Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 14
Capítulo 12 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Oii people, cap quentinho para vocês!! O próximo só depois que a Jeh voltar de viagem e betar, ok? ;P



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Capítulo 12 – Descobertas.

- A propósito, não sei o seu nome

- Isabella Swan. Bella.

Edward estava o tempo todo pensativo enquanto ele e Matthew corriam para a mansão no meio da mata. A essa altura, Alice já tinha visto e alertado a todos sobre o que havia acontecido naquela noite. As figuras imponentes de Carlisle e Esme Cullen os esperavam para uma conversa. Todos os Cullen estavam por ali, este era um assunto que envolvia a todos eles, incluindo Tanya.

Edward passou os braços pela cintura dela e os dois foram caminhando para dentro da casa. Matthew andava de ombros encolhidos logo atrás do casal. Ele sabia que também ouviria muita coisa.

- Que bom que chegaram. – Esme disse sorrindo. Mas havia algo mais em seu sorriso.

- Oi. – Edward e Matt disseram em uníssono.

- Temos que ter uma conversa importante. – A voz de veludo de Carlisle soou na sala. Todos se sentaram. Alice batia a ponta do pé, impaciente. - Porque não nos disse que tinha sofrido um imprinting com uma Quileute, Matt?

- Eu não...

- Você não via necessidade. Sim, sei que diria isso. – Carlisle murmurou, desta vez ele usava um tom diferente em sua voz. Era mais... Frio. Calculista. – Mas a esta altura do campeonato, um lobo-desertado-transformado-em-vampiro e com um imprinting com alguém do bando de Jacob Black não é muito agradável.

- Ela não é do bando do Black! – Matt rosnou, mas logo se encolheu no lugar onde estava. – Transmorfas não fazem parte do bando dos lobos. Isso eu sempre soube. E ela me disse. Olha eu sinto muito foi-

- Chega! – Esme exclamou, sua expressão era dura, porém logo se tornou afável. – Não precisa se desculpar querido, só tome cuidado com essa relação. O que ela acha disso?

- Ela não pôde evitar, mas me sinto ligado a ela. Eu... Não sei se poderei ficar tanto tempo longe dela.

- Gamou. – Emmett soltou.

- Emmett!! Tenha respeito com seu irmão! – Esme repreendeu-o.

- Esme tem razão. Não podemos nos descuidar agora. Matt tome muito cuidado com essa relação. Black não deve descobrir, vocês dois correm perigo se isso acontecer. – Carlisle sibilou. – Agora... Edward, Alice nos contou. Você a conheceu.

- Sim. – Ele se encolheu levemente. Tanya abaixou seu olhar. Sabia que aquele momento chegaria. – O que devo fazer?

- Primeiro. Conquistá-la.

- Então... Vocês realmente estão atrás da garota do Black, não é? – Matthew intrometeu-se. – Isso vai gerar outra guerra?

- Sim, devemos estar. – Edward disse pesaroso.

- Isso envolve muito mais que vampiros e lobos, Matt. – Rosalie disse baixo. – Envolve a sobrevivência de nossa espécie, a beleza da imortalidade... Os lobos sempre foram jovens, enquanto se transformassem, mas e depois? Eles começavam a envelhecer, se tornavam humanos novamente. Você, mais do que ninguém aqui, sabe como é.

- Me mostre Isabella. – Esme pedia a Edward.

Edward projetou suas lembranças com Bella na mente de Esme. Os sorrisos gentis de Bella flutuavam sobre a mente da vampira matriarca, os olhos castanhos amendoados encaravam-na como se ela estivesse ali, pessoalmente. A vampira tentou procurar por algo que mostrasse os poderes da garota, mas não conseguiu. Havia algo que estava oculto, mas ela sentia uma forte onda emanando de Bella.

- Eu não consigo senti-la. Ela ainda não despertou, totalmente. Mas existe uma aura em torno dela. Uma aura muito poderosa.

- O que... O que vai acontecer? Digo... Edward terá que beber dela? – Tanya murmurou. – Eu nunca tinha presenciado esta história de fato.

- Sim. É no sangue e na alma da jovem que se concentram todo o poder. – Carlisle explicou. – Veja bem, Esme era uma jovem escolhida em sua época. Foi em 1921 em Ohio que eu a tomei.

- Eu tinha vinte e seis anos na época. O que é curioso, porque a lenda que corre aqui diz vinte. – Esme pensava.

- Como eu a transformei, tomei sua alma e isso me tornou poderoso o suficiente para derrotar a matilha que havia por lá. Quando a derrotamos, com a ajuda de outros vampiros da região, nós saímos de lá.

- Isso é... Quer dizer, você deveria ter feito a mesma coisa com a Rachell? – Tanya perguntou ao Edward.

- Sim. – Ele resmungou com a dor da lembrança vindo à tona novamente. – Rachell descobriu da pior forma que alguém como ela poderia descobrir. Jacob precisava do poder para nos derrotar, mas estava num impasse, não podia desposar a irmã, teoricamente. Mas tecnicamente falando, ele precisava dela. Por isso Rachell não queria viver. Ela odiava todo o massacre que o irmão mais velho fazia com os vampiros. E com qualquer um que ele achasse que fosse suspeito. Ela odiava até o pai.

 Edward parou por um instante. Tanya afagou sua face e o incentivou a continuar. Nem Alice e nem Jasper sabiam de muitos detalhes da história. O casal juntou-se aos Cullen um ano após a guerra.

 - Rachell sabia que se me desse seu sangue e sua alma, nós poderíamos vencer os lobos. Mas ela sabia que seria meu fim se eu a matasse. Então, eu bebi dela. Deixei-a num canto, encostada numa árvore na tentativa de defendê-la do ataque do Black... Então... Ela...

- Ela atirou-se no fogo. – Tanya completou.

- Sim. Essa foi nossa última guerra. E agora, Jacob voltou a atacar os vampiros e está usando nosso sangue para conseguir um pouco de imortalidade. – Carlisle murmurou.

 Os vampiros do clã Cullen ficaram conversando e trocando idéias durante toda a madrugada e até o meio do dia, quando o sol já estava a pino. Bella dormira por doze horas seguidas e acabara de despertar. Sua cabeça pesava e ela sentia pontadas fortes.

 Ela levantou-se, viu que estava sozinha no quarto, mas quando passou pela janela, vislumbrou Jacob entrando nas propriedades. Do outro lado, esgueirada entre as árvores num dos buracos que somente Leah e Bella conheciam, estava a figura de um felino. Quando viu Jacob se dirigir ao celeiro, Leah correu por trás da casa e entrou vagarosamente. As patas de um gato doméstico pousavam delicadamente sobre o piso de madeira. Logo, podiam-se ouvir os passos lentos de Leah, que mesmo quando humana, conseguia ser silenciosa.

 Bella entrou no banho e sentou-se no chão, com as costas recostadas sobre o azulejo. Suas mãos subiram para sua cabeça, como se tentasse parar aquela dor insuportável e irritante. Os dedos finos de Bella apertaram o sabonete, que escorregou pela água corrente até o outro lado do Box.

 - Argh, saco. – Ela resmungou. – Você bem que podia vir aqui. - Ela disse debilmente.

 Mas quando se deu conta, o sabonete escorregava em sua direção, como se estivesse trôpego. Quando estava ao alcance de seus dedos, ele parou.

 - Como... – Bella perguntou para si mesma. Ao invés de perguntar novamente se o sabonete poderia ir até suas mãos, ela olhou para cima e disse: - Feche. – E a torneira se fechou, cortando o fluxo de água.

Leah estava sentada no quarto, esperando Bella sair do banho. Alguns minutos depois, Bella abriu abruptamente a porta do banheiro e encarou a prima, que ergueu uma sobrancelha.

- O que houve?

- Olha, eu.. Estou em um processo de... – Ela tentava explicar. – Argh, esquece. Olhe, hoje eu acordei com muita dor de cabeça. Fui tomar banho e o sabonete caiu da minha mão.

A princípio, Leah não achou nada de útil na conversa que a prima lhe enfiara. Mas conforme Bella contava os fatos, sua boca ia se abrindo em sinal de surpresa. Bella sentia-se confiante e mostrou a Leah. Um pente flutuara em sua direção apenas com o olhar de Bella.

- Eu acho que isso faz parte do que eu sou.

Leah e Bella encaravam alguns objetos que flutuavam alegremente ao redor delas. Bella notara que sua dor de cabeça havia passado, sentia-se leve. Sentia dentro de si, que algo crescia e que podia fazer muito mais do que simplesmente levitar algumas coisas pequenas. Era como se um rio inteiro fluísse dentro de seu corpo e estivesse pronto para ser liberado com toda a fúria que uma enchente poderia ter.

Jacob adentrou o casarão. Olhou ao seu redor e viu que o silêncio pairava, diferentemente dos outros dias, quando Leah e Bella escutavam músicas em volumes extremamente altos e faziam sua própria festa. O líder do bando dirigiu-se ao seu quarto e fechou a porta. Foi em direção ao imenso espelho que havia sobre a pia do banheiro e ficou encarando seu reflexo; o reflexo de um jovem moreno, de cabelos curtos e uma aparência cansada.

- Logo não terá mais efeito. – Ele disse a si mesmo. – Estou ficando sem tempo, se ela ao menos despertasse...

(...)

- O que viu hoje? Eu vi você o seguindo... – Bella gesticulou, quase não emitindo som.

- Só o vi indo de encontro ao bando. Nada de mais. – Leah deu de ombros. – Embora eu ache que existe muito mais por aí.

- Lee, algo que minha mãe me disse uma vez me intriga.

Leah nada disse, somente assentiu para que Bella continuasse.

- Ela me falou que a Lua Vermelha só acontece quando... Quando a jovem for desposada, mas eu acho, quero dizer... Tenho quase certeza... Acho que talvez a Lua Vermelha possa acontecer bem antes disso.

- Não sei, Bella. Se sua mãe disse. Mas pode ser que exista algo mais, não é?

- Eu acho que... O que quer que seja essa Lua Vermelha, acontece quando a jovem prodígio desperta.

- Omg. – Leah engasgou. – Então...

- Olhe, eu estive pensando, enquanto dava uma lida nos scans que fiz dos livros dos meus pais. Eu sei que a última guerra aconteceu por causa de uma jovem prodígio, não sei ainda quem era a jovem, mas sei que foi por causa dela. Então... Ela deve ter despertado e isso deve ter ocasionado a guerra.

(...)

“Ele está ficando cada vez pior.”

“Sabemos disso, Rachell. Mas se alertá-lo, ele vai perceber que nós somos os verdadeiros culpados. Ele não deve descobrir. Não ainda.”

“Tudo bem. Confio em você, Taha Aki. Vamos esperar a garota acordar completamente.”

“Não sei se vai ser possível.”

“O que houve, Reneé?”

“Jacob Black ouviu toda a conversa delas.” Reneé disse apreensiva. “Minha filha corre perigo, grande líder! Minha pequena Bella está correndo perigo! Ele vai tentar pegá-la, eu sei que vai!” Nesse instante, um raio cortou o céu cinzento dos arredores da cidade. Logo em seguida, o som veio poderoso e forte. As lamúrias e raiva crescente em Renée Swan estavam afetando a terra.

Rachell, acalme-a!” Taha Aki exclamava.

- Sim, a última guerra foi por causa da jovem. – Jacob entrou abruptamente no quarto, cuspindo as palavras. Bella e Leah arregalaram os olhos em surpresa.

- Ja-jake-e? – Bella gaguejou.

- Esperava mais alguém? – Ele ergueu uma sobrancelha.

Fico me perguntando desde quando ele está ouvindo a conversa. Bella disse para si mesma.

- Andou tendo conversas com sua mãe, Isabella? Foi ela quem lhe contou sobre a Lua Vermelha?

Merda. Ele ouviu tudo.


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Notas finais do capítulo

Comentemm!!



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