Prólogo

“Reza a lenda, que de tempos em tempos e em uma noite de lua cheia, uma criança prodígio nasce. Essa criança, uma menina, é designada para reinar ao lado de um dos líderes. A família deve entregá-la quando esta ainda é pequena. Só que, há muito tempo atrás, um dos líderes, o poderoso e grande lobo, tirou a jovem de sua família e a levou para seus domínio.

“E foi assim, que ele fez um acordo com os humanos, que teriam que entregar a criança prodígio para ele, para que eles não morressem. Muitas jovens passaram a viver no castelo e, muitos anos, o grande líder passou a governar.

“Reza a lenda que quando essas jovens completassem seus vinte anos, numa noite em que a lua estivesse vermelha, elas deveriam ser possuídas pelo grande líder. Muitos acreditam, outros insistem em não acreditar, mas a verdade é essa, nua e crua. As jovens, depois de serem possuídas por ele morriam e assim ele tomava todo o poder que elas tinham guardado dentro de si, conseguindo assim, permanecer anos e anos no poder e mantendo os humanos sob seu domínio.”

Era quase noite, a lua surgindo no céu, manchada pelo vermelho do crepúsculo, uma verdadeira obra da natureza. A figura morena e robusta do homem recostado á parede lateral, compunha o quadro. Ele observava do topo de sua casa, uma jovem montada em um cavalo, cavalgando por um dos campos floridos. Uma criada entrou no aposento e fez uma reverencia a ele.

- Mande-a entrar. – ele disse em desviar os olhos da jovem sobre o cavalo. – Não a quero cavalgando durante a noite.

“Mais três anos, minha cara.” Ele disse para si mesmo. “Mais três anos e então a Lua ficará Vermelha e você finalmente será minha.”

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“Reza a lenda que somente os vampiros seriam capazes de acabar com o controle absoluto que Jacob mantinha sobre o povo. Mas para isso, ele deveria perder o bem mais precioso... a Jovem-Prodigio.”

- Em três luas ele vai possuí-la, nós precisamos raptá-la.

- E depois fazer o que, Alice? Enfrentar todos os lobos e morrermos? Não podemos nos arriscar a isso ainda.

A figura esguia da vampira Alice esgueirou-se para dentro de seu quarto. Edward passou as mãos impacientes por seus cabelos, perguntando-se quanto tempo mais viveriam as escondidas. O ranger de uma porta se abrindo soou e outra figura pálida entrou no ambiente.

- O tempo está correndo. – O vampiro falou.

- Você é o líder do clã, porque eu tenho que esperar para tê-la?

- Porque eu já tive a minha chance. Você é o mais velho antes dos seus irmãos. O sangue ela deverá te deixar forte.

Edward caminhou até a janela e olhou para o horizonte. O céu tingido com as cores do crepúsculo anunciava que mais um dia estava chegando ao fim. A paisagem monótona, coberta por uma floresta densa que se estendia até as bordas da cidade.

- Devemos encontrar uma maneira de capturá-la.

- Eu sei, Carlisle, eu sei! – Edward exclamou exaltado. – E ela será minha, quem quer que seja a jovem vai ser minha! Eu vou possuí-la e então teremos força o suficiente para acabar com o domínio do Black! – Um rosnado saiu de dentro do peito dele, ao proferir aquele nome. – Eu vou por fim ao maldito acordo e dar a liberdade que tanto queremos!

- Então se apresse em pensar numa maneira de capturá-la, você tem que ganhar a confiança dela antes de tentar possuí-la, sabe como deve ser. A jovem deve ser sua, inteiramente.