Was Once Two Hearts escrita por Gibs


Capítulo 15
"Se cuida, Anya"


Notas iniciais do capítulo

oie gente, muito obrigada pelos reviews, espero que gostem, beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/89815/chapter/15

Ao acordar fui direto para o banheiro, estava tão apertada que só relaxei ao urinar. Tomei meu banho e me arrumei, minha mãe já estava acordada.  

- Oi mãe - falei entrando na cozinha.

- Oi, quer comer o que?

- Só um pão com manteiga está bom.

- Você tem que se alimentar bem Anya.

- Mas não estou com muita fome.

Comi meu pão e fui caminhando para o colégio, estava cedo e caminhar faz bem. O tempo estava bom, nem muito calor, nem muito frio.

Uma brisa agradável afagou meu rosto.

Ouvi passos atrás de mim e constatei que fosse Tomás, mas me enganei.

 - Anya? - chamou a voz que tanto escutara e me fazia arrepiar.

- Gabriel? - parei e me virei para olha-lo.

- Oi.

- Oi.

Ficamos em silencio, parados. Gabriel coçava a cabeça e olhava o chão, eu segurava minha bolsa e o encarava.

 - O que quer? - perguntei quebrando o silencio.

- Falar com você

- Já está falando. - ele me olhou com... Remorso?

- Quero te pedir desculpas.

- Como?

- Estou arrependido Anya.

Aqueles palavras era tudo que eu queria ouvir há tanto tempo. Ou melhor, queria que elas nunca fossem ditas, queria que ele estivesse ao meu lado e não agora, vir se desculpar.

Fiquei encarando ele com uma expressão indescritível, talvez com pena dele. Sim, pena. Estou com pena dele por ter que vir aqui se humilhar, pedir desculpas por algo que ele podia ter evitado, mas preferiu me deixar, preferiu me magoar e ferir dois corações.

- Por que está se desculpando agora?

- Eu conversei com a minha mãe e... - ele olhou pro chão, depois voltou a me olhar - Ela me disse que eu sou o pai, então tenho que assumiu meu filho.

- Assumir seu filho?

- É, eu vou te ajudar no que precisar pra criança. Tipo vou dar meu nome e dinheiro, sabe? Pensão.

- Você está fazendo isso por obrigação.

- O que? Não... Anya... - começou a falar. Lhe dei as costas e me pus a andar.

- Não Gabriel - parei, olhando-o - Você me deixou sozinha por 2 meses depois que soube, se agarrou com sei lá quantas garotas da escola na minha frente, as pessoas me olham como se eu tivesse alguma doença. E você vem me dizer que vai me dar dinheiro? Que quer assumir seu filho? Que tipo de pai você é Gabriel?

- Eu vim aqui pra te oferecer ajuda e você me trata assim?

- Oferecer ajuda? Você esta aqui só por que sua mãe lhe obrigou, tenho certeza. Deve ser para não manchar o nome da família. Me poupe Gabriel. Guarde seu dinheiro pra você, eu e meu bebê não precisamos de nada que venha de você - o olhei com nojo e voltei a andar.

- Espera ai, você não pode falar comigo desse jeito - falou segurando meu braço.

- Você está me machucando, me solta.

- Você não é ninguém pra falar comigo assim, estou aqui pra dar um nome a esse bastar... - antes que terminasse de falar, lhe dei um tapa. Ele me soltou e me olhou chocado.

- Não ouse falar assim do meu filho.

- Sua vadi.. - fechei os olhos, pude sentir sua mão em meu rosto. Mas nada me atingiu.

Abri meu olhos e vi Tomás segurando o braço de Gabriel, o impedindo de me bater.

- Que tipo de homem você é ao tentar bater em uma mulher grávida? - ele falou soltando o braço de Gabriel e se colocando em minha frente, me protegendo.

- Me solta! - gritou Gabriel, desvencilhando do aperto de Tomás. - Se cuida ein Anya.. - falou me olhando e partiu.

- Você está bem? - perguntou Tomás segurando meus ombros.

- Acho que sim.

- Shiu, está tudo bem. - ele me abraçou e não pude mais contar minhas lágrimas. O abracei e chorei como uma criança.

Ficamos parados no meio da rua, abraçados. Tomás afagava meus cabelos, e eu apertava suas costas, minha barriga não deixava que ele chegasse mais perto.

Tomás de afastou de mim, e segurando meu rosto com as duas mãos. Sorriu.

 Incrível como alguém que conheço a menos de 3 dias, faz meu coração bater tão rápido. Fez com que meus dois coraçõezinhos fossem amados.

- Venha, vou te levar num lugar.

- Mas temos aula - tentei argumentar.

- Você não vai querer ir a escola - apenas assenti e deixei que ele me levasse.

Caminhamos um pouco até o ponto de ônibus, Tomás segurava minha mão. Olhei pra ele procurando algo que eu não gostasse, mas não encontrei. Sua mão na minha me deixava calma, me passava uma segurança, que há meses não sentia.

Subimos no ônibus e eu me sentei, Tomás sentou-se ao meu lado. Não falamos nada o caminho todo. Ele então levantou, me segurando para não me deixar cair. Descemos e percebi que estávamos na praia.

- Mas não ta sol - falei, ao olhar o mar.

- E precisa ta sol pra vir a praia? - ele perguntou pegando minha mãe e me levando até a areia.

Tomás me sentou em um banco e agachou-se, tirando com delicadeza, minhas sapatilhas. Me olhava e sorria, ao se levantar com minhas sapatilhas nas mãos. Pegou minha mão e me levou até a areia.

Ao pisar na areia macia, senti meus pés afundarem, mexi meus dedos sentido a areia sob eles. Fechei os olhos e ouvi o som da onda batendo. Meus cabelos esvoaçaram quando o vento que vinha do mar bateu em meu rosto. Sorri.

- Então, se arrepende de vir? - perguntou Tomás segurando minha mão.

- Nem um pouco - falei. Soltei sua mão e andei até o mar.

Quanto tempo eu não venho a praia. Na verdade desde que minha barriga começou a crescer eu não tenho mais ido a lugares em que teria que expô-la.

Tomás veio andando atrás de mim, me observando. Cheguei a beira do bar e pude sentir a água gelado bater em meus pés.

- Está gelada - falei, olhando pra ele.

- Imagino que sim - ele me olhou com tanta ternura, sorri.

- Obrigada por me trazer aqui.

- Você não sabe como é bom te ver sorrir. - olhei pra ele e não pude deixar de sorrir. Coloquei a mão na barriga e olhei pra ele surpresa - Que foi? 

- Ele chutou de novo.

- Anda chutando muito?

- Sempre quando estou com você.

Ele me olhou sério e depois sorriu. Como um verdadeiro pai faria.

Ele abaixou. A água do mar vinha e molhava seus joelhos. Escostando o ouvido em minha barriga falou:

- Oi bebê, parece que você quer me conhecer não é? Acho que vamos brigar pela atenção da sua mãe quando você nascer - eu olhava pra ele e sorri com aquelas palavras. Senti meu bebê chutar novamente, Tomás levantou a cabeça e me olhou surpreso.

- Parece que ele não gostou - falei, acariciando seus cabelos.

- Ele vai se acostumar - falou se levantando. Gargalhei.

 Nossa, quanto tempo não ouço minha gargalhada.

Tomás mudou minha vida de um jeito que ninguém põe defeito.

Meu coração estava aos pulos dentro do meu peito. Minhas mãos tremiam e meus olhos se encheram de lágrimas. O que ele quis dizer com “Se cuida Anya” ?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e ai, compensei os outros capitulos pequenos né?
mereço reviews?