Memórias Póstumas escrita por dona-isa


Capítulo 41
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...Provavelmente com o intuito de me conhecer, e então fiz questão de te monitorar, afinal, o que são algumas aulas de estudo em mecatrônica, não é? Criei um pequeno aparelho modificador de voz e me fiz passar por meu pai, usando sua identificação na policia, e mandei Susan e Geremy o vigiarem, com o pretexto de você ser o Killer, funcionou por um certo tempo, você até foi preso, mas infelizmente não por muito tempo, mas continuei me passando por meu pai, e ainda os contratando, mandando-os prosseguirem com as investigações, e indiretamente, eu possuía todos os detalhes de investigações, principalmente o que você compartilhava com Susan e Geremy, eu sabia de tudo o que você pretendia fazer, mas não era o bastante, você ainda era muito cauteloso e não confiara totalmente em meus agentes...
- Não nos chame de seus agentes! Fomos contratados pelo seu pai, seu molequinho! - Geremy gritou.
Susan tinha as feições torcidas em dor, se sentindo culpada.
- Quando soube que Sarah tinha tido contato direto com você, tratei de dar ordens expressas pra que ela acabasse logo com sua raça, ou eu mesmo o faria, quando soube de sua visita, liguei para seu celular, se ela atendesse, eu iria matá-lo, se ela desligasse, era sinal de que ela já tinha dado um jeito em você - ele se virou, agora fuzilando Sarah com o olhar - Já que ela já tinha visto seu nome desde a primeira vez que o viu, então isso já não era um problema pra mim.
- Ele chegou - Gevanni sussurrou para Near.
- Parece que alguém veio lhe visitar - Near murmurou.
Soichiro permaneceu imóvel, de costas, sem fazer um ruído sequer.
- On-on-onde está ele? - Matsuda entrou pela grande porta central, os olhos vermelhos e irritados.
- Por favor, se acalme senhor Matsuda - Near murmurou, Soichiro ainda se mantinha imóvel, sem sequer olhar para o pai que acabara de chegar.
- Meu...Filho... - Matsuda caiu no chão de joelhos.
Soichiro franze os lábios, reprimindo lágrimas que caiam pelas maçãs do rosto.
- Ele é só uma criança - Halle sussurrou.
Soichiro se virou devagar, cerrando os punhos ao lado do corpo.
- Seu moleque malcriado!!! - Matsuda avançou abruptamente em cima de Soichiro, levantando a mão bem alto, Soichiro se encolheu e fechou os olhos, esperando a dor.
- ME SOLTEM! ME SOLTEM! AHHH - Matsuda gritava desesperadamente, se debatendo nos braços de Geremy e Gevanni.
- Você precisa se controlar, Matsuda.
- NÃO! - ele esganiçou um choro sofrido, se rendendo aos poucos nos braços deles, relaxando os ombros, e soltando as feições derrotadas - Ele...Precisa de umas palmadas! Uma coisa que eu nunca fui capaz de fazer, agora é mais que na hora dele ganhar...
Matsuda deslizou pelos braços dos agentes, caindo derrotado no chão.
- Me-me-me des-culpe, pai, me desculpe papai...
Matsuda se levantou, ameaçando novamente acertar um tapa em Soichiro, mas hesitou, abaixando o braço novamente.
- Você podia fazer qualquer coisa...Qualquer coisa, se me roubasse, se me batesse, se me matasse...Nada seria tão desgostoso para um pai - Matsuda levantou os olhos vermelhos, irritados pelas lágrimas que caíam incessantemente - Eu enchia meu peito de orgulho toda vez que falava de você, Soichiro, eu esperava qualquer coisa, mas nenhum golpe seria mais doloroso do que você seguir o mesmo rumo que seu tio, nenhum golpe seria mais doloroso que isso...
Soichiro fechou os olhos com força, Near observou o shinigami enrijecer-se, ficando imóvel.
- Me desculpe pai - ele sussurrou - POR FAVOR! Me desculpe.
Matsuda se levantou devagar, limpando as lágrimas com a manga da blusa.
- O que vai acontecer com ele, Near? - Matsuda murmurou, sem olhar pra Near, com os olhos presos nos olhos de Soichiro.
- Bem, ele irá passar algum tempo em uma clínica psiquiátrica infantil por seis meses, mas se você quiser o tempo pode ser encurtado pra três.
- Não! Eu faço questão que sejam os seis meses.
Soichiro arregalou os olhos, assustado.
- Mas pai...
- Filho, por eu te amar tanto, mais até que minha própria vida, eu faço isso.
- Tudo bem então - Near concordou dando de ombros, deixando claro sua indiferença sobre a decisão de Matsuda.
- Preste atenção - o shinigami puxou Soichiro pelo ombro.
- Hã? O que? - sussurrou Matsuda, confuso, vendo o filho ser puxado por nada.
- O que? - Soichiro sussurrou, Near estalou os olhos, ficando imóvel e tenso.
- Soichiro Matsuda! Com quem você está falando? - Matsuda gritou impaciente.
O shinigami ficou atrás de Soichiro, o virando pelo ombro, pra que ele ficasse de frente pra Near.
- Agora você tem tudo nas mãos - o shinigami deslizou um braço por debaixo de uma das mãos de Soichiro lhe entregando um papel amassado, e na outra um pedaço de carvão - Você já sabe o nome dele, não lhe falta mais nada, você tem literalmente a faca e o queijo na mão - o shinigami se aproximava aos poucos, se curvando exibindo uma coluna vertebral grotesca, que parecia se quebrar com facilidade.
- SOICHIRO! Me diga agora o que está fazendo.
Near estreitou os olhos, paralisado.
- Near? Você não vai tentar impedir? - Gevanni gritou indignado.
Near mal piscava.
- Near! - Matsuda engasgou ao gritar - Me passe este caderno maldito, agora!
Near continuou imóvel, Gevanni se aproximou abruptamente, tomando o caderno da mão de Near, sem que ele fizesse ação alguma pra impedir, permanecendo estático.
Gevanni joga o caderno pra Matsuda que o pega com as duas mãos.
Mas eles não faziam idéia alguma do que se passava na mente de Near, na mente desolada que estava em transe.
 
"Era dia, mais necessariamente no meio do dia, o Sol estava alto, e eu ainda queria aproveitar o momento..."
Raito Yagami, colocava uma pistola nas mãos de Misa, Raito Yagami colocava o papel de Death Note nas mãos de Soichiro, Raito Yagami convencia Misa á me matar, Raito Yagami convencia Soichiro à me matar, Raito Yagami tinha uma arma em mãos, eu não tinha nada, minha dama me observava com olhos molhados de lágrimas, ora com cabelos loiros, uma franja desfiada acima dos olhos, ora cabelos castanhos, uma franja mais lonha e caída de lado na metade da testa de porcelana, a boca rosada estava entreaberta, respirando acelerado, trêmulos, me fitando desesperada...
Era noite, mais necessariamente no meio da noite, a Lua brilhava numa luz prateada, e eu ainda queria aproveitar o momento..."

- Near!! - Gevanni e Halle gritaram em uníssono.
Matsuda gritava enfurecido, saltando sobre o shinigami imenso, o afastando de Soichiro, que segurava a folha de papel, tremendo intensamente, aproximando aos poucos o pedaço de carvão do pedaço de papel, pedaço de papel de um verdadeiro Death Note.

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