Betrayal And Revenge escrita por Joe


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Ai gente!! Que saudades que eu to daqui!!
Agora que eu tenho um smartphone, eu vou tentar escrever algo, blz?!

Vcs jah conhecem o esquema: gostou, diz, nao gostou, diz tbm!!
Criticas, sugestoes, elogios, comentarios...

Espero que gostem...

bJOEss



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Ela emanava confiança. De seu corpo, se podia sentir poder. A raiva dera lugar a uma frieza forte. Ela nunca se sentira tao poderosa. E estava gostando da experiencia.

Com passadas firmes e confiantes, vencia os metros que separavam a parada de onibus da casa dele.

Seu amigo.

"Amigo!"

Essa palavra nunca estivera tao deslocada, tao fora de contexto. Foram um ano e meio de amizade, seis meses de namoro e depois mais um ano de amizade. Nos tres ultimos meses desse segundo periodo de amizade, ele começara outro relacionamento.

Nao seria um problema. Nao deveria ser. Ela ja o amava como a um amigo de novo.

Mas o envelope dentro de sua bolsa dera um novo rumo a situaçao.
Ela fora ferida e magoada. Se sentira humilhada. Agora era a vez dele ser ferido e humilhado.

A campanhia soou alta, mas distante.

Com muita calma, simpatia e falsidade, a conversa com a ex-sogra foi breve.

De la para o quarto dele, foi tranquilo. Mas a bomba esperava para explodir, e ela nao se privaria do privilegio de detona-la.

O sorriso casual e alegre de sempre a recebeu no quarto. Ela tomou o cuidado de trancar a porta, antes de se virar com o mais cinico dos sorrisos.

Ele a abraçou, perguntou o que ela fazia ali, se estava tudo bem... Mas ela nao queria perder tempo com formalidades e hipocrisias.

O empurrou para sentar-se na escrivaninha ao lado da cama, tirou o envelope da bolsa.

"O que voce esta fazendo?" A pergunta a fez sorrir. Ele nao fazia ideia de como a sua vida estava prestes a mudar. Um prazer doentio a dominou. Ela se sentia bem por ser portadora de tais noticias. "Vim para mandar voce se afastar daquela que você chama de 'namorada'. Se afaste dela, ou eu a farei odiá-lo." A surpresa estampada no rosto dele a fazia sentir ainda mais poderosa. Ela sentia que podia fazê-lo sentir dor com um olhar. Ela queria realmente poder... "Do que vc esta falando? Eu pensei que fossemos amigos! Quer dizer, a gente terminou a..." A risada baixa dela o fez parar. Ela não era do tipo que ria baixo, o que fazia uma risada simples parecer assustadora. "Por favor, me diga que você não acha realmente que o motivo disso é ciumes..." Ele nao sabia o que fazer.  Ela soltou um suspiro divertido e em seguida abriu o envelope que ainda segurava com as duas maos. De lá, o pior pesadelo dele saiu. "Não!" Essa era a unica palavra que lhe passava pela cabeça.  A unica que lhe escapou pelos labios.  Ela nao conseguia parar de sorrir. "Se voce nao quiser que isso venha a tona, termine. O que voce esta fazendo nao é justo, e eu nao vou permitir que continue." "Se eu terminar com ela, voce ira esquecer essas fotos?" Dessa vez, ela acabou rindo um pouco mais alto, mas nada preocupante. "Voce vai contar a ela. Nao a sua amiguinha aqui da foto, logico. Todos sabem que voce tem namorada, entao ela sabe que é a outra. Vai contar a sua namorada. Se voce nao contar, eu vou fazer muito pior." Em algum lugar entre a batida do seu coração e o arrepio em seu corpo pelas palavras da dita amiga, uma ideia passou-lhe a cabeça. "E como voce pretente provar a autenticidade das fotos?" Novo sorriso. Novo arrepio. "Voce esta usando a mesma roupa que usou semana passada. Quando nao estava com ela. Roupa que voce ganhara no dia anterior, ou seja, a foto nao pode ser antiga. 
"Esses sao só alguns detalhes. Mas, alem disso, ela vai ter, de dois um. Ou os seus antecedentes ou a sua confissão." "Antecedentes?" Seu sorriso aumentou. De dentro do envelope, sairam mais fotos. Mais antigas agora. De uns catorze meses antes. Da epoca do namoro deles. Ele a olhou, chocado. De repente, para a surpresa do rapaz, ela começou a chorar. "Eu jamais... Jamais... Imaginei isso dele! Dele nao! Eu nao pude acreditar... Eu... Nao quis... Mas..." O choro a impedia da seguir. As lagrimas vinham sem parar. Ela soluçava sofregamente. Quando ele achou que nao podia se chocar mais, quando achou que nao poderia ficar mais confuso, ela começou a rir. "E entao? Gostou? Acha que ela vai acreditar depois disso?" Ele desviou o olhar dela para as fotografias a sua frente.  Eram fotos dele com amigas dos dois. Pessoas em quem ela achava que podia confiar. A melhor amiga dela estava lá.  "Sabe... Quando a gente terminou, alguma coisa me disse que foi por influencia dela que você me deu um fora..." Ele a fitou, sobrancelhas erguidas. Ela já estava surpreendentemente recuperada do falso ataque de choro. Tirando o nariz um pouco vermelho, se destacando na pele branca, jamais se saberia que ela chorara. 'Como ela soube disso?' "Mulheres devem ter algum sexto sentido pra essas coisas." disse ela, lendo seus pensamentos. "Essa historia de que 'ele me traia! Eu jamais poderia imaginar!', é pura balela. A mulher pode nao querer acreditar, mas saber ela sabe." Ele nao sabia o que dizer. "Nao pense que isso é tudo, ok?" Ele a olhou, confuso. Ela sorriu. "Nao foi facil me fazer acreditar tambem. Eu fui estupida o suficiente para achar que poderia confiar a minha vida a voce. Mas agora passou, e eu só quero me divertir as suas custas." "O que mais voce tem?" Ela deu os ombros. "Videos, gravaçoes... Alem, é claro, de ter te visto pessoalmente traindo-a." Ele estava assombrado. Achava que conhecia a garota a sua frente. Mas ela agora lhe era uma total estranha.  Sentia-se ferido. Machucado. Traido. "Nao te reconheço mais... Por que voce esta fazendo isso? Achei que fossemos amigos! Eu..." Ela o interrompeu passando o dedo polegar pelos lábios dele. "Voce quer que eu aja como sua amiga?" ela se abaixou para ficarem no mesmo nivel "Bem, entao eu vou agir como sua amiga." Antes que ele tivesse controle de si mesmo a ponto de impedi-la, seus labios foram selados. Ele a empurrou, o que a fez gargalhar. "O que? Nao é isso que voce espera de suas amigas?" Ela parecia estar se divertindo como uma criança. Seus olhos brilhavam de excitação. Ela ficou de pé, ainda sorrindo. "Bem, o aviso foi dado... Eu acho que voce ja entendeu." ela começou a juntar os papeis, mas pareceu pensar melhor. "Sabe, eu acho melhor voce ficar com isso. Só pra nao esquecer, sabe?..." Ele a fitou, cético. "Vai deixar as provas comigo?" Ela deu uma risada. "Claro que sim! Confio em voce!" Ele nao achou graça a piada. "Avá! Qual é? Por que essa cara triste? Nao é como se eu fosse te matar." "E por que nao...?" Ela ergueu uma sombrancelha, como se considerasse a oferta. Inesperadamente, seus dedos envolveram o pescoço do rapaz a sua frente. Ele sentiu o ar preso, e o susto nao ajudava. Tão de repente como veio se foi, e ela o soltou. "Nao... Daria muito mais trabalho para limpar a sujeira depois..." Ele estava cada vez mais assustado. E assustado como estava a assistiu guardar tudo no envelope e por em uma gaveta, antes de destrancar a porta. "Ah!" disse ela, voltando-se para ele "Leve o tempo que precisar para contar. Infelizmente, terei que pedir que esteja dentro dos proximos vinte dias. E eu sei que voce não é tão estupido a ponto de achar que essas sao as unicas provas. Na minha casa tem mais algumas, escondidas. Venha procurar se quiser, mas nunca sabera se encontrou todas. Alem, é claro, daquelas que estao em lugares seguros. Talvez ate com pessoas de confiança, mas eu nao consigo me lembrar agora se eu contei a mais alguem, sabe..." A naturalidade dela ao agir daquela forma ainda era chocante demais para ele.
Depois disso, ela cumprimentou a mae dele tranquilamente, e passou pela porta da frente. Nao antes de o mirar e piscar sutilmente. Do lado de fora, ela andava tranquilamente, mas com passos firmes em direção ao ponto de onibus. Se sentia forte e confiante. Ainda mais poderosa. Sempre soubera que poderia ser um pouco mais cruel se necessario, mas precisara testar para saber que poderia ser tao fria. E estava gostando da ausencia de emoções. No onibus, pensava na pessoa que lhe contara. Ele jamais suspeitaria. Era impossivel. Mas aquela pessoa a escolhera por saber que ela era a mais indicada. A que poderia ser mais cruel. Ela duvidara, mas aparentemente estava errada sobre si mesma. Fizera. E fizera muito bem. Estava orgulhosa da sua coragem. Talvez pagasse a si mesma um sorvete. Merecia. Era uma tarde quente aquela...

 

 

 


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