Purple Butterflies escrita por Yuuho


Capítulo 3
Capítulo 2




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Anoiteceu. Lílian e o Pato pararam em uma clareira próxima a um rio a fim de acampar. A lua estava cheia, o que aguçava os instintos de Lil. Ela deu a desculpa de ir buscar água para afastar-se do Pato, e quando sentiu-se segura tirou o objeto do bolso. Era redondo e pequeno, do tamanho de uma moeda. Parecia uma caixinha, e em sua tampa tinha um símbolo estarnho, mas familiar a ela. Apressadamente ela levantou sua blusa e deu uma olhada em sua marca de nascença. O símbolo que havia na pétala caída era idêntico ao objeto. Como é que pode? Qual será a conexão de ambos? Talvez a resposta estivesse dentro da caixinha. Lílian segurou-a com as duas mãos, pronta para puxar a tampa e...

— Lílian!

— *Leva um baita susto, mas apressa-se e esconde o objeto novamente no bolso* Q...que foi, Pato-Sensei?

— *Aparece do meio dos arbustos e aproxima-se dela* Que demora, quac! Aconteceu alguma coisa?

— N-não, ué...Eu só estava admirando a lua, o senhor sabe como fico em noites como essa. n_n"

— Hunm, é fato. Mas é melhor que faça isso no acampamento. Depois daquela cena de hoje, fiquei com um mau pressentimento...

— Do que está falando, Sensei?

— Não é nada, minha menina. Pegue logo a água e volte, já está tarde.

— Sim, senhor.

Já deitada em seu saco de dormir, Lílian não tinha sono algum. Sua cabeça estava lotada de perguntas, mas nenhuma resposta. Tinha vontade de perguntar ao Pato, mas sabia que não podia. Devia haver um motivo para aquele homem entrager o objeto somente a ela. Além disso, toda a sua vida perguntara ao Pato sobre o significado do símbolo em sua marca de nascença e ele nunca lhe dera uma resposta. E ele a protegia demais. Sabia que não era por mal, mas ela já era grandinha, sabia se cuidar. Desejou ardentemente poder encontrar-se com seus pais, mas sabia que não podia. Eles, junto com seu irmão gêmeo, sumiram já anos, e ela nunca mais teve notícias.

"Humanos e criaturas mágicas não são mais aliados", ele disse. Guerra? Profecia? O que diabos estava acontecendo? Ela era uma criatura mágica, mas nunca teve nada contra os humanos. Gostava deles, até. Apesar de não poder se aproximar. Uma vez um humanoa dulto vira seu rosto quando ela era criança, e quis levá-la com ele. Queria fazer coisas ruins com ela. O Pato-Sensei o chamara de pedófilo, mas ela sabia que ele estava sob o efeito da maldição que ela carregava. E ela nunca o culpou.

Fechou os olhos e finalmente adormeceu. Um sono pertubado, agoniante. Começou a sonhar com uma floresta enorme, em chamas. De dentro da floresta ouvia-se gritos aterrorizados. A fumaça no céu tomava a forma de um rosto, que olhava para aquela desgraça e fazia cara de gosto. Pelo campo à frente da floresta via-se corpos, e no centro havia uma grande cruz de madeira. Pendurada nela havia uma pessoa, comas mãos e os pés perfurados, além de uma espada enfiada em seu abdômen. A princípio ela não reconheceu o rosto daquela pessoa, mas ao aproximar-se viu ela mesma. E aí tudo ficou preto.

— *Levanta-se bruscamente, soltando um grito*

— *Acorda com o barulho e olha para a garota* Lil? O que houve, quac?

— *Molhada de suor* Ai, Sensei...foi só um pesadelo.

— Sério? Não quer contar o que aconteceu?

— Até que eu gostaria, mas...Não consigo me lembrar de nada.

— Estranho...

— Mas tudo bem. Vou ali tomar um banho no rio, e aí a gente pode voltar à viagem.

— Tudo bem, quac. Cuidado para que ninguém a veja.

Lílian levantou-se de seu saco de dormir, pegou sua bolsa e foi em direção ao rio. Tentava insistentemente lembrar-se do seu sonhos, mas não conseguia. Só lembrava que tinha ficado muito, muito aterrorizada. Chegou ao rio e despiu-se, sem notar que havia algo estranho dentro d\'água.

Lavava-se tranquilamente, quando ouviu um estranho borbulhar vindo da água, atrás dela. Virou-se devagar, pegando um pedaço de madeira que boiava por ali. De repente, algo pulou de dentro d\'água, o que deu um susto em Lílian e a fez começar a bater com a madeira nesse "algo".

— Aii! Pára, pára! ><"

— *Pára de bater*...hã?

— Tá doido?! Poderia ter me matado!! *falando com uma rocha*

— Err...eu estou aqui. o_o *acenando*

— Ah, claro. Desculpe-me. *Começa a tatear a água atrás da dona da voz, e acaba por apertar um seio da Lílian* Hum, macio...

— *Dá outra paulada na cabeça dele* O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!?!

— Ahahah, desculpe, é porque eu não enchergo. n_n\' *Com uma mão na parte de trás da cabeça, tentando estancar o sangramento. *

— É o quê...?

— É que eu sou cego.

— Ai, me desculpe. Tudo bem?

— Olha, garota, não precisa ter pena de mim por causa disso. Não preciso de compaixão. E é melhor se vestir. Posso não enchergar, mas deu pra notar que você tá sem roupa depois de apertar o seu...

— Idiota! *saindo do rio e recolhendo suas coisas* O que você tá fazendo sozinho em um lugar desses, afinal?!

— Ah, eu estou perdido. Onde estamos, aliás?

— No meio da floresta do norte. *indo para trás de uma árvore para se vestir*

— Nossa...Longe!

— Daonde cê é?

— Do Reino de Ascot.

— Caramba! Como veio parar aqui? *Termina de se vestir*

— É uma longa história...Ei, vai me ajudar aqui ou não?! *Tentando sair do rio*

— Ah, claro...

— E você, o que está fazendo aqui sozinha?

— Eu não estou sozinha, estou com o meu Sensei. Ele está me esperando no acampamento. *Ajuda-o a sair da água*

— Bem, obrigado. Acho melhor ir andando.

— Hã? Vai sozinho?

— Claro, né? Acha que não sei me virar?! *Tropeça em uma pedra e cai de cara no chão*

— É, acho que não. *Risadas*. Vem comigo, você deve estar com fome. *Pega na mão dele e ajuda-o a se levantar. * A propósito, meu nome é Lílian, e o seu?

— *Levanta-se e deixa-se guiar por ela.* Taka...

— Muito prazer!

Lílian e Taka chegam ao acampamento, aparentemente vazio. Lil pensou que provavelmente o Pato tenha ido pegar comida, mas voltaria logo. Ajudou Taka a sentar-se e deu-lhe comida e água. Enquanto este comia silenciosamente, ela pôde observá-lo melhor e percebeu como era boniyo. Yinah cabelo preto e bagunçado, caído aos olhos. Seus olhos eram prateados e seu olhar vazio. Devia ter uns 17 ou 18 anos. Era o primeiro humano que ela podia mostrar seu rosto sem medo, e isso causava uma estranha sensação nela. Sentia-se feliz, e um enorme sorriso brotou em seu rosto. Aliviou-se por ele não poder vê-la com essa cara boba.  Teve vontade de lhe fazer inúmeras perguntas, mas logo desistiu. Ele pareceu desconfortável quando ela lhe perguntou como parara ali.

De repente um barulho estranho ecoa na floresta, e logo em seguida Lílian ouve alguém gritar seu nome. Ela levantou-se bruscamente, já desembainhando sua espada, Nagareboshi, e ficando em posição de combate. Taka também assistou-se, e parou de comer de imediato.

— Taka, esconda-se!

— Mas o que você vai fazer?

— Não se preocupe comigo, vou ficar bem. *Ajuda-o a se esconder dentro de um troco oco de uma árvore.* Não saia daqui.

— Mas...

— E nem um piu!

Lílian afastou-se do acampamento, certa de que Taka estaria seguro ali, e foi em diração à origem do barulho. Ao chegar lá, viu seu Sensei lutar em desvantagem contra um grupo de cinco centauros armados de espadas e acor-e-flechas, e arrependeu-se por ter entregado os seus ao pato. Ela pensou em uma menira de agir rápido, e teve uma idéia. Lançou uma esfera de energia a um lugar distante a ela, para chamar a atenção deles. Quando eles pararam de atacar o pato, ela avançou e lançou mais uma esfera, só que em direção aos centauros. Eles foram pegos de surpresa, e dosi deles foram atingidos. Os outros três olharam para ela, e fizeram uma cara muito estranha. Opa. Ela esqueceu de pôr o capuz. os três avançaram para cima dela, com todas as intenções menos de atacá-la. Ela também saiu correndo, e a cena seguinte era a dos quatro correndo em círculos, Lil com uma  cara desesperada e os centauros de cara boba.

— Lil, as palavras!

— Pato-Sensei, acho que não consigo me concentrar o suficiente para lançar essa magia! \\@_@/

— Pois então faça algo, quac!

— *Pula em cima do galho de uma árvore, sem fôlego. Olha para os três abaixo, junta as mãos em forma de concha e concentra-se* IN SOMNIO SEPTA!

Os três centauros, antes tão agitados, adormecem e caem ao chão, um por cima do outro. Lílian pulou da árvore e ela e o Pato afastaram-se com pressa do local, antes que despertassem. A magia de Lil ainda não era 100% segura.

— O que foi aquilo, Pato-Sensei?!

— Não faço idéia, menina. Parece que estavam atrás de alguém, e acharam que eu sabia de seu paradeiro.

— Mas os centauros não são agressivos dessa forma! Até onde eu sei, eles são da paz.

— Foi isso que achei mais estranho, quac.

Chegaram ao acampamento, E Lílian foi logo ao tronco atrás de Taka.

— Ah, Pato-Sensei! Um garoto apareceu do nada, e eu o escondi aqui enquanto ia ajudar o s...*olha para dentro do tronco*...Taka?!

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