Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 6
5 - Facadas


Notas iniciais do capítulo

O QUE VAI TER DE GENTE ME MATANDO NESSE CAPÍTULO... :(
CALMA, pelo amor de Deus! Sem estresse, sem armas, sem choros, sem facas qqq não briguem comigo, está tudo bem!
Leiam e vocês vão entender!



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 Gustav preferiu pedir pizza. Quando estávamos comendo e conversando – quando Andressa começava a dizer alguma coisa relacionada ao meu passado, Gustav a repreendia com o olhar -, a campinha tocou.

 Gustav se levantou para atender, e três garotos entraram. O primeiro, de moicano, maquiagem e tão bonito que me quase senti humilhada, abraçou Mandy, e imaginei que seria Bill. O segundo, com roupas largas, tranças e coçando certos lugares de seu corpo, beijou o pescoço de Andressa, e a deixou vermelha. O terceiro tinha olhos verdes lindos, cabelos lisos e se vestia de modo parecido com Gustav, tinha uma presença sedutora, e por pouco, eu não suspirei.

 Quando eles me viram, pararam e me observaram cautelosos. Gustav fechou a porta, e os olhou, como se pedisse que se acalmassem.

 O segundo garoto, que pensei ser Tom, me olhava de um modo divertido. O terceiro, parecia feliz em ver. Agora o que mais me intrigou foi Bill. Ele me olhava de um jeito estranho... Parecia medo.

 Quando o encarei por mais de 2 segundos, ele desviou os olhos para o teto, e pude ver seus lábios tremerem discretamente. Sim, ele estava com medo de mim. Eu só não sabia por quê.

 Eles se sentaram, e Tom começou a atacar a pizza. Gustav pigarreou e começou:

 - Becky, esses são Bill, Tom e Georg. São da banda.

 Sorri timidamente, ainda frustrada por não saber por que Bill tinha medo de mim. Mas parece que foi só penar, e eu senti uma tontura, e tive que fechar os olhos e agarrar as bordas da mesa.

 

 Quando o show terminou, fui até o camarim de Bill. Bati na porta duas vezes, e entrei, sorrindo. Nathalie estava sentada em um canto lendo uma revista, e revirou os olhos ao me ver. Bill sorriu caloroso, mas eu levantei uma mão para impedi-lo de falar.

 Com a mão no bolso do casaco, apertei o bilhete e o tirei, colocando na mesa a frente de Bill. Olhei para Nathalie pelo canto do olho, para que ele pensasse que eu não queria falar na frente dela.

 Sorri mais uma vez e saí do camarim, fechando a porta com cuidado. Percebi que meu celular vibrava de novo. Bufei impaciente e o tirei do bolso. Drake. Ele estava impaciente, queria que eu fizesse meu serviço logo. E eu não iria decepcioná-lo.

 Onde você está? Porque não atende essa droga de celular? Já terminou? Fez tudo direitinho?

 Fechei o celular com força, ignorando a mensagem de Drake, e fui até o beco escuro ao lado da casa de shows onde estávamos, onde Bill sabia que eu estaria.

 Quando estava passando pelo camarim de Gustav, ele saiu, sem camisa e suado e me abraçou com força. Apesar de todo aquele suor, eu gostei e o abracei também.

 - Gostou do show?- Ele perguntou, beijando meu rosto.

 - Adorei, você foi demais, como sempre, Gust.- Ele se afastou e sorriu, aquele sorriso que dificilmente aparecia, e que eu sabia que só eu o fazia sorrir daquele jeito.

 - Tenho que tomar banho... Me espera?

 - Claro que sim! E tenho uma surpresa pra você depois.- Forcei meus músculos a sorrirem maliciosamente, mesmo com o coração apertado. Eu sabia que depois que eu fizesse o que estava prestes a fazer, eu nunca mais o veria. Pelo menos não feliz comigo, e sim... Chateado.

 Com um arrepio, soltei-o e correu para o camarim novamente. Deixei meus ombros caírem, mas tive de me recompor.

 Afinal, ou era o Bill ou era eu.

 E eu escolhi o Bill.

 Renovando minha coragem, me dirigi até o beco escuro. Não havia mais fãs, todos já haviam ido embora. Esperei Bill por alguns minutos, sentindo a lâmina afiada e gelada da faca apertada contra o meu peito. Ouvi passos e me preparei. Peguei a faca com cuidado e a escondi em minhas mãos nas costas. Bill surgiu, com a expressão preocupada.

 - Becky... O que foi? Você estava séria, não quis falar na frente da Nathalie... O que foi?

 Abri os braços e ele veio me abraçar. Com a faca guardada na manga da blusa, a puxei com cuidado, e respirei fundo. Fechando os olhos, apunhalei Bill e o vi gritar de dor. Ele me soltou, me olhando assustado, tentando entender porque eu havia feito aquilo.

 Puxei a faca com força e ele deu mais um grito. Vi o sangue escorrendo da lâmina para as minhas mãos e finalmente pude entender porque Drake gostava tanto de matar. Era bom.

 Sorri maleficamente, a sensação de poder correndo pelas minhas veias, e vi Bill caindo no chão, com as mãos nas costas, o sangue agora caindo.

 Mas não foi o suficiente. Ele não morreria muito rápido. Ele poderia muito bem se levantar e sair correndo. Mas eu sabia que ele não faria isso, Bill é muito frágil.

 Aproximei-me dele e o puxei violentamente, com a mão no mesmo lugar da facada. Levantei a faca e, perto do estômago, o apunhalei três vezes. Sempre que eu colocava a faca, eu girava, e a puxava com força.

 Bill começou a vomitar e eu me afastei para não me atingir. Voltei novamente para dar uma última facada, quando ouvi um grito. Amanda estava parada na entrada do beco, completamente estática. Depois, Gustav apareceu e me olhou com aquela expressão que eu não queria ver.

 - Becky...

 E tudo começou a ficar escuro...

 

 Abri os olhos e a primeira coisa que vi foram os olhos de Gustav, preocupados. Depois senti um tapa no meu rosto e virei a cabeça. Todos estavam em volta de mim, preocupados. Voltei meu olhar para Gustav, que sorria, tentando me tranqüilizar.

 Me levante. Eu estava no chão, com a cabeça apoiada no colo de Gustav. Olhei para Bill e senti meu coração se apertar. Depois, vi Amanda, e não consegui aguentar. Senti meu nariz ficando irritado, meus olhos se embaçando e compreendi que estava prestes a chorar.

 Levantei, e sem olhar para trás, corri para o quarto. Fechei a porta e me encolhi no chão em um canto. Quando percebi, já estava chorando compulsivamente.

 Eu estava com medo de mim. Com nojo de mim mesma. Eu queria poder sair do meu próprio corpo e se afastar, fugir para bem longe, sem culpa. Eu não acreditava que eu havia feito isso ao Bill.

 Alguns minutos depois, Gustav entrou e parou na porta, me observando. Eu não o olhei, apenas continuei parada, chorando. Ele fechou a porta e se sentou ao meu lado. Tentei me controlar, mas não consegui e o abracei muito forte. Na mesma hora, ele passou os braços pela minha cintura, e me puxou para mais perto, de modo que, quando percebi, estava sentada em seu colo.

 Gustav não falou nada. Apenas me abraçou forte, alisou meu cabelo e me deixou chorar. Ele nem ao menos afrouxou o aperto um segundo sequer.

 Após algum tempo, que me pareceu ser uma eternidade, parei de chorar. Quando Gustav viu que eu melhorei, me afastou para poder olhar pra mim. Sua camisa estava ensopada com as lágrimas. Ele colocou meu rosto entre suas mãos, de modo que eu pudesse olhar somente pra ele. Ele estava preocupado, curioso, mas acho que, ao mesmo tempo, estava gostando da nossa proximidade.

 - Becky, você quer me contar agora o que aconteceu?- Ele perguntou, enfatizando o agora, para que eu soubesse que cedo ou tarde, eu teria de contar.

 - Eu tive outra lembrança. E foi horrível. Aliás, foram duas lembranças hoje, Gustav.- Solucei. Meus olhos pareceram queimar por um instante, depois mais uma lágrima desceu.

 - Me conte. Primeiro a que te deixou assim. Depois a outra.

 Contei à ele. Ele não pareceu ficar impressionado, mas ficava mais triste a cada vez que eu parava porque não conseguia parar de chorar.

 - Becky, não se preocupe mais com isso. Nada aconteceu a você, todos nós ficamos tão chocados que não tivemos coragem de te denunciar. Mesmo o Bill, acho que ele ficou ainda mais chateado do que eu quando isso aconteceu.

 - Mas ele tem medo de mim, não é?- Perguntei, limpando o rosto.

 - Não, ele não tem. Ele só está assustado, há muito tempo ele não te vê.- Ele sorriu.- Becky, não se preocupe. Bill não está bravo com você.

 Ficamos em silêncio por um tempo, apenas nos encarando. Eu gostava da sensação de formigamento que seu olhar me dava. Gostava de como eu sentia que estava ficando vermelha, de como aqueles olhos castanhos me deixavam tranquila e protegida.

 - Mas... O que vocês disseram para a polícia?

 - Ah, nós dissemos que foi um assalto. As câmeras do lugar onde tocamos estavam quebradas, por isso não havia provas. Nós te deixamos fugir, e depois... Eu não posso te contar o resto. Mas não se preocupe. Eu não quero que pense nisso.

 Voltei a abraçá-lo. Ficamos assim por muito tempo. Depois do que me pareceram horas, não havia mais barulhos na casa, o que significava que todos já haviam ido embora. Comecei a ficar com sono, e acabei dormindo, ali, com Gustav me abraçando e me protegendo de mim mesma.


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Notas finais do capítulo

EEE.... Não, você não pode me matar, esto uprotegida MUAHAHAHA q
Viu, o Bill tá bem, e ela se sentiu culpada, então, ningupem me mate, fazer o favor q
Je, acho que a sua teoria vai mudar de novo SUHAUSHUAHS
Bom, é isso. Deixem reviews, mas sem tentar me esfaquear, ok, bonitinhas? :))))) ~corre
Beijooos :*