Our Dreams Life escrita por Franny


Capítulo 6
Capítulo 5 - Passeios


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAAAAA !!!! POR FAVOR ME DESCULPEM. Eu sei que demorei para postar mas esse capítulo é tão grande que me dava preguiça de digitar. Desculpem de novo e aproveitem.



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Giulia’ s POV

Acordei com o sol quente batendo em minhas costas. Ontem quando cheguei ao hotel, esqueci de fechar as cortinas. Olhei no relógio e ele marcava que eram oito e meia da manhã. Tinha que levantar da cama antes que voltasse a dormir e acabasse me atrasando.

Segui para o banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, penteei o cabelo e fui ligar para o serviço de quarto do hotel para me mandarem o café da manhã.

Depois de alimentada, fui tomar banho para começar a me arrumar. De banho tomado, segui em direção as minhas malas, que eu ainda não havia desarrumado escolher minha roupa. Hoje estava em clima mais quente, com o céu azul e o sol brilhando, então resolvi pegar uma bermuda jeans colada, uma camiseta meio larguinha da Minnie, um sapato estilo sapatilha, uma bolsa combinando e uma jaqueta jeans, caso esfriasse. (n/a: roupa: http://s3.amazonaws.com/twitpic/photos/full/178314401.jpg?AWSAccessKeyId=0ZRYP5X5F6FSMBCCSE82&Expires=1287252452&Signature=Wi%2B1ssB3xFhMlDH9sB6wRtyth%2FY%3D)

Troquei-me rapidamente e fui arrumar meu cabelo. Decidi deixá-lo preso em um rabo-de-cavalo alto e modelei meus cachos com as mãos. Passei uma maquiagem bem básica e fui pegar minhas coisas para colocar na bolsa.

Logo que terminei de colocar o que precisava dentro da bolsa, recebo uma mensagem no celular. Era uma mensagem do Tom.

Estou na frente do hotel, te esperando

Beijos,

Tom Xxx- “

Peguei minha jaqueta e a bolsa, joguei meu celular dentro dela e saí correndo do meu quarto. Após 15 minutos de espera o elevador chegou. Já no térreo do hotel, saí de dentro do elevador praticamente correndo e segui para a saída. Logo na frente da entrada estava Tom encostado no carro me esperando, com um all star branco nos pés, uma bermuda xadrez, uma camiseta lisa preta de manga curta, que realçava seus recém-adquiridos músculos, óculos escuros e o cabelo bagunçado de um jeito extremamente sexy.

Caminhei até ele, que quando me viu abriu um largo sorriso, e eu, não pude deixar de retribuí-lo. Quando parei em sua frente, ele endireitou-se e se inclinou em minha direção, dando um beijo em minha bochecha.

-Bom dia! – ele disse, ainda sorrindo.

-Bom dia! – respondi do mesmo jeito que ele – Então, aonde vamos primeiro?

-Que tal irmos primeiro ao London Eye e depois nós vamos vendo o que faremos – ele respondeu, abrindo a porta do carro para mim.

-Perfeito! – disse e entrei no carro. Tom deu a volta e entrou do outro lado, deu a partida e seguimos para a nossa primeira parada.

Após muitas risadas, muitos assuntos e muitos metros de caminhada, a hora do almoço chegou, e com isso eu e Tom seguimos para algum restaurante escolhido por ele. No caminho até lá, o celular de Thomas tocou, ele pegou o aparelho e olhou no visor.

-Oi, meu amor – ele disse sorrindo e na hora meu coração parou de bater. Não era possível que ele tinha voltado com a ex depois de ter falado tudo aquilo comigo ontem – Estava com saudade de você – ele disse todo manhoso e logo explodiu em uma gargalhada que me fez pular no banco de susto – Dude, você é muito gay! – OK, eu não estava entendendo nada - Fala logo o que você quer Jones! – Ah certo, ele estava falando com o Danny. Tive uma leve impressão que minhas bochechas estavam ficando levemente vermelhas – Não sei dude, eu estou com a Giu agora... Larga de ser lezado, Danny!... Tá vou perguntar a ela. – ele tirou o telefone da orelha e olhou para mim.

-Danny está perguntando se você quer almoçar com ele e os guys lá na casa dele. Você quer?

-Claro – aceitei prontamente. Ele voltou a falar tudo com o amigo. Segundo o que eles haviam combinado, teríamos uma hora para irmos até a casa do Jones, e eu acredito que sua casa não era tão longe, então virei para o Tom e perguntei:

-Pode parar no meu hotel antes de irmos para lá?

-Claro, mas por quê? – ele me perguntou.

-Preciso trocar de roupa, porque depois nós iremos procurar pela minha casa e a aparência, neste caso, é tudo o que importa. – expliquei.

-Sendo assim, vamos para lá.

Tom parou o carro na porta do hotel e ficou olhando para frente. Encarei-o confusa e perguntei:

-Não vai entrar comigo?

-Achei que você não iria me chamar. Mas mesmo assim prefiro ficar aqui, obrigado. – ele me respondeu com um meio sorriso.

-Ah larga disso, Tom! Vem, suba comigo – disse e saí de dentro do carro. Esperei ele sair para entrar no hotel.

Fomos em direção ao elevador e esperamos. Quando ele chegou, entramos e eu apertei o botão do andar da cobertura. Logo que a porta fechou, ele começou a falar.

-Afinal, seu pai trabalha em que?

-Ele é chef de cozinha. Tem um restaurante conhecido, que tem suas filiais, no Brasil. Ele é muito bom, um ótimo profissional. Só não é conhecido mundialmente porque não quer – eu disso com brilho nos olhos e orgulho na voz. Meu pai era um ídolo para mim.

-Nossa, que legal! – ele disse animado – E você é tão boa quanto ele na cozinha?

-Bom, não sou como ele, mas meu pai me ensinou muitas coisas. Teve algumas que eu aprendi sozinha, mas não me comparo com ele.

-Hmm. Espero um dia experimentar sua comida. Deve ser muito boa.

Depois de dizer isso, Tom sorriu, no me deixando outra escolha a não ser fazer o mesmo. Tenho certeza que além de ter sorrido, fiquei corada. Para me salvar, o elevador abriu e saímos de lá dentro. Ao invés de darmos de cara com um Hall ou coisa parecida, o elevador logo já abria na sala de meu apartamento. Virei-me para Tom e ele estava com os olhos arregalados e com a boca em formato de “O”.

-Bom, eu só vou trocar minha roupa e já volto. Sente-se e fique a vontade. Se quiser mexer na geladeira também, sem problemas. – eu disse e ele me olhou saindo do transe.

-Obrigado – ele me respondeu sorrindo. Retribuí o sorriso e fui para o quarto me trocar decidi colocar uma roupa básica, uma calça jeans meia escura, uma blusa em um tom de rosa meio bebê com a manga três quartos e um laço delicado na gola, um sapato de salto alto da mesma cor da blusa, uma jaqueta marrom simples e uma bolsa quadrada preta (n/a: link da roupa: http://s3.amazonaws.com/twitpic/photos/full/195267406.jpg?AWSAccessKeyId=0ZRYP5X5F6FSMBCCSE82&Expires=1290304116&Signature=ONsC%2BF70Q/%2B6CdacAs93xlMoPEs%3D). Retoquei minha maquiagem e fui encontrar Tom na sala.

Chegando lá, não o achei, então fui procurá-lo pelo resto do apartamento. Encontrei-o na sacada olhando a vista. Desde o dia em que cheguei a Londres, não havia reparado muito nas coisas daquele lugar. Aproximei-me dele e tirei-o de seus pensamentos.

-Linda a vista, não é? – iniciei a conversa.

-Maravilhosa! – ele disse e se virou olhando para mim, sorrindo – Você está linda!

-Obrigada – corei.

-Acho melhor irmos, Danny deve estar ficando impaciente.

-Tudo bem, vamos lá! – disse e saímos do apartamento.

Seguimos até o seu carro e ele foi dirigindo até a casa do amigo. No caminho, tocava alguma música que eu reconheci por ser do Cobra Starship. Não sabia a letra, mas a música era bem divertida e logo me lembrei do nome dela: Hot Mess. Tom cantava animado e batucava no volante. Eu olhei para ele e comecei a rir. Enquanto cantava, ele fazia caras e bocas, encenando o que a letra falava. A música acabou e então nós dois começamos a rir e logo começou uma conversa sobre letras de músicas que durou até chegarmos à frente da casa de Danny. Descemos do carro e seguimos até a porta ainda conversando. Tom pegou na maçaneta e tentou abrir a porta.

-Qual é o problema dessa porta? – Tom perguntou fazendo força com o ombro enquanto tentava abri-la.

-Tom, ela está trancada – Eu disse olhando-o como se fosse um louco.

-Não, não está. O Danny nunca trancou a porta e... – Enquanto Tom ia falando revirei meus olhos e toquei a campainha – Eu to te falando, Giu, não vai adiantar nada tocar a campainha se a porta está emperrada! – Bem na hora que Tom disse isso, ouve um barulho de chaves na parte de dentro da casa e logo depois apareceu um Danny sorridente na porta.

-Oi casal! – Jones disse e eu olhei para Tom com uma cara de “eu te disse!”, ele me ignorou e foi logo entrando na casa, reclamando sem ao menos cumprimentar o dono.

-Porra Jones! O que te deu para trancar a porta? E eu ainda fiquei todo preocupado pensando que você tava trancado dentro de casa e ia morrer de fome! Caralho viu Daniel! – conforme o Fletcher ia se afastando, sua voz ia diminuindo, não dando para entender o que ele falava. Depois de ele ter desaparecido pela sala, eu suponho, Danny olhou para mim e nós dois começamos a rir.

-Esse Tom! – Danny disse – Ah me desculpe. Entra, entra!

-Obrigada, Danny. – respondi entrando na casa.

-Vamos os garotos estão na sala, jogando. – Ele disse e me guiou até a sala. Lá, vi Tom sentado no canto do sofá emburrado.

-Oi, meninos. – Eu os cumprimentei. Harry e Dougie estavam concentrados jogando algumas coisas e nem prestaram atenção em mim. Mas Tom, logo que ouviu minha voz, arregalou os olhos e olhou em minha direção. Veio correndo até mim e segurou minhas mãos.

-Ai Deus, Giu me desculpe! Eu tinha me esquecido de você! Desculpa-me? – Ele disse desesperado, me olhando.

-Credo Tom! O que você tem hoje? Está exagerando em tudo! E muda de humor de repente! Você é bipolar? – ele estava muito estranho. Isso era fato.

-Claro que ele não é bipolar. É sua presença que o deixa nervoso com tudo e todos. – Danny me respondeu rindo, fazendo a mim e a Tom corar.

-Desculpe-me de novo, Giu. Juro que nunca mais vou fazer isso.

-Tudo bem, Tom. Só não perca o controle de novo. Continue sendo o mesmo garotinho pacífico e de bom humor de sempre, OK?

-OK, eu prometo que vou tentar. – ele disse rindo e me abraçando. Tudo o que fiz foi retribuir o abraço e acompanhá-lo rindo.

-Ah que bosta, dude! Você trapaceou! – Harry disse do nada, bravo com Dougie.

-Não, eu não trapaceei! – Dougie disse com a cara espantada e Harry apenas o olhou com um olhar de “uhum, tá, conta outra!”. – Tudo bem, eu trapaceei. Mas era só um jogo!

-Trapacear nunca é bom, mesmo sendo em um jogo. Mostra que você não sabe se virar sozinho, sem trapacear. – eu disse me divertindo com os dois.

-Giu! – eles disseram uníssono e correram em minha direção.

-Olá meninos! – eu disse e eles me abraçaram juntos. Vou ser sincera, estou impressionada com a intimidade deles comigo. Qual é só os conheço há um dia!

-Bom, já que todos já se cumprimentaram, podemos comer? – Danny nos interrompeu.

-Por mim, sim. Estou morrendo de fome. – respondi.

-Ótimo o que vocês vão querer? Comida japonesa ou pizza?

-PIZZA! – Tom, Harry e Dougie disseram ao mesmo tempo.

-Espera aí! Vocês estão zuando, né? – eu disse e eles me olharam confusos – Primeiro, pelo o que eu vi você só comem isso todos os dias, não é? Segundo, pizza não se come no almoço. Terceiro vocês vão engordar para cacete se continuarem assim, aí suas fãs vão lhes abandonar, e eu entro no grupo. E quarto, por que vocês não comem comida caseira? É a melhor que existe!

-Se algum de nós soubesse cozinhar alguma coisa, até que tudo bem. Mas nós não sabemos cozinhar nada que preste.

-Meu Deus! Com vocês ainda estão vivos? Bom, dane-se, vou salvar a vida vocês! Eu cozinho.

-Espera, você cozinha? – Danny me perguntou enquanto eu seguia para a cozinha ver o que eu poderia cozinhar para aqueles garotos sem noção.

-Bom, depende do que você chama de cozinhar. Eu posso tentar fazer alguma coisa que preste se você quiser. Vai ser minha primeira experiência. – Brinquei com ele e Tom começou a rir muito, do jeito que só ele sabe. Danny, Harry e Dougie me olharam espantados e depois olharam para Tom.

-Ela cozinha? Diz que sim! – Dougie perguntou e Tom apenas segurou por um tempo a risada para apenas dar de ombros, mas logo depois começou a rir ainda mais. Ele saiu da cozinha ainda rindo, com os outros três atrás desesperados perguntando se eu sabia mesmo cozinhar. Ri da cozinha os ouvindo conversarem sobre mim. Tom era o único que não estava desesperada por eu ter me oferecido para cozinhar. Já havia contado para ele tudo, e isso parece que era um ótimo motivo para sacanear os amigos.

-Eu já disse que não sei dudes! Vamos deixá-la cozinhar e depois a gente vê se ela é boa. – Tom disse.

-Tudo bem, agora vamos voltar. Não quero deixá-la sozinha lá na cozinha – Danny disse vindo na minha direção com os outros três atrás. Abri a geladeira e procurei alguma coisa que me ajudasse com o almoço. Mas as únicas coisas que achei foi cerveja, pedaços velhos de pizza, leite e garrafas de água e nada mais. Não era para tanto que eles não tinham o que comer.

-Você não vai ao supermercado, não? – perguntei para Danny que estava sentado com os outros na bancada da cozinha.

-Hm, normalmente não. Só para comprar cerveja e outras bebidas. O resto a minha mãe compra quando vem me visitar, ou seja, a cada um mês e meio. – ele me respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-Certo e onde é a dispensa? – perguntei rodando pela cozinha à procura de alguma porta.

-Essa porta à sua direita – ele respondeu apontando para uma porta branca. Fui até ela e abri. A geladeira dele podia não ter nada, mas a dispensa dele era cheia de coisas maravilhosamente gostosas. Comecei a pegar as primeiras coisas que achava pela frente que poderia servir para fazer um prato maravilhoso. Como era muita coisa decidi chamar por ajuda dos meninos.

-Alguém pode me ajudar aqui, por favor? – gritei e 5 segundos depois Tom apareceu do meu lado.

-O que foi? – ele perguntou.

-Pode levar essas coisas para mim para a cozinha e deixar em cima da pia, por favor? – perguntei e ele apenas assentiu com a cabeça. Coloquei as coisas em seus braços e ele seguiu para a cozinha. Dei uma última olhada nas prateleiras para ver se tinha mais alguma coisa “utilizável” e depois fui preparar o almoço. Na cozinha os meninos estavam conversando e quando me viram, calaram-se e seguiam todos meus movimentos com os olhos. Enquanto procurava as panelas, falava com Danny que não tirava os olhos de mim.

-Como você pode ter coisas tão gostosas e nem usá-las? – perguntei quando finalmente achei as panelas que precisava.

-Não sei. Eu não sei o que fazer com elas. – Danny respondeu.

-Bem, meu caro, você não pode viver assim. Está na hora de você arranjar uma garota ou então aprender a cozinhar. Se continuar assim, é capaz de você morrer por comer tanta besteira.

-Ah e você por acaso conhece alguém que possa me tirar dessa vida?

-Na verdade, sim. Mas eu ainda não vou apresentá-la a você – eu disse fazendo suspense.

-Ah Giu, qual é? Vai regular amiga agora é? – Era só falar em mulher que Danny já ficava todo ansioso. Incrível.

-Vou sim. Até você tomar vergonha na cara e deixar de ser galinha. – Eu disse.

-Uhum, claro. E o seu namorado deve ser um cara de sorte para ter uma “cozinheira” com ele não é? – Danny perguntou.

- Eu não tenho namorado. – eu disse um pouco séria demais. – Pode pegar a azeitona e a manteiga para mim, Danny? – Mudei de assunto rapidamente. Danny se levantou da bancada e se dirigiu até a geladeira, pegou o que eu pedi e me entregou. Agradeci com um sorriso e depois todos ficaram em silêncio e eu apenas sentia olhares em minhas costas.

-Vocês vão mesmo ficar me olhando toda hora e sem falar nada? Arranjem alguma coisa para fazer! – eu disse sem olhar para eles.

-Tudo bem, eu vou colocar uma música para nós ouvirmos – Harry disse se levantando e seguindo para a sala ligar o som.

-Bom, eu vou pegar mais cerveja. – Dougie se levantou e foi em direção à geladeira.

-Pega uma para mim? – Tom perguntou – Você quer Giu?

-Aham! – respondi prontamente.

-Eu também quero! – Danny disse. – Eu só não te ajudo dude, porque tenho que ficar vigiando a Giu para ela não colocar fogo na minha cozinha.

-Danny, caramba, eu sei o que eu to fazendo! Relaxa cacete!

-Aqui Giu – Dougie disse me entregando uma garrafa de Heineken.

-Obrigada Dougie. – agradeci a ele sorrindo. Voltei a fazer o que estava fazendo. Algum tempo depois começa a tocar Hey Jude dos Beatles e Tom, Danny, Dougie e Harry, que estava entrando na cozinha, começaram a cantar juntos parecendo um bando de bêbados, o que não deixa de ser verdade. Depois de sete longos minutos de muitas risadas e muitos “na-na-na-nananana Hey Jude!”, todos nós caímos na risada, quase me fazendo perder o ponto da comida.

-Ai meu Deus! Vocês tem muitos problemas! – eu disse ainda rindo e sendo acompanhada pelos garotos – Sempre que eu ouço essa música, lembro de você, Harry.

-Eu? Por quê? – ele perguntou confuso.

-Porque o seu sobrenome me lembra Jude.

-Ah entendi! – ele disse sorrindo.

-Dude, isso está cheirando muito bem! – Dougie disse – Quando a comida sai? Eu to com fome!

-Só mais 10 minutos – eu disse – Por que vocês não arrumam a mesa para comermos?

- Pode ser aqui na bancada mesmo, não é? – Tom perguntou e todos concordaram – OK, eu arrumo tudo.

Tom se levantou e começou a arrumar a mesa, colocando copos, pratos, talheres e mais outras coisas necessárias. A comida ficou pronto e eu desliguei o fogo.

-Meninos, tragam seus pratos e alguém traga o meu também, por favor. – eu disse e eles se levantaram e vieram até mim. Mesmo eu não conhecendo o apetite deles, coloquei uma porção generosa para cada um. Depois de servir a todos e a mim, fui até a bancada onde os meninos estavam sentados comendo a comida com os olhos.

-É apenas um macarrão com molho vermelho normal, com um pouco de bacon, azeitona e manjericão. Eu fazia muito isso lá em casa quando estava sozinha. – eu disse explicando - Vocês vão mesmo só ficar olhando? Comam!

-Cara isso daqui tá muito bom! – Harry disse logo depois de comer a primeira garfada. Os outros nem falaram, só comeram como se estivessem seis meses sem comer.

-Que bom que gostaram. Da próxima vez, vou fazer uma comida brasileira para vocês experimentarem. – eu disse feliz por eles terem gostado da minha comida. Assim que o macarrão foi aprovado por eles ataquei meu prato, estava morrendo de fome.

Depois de termos acabado com o macarrão, fomos até a sala conversar. No sofá sentamos eu e Danny, Tom estava no chão e Harry e Dougie sentaram nas poltronas

-Poxa, fazia muito tempo que eu não comia assim tão bem! – Tom disse deitado no chão todo esparramado.

-Concordo. Seu marido é um cara de sorte! – Danny disse fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.

-Como você sabe se eu ainda não conheci o cara para ficar comigo pelo resto da minha vida? – eu perguntei brincando com ele.

-E se você já não o conheceu, mas ainda não percebeu? – Tom retrucou.

- Eu acho que não – respondi.

-E agora o que vamos fazer? – Dougie perguntou mudando de assunto.

-Não sei o que querem fazer? – Tom perguntou.

-Não sei – respondemos juntos. Enquanto pensávamos no que fazer, começa a tocar Silence is a Scary Sound e eu arregalo os olhos assustada e digo:

-Puta merda, Mariana! – saí correndo deixando quatro garotos na sala e fui procurar minha bolsa para atender meu celular. Quando a achei peguei meu celular e gritei por ser quem eu estava pensando que era e os meninos correram até onde eu estava assustados, eu ri e atendi o celular.

-Hey, my love! – eu disse sob quatro pares de olhos – Ai, eu tava com tanta saudade de você!

-Eu também, Giu! Tava morrendo de saudades suas. – Mariana me respondeu do outro lado da linha. Nessa hora eu já tinha começado a falar português com ela.

-Desculpa não ter te ligado ontem, mas é que eu cheguei cansada e dormi tanto que só acordei hoje de manhã. – tive que mentir para ela. Não podia contar que tinha encontrado o McFly. O que eu falaria? “Ah, então Mars, eu não te liguei ontem porque eu tava em um Pub com o McFly. Você me desculpa?”. Claro que eu não falaria isso, eu não tenho tantos problemas mentais assim.

-Relaxa amor! Eu sabia que você não ia ligar ontem. Mas então como estão as coisas ai?

-Bom, agora eu to descansando, acabei de almoçar. Hoje eu acordei super cedo e fui conhecer a cidade. Aí depois eu voltei aqui para o hotel e daqui a pouco eu vou à procura da minha casa.

-Uau, que dia, hein! Que inveja! Queria estar aí com você. – eu sei que ela estava fazendo de tudo para ficar feliz por mim, Mas a voz dela me parecia triste e a ponto de chorar.

-Eu sei amor. Um dia você vai estar aqui do meu lado, se divertindo. – tentei animá-la.

-Tomara. Bem, tenho que desligar. Minha mão está querendo alguma coisa.

-Tudo bem, vai lá! Eu te ligo mais tarde – queria tanto continuar conversando com ela. Mas, quanto mais eu demorar, mais tempo demoraria em resolver tudo o que precisava e tê-la aqui do meu lado.

-OK, vou ficar esperando. Tchau Giu, te amo. Muito. Para sempre. – ela se despediu.

-Também te amo muito, nunca se esqueça disso. – me despedi e desliguei o telefone. Não pude segurar e uma lágrima caiu de meus olhos. Virei-me para os meninos, que estavam com uma cara de quem não estava entendendo nada, e quando me olharam chorando, vieram correndo e me abraçaram, todos juntos, o que me fez chorar ainda mais. Depois de um tempo abraçados, nos separamos e eu forcei um sorriso para eles.

-Você está bem? – Dougie me perguntou.

-Estou. – respondi apenas isso. Não conseguia falar mais nada.

-Quem era no telefone? – Harry perguntou.

-Era... uma pessoa que eu considero como uma irmã. Minha melhor amiga. Aquela que esteve ao meu lado desde os três anos de idade. – só de pensar nela a saudade vinha, fazendo meus olhos marejarem.

-Nossa! Vocês praticamente nasceram juntas. Isso é muito legal! – Danny disse.

-É mesmo, muito legal. – eu disse segurando as lágrimas.

-Olha não fica assim. – Tom disse secando uma lágrima que tinha escapado. – Vamos esquecer isso! O que você quer fazer?

-É... Será que... Hm... Vocês poderiam... Tocar para mim?

-Claro! Vem vamos para o estúdio. – Tom disse e saiu me puxando até uma porta que ficava em baixo da escada. (n/a: coloquem para carregar: http://www.youtube.com/watch?v=me-l1XqdSB8)

-Eu achei que você tinha mentido para mim em relação a ter um namorado. Achei que era ele no telefone. – Danny disse atrás de mim.

-Ah claro, Danny! Você não sabia? Eu sou lésbica! – eu disse tirando uma com a cara dele, que só arregalou os olhos e abriu a boca. – Mas tinha que ser Jones mesmo! Eu to brincando, sua mula!

-Ah, como eu ia saber? Você estava falando em português. Eu acho que era português.

-É, até porque, Mariana é nome de homem mesmo.

-E eu ia saber disso? Eu não sei português!

-Tudo bem Danny! O que importa é que eu NÃO SOU lésbica, OK?

-Tá! Vamos logo tocar. – Danny disse colocando a guitarra no ombro – Qual música você quer?

-Qualquer uma. Podem escolher. – eu disse sorrindo e sentando em uma cadeira que estava lá. Os quarto pensaram e depois Tom chamou os amigos e disse alguma coisa em seus ouvidos. Harry, Dougie e Danny concordaram e se posicionaram para começarem a tocar. Depois de tudo arrumado, Harry contou quatro tempos com a baqueta e Danny começou a cantar e tocar, com o resto seguindo. (n/a: coloquem a música)

Well I met this girl, just the other day,
I hope I don't regret, the things that I said now
and when we're laughing, joking with each other now,

I'm glad I met this girl
She didn't walk away,
I think she was impressed and was having a good time,
And when we're laughing, joking with each other,
Spending all our time together.

Tom cantava sua parte olhando para mim. E tudo o que eu fazia era olhá-lo de volta. Parecia que ele tinha me hipnotizado com aqueles seus olhos doces. Pelo o que seu olhar expressava, parecia que ele queria dizer alguma coisa para mim com aquela música.

When she walks in the room my heart goes boom!
Ba ba ba ba ba da ba,

When she walks in the room my heart goes boom!
Ba ba ba ba ba da ba,

I tried to take her home but she said:
"You're no good for me!"

She's got a pretty face, such a lovely name,
I don't want my friends to see,
They might take her away from me,
She's one I won't forget, in a long long long time,
Now i really want the world to see,
That she is the one for me.

When she walks in the room my heart goes boom,
Ba ba ba ba ba da ba

When she walks in the room my heart goes boom, [yeah on x2]
Ba ba ba ba ba da ba

I tried to take her home but she said:
"You're no good for me!"

The first time that I saw her she stole my heart,
And if we were together, nothing could tear us apart.

Quando eles chegaram ao fim da música, a cena não havia mudado. Tom ainda catava olhando para mim, eu hipnotizada por seus olhos e os outros nem reparando em nós, pelo menos eu acho que não. Nos últimos acordes, consegui quebrar o contato com o Tom e olhei sorrindo com os olhos brilhando para aqueles caras na minha frente que, em minha opinião, ninguém podia ser igual. Eles são únicos e vão continuar sendo até o mundo acabar.

-Amei guys! Sério como fã, estou surtando por dentro. Mas como eu sei me controlar e eu não quero assustar vocês, vou apenas dizer que amei e ficar pulando por dentro – eu disse me levantando da cadeira com o coração a mil por hora e, creio eu, com os olhos brilhando intensamente. Os meninos riram e eu os acompanhei.

-Que bom que gostou Giu! – Tom disse.

-É, mas, por favor, não surte. Estamos acostumados com as fãs enlouquecendo, mas não é todo dia que alguma fã tem o prazer de nos ouvir tocar somente para ela. – Danny disse se gabando e ao mesmo tempo com a expressão aterrorizada, esperando pela minha reação.

-Fique tranquilo, Danny. Eu sou bem controlada. – disse ao garoto sorrindo e depois olhei em meu celular. Vi que ele marcava 3 da tarde. O tempo havia passado muito rápido. Lembrei do que havia combinado com o Tom e logo tratei de lembrá-lo.

-Hey Tom, temos que ir. Preciso arranjar uma casa. – eu disse.

-Tem razão, vamos. – Tom largou seu instrumento em seu lugar e veio para o meu lado. – Dudes, temos que ir.

-Por quê? Aonde vocês vão? – Harry perguntou.

-Vamos a uma agência imobiliária. Eu vou ajudar a Giu a procurar uma casa.

-Ah tudo bem então. – Dougie disse desanimado.

-Vocês tem que fazer isso hoje? Não pode ser amanhã? – Harry suplicou.

-Não dá Harry. Eu preciso disso para colocar a minha idéia em prática. – respondi.

-Que idéia? – os quatro perguntaram juntos. É pelo visto tinha falado mais do que devia.

-Bom eu vou contar para vocês – eles se animaram – Mas só depois que eu arrumar o que preciso.

-Tudo bem então. – Danny disse.

-Vamos Giu. – Tom disse me guiando para fora com os outros três nos seguindo.

-Hey Tom! – Danny gritou quando estávamos entrando no carro. – Vai naquela imobiliária que você comprou sua casa.

Tom apenas assentiu com a cabeça e entrou no carro. Eu abaixei o vidro do carro e acenei para os três garotos parados na porta. Eles retribuíram e logo Tom arrancou com o carro, seguindo para a imobiliária.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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