar contra o grandão do inferno, Sam morreu. Depois de um ano, Dean foi salvo da morte pelo próprio irmão e quis explicação. Lógico! Até eu pediria, enfim, ele contou que foi ressussitado e falou também que Samuel voltou para a Terra.

Scorpius, com a boca aberta de surpresa, tentou falar algo.

- Mas, como ele voltou?

Sirius levantou os ombros.

- Eles estão tentando descobrir... Só que o bom de tudo é que eles tem a receita.

Dumbledore levantou o vidro e apontou para ele.

- Sabem o que é isto?

Severus balançou a cabeça positivamente.

- Sangue de homem morto.

Dumbledore confirmou. Deixou o vidro na mesa e foi até a estante pegar outro. Dentro havia um liquido preto que se tornou prateado.

- E isto?

Severus falou novamente.

- Sangue de Unicórnio misturado com seiva de Visgo do Diabo.

Dumbledore continuou, mostrando mais um vidro, com um liquido da cor da água, mas que se mexido começava a brilhar. Levantou-o.

Scorpius falou.

- Água de Avalon.

Todos olharam para ele. Scorpius sorriu de lado.

- Eu não sou tão burro. Eu sou fissurado pela história de Merlin, e lendo, descobri que Merlin conseguiu achar a Excalibur pelas aguas de Avalon, colocada em um frasco, e ela brilhava.

Dumbledore sorriu.

- Você não tem muita coisa de seu pai Scorpius... E você acertou! É água de Avalon...

Ele juntou os três vidros e chegou perto de uma vasilha. Jogou os três de uma vez. Com a explosão, saiu uma fumaça vermelha, junto de uma leve fragância de lavanda. Scorpius sentiu vontade de tossir e percebeu que não era o único.

Entre as tosses conseguiu falar.

- O quê é isto Professor Dumbledore?

A fumaça foi desaparecendo e Dumbledore tirou um pano do rosto.

- Desculpem... esqueci de avisar que dava crise de tosse.

Severus bufou e Dumbledore levantou as mãos em sinal de desculpas.

- Isto, meu caro, é a cura para o virus de vampiro. Severus, aprenda, antes de falar,  a escutar, analisar, para ver se não vai sair nada de errado de sua boca.

Sirius deu risada e Severus olhou para ele com uma expressão de assassino. Sirius se calou de imediato.

- Precisamos que seus pais venham aqui, junto de Gregório. Fale com sua amiga Suellen... Ou melhor, pense perto dela tudo isto... Peça ajuda do pai dela. Ele tem de saber sobre isto.

Scorpius fez que sim, e então uma pergunta veio em mente.

- Quando eu voltar para o salao comunal, tenho certeza que eles vão estar me esperando. Poderei contar isto a eles?Acho que o Gabryl merecia saber.

Os três homens se olharam e então Severus falou.

- Pode, mas cuidado... Só vocês saberão... Além daquele boca aberta do Hagrid, não precisamos de mais nenhum.

- Sim senhor!

Sirius falou rapidamente.

- Ahh, por favor, não de nas vistas que nos conhece como "nós" mesmo! Tudo bem?

Severus continuou.

- Eu continuarei a ser a Morgana Flawless, diretora da Sonserina, e ele o Jarkins... Espero que não por muito tempo... Não fui feito para ser mulher! - Ele deu um meio sorriso e Scorpius retribuiu - Se tiver algo para falar, não fale na frente dos outros alunos. E se você quiser encontrar o Professor Dumbledore, venha conversar conosco, nós o chamaremos, ou vá até a casa de Hagrid, Dumbledore estará lá. Ele ultimamente está morando lá.

Dumbledore apertou a mão de Scorpius e Severus e Sirius o seguiram.

- Foi um prazer conhecê-lo.

- Sabia que não me decepcionaria.

- Estou surpreso por gostar de um Malfoy. Foi um grande prazer te conhecer.

Scorpius sorriu e se dirigiu a porta.

- O prazer é todo meu.

Fechou a porta atrás de si e foi correndo para o Salão Comunal. Como previsto, os meninos estavam lá. Scorpius sentiu falta de Rose.

- O que aconteceu?

- Por quê você demorou tanto?

Scorpius respirou fundo e se jogou numa poltrona. E então escutou uma voz.

- Sabia que é onze horas da noite? Eu poderia ter ido falar com a Diretora... Que professores mais irresponsáveis!

Scorpius começou a dar risada e no fim todos estavam o acompanhando. Pararam depois de uns minutos.

- Que frase mais besta Rose!

Ela sorriu, envergonhada.

- Desculpe... Não deu para segurar!

Gabryl interrompeu.

- Desculpem a intromissão, mas o que aconteceu lá na reunião?

Scorpius contou tudo, cheio de detalhes. Terminou e Rose começou a falar.

- Espera ai! Como é possível eles retornarem a vida? Não existe nenhum feitiço que faça isto!

Alvo que então estava quieto, falou pensativo.

- Será que não está tudo relacionado com a ressurreição do Sam Winchester e do Samuel Campbell?

Scorpius bateu a mão na cabeça.

- Como eu não havia pensado antes? Poxa...pode ser isto mesmo!

- Pessoal! - Todos viraram para prestar atenção em Gabryl - Como, se nossos pais forem vampiros mesmo, como eles virão aqui sem machucar alguém? Aqui está cheio de jugulares e corações bombeando sangue.

Rose se levantou imediatamente.

- Precisamos falar com o Professor Snape...

Alvo olhou para todos e falou hesitante.

- Ou podemos fazer uma coisa bem melhor....

Todos perguntaram ao mesmo tempo.

- O QUÊ?

- Podemos chamar meu pai, tio Rony, e tia Hermione!