The Forbidden Daughter escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 9
The Only Exception


Notas iniciais do capítulo

Dedicado para todos que acompanham a história *-*



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Depois de finalmente conseguirmos voltar para minha casa, pois perdermos os vôos e só chegarmos no dia da festa, mamãe nos recebeu como se achasse que tínhamos morrido. Então logo já era a noite da festa, passou tão rápido que mal percebi e já estava vestida.

 

Me encarei no espelho. Uma palavra: Uou! Sério, aquele vestido estava lindo. Era um vestido de seda verde, justo na cintura, mas que caía em camadas até meus joelhos. Era tomara que caia com várias pedras brilhantes. Meu cabelo estava preso em um coque baixo, enfeitado com as mesmas pedras do vestido.

 

Abri e fechei várias vezes a boca.

 

-Eu sei, está perfeita – se vangloriou mamãe – Eu que escolhi. É de um novo estilista espanhol, Victor Valentin (N/a: Não resisti, perdoem :P).

 

-Obrigada mãe – eu disse, abraçando-a.

 

-Ah, querida. De nada – ela disse orgulhosa – Agora vá balançar o coração do seu homem.

 

-Mãe! – exclamei.

 

-É verdade querida. Você tem que ver o jeito que ele te olha...

 

-Certo – eu ri – Vou descer.

 

 

***

 

-Uou – proferi quando vi a decoração da nossa sala de estar. Estava tudo perfeito. Fiquei com os olhos brilhantes, enquanto observava.

 

-Terra chamando Elle, Terra chamando Elle – repetiu aquela voz que eu tanto gostava de ouvir.

 

-Travis – eu disse, passando meus braços em volta do pescoço dele.

 

-Ei, cuide pra não me derrubar.

 

-Está me chamando de baleia? – perguntei, com uma expressão severa no rosto.

 

-Não! – ele disse, assustado. Então eu ri.

 

-Eu estava brincando, bobinho.

 

Ele deu um sorriso.

 

-Ás vezes suas brincadeiras não parecem brincadeiras.

 

-Ignore-as – sugeri, enquanto passava meu braço ao redor do braço dele – Agora vai começar a tortura!

 

-Por quê?

 

-Minha mãe vai me apresentar para... Sei lá, todos os convidados!

 

-Vai ser divertido!

 

-Divertido? Divertido??? Ali tem pelo menos umas cem pessoas! – explodi.

 

Travis riu e me beijou.

 

-Vou estar com você!

 

-Se for assim, aí eu agüento! – eu disse, passando minhas mãos pelo pescoço dele.

 

-Pode ter certeza – sussurrou no meu ouvido.

 

-Elle, querida?! – chamou minha mãe.

 

-Começou! – sussurrei para Travis – Sim, mãe?

 

-Venha conhecer o Sr.e a Sra. Jeffersonian, diretores do Instituto de História de Washington D.C.

 

-Prazer em conhece-los – eu disse, apertando a mão de ambos. Um senhor mais de idade e uma mulher na casa dos quarenta.

 

-Igualmente – eles disseram – Sua mãe disse que gostaria de cursar a faculdade de história...

 

-É verdade – eu disse – Me interesso bastante nesse assunto, principalmente em “mitologia grega”.

 

Senti Travis se segurar para não rir. Cutuquei-o bem fracamente com o cotovelo.

 

-Ah – ele disse – É sempre bom ter jovens entusiasmados entrando no Instituto. Está convidada a fazer parte de nossa equipe depois de se formar.

 

-Com prazer, Sr. Jeffersonian – sorri.

 

Depois que eles foram aproveitar a festa, Travis me puxou para um canto e todo risonho, perguntou:

 

-Fala sério que você quer fazer faculdade de história?!

 

-Quero sim – murmurei no ouvido dele – Alerta, alerta! Uma amiga da mamãe. Lindsay Mansen.

 

-Quem é essa?

 

-Uma socialite que se acha... Demais! Uma chata, se quer saber. E a filha dela, Alice, então é uma...

 

-Sem nomes feios – ele disse se segurando para não rir.

 

-Não caia na lábia dela! – sibilei, enquanto minha mãe nos levava para cumprimentar os Mansen.

 

O Sr. Mansen era um cara de uns cinqüenta anos, que era enganado pelo mulher de quarenta que parecia ter uns vinte. A filha dela, Alice, já fora minha amiga, mas agora só ficava se achando. Sempre com aqueles cabelos castanhos escuros cacheados e os olhos azuis, o corpo perfeito.

 

-El – disse Alice, me abraçando falsamente e me dando um beijo na bochecha.

 

-Lice – eu disse a abraçando, e fazendo uma careta para Travis por cima do ombro dela.

 

-Quanto tempo, garota – a louca disse, me dando um beijo na bochecha – Não nos falamos desde os treze anos...

 

-Nem preciso dizer porque...

 

-É – ela riu – Mas esqueça aquilo. É passado. Não sou mais como antigamente.

 

-Isso é bom – eu sorri, enquanto ela ia falar com a mãe.

 

-Ela não parece tão ruim – disse Travis.

 

-Na frente dos outros ela é um amor, mas sozinhas ela dá cada patada...

 

Travis riu e me abraçou por trás.

 

-Vamos garotos – disse mamãe passando por nós – Sentem-se, é hora do jantar.

 

-Ah, meus deuses – murmurei – Eu não sei usar todos aqueles talheres.

 

-Muito menos eu.

 

Tomamos nosso lugar na mesa, esperando que minha mãe e meu padrasto anunciassem que podíamos comer. Durante todo o discurso dele, fiquei acariciando a mão de Travis por baixo da mesa.

 

-Quero agradecer a presença de todos que puderam estar presentes (...). Este ano, minha filha voltou para casa por alguns dias para podermos comemorar juntos – todos olharam para mim, tive que sorrir.

 

Depois disso, a noite passou voando. Quando vi, Travis e eu estávamos sentados na varanda do meu quarto, olhando as estrelas. Travis estava encostado na parede, e eu estava sentada ao lado dele, e ambos estávamos enrolados em um cobertor grosso.

 

Travis beijava cuidadosamente meu rosto, e aos poucos me aconcheguei em seu colo e adormeci.

 

***

 

Bem, o sonho que tive não foi dos melhores. Como se nós, meio-sangues, pudéssemos ter sonhos agradáveis.

 

Sonhei com a sala dos tronos novamente. Meu pai estava conversando com Poseidon sobre algo que não entendi, quando Hera entrou na sala, exaltada, trazendo consigo Atena nos seus calcanhares.

 

-De novo Zeus? – Hera gritou furiosa.

 

Zeus e Poseidon pararam de conversar, e o Senhor dos Mares se retirou rapidamente da sala, puxando o braço de Atena consigo.

 

-De novo o que, esposa?

 

O rosto de Hera inchou.

 

-Você me traiu – ela acusou, apontando o indicador para o marido.

 

-Você também – ele deu de ombros.

 

-Como você acha que me sinto? – Hera gritou, com lágrimas escorrendo dos olhos – Cada vez que você me traí, cada vez que tem um novo filho semideus? Você é apenas muito machista, Zeus. Por que acha que o traí? Eu queria que você provasse do seu próprio veneno para que uma vez na sua eterna vida percebesse o mal que me causava.

 

Zeus então fez algo que me surpreendeu. Foi até Hera e a abraçou.

 

-Desculpe – ele murmurou – Sei que é errado. Não posso me controlar.

 

-Tente a partir de agora! – ela disse, empurrando o marido para longe de si – Tente! Não é algo impossível. Hades conseguiu.

 

-Não compare nosso irmão comigo – rugiu Zeus.

 

-Pelo menos ele foi fiel ao pacto. Quantos casos teve, Zeus? Além de Thalia e Elle?

 

-Apenas elas.

 

-Não acredito – disse Hera.

 

-Filhas foram apenas elas – corrigiu-se Zeus – Casos foram... seis.

 

-Seis? – gritou Hera – Seis, Zeus? Não posso mais agüentar isso! É demais para mim.

 

-Hera... – começou meu pai, puxando-a pela mão.

 

Então o sonho mudou. Agora eu estava observando Atena e Poseidon conversarem, ou melhor, discutirem. (N/a: Como sempre >.<).

 

-Argh, Poseidon – ela disse, revirando os olhos – Já falei para manter seu filhote das algas longe da minha filha.

 

-Reclame para Afrodite, não para mim – retrucou Poseidon.

 

-Você acha que já não fiz isso?

 

-Sei que já fez – disse Poseidon pensativo – Também não suporto essa idéia, mas se é o que deixa meu filho feliz, não posso fazer nada.

 

-Eu não sei como isso começou...

 

-Eu sei – interrompeu Poseidon – Quando Afrodite deu aquela benção...

 

-Não estou falando disso, idiota! – disse Atena raivosa – Estou falando desde que começamos a nos odiar.

 

-Se estou lembrado – ele bocejou – Foi quando nós nos desafiamos pelo nome da cidade de Atenas.

 

-Poderia pelo mesmo tentar se manter sério? Por que sempre faz isso? Sempre me irrita como se fosse Hades irritando Zeus?

 

-Já me acostumei com suas crises de raiva – disse Poseidon simplesmente.

 

Atena foi para cima dele, provavelmente para lhe dar um tapa, mas o Deus afastou a mão dela e a segurou na parede.

 

-Me solte – a deusa ordenou se debatendo – Não estou brincando Poseidon...

 

Nesse momento, a imagem escureceu e eu acordei.

 

Senti algo tocar minha face.

 

-Travis? – perguntei meio sonolenta.

 

-Não – disse uma voz gentil – Sou eu queria, seu pai.

 

AHN? Pulei da cama, literalmente, quando ouvi Zeus dizer a palavra pai. Fiquei com cara tipo: WTF?, quando o vi sentado do lado da minha cama. Travis havia sumido, apenas eu estava ali com ele.

 

-O que está fazendo aqui? Er, senhor. – perguntei, tentando esconder a confusão. Zeus sorriu com minhas palavras.

 

-Não posso visitar minha filha? – ele perguntou, sorrindo. Tem algo errado aí...

 

-Desculpe – murmurei, mas ele pegou minha mão. Senti um arrepio quando ele fez isso, afinal eu estava conhecendo meu pai, que era um deus.

 

-Preciso de um favor.

 

-Imaginei – eu disse – Er, senhor.

 

-Preciso saber o que você viu. Durante o sono.

 

Abri a boca para dizer algo.

 

-Tudo - ele me cortou.

 

-O senhor discutindo com Hera, depois Atena e Poseidon discutindo.

 

-Apenas isso?

 

-Sim – acenei com a cabeça – Primeiro os dois estavam brigando por causa de Annabeth e Percy. Então ficaram falando porque se odiavam.

 

Zeus ficou quieto.

 

-Obrigada, Elaine.

 

Fiquei vermelha. Ninguém me chamava de Elaine. Ninguém. Mas não ia falar isso na cara do meu pai. O senhor dos Céus, né?!...

 

-Fiquei me perguntando... – ele continuou – Por que quis salvar Katherine Cassidy?

 

-Ela não fez nada, er, pai. A culpa não foi dela.

 

-Claro. A culpa nunca é dos semideuses – ele bufou baixinho.

 

-Mas... – comecei.

 

-Não, Elle. Talvez seja nossa culpa. Os nossos filhos não são culpados de nossos atos, admito, mas Hera fez isso como vingança.

 

-Posso... falar algo? – perguntei acenando com a mão.

 

-Fale.

 

-Acho que, bem... – comecei, desconfortável – Ela quis se vingar porque estava magoada de o senhor a ter traído ela.

 

Achei que ele ficaria zangado comigo, mas apenas deu um sorriso amarelo. Sério, foi... esquisito. Nunca o tinha visto sorrir desse jeito antes. Então o sorriso desapareceu e ele voltou a ter a expressão séria de antes.

 

-Espero que aproveite sua estadia com sua mãe! – e desapareceu, simples assim.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Demorei um pouco mas valeu a pena :)

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