Kiss Me, Kill Me escrita por aegyo nad


Capítulo 11
Perfume


Notas iniciais do capítulo

GEEEEMMMTTTTT O SHOW, MEU DEUS, O SHOW *O*
MANO, O QUE FOI AQUILO? FOI O MELHOR, CARA, MEU DEUS!
VONTADE DE CHORAR PORQUE JÁ ACABOU :(
Enfim... capítulo grandão pelo show *o*



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Passamos uma tarde divertida, porém estranha. Eu sentia o olhar preocupado da mãe de Gustav em mim o tempo inteiro, mas ignorei.

Eu estava gostando dos olhares que Gustav me lançava. Quando nossos olhares se encontravam, ele sorria. Mas a cada segundo que se passava, eu ficava com medo do que poderia acontecer entre nós quando a mãe dele fosse embora.

Finalmente, quando já havia escurecido, ela se levantou, despediu-se e saiu. Eu estava olhando para a janela enquanto Gustav trancava a porta. Sentia meu corpo se arrepiando a cada passo que ele dava em minha direção. Meu rosto queimava, e um sorriso involuntário surgiu em meu rosto.

Senti o calor de seu corpo e tremi disfarçadamente. Ele pôs os braços ao redor da minha cintura e encostou o queixo no meu ombro, me puxando para mais perto.

- Becky... Eu te...- Ele foi interrompido pela campainha novamente. Meu coração doeu de raiva, mas respirei fundo e me soltei de Gustav para que ele pudesse atender.

Ele me olhou, como se quisesse me dizer alguma coisa, mas desistiu ao segundo toque e foi atender. Me joguei no sofá e fechei os olhos.

- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?- Gustav gritou. Abri os olhos rapidamente e vi Drake parado na porta, encostado e relaxado, olhando Gustav de cima a baixo.

- Ah, Gustav... Que saudades.- Disse ele, falso, com um sorriso nojento. Levantei e fui até a porta, já com o coração na boca.

- D-Drake?- Gaguejei. Mal vi quando Gustav passou o braço pela minha cintura e me puxou para ele. Drake deu um sorrisinho afetado ao ver a mão de Gustav apertando minha cintura, me abraçando de lado.

- Rebecca... Minha linda. Você saiu sem se despedir, eu tive que falar com você.

A mão de Gustav apertou ainda mais minha cintura. Não olhei para ele, mas percebi que ele estava me olhando, tentando entender o que era aquilo.

- Becky, do que ele está falando?- Ele perguntou, como se estivesse se segurando para não bater em alguma coisa. E essa coisa seria eu.

- Ah, ela não te falou?- Drake adiantou-se. – Ela me fez uma visitinha hoje, essa linda.- E vendo que Gustav começava a ficar nervoso, acrescentou: - Está nervoso porque sabe que ela ainda prefere a mim.

Senti uma coisa estranha dentro de mim ao perceber que o aperto de Gustav se afrouxava aos poucos, até ele me soltar e dar um passo na direção de Drake. Tentei esquecer esse sentimento estranho, e me adiantei para entrar na frente deles, antes que Gustav batesse no Drake.

- Gustav.- Implorei com os olhos, enquanto ele levantava a mão. Ele me olhou, com um fogo que queimava e machucava em seus olhos, um fogo que ninguém gostaria de ver, e abaixou a mão, tirando os olhos de mim.

Empurrei Drake para fora, não querendo tocar nele, mas fazendo um sacrifício, quando o pior aconteceu. Drake me puxou e selou nossos lábios demoradamente. Fiquei sem reação, com os olhos abertos e espantada.

Ele me soltou, sorrindo e olhando por cima da minha cabeça. Olhei na direção, e vi que Gustav nos observava tão chocado quanto eu. Só que ele estava magoado e com muita raiva, eu pude ver isso.

- Esse foi só o nosso beijo de despedida. O que você me deu hoje de manhã foi muito melhor... E tinha mais fogo.

Congelei, enquanto Drake se afastava e ia embora. Era mentira, eu não tinha beijado ninguém, muito menos feito coisas além disso. Mas Gustav acreditou.

Gustav se afastou e eu o segui, trancando a porta. Ele estava sentado no sofá, com o rosto enterrado nas mãos. Fui até ele e me abaixei, com medo e vontade de chorar.

- Você mentiu pra mim, Rebecca. De novo. Eu pensei que você tinha mudado.- Ele baixou as mãos e me olhou, e eu pude ver e sentir sua dor. Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu os abaixei.

- Eu precisava saber de alguma coisa sobre o meu passado, Gustav. E eu procurei Drake porque eu sabia que ele ia me contar, ele é irresponsável. Ele não é como você.

Antes que eu pudesse terminar, Gustav se levantou e foi para o seu quarto. Ouvi ele trancando a porta, depois um silêncio insuportável. Levantei, fui até o quarto dele, bati na porta e falei baixinho:

- Tudo o que eu fiz foi conversar com ele. Depois eu saí correndo porque eu senti medo e... Eu queria que você estivesse lá, me protegendo dele. Eu não o beijei.

Esperei, mas não ouve resposta.

Fui para o meu quarto, fechei a porta e sentei no chão, próxima a janela, com o queixo encostado nos joelhos. Enquanto minhas lágrimas teimavam em cair, senti um cheiro diferente, mas eu não sabia de onde ele estava vindo. Percebi que era uma lembrança, então, me concentrei nela.

- Eu adoro esse perfume, mamãe.- Uma menina pequena, com os olhos divididos entre o castanho claro e o verde escuro, os cabelos longos e castanhos com cachinhos, e os dois dentinhos da frente faltando. Com um espanto, percebi que a menina era eu, só que pequena.

Havia uma mulher parada em frente a um espelho, colocando brincos. Ela se virou para a menina e sorriu.

- Você vai ser muito linda quando crescer, meu amor. E vai usar perfumes como o meu.

- Mas esse é o cheirinho da mamãe.- Ela sorriu, fofa e abraçou a mãe.

- E você está cheirando a chocolate, o que andou comendo, mocinha?

- O Will me deu brigadeiro.

- Antes do almoço? Vou ter uma conversinha com ele. Agora dá um beijinho e vai encontrar a babá, está na hora do banho, mocinha.

A menina desceu do colo da mãe correu para a porta. Encontrou a babá no corredor e...

Abri os olhos, chocada por ter visto minha mãe. Eu ainda podia sentir o cheiro dela no ar. Meu coração se apertou e mais lágrimas vieram.

Sem pensar, levantei e corri para o quarto de Gustav. Bati na porta algumas vezes, mas não houve resposta. Comecei a me sentir rejeitada, sem motivo, mas mesmo assim. Bati na porta com mais força e o chamei.

- Gustav, por favor, é urgente.- Eu estava com voz de choro, mas não queria que ele fosse forçado a abrir a porta por isso, então, tentei disfarçá-la.- Gustav, preciso falar com você, abre, por favor.

A porta se destrancou e Gustav apareceu, emburrado, como se tivesse se arrependido de abrir a porta.

- O que é...- Mas então, ele viu que eu estava chorando quando eu tentava limpar as lágrimas.- Becky, o que foi?

- Eu lembrei da minha mãe, Gustav. Eu era pequena e eu... Lembrei.- Desisti de tentar esconder as lágrimas, que vinham cada vez mais fortes.

Gustav hesitou, mas logo me puxou e me abraçou tão forte, que eu senti todas as células do meu corpo pularem de felicidade.

- Becky, calma. Eu fico feliz que você esteja sentindo saudades dela, afinal... Vocês brigaram. E foi por isso que você se mudou pra Alemanha.

Me afastei um pouco para poder olhá-lo nos olhos. Ele ia me contar?

- Você tem um irmão, o nome dele é William. Ele é um cara ótimo, você iria adorá-lo.

- Mas você os conhece?- Perguntei, confusa. Pensei que Gustav não conhecesse ninguém da minha família.

- Conheço. Eu conversava com eles sobre você enquanto você estava internada. Eles precisavam saber. Bom... Sua mãe... Ela ainda é durona, finge que não se importa. Mas seu pai disse que ela sofre. E disse também que o humor dela melhorou muito depois que soube que você tinha saído.

Hesitei. Gustav estava me contando tudo por causa de Drake?

- Gust, você não precisa fazer isso. O Drake é um irresponsável, e você... Eu sei que você não me conta nada por querer me proteger, e eu quero que você continue assim.- Peguei seu braço e contornei sua tatuagem, sentindo as lágrimas secarem e vestígios de sorriso surgirem.

- Então eu não vou te contar nada.- Ele disse, antes de voltar a me abraçar. Mas, alguma coisa no tom de sua voz o denunciou. Eu sabia que ele ainda estava muito magoado comigo.


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Notas finais do capítulo

Quem curtiu? *-*
~DEREK~ Drake safado, mano HSOHAOHIOA tadinho do bebê :9
Quem curtiu? Deixa review? *--*
Beijos :*