Hell escrita por LittleFish


Capítulo 7
Wolf in Sheep's Clothing.


Notas iniciais do capítulo

AHHH, sério me perdoem!
A escola nesse final de ano me deixou LOUCA. De verdade. Por favor peço um zilhão de desculpas.
Vocês não tem ideia... Dei o meu sangue para poder passar de ano e graças a Deus deu certo!

Enfim, agora que estarei de férias posso atualizar as fics com frequência.

E adivinhem? As ÚLTIMAS revelações da fic! Ah e acreditem, elas prometem muitas exclamações (eu acho).

Vão ver o que é um verdadeiro Lobo em Pele de Cordeiro... Mas será se esse lobo é o Namikawa? Acho que não.

Enfim, esse é o PENÚLTIMO capítulo da fic! Sim sim... É curta.
Haverá apenas o próximo e um prólogo.

Chega de enrolação!

Enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/87986/chapter/7

Mas um forte estampido fez com que ela a soltasse. Um som como o de passos.


– Q-quem está aí?


Não houve resposta. Tinha medo de se virar e dar de cara com um fantasma... Mas com um suspiro ela o fez.


– Bom dia, Inoue.


Mas não era um fantasma. Era algo muito, mas muito pior. Engoliu seco quando viu a figura de Namikawa parada a sua frente.


A garota prendeu a respiração. Seu coração seu um salto desconfortável, fazendo com que ofegasse.


– N-Namikawa-sensei? – Perguntou como se pudesse afastar a imagem do homem de sua mente.


– O que está fazendo enfurnada nesse lugar?


Ela trincou os dentes. O que ele estava fazendo ali? Isso sim era o que lhe interessava. Não se sentiu nada a vontade com aquela presença. Havia um toque maldoso e casual em sua voz, como se estivesse passeando num parque.


– Vim pegar uma bola de Kemari para o jogo... – Disse com cautela.


Ele levantou as sobrancelhas em sinal de entendimento.


– Faz sentido.


– Então… Acho que vou indo, sensei – Disse tentando se esquivar.


O homem soltou uma exclamação.


Mas já? Por quê?


– Por que, senhor, estamos em um porão e preciso voltar para o jogo. Se não vão dar por minha falta e virão me procurar – Disse com firmeza, tentando intimidá-lo.


Ele riu.


– Mas você acabou de chegar... Sente-se em algum lugar!


Orihime grunhiu irritada.


– Caso não tenha percebido estamos em um porão e mesmo que não estivéssemos eu não desejaria conversar com o senhor – E levantou-se.


Namikawa a olhou com a pior expressão possível.


– Sente-se aí garota – Disse calmamente.


Ela engoliu seco e concordou.


– Diga logo o que quer.


Cada segundo de silêncio fazia com que a ruiva se sentisse ainda pior. A sensação de estar enjaulada com um leão era grande.


Quero saber... O quando você sabe.


“Bingo...” – Pensou.


– De que, exatamente, você está falando?


De repente seu tom de voz mudou.


– Do que mais eu estaria falando, pirralha irritante?! Da história com a Aya! – Esbravejou – Diga logo o que você sabe.


– E-Eu...


“Droga Orihime! Vamos... Fale algo!” – Pressionava-se.


– Só o que o Ulquiorra me contou.


Ele bufou irritado.


– E o que aquele moleque maldito te contou?


– Que... Que foi o senhor que engravidou a Aya-chan. E fez isso contra a vontade dela – Disse tentando parecer firme.


Um silêncio sufocante pairou no ar depois que a garota falou. Namikawa olhou para ela como se estivesse decidindo o que diria depois, até que finalmente soltou uma gargalhada.


– Ele disse isso foi? – Falou em tom zombeteiro.


– S-Sim.


– Pois você se engana... Não foi bem isso que aconteceu. Você só ouviu os fatos da boca daquele moleque. Ouça da minha agora.


Essa era a hora certa! Orihime cuidadosamente moveu sua mão esquerda para a parte mais inferior de sua blusa e pressionou o botão do celular.


– O que você está fazendo? – Perguntou o homem.


Ela tentou disfarçar.


– Nada, apenas... Coçando-me. Conte a sua versão... Vamos ver se ela é verdadeira mesmo.


O homem deu um sorriso sem humor.


– Sabia que eu e a Matsumoto éramos colegas de classe?


Ela arregalou os olhos.


– M-Mas... Ela é tão jovem e bonita... O senhor é...


– Tão velho? Na verdade não. Sou apenas um ano mais velho. Sim, éramos da mesma classe. Sempre tive uma queda por ela, mas não era correspondido. Amigos... Éramos apenas amigos. Lembro que costumava a me chamar de “Hocchan”. Mas a Matsumoto sempre teve olhos para aquele anormal do Ichimaru Gin.


“Ichimaru Gin...? Seria aquele homem da foto...?” – Pensou.


– Os tempos de escola passaram e eu ainda não havia falado sobre meus sentimentos. Até que alguns anos depois eu...


Flash Back On


– Rangiku... – Um homem esbelto e até bonito aproximou-se da loira.


– Hocchan! – Ela exclamou feliz.


Estavam em frente a antiga escola. Era o encontro de ex-alunos e professores, que ocorria em todos os anos.


– Você não mudou nadinha! A não ser o cabelo comprido, claro – Ele riu.


– E você continua bonitão! Anda arranjando muitas mulheres não? – Levantou as sobrancelhas com malícia.


– E-Eu não sou desse jeito Rangiku! Você sabe muito bem disso. Sou um cara de uma mulher só – E olhou ternamente para ela.


– S-e-i... – Soletrou.


Namikawa tossiu procurando se esquivar.


– Então, está trabalhando em que?


– Vou começar mês que vem como auxiliar de coordenação aqui nesta mesma escola! – Comentou com um sorriso.


– Que ótimo! Acho que vou terminar meu curso de física sabe? Serei um professor! – Fez um porte heróico.


– Haha, só você mesmo para gostar dessa aberração que se chama física – Fez careta – Só de lembrar que quase fui reprovada por causa dela... Gr!


Namikawa sorriu jovialmente. Qualquer um que o visse naquela época não conseguiria associar ao homem que estava junto com Orihime no porão.


– Rangiku eu... – E foi interrompido por um homem de cabelos brancos e um sorriso demasiado exagerado que chegava.


– Rangiku, você não vai entrar? – Perguntou.


– Estou indo – Respondeu com uma voz de veludo – Querido você já conhece o Hocchan? Ele sempre me tirava das encrencas no colégio.


O homem estendeu a mão.


– Muito prazer, sou Ichimaru Gin, noivo da Rangiku.


“N-Noivo?”


O mundo desabou com peso duplo em cima de Namikawa.


– A-Ah... Muito prazer sou Namikawa Hocchi – Apertou a mão do sujeito, com um sorriso amarelo.


– Então vamos indo! – Matsumoto disse.


– Claro, vão na frente... Irei em seguida.


O casal desapareceu das vistas do homem. Este ficou sozinho olhando para o chão.


“Noivo...”


Fechou os olhos com força, sentindo o peso da decepção apertar-lhe o peito. Sua respiração estava descontrolada e seu olhar estava perdido da calçada. Queria apenas andar sem rumo pelas ruas... E foi isso o que fez.


Tentando perder-se em seus pensamentos e afastar a idéia de que havia perdido a mulher da sua vida.


Flash Back OFF


Orihime não sabia o que dizer. Não imaginava... Não queria entender. Namikawa era inocente?


“Não pode ser... O Ulquiorra não teria mentido para mim!”


– Não vai dizer nada? – Ele disse com um sorriso cansado.


– E-Eu...


– Minha história no mínimo é digna de pena, mas eu não fui tão bonzinho assim como você pensa. A família Namikawa tem uma característica comum, sabe qual é?


Ela balançou a cabeça negativamente.


– A paciência. Podemos esperar anos para nos vingar.


Orihime engoliu seco.


– No começo eu queria me vingar de Ichimaru Gin, mas não sabia como. No fundo eu sentia que a culpa não era dele... Mas eu precisava descontar minha angustia, minha raiva em alguém. Como eu lhe disse, acabei virando um professor. Claro, anos e anos se passaram, até que a filha mais velha de Matsumoto, Aya, se matriculasse no mesmo colégio.


– E... E... – Ela ainda não conseguia formular as palavras direito.


– Eu passei então a me aproximar dela. Tentei ser prestativo a todo o custo, ajudá-la em tudo que precisasse. Não imaginava que eu estaria me metendo em outra grande furada. A pouco tempo ela estava namorando o Schiffer, mas segundo a própria era apenas por conveniência.


A ruiva soltou uma exclamação.


– M-Mas a Aya-chan amava o Ulquiorra!


Ele riu.


– Amava é? E por que então fugia dele para se encontrar comigo?


Ela sentiu uma onda de raiva a invadir. Queria esbofetear aquele homem o máximo que pudesse.


– Aya não era nenhuma santa. Já tinha feito muitas coisas erradas na vida, coisas que a própria Matsumoto duvida! Mas eu não sei... Acabei deixando me envolver novamente e me apaixonei por ela. Talvez tenha sido apenas uma transferência de sentimento... Ainda não compreendo. Mas aconteceu.


– Vocês...


– É. As coisas saíram um pouco do controle e acabou acontecendo. Alguns meses depois, Aya me contou que estava grávida. Eu fiquei feliz, confesso, mas ela estava irritadíssima. Não sabia como explicar para a sua mãe, não sabia como iria contar para o Schiffer... Iria perder toda a sua vidinha confortável e cheia de regalias.


Orihime apenas escutava atenta, com o celular gravando toda a conversa.


– Ela apenas usou a mim e a ele. Eu a chamei para vir para a minha casa para conversarmos sobre a situação. Nesse intervalo de tempo, ela deve ter dado alguma desculpa para o moleque.


– Aya disse que o senhor havia a obrigado.


Ele riu.


– Ela não prestava mesmo. Mas afinal, qual é o ser humano que presta? Todos nós contamos nossas mentiras quando nos interessa.


– E o que aconteceu?


– O resto você já deve ter imaginado. Nós discutimos, ela me ameaçou dizendo que queria um bom motivo para ficar calada... E se tivesse contado essa versão de que eu a forcei, com certeza iriam acreditar nela e a minha vida estava acabada. Concordei com tudo que ela disse depois e antes dela sair, entreguei-lhe um copo d’água. Pobre tola. Bebeu tudo sem ao menos imaginar o seu conteúdo. O veneno só fez efeito no dia seguinte– Disse isso na maior franqueza e frieza.


A respiração da garota acelerou.


– Ulquiorra realmente disse que não sabe o que houve. Ele apenas suspeita que você a matou – Revelou inconseqüentemente.


– O que eu fico surpreso é da Matsumoto nunca ter comentado nada. Creio que... Ela não tenha mandado fazer uma autópsia na filha.


As lágrimas caíram do rosto de Orihime. O homem inclinou-se para secá-las, não de maneira caridosa, mas de maneira cruel.


– Está chorando por causa de Aya, de mim ou por você? – Perguntou.


– Como assim “por mim”?


– Acha que eu deixaria você viver depois de ouvir tudo isso? Não é uma idéia muito ingênua, senhorita?


Ela prendeu o choro e a respiração.


“Ulquiorra... Por favor...”


Com violência, o homem a empurrou e tapou sua boca com as mãos. Ela se debatia tentando escapar, mas era em vão.


Namikawa era muito forte.


--------------------------- X --------------------------- 


Ulquiorra Schiffer nunca fora muito fã de Educação Física, mas estava na quadra por um motivo diferente do esporte físico. Tinha de dizer algo importante para Orihime. Algo realmente importante.


Não sabia como dizê-lo e nem era um momento apropriado, mas precisava fazê-lo antes que desistisse.


– Kuchiki! – Ele chamou.


A pequena moça virou-se para ele.


– Sim?


– Você viu... – Começou, mas um barulho forte veio do porão.


A morena o olhou com uma expressão de medo.


– Faz quase uma hora que ela foi buscar uma bola no porão...


Ele arregalou os olhos.


“Não...”


E então desatou a correr. Com todos os alunos o observando, ele agiu rápido e tentou abrir a porta, sem sucesso.


Com uma onda de fúria, ele arrombou-a com o pé.


Seu peito estava apertado e sua respiração estava a mil.


Esperava não ter chegado tarde de mais.


– Orihime!! – Então gritou pela primeira vez o nome dela.

-------------------- Continua --------------------


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Surpresos?
Nem tudo é o que aparenta né? Ao meu ver, adorei escrever esse capítulo.

Todos tem sua parcela de culpa. Não quis fazer algo muito clichê, sabe?
Nem todo vilão é de todo mal, sempre há motivos que o levam a cometer um crime (Segundo meu ídolo e detetive Hercule Poirot). E nem todo mocinho é de todo bom, não é?

Quis manipular um pouco as emoções de cada um na fic inteira, mostrando que quando se trata de situações delicadas, as pessoas ficam a flor da pele.

E para não decepcionar ou para manter um disfarce, são capazes de contar as piores mentiras.



É a analize do capítulo de hoje, gente!

Espero que tenham curtido.

Grande abraço e até o último!


Reviews??